Entre trabalhos acumulados, revisões e
expectativas familiares, crianças vivem o momento mais intenso do ano.
Especialista explica como a rotina e o autocuidado podem virar aliados no final
de 2025
Com a chegada das provas finais, o clima nas escolas muda e os
estudantes sentem isso mesmo sem saber explicar. A reta final do ano letivo
costuma trazer uma combinação de desafios: revisar conteúdos, terminar tarefas,
lembrar detalhes de várias matérias e lidar com a expectativa dos adultos. Para
muitos estudantes, esse cenário provoca aumento da ansiedade e mudanças de
comportamento.
Cláudia Mialichi, Gerente Educacional do Colégio Objetivo DF,
explica que esse período é especialmente sensível para os mais novos. “A
criança percebe que está chegando a hora de mostrar o que aprendeu. Mesmo
quando ela estudou o ano inteiro, o medo de errar aparece. Isso pode gerar
insegurança, irritação e até vontade de chorar sem motivo claro”, destaca.
Segundo Mialichi, alguns sinais se tornam mais
frequentes nessa época: dificuldade de concentração, esquecimento, dores de
barriga, alteração no sono e maior sensibilidade emocional. “O corpo das
crianças reage ao estresse de forma muito direta. Muitas vezes, o que parece
birra ou desatenção é, na verdade, um pedido de ajuda diante da pressão”,
afirma.
O
que pode ajudar nessa reta final?
A especialista lembra que as crianças precisam de orientação
simples e de segurança emocional para atravessar o período com serenidade. A
seguir, ela compartilha estratégias que apoiam estudantes e famílias:
1.
Criar uma rotina curtinha e visual
“Crianças funcionam muito bem com previsibilidade. Um pequeno
quadro ou lista com o horário de estudo, descanso e brincadeira ajuda a dar
segurança e evita a sensação de bagunça.”
2.
Estudar em tempos menores e mais leves
“Para crianças, 20 a 30 minutos de estudo já são suficientes.
Depois disso, uma pausa para água, um lanchinho ou um pouco de movimento faz
toda diferença no foco.”
3.
Garantir sono de qualidade
“Dormir bem é fundamental. Crianças cansadas ficam mais ansiosas e
aprendem menos. Ter horário fixo para dormir ajuda o cérebro a organizar tudo o
que foi estudado.”
4.
Evitar comparações com colegas ou irmãos
“Cada criança aprende de um jeito. Comparar só aumenta a pressão e
faz o estudante acreditar que nunca é bom o bastante.”
5.
Ensinar pequenas práticas de calma
“Respiração lenta, alongamento ou até pedir para a criança contar
até dez ajudam o corpo a desacelerar. São recursos simples, mas muito poderosos
para regular a ansiedade.”
6.
Acolher e conversar sobre o medo
“Perguntar como a criança está se sentindo e validar sua
preocupação já alivia metade da tensão. Às vezes, o que ela precisa é apenas
saber que está tudo bem sentir nervoso.”
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