A Universidade de Oxford elegeu "brain
rot" – traduzida como "cérebro apodrecido" – como a palavra do
ano de 2024. A expressão, popular entre jovens nas redes sociais, reflete um
desafio urgente da era digital: os efeitos negativos do consumo excessivo de
conteúdos superficiais, que comprometem a saúde mental, a criatividade e as
habilidades cognitivas.Pixabay
Essa escolha suscita uma reflexão importante: como
equilibrar o uso da tecnologia, que conecta as pessoas, com o cuidado
necessário para preservar a saúde mental e as relações? Pesquisas indicam que o
“brain rot” não é apenas um problema individual, mas também influencia a
maneira como as pessoas interagem, criam e resolvem problemas, afetando
contextos que vão do pessoal ao organizacional.
A relevância de “brain rot” como palavra do ano vai
além de uma simples tendência. Ela desafia a criar ambientes onde a tecnologia
seja aliada do bem-estar, e não um fator de desgaste. E isso começa pela
coragem de abrir conversas genuínas sobre o impacto do digital em nossas vidas
e organizações.
Estudos recentes destacados pelo Newport Institute
mostram que os impactos negativos, como ansiedade, dificuldades cognitivas e
queda de produtividade, podem ser revertidos. Estratégias eficazes incluem
limitar o tempo de tela, priorizar atividades com propósito e criar ambientes
psicologicamente seguros, onde erros e desconexões sejam reconhecidos como
parte do processo de aprendizado.
Nas organizações, o "cérebro apodrecido"
é um reflexo da pressão por resultados e do excesso de estímulos digitais.
Segundo o State of the Global Workplace Report 2024, apenas 23% dos
trabalhadores globais relatam estar engajados em seu trabalho, enquanto 44%
afirmam experimentar níveis significativos de estresse diário. Esses números
reforçam a importância de criar conversas significativas e educativas com atenção
a como o impacto do digital pode interferir no engajamento e no estresse
crônico nas organizações.
Segurança psicológica é a chave para trazer este
tema à mesa e transformar o impacto do digital. Quando criamos ambientes que
incentivam o diálogo sobre o que é contraproducente às iniciativas de
equilíbrio e saúde mental, não estamos somente educando e recuperando a
capacidade criativa das pessoas, mas também impulsionado resultados, realização
e bem-estar.
O diálogo sobre "brain rot" é mais do que uma tendência, é um chamado para repensarmos o papel da tecnologia em nossas vidas e organizações. Ao integrarmos segurança psicológica e consumo consciente, estamos reforçando a importância do equilíbrio para a saúde e a sustentabilidade das empresas e das pessoas.
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