Especialista em comunicação corporativa revela aspectos indispensáveis para fortalecer a relação entre marcas e pessoas
Agências
de comunicação que oferecem assessoria de imprensa e baseiam suas ações pelos
resultados das relações com a mídia estão diante de uma grande transformação. A
maneira como as pessoas se informam mudou bastante e todos tiveram de se
adaptar rapidamente. O relatório “Digital 2024”, divulgado pela We are social, revela que mais de cinco bilhões de pessoas usam ativamente as mídias
sociais. Chama atenção que, no Brasil, se gasta uma hora a mais do que a média
global nesse tipo de atividade (duas horas e meia), com as mídias sociais sendo
responsáveis por 35,8% das
atividades diárias online do brasileiro. Ainda assim, a maioria
das pessoas consome notícias por meios considerados tradicionais, grande
parte no formato digital.
A
pandemia de Covid-19 também desempenhou um papel fundamental na aceleração das
coisas. Com tudo se tornando digital, o universo das assessorias de imprensa
teve que se adaptar rapidamente às novas regras do jogo. De acordo com o 2º Censo Brasileiro das Agências de Comunicação, existem 1.145 agências no Brasil. Já uma pesquisa
realizada pela Cortex em parceria com o Mundo do Marketing revelou haver mais de 180 mil empresas ativas
entre agências de marketing e comunicação – sem contar outras 40 mil que
oferecem serviços relacionados à área. Com tantas empresas voltadas para a
informação, acompanhar a evolução da comunicação é determinante para o sucesso
do negócio.
A
ascensão do jornalismo independente, segundo o PR Daily,
merece mais atenção dos assessores de imprensa. "O crescimento do
jornalismo independente é um reflexo da busca por mais autenticidade e
pluralidade nas narrativas", diz a jornalista Heloísa Paiva, especialista
em comunicação corporativa que está à frente da Press
Página há 23 anos. “Para nós,
assessores, é fundamental entender que os meios tradicionais não são mais os
únicos interlocutores válidos. Precisamos construir relações com uma nova
geração de produtores de conteúdo que estão ganhando força no cenário digital”.
Outra
tendência que ganha destaque em 2025 é a integração das estratégias de
assessoria de imprensa com dados e inteligência artificial. “A análise
de dados em tempo real se tornou indispensável para entender como nossas
mensagens estão sendo percebidas”, aponta Heloísa. “Hoje, contamos com
ferramentas que permitem monitorar não apenas o alcance de uma notícia, mas
também o engajamento gerado por ela. Isso é um divisor de águas na forma como
desenhamos nossas ações, permitindo que a comunicação seja mais ágil, precisa e
personalizada, algo indispensável para os tempos atuais”.
Por
fim, as redes sociais continuam a ser uma peça-chave na
comunicação entre marcas e pessoas. “O assessor de imprensa moderno precisa
compreender que as redes sociais não são apenas um canal de distribuição, mas
um espaço onde as marcas podem humanizar suas mensagens e se conectar
diretamente com o público”, diz a especialista. “Estar presente nesses
ambientes com estratégia e propósito é essencial para construir relevância.
Eles permitem que a comunicação seja mais ágil, precisa e personalizada, algo
indispensável para 2025”.
Em
um cenário tão dinâmico, a capacidade de adaptação continua a ser a maior
aliada dos profissionais de comunicação. “Quem não acompanha as mudanças está,
inevitavelmente, ficando para trás”, afirma Heloísa. “O mercado está mais
desafiador, mas também mais cheio de oportunidades para quem entende o momento
e está disposto a inovar”.
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