Psicanalista Maria
Homem convida a sociedade a olhar para a masculinidade como uma construção, e,
por isso mesmo, passível de transformação
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Neste Dia do Homem (15/07), a provocação é direta:
e se a maior prova de força for se permitir sentir?
Durante décadas, o modelo masculino foi associado à
dureza, controle e invulnerabilidade. Os homens crescem ouvindo que “não devem
chorar”, “precisam ser fortes” e “não podem vacilar”.
No livro “Coisa de
Menino? Uma conversa sobre masculinidade, sexualidade,
misoginia e paternidade”, escrito em parceria com Contardo
Calligaris, a psicanalista Maria Homem convida a sociedade a
questionar essa narrativa e a olhar para a masculinidade como uma construção,
e, por isso mesmo, passível de transformação.
Uma fantasia masculina é a do
herói solitário. Aquele do passado, que está na ponta, com seu barco, seu
cavalo, seu carro, ou que está no futuro, que vai desbravar o sistema solar.
Esse homem se conecta com a fantasia da liderança e carrega a fantasia da
solidão, o que é a base da nossa fantasia moderna individualista. E ela hoje,
no século 21, vem com dor, vem rasgada, porque temos a falência desse lugar de
macho alfa indestrutível, avalia Maria Homem.
A especialista oferece quatro lições que podem ser
o início de um novo caminho para os homens: mais autêntico, afetivo e livre.
- Chega
de engolir o choro
Chorar é um ato de saúde emocional. Mas, para os
meninos, esse direito é arrancado cedo. A consequência disso não é maturidade,
é silenciamento. Homens que não aprendem a nomear o que sentem crescem com
dificuldades de se expressar, formar vínculos e lidar com frustrações. A
repressão emocional se transforma em impulsividade, adoecimento psíquico ou em
violência. O homem silenciado não sabe pedir ajuda. Dar espaço para a emoção é
dar a ele a chance de existir por inteiro.
- Sensibilidade
não anula a força, amplia
A ideia de que o homem sensível é “fraco” é uma das
armadilhas mais antigas da masculinidade tradicional. A sensibilidade, no
entanto, é uma forma de inteligência emocional: perceber o outro, escutar o que
se sente, sustentar as contradições do mundo. Um homem sensível é mais presente
nos afetos, nas escolhas e na vida. A sensibilidade não apaga a virilidade. Ela
só recusa que ser homem signifique ser duro o tempo todo.
- Ser
homem não é cumprir um papel
A masculinidade como norma define um script:
ser competitivo, racional, invulnerável, provedor e heterossexual. Qualquer
desvio desse roteiro é tratado como fraqueza, falha ou vergonha. Mas o sujeito
não é um papel: é um desejo em movimento. Não há um jeito certo de ser homem.
Há o jeito possível de cada um existir, com desejo, com afeto e com
contradições. Desobedecer à masculinidade normativa é também uma forma de
liberdade e de saúde mental.
- A
infância importa e não pode ser esquecida
Muito do que os homens vivem (e sofrem) na vida
adulta começou com frases ditas ainda na infância. A imposição do silêncio
emocional, a negação do medo e a proibição do afeto, tudo isso forma um homem
com lacunas afetivas profundas. Reconhecer a criança ferida que muitos carregam
dentro de si é um passo essencial para romper o ciclo. Não se trata de culpa,
mas de escuta. A verdadeira maturidade talvez comece com o resgate dessa
infância silenciada. Quem ensinou que menino não sente também ensinou que
adulto não pode se curar.
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