Os danos
provocados pela exposição podem levar anos para se manifestar, com sérios
impactos à saúdefreepik
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
proíbe a venda e o uso de câmaras de bronzeamento artificial no Brasil desde
2009. A medida foi tomada devido aos graves riscos à saúde, como o aumento de
casos de câncer de pele e outros danos cutâneos causados pela exposição à radiação
ultravioleta (UV-B).
Apesar da proibição, muitos ainda desconhecem os
perigos dessa prática. É possível encontrar e comprar máquinas em grandes sites
como o Enjoei.com e o Mercado Livre. No final do ano passado, a Câmara
Municipal do Rio de Janeiro aprovou o uso de máquinas para bronzeamento
artificial com finalidade estética.
Após a aprovação, a Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD) publicou uma nota de repúdio na qual "se posiciona
veementemente contra essa liberação, enfatizando que tal decisão compromete a
saúde pública e coloca em perigo a vida da população".
A radiação UV-B é altamente agressiva à pele,
causando queimaduras severas, cicatrizes permanentes e alterações celulares que
podem levar ao desenvolvimento de câncer. Pesquisas indicam que a exposição
eleva a incidência de câncer, dessa forma, trata-se de uma questão de saúde
pública.
Segundo a enfermeira estomaterapeuta da Vuelo
Pharma, Andrezza Barreto, os danos são muitas vezes irreversíveis e podem não
ser percebidos imediatamente. “Mesmo sessões curtas podem provocar lesões
profundas que aparecem apenas anos depois”, alerta.
As consequências vão além da estética. “As
queimaduras causadas pelas câmaras de bronzeamento são dolorosas e difíceis de
tratar, frequentemente exigindo hidratação intensiva, produtos específicos e
acompanhamento médico”, explica a enfermeira.
A Agência Internacional para Pesquisa sobre o
Câncer (IARC), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica todo
o espectro de radiação solar e dispositivos emissores dessa radiação, como as
máquinas de bronzeamento artificial, como carcinogênicos do Grupo 1, ao lado de
substâncias como o tabaco e o amianto.
A proibição da ANVISA acompanha uma tendência
global de combate aos malefícios da radiação UV artificial. Para alcançar um
bronzeado seguro, especialistas indicam o uso de autobronzeadores e maquiagem
apropriada.
Vale lembrar que, enquanto o autobronzeador estiver
agindo, é essencial evitar a exposição ao sol. Após o enxágue, a exposição
solar pode ser retomada, mas sempre com o uso de filtro solar para garantir a
proteção da sua pele.
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