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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Dezembro Vermelho: Região Norte lidera taxa de detecção de Aids e ICDS reforça alerta para o diagnóstico precoc

Instituição destaca desigualdades regionais da epidemia e reforça a necessidade de ampliar testagem e prevenção combinada

 

Embora o Brasil apresente avanços no controle do HIV, dados recentes do Ministério da Saúde acendem um sinal de alerta sobre a desigualdade regional da epidemia. Segundo o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids de 2024, a região Norte registra hoje a maior taxa de detecção do vírus no país. Neste contexto, o ICDS Gestão em Saúde aproveita a campanha Dezembro Vermelho para reforçar a importância da gestão eficiente no acesso ao diagnóstico e às ferramentas de prevenção.

 

Apesar da estabilidade em algumas áreas, os números absolutos ainda são significativos: foram registrados 38 mil novos casos da síndrome e uma taxa de mortalidade de 3,9 óbitos em 2023. Os dados evidenciam que, mesmo com tratamento disponível, o diagnóstico tardio continua sendo um gargalo na saúde pública.

 

"A luta contra o HIV não depende apenas de tratamento, mas do acesso à informação qualificada. Quando observamos taxas elevadas em determinadas regiões, percebemos a necessidade urgente de desmistificar a testagem. O papel das instituições de saúde é garantir que o paciente compreenda as ferramentas de prevenção combinada disponíveis gratuitamente no SUS", disse Paulo Czrnhak, diretor da Clínica Censo, em Parauapebas (PA).


 

Prevenção Combinada e Testagem

 

A instituição reforça que a estratégia mais eficaz atualmente é a chamada "prevenção combinada". Ela une métodos tradicionais, como o uso de preservativos, a inovações farmacológicas, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).

 

Além disso, a testagem regular para HIV, sífilis e hepatites virais deve fazer parte da rotina de saúde de todos os brasileiros sexualmente ativos, e não apenas de grupos específicos. Os testes rápidos e autotestes permitem identificar a infecção precocemente, possibilitando o início imediato da terapia antirretroviral. Isso não apenas preserva o sistema imunológico do paciente, impedindo a evolução para a Aids, como também interrompe a cadeia de transmissão do vírus (Carga Viral Indetectável = Intransmissível).


Uso prolongado de telas intensifica a fadiga ocular

 freepik
Sintomas como ardência, visão borrada e dor na testa se tornam mais frequentes em meio à rotina digital, e especialista explica como aliviar o desconforto


Você passa o dia inteiro em frente às telas? Sabia que isso pode estar diretamente relacionado à sensação de peso nos olhos, dificuldade para focar e dor de cabeça no fim do expediente? Esses sinais, cada vez mais comuns em adultos e crianças, podem indicar fadiga ocular — também chamada de astenopia — uma condição ligada ao esforço visual excessivo e ao ritmo acelerado da vida moderna. 

De acordo com a Dra. Marcia Ferrari, oftalmologista e Diretora Clínica do H.Olhos, Hospital de Olhos da Vision One, a combinação entre longas jornadas digitais, estímulos constantes e pausas curtas cria o cenário perfeito para o cansaço da visão. “Os olhos não foram feitos para manter a mesma distância focal por horas, especialmente diante de telas brilhantes que exigem atenção contínua”, afirma. Segundo ela, a sobrecarga acontece porque o sistema visual trabalha intensamente para sustentar o foco, o que provoca exaustão dos músculos responsáveis por ajustar a visão. 

A médica explica que os sintomas surgem de forma gradual e, muitas vezes, passam despercebidos. “A ardência, a visão borrada, o peso nas pálpebras e a dor na testa são sinais típicos de exaustão visual, mas muitos interpretam como simples cansaço do dia”, comenta. Ela ressalta que ignorar esses sinais pode agravar o desconforto: “Quando o incômodo se repete, é o corpo pedindo descanso e reorganização dos hábitos”. 

Embora o uso contínuo de telas seja o principal desencadeador, iluminação inadequada, postura incorreta, leitura prolongada e a falta dos óculos adequados também contribuem para a fadiga. “Não é apenas o computador; qualquer atividade que exija concentração visual por muito tempo pode gerar astenopia”, explica. 

A médica reforça que ajustes simples no cotidiano podem evitar a progressão do quadro. “Uma pausa breve pode fazer diferença: a cada 20 minutos, olhar para longe por alguns segundos ajuda a relaxar os músculos oculares”, orienta. Ela acrescenta que adaptar o ambiente e a postura também colabora para reduzir a sobrecarga. “Manter a tela na altura dos olhos, usar uma boa iluminação e apoiar os pés no chão são atitudes que diminuem o esforço da visão”, afirma. Para completar, destaca a importância da correção visual adequada: “Óculos atualizados e indicados pelo oftalmologista evitam que os olhos trabalhem mais do que deveriam”. 

