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terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Novidades para entrada de estrangeiros no país que devem impactar o Turismo neste ano

Volta da exigência de visto de visita para países estratégicos e aumento da movimentação de marítimos são desafios de imigração para o turismo neste ano

 

O Brasil registrou no ano passado um número recorde de turistas estrangeiros no país e se prepara para um cenário parecido neste ano com a realização de grandes eventos globais, como a COP 30 em Belém do Pará e a reunião de cúpula dos Brics, programada para o Rio de Janeiro. Em meio às expectativas de grande movimento, o país prevê a exigência de vistos para cidadãos do México e a retomada para estrangeiros dos EUA, Canadá e Austrália. Para Diogo Kloper, Diretor Executivo da Fragomen no Brasil, empresa líder global em imigração e mobilidade internacional, esse é um dos desafios do ano para a área de imigração. “Estamos falando de grupos de nacionalidades relevantes. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição em número de visitantes ao Brasil ano passado", lembra Diogo. 

A retomada deve entrar em vigor a partir de 10 de abril de 2025 e terá um processo 100% eletrônico e online, no qual será exigido desses cidadãos o e-Visa, com valores que partem de USD 80,90. Para Diogo, isso permite a emissão de forma mais rápida e acessível. “O Brasil deu um passo rumo à modernização e desburocratização do processo, sem abrir mão do princípio da reciprocidade que fortalece a estratégia do Governo de colocar o Brasil como protagonista no cenário mundial. Esse é um sinal positivo, mas nos resta ainda garantir um sistema de emissão eficiente, sem falhas, para que a nova medida não impacte o turismo", afirma Diogo.

 

Impacto no offshore

O país também bateu recordes na indústria de cruzeiros, com crescimento de investimentos no país e o maior número de cruzeiristas da história na última temporada de 2023/2024. A realização da COP 30 em Belém deverá impulsionar a chegada de navios internacionais, movimentando o turismo fluvial na região amazônica. Dados preliminares sugerem um aumento considerável no número de cruzeiros aportando em Santarém, Alter do Chão e outras localidades do Pará, consideradas destinos de destaque no turismo de lazer e ecológico. "Além do boom dos cruzeiros no turismo, as hospedagens fluviais e marítimas irão funcionar como alternativa para a escassa e já superfaturada oferta de acomodações na cidade durante a COP 30", conta Diogo. 

Por essas razões, se faz ainda mais urgente que o país resolva a falta de informação quanto à aplicação da Convenção nº 185 da OIT, que regula o uso do Documento de Identidade da Gente do Mar (SID). “A interpretação atual da legislação tem limitado o direito dos marítimos a ‘baixar terra’ nos portos brasileiros, o que impacta tanto os trabalhadores quanto as operações logísticas no setor marítimo, sem contar a exigência de visto para mais nacionalidades a partir de abril deste ano. Em um momento em que o país desempenha papéis de destaque global para a economia verde, transição energética, turismo sustentável, não podemos oferecer um ambiente de insegurança jurídica às empresas que contam com mão de obra estrangeira para atuar no país", reforça Diogo.                

 

Fragomen

 

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