O tratamento depende do estilo de vida e das necessidades de cada pessoa. “Alguns melhoram apenas com mudanças de rotina, enquanto outros precisam investigar ressecamento ocular, erros refrativos ou outras condições associadas”, explica. A médica reforça que a avaliação periódica é fundamental para evitar agravamentos: “Quando identificamos o problema cedo, conseguimos orientar, tratar e evitar que o desconforto se torne parte da rotina”, finaliza a Dra. Marcia Ferrari, oftalmologista e Diretora Clínica do H.Olhos, Hospital de Olhos da Vision One.

 

Diálise em trânsito amplia acesso, autonomia e qualidade de vida do paciente

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Pelo fim dos desafios logísticos aos pacientes em diálise, Clínica DaVita assegura mobilidade e qualidade do tratamento em diversas regiões do país e do mundo
 

 

Quando a vida depende de uma máquina três vezes na semana por horas a fio, as limitações são muitas. Qualquer mudança, viagem ou imprevisto é praticamente impensável na agenda do paciente em diálise, que gira em torno desse compromisso vital. Para garantir a continuidade no tratamento e evitar prejuízos à qualidade de vida desse paciente, a Clínica DaVita oferece a diálise em trânsito, que permite que o paciente siga com o seu tratamento em qualquer cidade ou estado no Brasil ou exterior, onde a clínica multinacional possui unidades. 

“A possibilidade de manter o tratamento fora da sua origem representa um ganho real na qualidade de vida. O paciente passa a ter mais liberdade para viajar, trabalhar ou visitar familiares, sem comprometer sua segurança clínica”, explica Delainy Clemente, Coordenadora Nacional do Serviço Social da Clínica DaVita. 

Nos últimos 10 anos, o número de pacientes em hemodiálise no Brasil cresceu 55%. Em 2024, a estimativa aponta 172.585 pessoas vivendo nessa condição.1 Frente a esse cenário em ascensão, é fundamental reforçar e garantir o direito de ir e vir de pessoas que dependem da diálise. 

Ao permitir que o paciente realize as sessões em qualquer unidade da rede, o serviço quebra barreiras presentes nesse tipo de tratamento, como a falta de vagas, dificuldade de comunicação entre diferentes clínicas ou possíveis entraves entre convênios e SUS.
 

Como funciona a diálise em trânsito

No Brasil, a solicitação é feita com antecedência de 30 dias junto ao Serviço Social da unidade de origem. A equipe avalia o quadro clínico e organiza a transferência das informações médicas, garantindo que o tratamento seja realizado com segurança na unidade de destino. O protocolo também inclui pacientes atendidos pelo SUS.

E antes de planejar o compromisso ou viagem, a recomendação é que o paciente consulte seu nefrologista para avaliar sua condição clínica e garanta a segurança no deslocamento. 

“Proporcionar a continuidade do tratamento em outro local significa oferecer ao paciente a oportunidade de vivenciar experiências que renovam o sentido de vida e ampliam sua percepção de que o tratamento não precisa ser um limite, mas sim um cuidado que o acompanha enquanto ele vive plenamente”, observa a especialista.



Clínica DaVita

Referência:
1. Divulgado Censo Brasileiro de Diálise de 2024. Fundação Pró-Rim. [Internet] Disponível em: Link


Tirzepatida falsificada expõe mercado bilionário em torno das “canetas emagrecedoras”, alerta médico da SBEMO

Envato
A tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro®, tornou-se um dos medicamentos mais potentes para emagrecimento e controle do diabetes, mas também gerou um mercado clandestino bilionário no Brasil. Investigações da Anvisa e da Polícia Federal revelaram produção e venda de produtos falsificados, enquanto a indústria original domina o mercado global, sem concorrentes à altura, com cifras e influência inéditas.

 

A tirzepatida foi aprovada pelo FDA (agência americana de medicamentos) em 2022 e rapidamente reconhecida por sua eficácia no controle do diabetes tipo 2 e na redução de peso. 

Estudos clínicos de fase 3 demonstraram perda de peso média de até 20% em pacientes com obesidade, quando usada em protocolos rigorosos, combinada com dieta e exercícios.

Além disso, pesquisas indicam efeitos positivos em metabolismo, controle de glicemia e redução de inflamação sistêmica.

 

O monopólio absoluto da tirzepatida

Globalmente, a tirzepatida (Mounjaro® e marcas relacionadas) representa uma parcela significativa da receita da fabricante, com vendas de cerca de 10 bilhões de dólares em apenas três meses. Em um post do Dr. Adriano Faustino em suas redes sociais, ele menciona que a indústria por trás do Mounjaro teria atingido 1 trilhão de dólares em valor de mercado, reforçando a dimensão econômica e o poder da franquia. Sem concorrentes diretos atualmente, a tirzepatida mantém controle absoluto sobre o setor, consolidando um monopólio que influencia preços, estratégias comerciais e distribuição. 

O problema não é a tirzepatida, é o uso irresponsável. O que estamos vendo é um medicamento extremamente potente sendo transformado em atalho. Isso é perigoso. A tirzepatida não é, e nunca foi, um recurso para ser usado sem critérios”, esclarece Dr. Adriano Faustino - médico nutrólogo, especialista em medicina integrativa e funcional e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO).

 

Mercado clandestino no Brasil

Operações policiais identificaram laboratórios improvisados, clínicas estéticas e influenciadores digitais envolvidos na produção e venda de tirzepatida falsificada. Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em quatro estados, incluindo a apreensão de jatinho, carros de luxo e relógios de alto valor, evidenciando a dimensão do negócio paralelo. Produtos clandestinos podem conter doses incorretas, contaminantes microbianos ou ausência total do princípio ativo, oferecendo risco grave à saúde. 

A pessoa que recebe um produto fora da cadeia regulada está literalmente submetendo seu corpo a um experimento sem controle”, alerta Dr. Adriano Faustino.

 

Impactos clínicos do uso inadequado

Pacientes que utilizam tirzepatida sem acompanhamento médico enfrentam riscos clínicos sérios. Estudos e relatos indicam que até 82% podem perder massa muscular significativa, e ao interromper o tratamento, recuperar predominantemente gordura corporal. A ausência de protocolo médico adequado aumenta também o risco de hipoglicemia, alterações digestivas e falha terapêutica. 

O médico enfatiza: “a tirzepatida abre uma janela metabólica; se o paciente não a atravessa com dieta, sono e exercício, o remédio vira paliativo temporário”.

 

Potencial terapêutico e limitações

Além do emagrecimento, a tirzepatida apresenta efeitos promissores: melhora metabólica, redução de inflamação, impacto positivo em doenças hepáticas, diabetes, lipedema e potencial em alguns tipos de câncer. Estudos científicos indicam que o medicamento atua em múltiplas vias hormonais e metabólicas, reforçando sua eficácia quando associado a mudanças de estilo de vida. Contudo, nenhum efeito é pleno sem acompanhamento médico e hábitos saudáveis.

Há potencial terapêutico real, mas não é solução mágica — e tem riscos quando mal usado”, esclarece Dr. Adriano Faustino.


Alerta de especialistas

O crescimento do mercado paralelo e a ausência de concorrentes reforçam a necessidade de supervisão médica rigorosa. Influenciadores digitais que promovem uso sem protocolo aumentam o risco de efeitos adversos e perpetuam a desinformação.

Quando há tanto dinheiro em jogo, aumenta a pressão para monopólio de mercado e para práticas que não priorizam a saúde pública”, reforça Dr. Adriano Faustino

 

Impactos econômicos e sociais

A tirzepatida, ao criar um mercado bilionário, impacta não apenas pacientes, mas toda a cadeia farmacêutica. O monopólio permite controle de preços e distribuição, enquanto a alta demanda e o marketing digital agressivo criam vulnerabilidade para consumidores leigos. O mercado clandestino expõe riscos sociais e sanitários, desde golpes digitais a acidentes de saúde decorrentes de produtos falsificados.

 

Recomendações práticas

·       Verificar a procedência do produto, exigindo nota fiscal de farmácias ou clínicas credenciadas.

·       Desconfiar de ofertas “baratas” em redes sociais.

·       Priorizar acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida para qualquer tratamento com tirzepatida.

 

Com monopólio consolidado e ausência de concorrentes, a tirzepatida se mantém como a única opção potente desse tipo no mercado, reforçando a importância de cautela, supervisão médica e segurança do paciente. 

O paciente deve entender que não existe atalho seguro: acompanhamento médico, estilo de vida adequado e atenção à procedência do medicamento são fundamentais para qualquer resultado efetivo e seguro", conclui Dr. Faustino.

 

Dr. Adriano Faustino - Médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Título de Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas; Formação em Geriatria, Nutrologia, Medicina Funcional, Fisiologia Hormonal e Oncologia Integrativa; Coordenador do Ambulatório de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital Regional de Betim/MG; Professor universitário nas áreas de Medicina Legal, Anatomia Médica, Primeiros Socorros e Legislação Médica; Professor de Pós-Graduação na Fundação Unimed e no Mestrado em Saúde da Faculdade de Direito Milton Campos (MG); Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Longevidade (SBML) e da Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade (SBEMO); Idealizador do Programa Saúde Máxima e do Protocolo de Medicina Investigativa, já ajudou milhares de pacientes a transformarem suas vidas com diagnósticos precisos e abordagens terapêuticas baseadas em ciência de ponta, estilo de vida, alimentação e intervenções personalizadas; Desenvolvedor do Protocolo C.A.U.S.A. – Câncer, Autocuidado, Unidade, Saúde e Ação; Pregador e professor de Escola Bíblica Dominical desde 2001; Autor do livro Cientificamente Divino – Princípios bíblicos e científicos para uma saúde máxima.

 

No mês de chegada do verão e de combate ao câncer de pele, alerta máximo à importância do uso correto do protetor solar

Dra. Paula Sian explica como proteger a pele durante todo o ano, especialmente no verão 

 

Com a chegada do período mais quente do ano, os cuidados com a exposição solar ganham ainda mais relevância. No Brasil, país com alta incidência de radiação ultravioleta (UV), a atenção redobrada é fundamental para prevenir queimaduras, manchas, envelhecimento precoce e, principalmente, o câncer de pele, o mais comum entre os brasileiros, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

A dermatologista Paula Sian, especialista em dermatologia clínica e estética, alerta que a radiação solar não ameaça a pele apenas em dias ensolarados. “Mesmo em dias nublados, até 80% da radiação UV consegue atravessar as nuvens. Por isso, o uso diário de protetor solar não é opcional é um hábito de saúde indispensável”, afirma. A especialista explica que existem dois principais tipos de radiação solar que atingem a pele:

UVB: responsável pelas queimaduras solares e mais intenso entre 10h e 16h. É o maior risco para câncer de pele;

UVA: é o sol do dia todo. Desde o nascer até o pôr do sol, penetra camadas mais profundas da pele, contribuindo para o fotoenvelhecimento e manchas na pele.

“Quando o paciente entende que cada tipo de raio provoca um dano diferente, ele percebe por que é tão importante escolher um protetor de amplo espectro aquele que protege contra UVA e UVB”, detalha a dermatologista.

Dra. Paula Sian orienta que a escolha deve considerar o tipo de pele, estilo de vida e tempo de exposição:

  • FPS 30 ou superior para uso diário;
  • FPS 50+ para peles claras, melasma ou exposição intensa;
  • Texturas variadas conforme o tipo de pele;
  • Fórmulas com cor para reforçar a proteção contra a luz visível.

A dermatologista destaca que muitos danos poderiam ser evitados se as pessoas aplicassem o produto de forma correta. Entre os erros mais frequentes, ela cita:

  • Aplicar quantidade insuficiente (cerca de uma colher de chá para rosto, orelhas e pescoço).
  • Esquecer áreas como orelhas, nuca, dorso das mãos e pés.
  • Não reaplicar após suor, banho de mar ou piscina.
  • Utilizar produtos vencidos ou que ficaram expostos ao calor.

Além do protetor solar, a Dra. Paula Sian reforça que pequenos hábitos do dia a dia fazem grande diferença para manter a pele saudável:

  • Hidratação constante, já que a pele hidratada tem melhor capacidade de defesa e regeneração.
  • Consumo de alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, cenoura, tomate e folhas verdes, que ajudam a combater os radicais livres formados pela exposição solar.
  • Evitar o uso de perfumes e produtos com álcool quando houver exposição solar direta, pois podem causar manchas.
  • Aplicar Vitamina C pela manhã, quando indicado, potencializando a ação do filtro e protegendo contra danos oxidativos.
  • Preferir ambientes sombreados sempre que possível em atividades ao ar livre.
  • Usar acessórios de proteção, como sombrinhas UV, chapéus de aba larga e roupas com proteção solar.
  • Acompanhar o índice UV do dia, que está disponível em aplicativos e previsões meteorológicas, para ajustar o tempo de exposição.
  • Manter uma rotina de cuidados à noite, com limpeza e produtos regeneradores que ajudam a reparar os danos causados pela radiação. 

Para a dermatologista, a proteção solar não deve ser vista apenas como cuidado estético, mas como investimento em saúde. “A prevenção ainda é a melhor forma de evitar problemas sérios. Quando protegemos a pele, estamos protegendo o nosso futuro”, finaliza.  



Dra. Paula Sian - Dermatologista desde 2007, Paula Sian Lopes é formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), onde também fez residência em Clínica Médica e Dermatologia. Especializou-se em Farmacodermia e Dermatoses Imuno Ambientais na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Medicina Chinesa e Acupuntura na Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). Desde 2011, Paula atende em seu consultório próprio com o viés em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, tanto para adultos como para crianças. Além disso, a especialista realizou serviços voluntários no ambulatório de alergias da UNIFESP, de 2013 a 2017. A médica também é escritora e acaba de lançar o “Um burnout para chamar de seu”, um livro que relata, pelo ponto de vista do paciente, como é conviver com o burnout.
CRM: 111963-SP RQE Nº: 38348
https://www.instagram.com/pelecomalma/

 

Almoço nas férias: Escolas estaduais estarão abertas em janeiro para oferecer refeições aos estudantes



Familiares devem registrar interesse no almoço até o dia 12 de dezembro, por meio da Secretaria Escolar Digital (SED) ou na secretaria da escola de seus filhos

 

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vai abrir as portas de suas escolas estaduais em janeiro para o almoço nas férias. As refeições serão oferecidas para estudantes da rede estadual entre os dias 5 e 30 de janeiro. Para isso, os responsáveis devem registrar, até o dia 12 de dezembro, o interesse na alimentação destinada aos alunos.

 

O registro da opção pelo almoço pode ser feito diretamente na secretaria das escolas, ou pela Secretaria Escolar Digital (SED), online. Durante o mês, os estudantes poderão frequentar as unidades de ensino entre as 11h e 13h30, horário estipulado para o almoço.

 

Estarão abertas em janeiro as escolas que oferecem a alimentação escolar de forma centralizada, ou seja, com contratos de cozinheiras e compras de insumos diretamente pela pasta. 

 

É preciso que a escola tenha conhecimento dos interessados na alimentação escolar com antecedência, para que o almoço seja preparado de acordo com a demanda, evitando desperdício de alimentos.

 

Cardápio especial

 

A equipe de nutricionistas da Seduc-SP prepara sugestões de cardápio para o período, para que seja mantida a oferta de refeições balanceadas também durante o mês de férias. 

 

As cozinheiras da rede estadual podem se inspirar nos preparos premiados no Concurso de Receitas das Cozinheiras Escolares. O e-book “Sabores Paulistas reúne as 83 receitas vencedoras da primeira edição do concurso e todas elas foram feitas com base nos ingredientes disponíveis na despensa das unidades de ensino. O material está disponível gratuitamente on-line e a versão impressa já começou a ser distribuída para as 91 unidades regionais de ensino e para as 5.000 escolas estaduais.


Enxaqueca: conheça os gatilhos inevitáveis de fim de ano

Neurologista explica que, ao tratar adequadamente a doença, os gatilhos perdem força e as chances de crise diminuem

 

Fim de ano é tempo de celebração, mas para quem sofre de enxaqueca - cerca de 15% da população total, segundo a Organização Mundial de Saúde - é neste período do ano que as crises costumam ser mais comuns, podendo até mesmo atrapalhar os planos de diversão ou viagem em família. 

A neurologista Thaís Villa, médica especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, explica que isso acontece porque situações inevitáveis como o estresse, o calor (ou as mudanças bruscas de temperatura) e até mesmo o deslocamento para os passeios podem desencadear crises. Entenda:

 

Estresse

Para a pessoa com enxaqueca, que já tem um cérebro mais excitado, passar por situações estressantes e preocupações vai piorar um quadro que ela já vive, deixando o cérebro ainda mais em sofrimento e, com isso, mais sintomático: apresentando mais dores de cabeça e outros sintomas associados que podem ser provocados pela doença, como fotofobia (sensibilidade à luz, especialmente as brilhantes); fonofobia (sensibilidade ao som, particularmente altos); osmofobia (sensibilidade ao cheiro); aura (alterações na visão); dormência; formigamento; fraqueza de um lado do corpo; dores no pescoço e ombros; sensação de tontura ou vertigem; zumbidos no ouvido; náusea com ou sem vômitos; pálpebras inchadas e olhos lacrimejantes; obstrução nasal ou nariz escorrendo; dor facial; bruxismo; taquicardia; pressão alta ou baixa; mal estar e cansaço; dificuldade de concentração e memória; e até alterações de humor.

 

Calor

As altas temperaturas típicas desse período do ano também são inevitáveis, afinal, é impossível controlarmos o clima. Imagina estar na praia para curtir momentos de descanso e com a cabeça doendo? Pois a dor de cabeça é o sintoma mais comum da enxaqueca.

Por falar em praia, a luz do sol e a areia branquinha também podem ser uma combinação muito desconfortável para quem tem enxaqueca. A fotofobia (sensibilidade à luz) é um dos sintomas da doença e a orientação é não se esquecer do óculos de sol para proteção dos olhos.

A desidratação é outro desencadeador de crises. Com o calor, o nosso corpo sofre e, com o cérebro, não é diferente. Por isso, é preciso ficar ainda mais atento à hidratação, lembrando-se de tomar muita água.


Cinetose

Para quem sofre de enxaqueca, o deslocamento pode ser o gatilho para terríveis crises de enxaqueca, seja qual for o meio de transporte até o destino. É que a cinetose, mais conhecida como “mal do movimento”, é um sintoma comum da enxaqueca, podendo ser também um gatilho de crises. Costuma começar já na infância, antes da dor de cabeça, sendo um sintoma precoce da enxaqueca.

Náuseas, vômitos, palidez e mal estar acontecem por essa sensibilidade excessiva ao movimento. Seja porque a pessoa esteja de fato se movimentando, ou em locais onde está parada, mas há sensação de movimento, como barcos, carros, ônibus, avião ou ainda em brinquedos que balançam e giram.

 

Não tem cura, mas tem tratamento

“É muito importante entender que, ao tratar a enxaqueca, esses gatilhos perdem a força e a chance de crise diminui, permitindo desfrutar dos momentos de lazer e descanso”, explica Thais Villa. 

A médica orienta que a pessoa com enxaqueca procure um neurologista e inicie a jornada de tratamento da doença, que é complexa e tem muitas repercussões na vida do paciente, inclusive complicações vasculares (como risco aumentado para AVC e infarto), além de perdas na qualidade de vida, como alterações do sono e de humor, tendência à ansiedade e a problemas cognitivos, entre outras. 

“O tratamento integrado visa o controle dos sintomas e da doença e deve combinar terapias com medicamentos de ponta e ajustes no estilo de vida, com acompanhamento de uma equipe multiprofissional, oferecendo atendimento de forma individualizada com o objetivo de proporcionar bem-estar ao paciente por meio do controle da doença e dos sintomas que ela faz acontecer”, completa Thaís Villa.




Dra Thaís Villa - CRM 110217 - Neurologista com Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia (UCLA) nos Estados Unidos. Idealizadora do Headache Center Brasil, clínica multiprofissional pioneira e única no país no diagnóstico e tratamento integrado das dores de cabeça e da enxaqueca. Professora de Neurologia e Chefe do Setor de Cefaleias na UNIFESP (2015 a 2022). Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Membro do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society. Atua exclusivamente na pesquisa e atendimento de pacientes com dor de cabeça, no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, enxaqueca crônica, cefaleia em salvas e outras cefaleias em adultos e crianças. Palestrante convidada em congressos nacionais e internacionais.



Headache Center Brasil
www.headachecenterbrasil.com.br
Instagram: @headache_center_brasil


A evolução silenciosa das UTIs e o futuro do cuidado intensivo


Há três décadas, adentrar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era sinônimo de ingressar em um ambiente de intervenções heroicas, mas muitas vezes limitadas pela tecnologia disponível. Pacientes com falência de múltiplos órgãos enfrentavam prognósticos difíceis, e o suporte à vida era, em grande parte, reativo e segmentado. Hoje, quando olhamos para a evolução do tratamento intensivo nos últimos anos, testemunhamos uma revolução silenciosa, impulsionada por avanços tecnológicos que transformaram as UTIs em centros de cuidado mais precisos, proativos e, acima de tudo, eficazes. 

Onde antes a falência renal significava partir para uma diálise convencional, com remoção rápida de fluidos que frequentemente desestabilizava pacientes críticos, hoje já é possível contar com sistemas capazes de oferecer terapias contínuas que, de forma muito mais gradual e fisiológica, permitem estabilidade ao paciente e, consequentemente, melhores desfechos clínicos. Ou seja, na prática, já é possível que o organismo do paciente se adapte sem quedas bruscas de pressão, um benefício inestimável para aqueles já em estado hemodinamicamente instáveis.

Mas a grande virada, e talvez a mais significativa, se refere à possibilidade de transição de um suporte focado em órgãos isolados para uma abordagem integrada. A tecnologia não parou nos rins. A abordagem multi-órgãos, possível graças aos novos sistemas e protocolos, permite que uma mesma plataforma ofereça ao mesmo tempo suporte renal contínuo aliado a cuidados respiratórios, hepáticos, de purificação sanguínea, dentre outros.

Toda essa versatilidade, fruto de uma engenharia sofisticada, foi fundamental no contexto da pandemia de covid-19, por exemplo, onde as unidades de terapia intensiva foram colocadas ao limite e precisaram utilizar de todas as ferramentas possíveis para suportarem a demanda e a pressão daquele momento. A pandemia escancarou a necessidade de aceleração da adesão tecnológica nas UTIs e a importância do olhar holístico ao paciente.

Contudo, a tecnologia, por mais avançada que seja, é apenas uma ferramenta. Seu verdadeiro potencial é liberado pelas mãos e mentes dos profissionais de saúde. Por isso, a evolução dos tratamentos de UTI exige também uma constante atualização das equipes médicas, a partir de um compromisso inabalável com a educação continuada. Além, é claro, do trabalho multidisciplinar, que contribui de forma integrada e conjunta para garantir o melhor prognóstico aos pacientes.

As últimas décadas foram transformadoras do ponto de vista tecnológico para os ambientes hospitalares, sobretudo aqueles de terapia intensiva. Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. É imperativo pensar em estratégias para ampliar o acesso às ferramentas de ponta e garantir que a capacidade de oferecer um suporte integrado e abrangente não seja um privilégio de poucas instituições, mas uma realidade em todas as UTIs. 

Ao investir em equipamentos modernos e na capacitação das equipes, garantimos que mais pacientes críticos tenham a chance de recuperação, com menos sequelas e uma melhor qualidade de vida. É neste caminho que devemos mirar os próximos 30 anos. Para garantir que o futuro dos centros de cuidado possa contar com cada vez mais precisão, personalização e eficácia nos tratamentos. Com o objetivo final de salvar vidas e restaurar a saúde com a máxima dignidade.

 

Paulo Lins - nefrologista, intensivista e gerente médico da Vantive


Dezembro Vermelho

Estudo mostra que 89% das pessoas com HIV sem tratamento prévio optaram por medicamentos injetáveis de longa ação, após rápida supressão viral com pílulas diárias 1

Não ter que se preocupar em esquecer uma dose diária (80%) e não precisar carregar os medicamentos (68%) são os motivos mais citados; dados foram apresentados na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), em Ruanda 1

 

A ViiV Healthcare, líder em pesquisa e desenvolvimento de prevenção e tratamentos para o HIV, acaba de anunciar os resultados do estudo de fase IIIb VOLITION, que mostram que 89% de pessoas vivendo com HIV, elegíveis e que não estavam em tratamento, optaram por migrar para Vocabria + Rekambys injetável de longa ação aplicado a cada 2 meses (CAB+RPV LA), após rápida supressão viral com Dovato diário (dolutegravir/lamivudina - DTG/3TC).¹ Outros estudos de vida real reforçam sua efetividade em diversas populações.2-5 No Brasil, Vocabria + Rekambys já foi aprovado pela ANVISA e deve estar disponível em 2026. 

 

“Os dados reforçam a eficácia e a tolerabilidade do DTG/3TC como uma opção de rápida supressão viral, além de demonstrar o valor de oferecer CAB+RPV LA como uma alternativa de tratamento que atenda às necessidades e preferências individuais. O Brasil possui um programa reconhecido mundialmente, do qual a GSK é uma aliada, e sabemos da relevância de trazer mais uma alternativa no tratamento para as pessoas vivendo com HIV. Os injetáveis de longa ação podem proporcionar alta eficácia, melhor tolerabilidade e maior adesão em comparação às pílulas diárias”, explica o infectologista Rodrigo Zilli, diretor médico associado HIV da GSK Brasil / ViiV Healthcare.

 

O estudo avaliou a experiência de indivíduos que ainda não estavam em tratamento e iniciaram com 1 comprimido diário de DTG/3TC, sendo posteriormente oferecida a opção de trocar para CAB+RPV LA a cada 2 meses após atingir a supressão viral.¹ Os participantes alcançaram rápida supressão viral com DTG/3TC (tempo mediano para supressão: 4,14 semanas), e após isso, receberam a opção de trocar.¹ Na próxima visita do estudo, 89% (n=129/145) dos elegíveis optaram por mudar para CAB+RPV LA, enquanto 11% (n=16) decidiram continuar com DTG/3TC.¹ Os motivos mais citados para escolher CAB+RPV LA foram não ter que se preocupar em esquecer uma dose diária (80%) e não precisar carregar os medicamentos (68%).¹

 

Dados de vida real:

 

Dados de estudos observacionais de vida real reforçam a alta efetividade, resultados favoráveis e elevada satisfação dos pacientes associados ao CAB+RPV LA.2-5 O estudo BEYOND acompanhou pessoas com HIV por 2 anos após a decisão de trocar para CAB+RPV LA em 27 locais nos EUA.²,³ Entre os 308 participantes, 97% mantiveram a supressão viral no mês 24 (com carga viral mais recente de <50 cópias/ml), com poucas interrupções devido a reações à injeção e sem novas falhas virológicas confirmadas após o mês 6, com relatos de redução do estigma e maior satisfação com o tratamento.²,³ 

 

De forma semelhante, o estudo CARLOS na Alemanha, com 351 participantes, mostrou 77,5% de supressão viral no mês 24, alta adesão (94,2% de injeções pontuais) e melhorias clinicamente relevantes na satisfação com o tratamento.4 Do total, 97,7% mantiveram a supressão na última carga viral registrada no mês 24 ou na descontinuação. Por sua vez, o COMBINE-2, com 956 pessoas com supressão viral que iniciaram CAB+RPV LA em sete países europeus, reportou 99% de supressão na última carga viral medida (10,2 meses), com baixas taxas de falha virológica confirmada (0,5%) e alta persistência (92% permanecendo na terapia).5 

 

IAS 2025:

 

Os estudos foram apresentados na 13ª Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), em Kigali, Ruanda, que reúne especialistas de todo o mundo para discutir os avanços e os desafios atuais no enfrentamento do HIV, sendo um dos principais congressos científicos globais dedicado à pesquisa e suas aplicações clínicas. “No evento, a GSK/ViiV reforçou sua liderança e atuação científica na área do HIV, colaborando com pesquisadores, profissionais e organizações internacionais para acelerar o acesso a medicamentos e soluções eficazes. Essa oportunidade também possibilitou a troca de conhecimentos e o fortalecimento de parcerias que podem gerar impacto positivo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, com foco na prevenção e tratamento de HIV/AIDS”, reforça Zilli, que esteve presente no evento.

 

Sobre o Vocabria + Rekambys (cabotegravir + rilpivirina)


O regime completo combina o inibidor de transferência de cadeia de integrase (INSTI) cabotegravir com rilpivirina, esse último um inibidor da transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo (ITRNN). A combinação está indicada para tratamento da infecção pelo HIV-1 em adultos e adolescentes de 12 anos ou mais, com peso de pelo menos 35 kg, que estão virologicamente controlados (RNA do HIV-1 menor que 50 cópias/mL) em um regime estável, sem histórico de falha no tratamento e sem resistência conhecida ou suspeita a qualquer um dos medicamentos.6,7 

Os INSTIs inibem a replicação do HIV ao impedir que o DNA viral se integre ao material genético das células do sistema imunológico humano (células T). Essa etapa é essencial no ciclo de replicação do HIV e é responsável por estabelecer a doença crônica. A rilpivirina é um ITRNN que atua interferindo em uma enzima chamada transcriptase reversa, impedindo que o vírus se multiplique.6,7


                                                        

Sobre Dovato

Dovato é um medicamento completo, de dose única diária, podendo ser tomado até mesmo em jejum, para o tratamento de HIV em adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade, com peso mínimo de 25 kg, sem histórico de resistência ao dolutegravir ou à lamivudina.8 O medicamento é composto por duas moléculas: o dolutegravir 50 mg atua ao impedir que o DNA viral se integre ao material genético das células humanas e a lamivudina 300 mg age interferindo na conversão do RNA viral em DNA, impedindo assim a multiplicação do vírus.8

 

Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 


GSK
ViiV Healthcare


Referências:

  1.  FELIZARTA, F. et al. The power of choice: strong preference for CAB+RPV LA following rapid suppression with DTG/3TC in treatment naive people living with HIV. Apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), de 13 a 17 de julho, Kigali, Ruanda. Disponível em: Link. Acessado em: Agosto de 2025.
  2. FELIZARTA, F. et al. Perspectives of people living with HIV (PWH) 24 months following a switch to cabotegravir and rilpivirine long-acting (CAB+RPV LA) in an observational real-world US study (BEYOND). Apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), de 13 a 17 de julho, Kigali, Ruanda. Disponível em: Link. Acessado em: Agosto de 2025.
  3. BLICK, G. et al. Clinical outcomes at month 24 after initiation of cabotegravir and rilpivirine long acting (CAB+RPV LA) in an observational real-world study (BEYOND). Apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), de 13 a 17 de julho, Kigali, Ruanda. Disponível em: Link. Acessado em: Agosto de 2025.
  4. WYEN, C. et al. 24-month outcomes of cabotegravir+rilpivirine long-acting every 2 months in a real‑world setting: effectiveness, adherence to injections, and participant-reported outcomes from people with HIV-1 in the German CARLOS cohort. Apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), de 13 a 17 de julho, Kigali, Ruanda. Disponível em: Link. Acessado em: Agosto de 2025.
  5. POZNIAK, A. et al. High virologic suppression and few virologic failures with Long-Acting Cabotegravir + Rilpivirine in Treatment Experienced Virologically Suppressed Individuals from COMBINE-2 cohort in Europe. Apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), de 13 a 17 de julho, Kigali, Ruanda. Disponível em: Link. Acessado em: Agosto de 2025.
  6. Vocabria (cabotegravir suspensão injetável de liberação prolongada). Bula do produto.
  7. Rekambys (rilpivirina suspensão injetável de liberação prolongada). Bula do produto.
  8. Dovato (dolutegravir/lamivudina). Bula do produto.

A dor de cabeça piora no calor? Neurologista explica as causas e quando o sintoma preocupa

Neurologista do Grupo Kora Saúde explica os gatilhos mais comuns da estação e como prevenir crises durante os meses mais quentes 

 

Durante os meses mais quentes do ano, muitos pacientes relatam aumento na frequência e na intensidade das dores de cabeça. Segundo a neurologista Vanessa Loyola de O. Marim, do Grupo Kora Saúde, esse comportamento já foi identificado em diversos estudos populacionais que mostram maior incidência de cefaleias em períodos de calor extremo e de variações bruscas de temperatura, especialmente entre pessoas predispostas.

A especialista reforça que o aumento das queixas durante o verão tem origem multifatorial. A vasodilatação provocada pelo calor é um dos mecanismos fisiológicos envolvidos, mas está longe de ser o único. A combinação de desidratação, perda excessiva de líquidos pelo suor e exposição a poluentes cria um cenário especialmente favorável às crises. “Quando calor, baixa ingestão de água e má qualidade do ar se somam, o organismo fica mais vulnerável, e a cefaleia aparece com maior frequência e intensidade”, afirma Vanessa.

Ela destaca que, embora estudos internacionais apontem aumentos importantes nesses períodos, os números variam bastante e dependem do contexto ambiental, climático e cultural de cada país. “Há pesquisas asiáticas que relatam elevações próximas de 35% nos episódios de cefaleia durante ondas de calor, mas não podemos aplicar esses dados de maneira automática ao Brasil. As realidades são muito diferentes em clima, poluição, genética e hábitos”, pontua.

Apesar dessa variação, um ponto é amplamente consistente na literatura: a hidratação adequada influencia diretamente a redução dos sintomas. Estudos mostram que aumentar a ingestão diária de água em cerca de 1,5 litro pode diminuir até 21 horas de dor em um período de duas semanas em pessoas predispostas. “É uma intervenção simples, acessível e muitas vezes subestimada, mas com impacto real na prevenção de crises associadas ao calor”, reforça.

Embora a maioria das dores de cabeça ligadas ao calor seja benigna e melhore com medidas como hidratação, descanso e controle da exposição ao sol, alguns sinais exigem atenção imediata. Vanessa alerta que a busca por avaliação médica é recomendada quando a dor vem acompanhada de alterações visuais, febre persistente, rigidez no pescoço, náuseas intensas, vômitos, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, ou quando o sintoma se intensifica progressivamente ao longo dos dias. “Reconhecer quando a dor foge do padrão habitual é fundamental, principalmente no verão, quando os gatilhos ambientais estão mais presentes”, ressalta.

Para atravessar a estação mais quente do ano com mais conforto, a neurologista do Grupo Kora Saúde recomenda atenção constante à hidratação, evitar exposição solar prolongada, manter hábitos regulares de sono e minimizar contrastes extremos de temperatura entre ambientes internos e externos. “Não controlamos o clima, mas podemos controlar os gatilhos. E essa é a chave para reduzir o impacto das cefaleias no verão”, conclui.



Kora Saúde


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