"Símbolo de movimento e expansão, o significado do fogo vai muito além do calor", explica a médica integrativa Dra. Helena Campiglia
O verão chegou e com ele, além de muito sol, calor
e férias (para muitos) há uma grande diferença na “qualidade energética” de
cada estação do ano. De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, há cinco
movimentos que simbolizam cinco fenômenos naturais (Água, Fogo, Madeira, Metal
e Terra) e o Verão está associado ao movimento – ou símbolo – do
FOGO, e isso se manifesta na saúde e no ser humano de uma forma muito
especifica.
No verão existe o que chamamos de ápice do YANG,
energia quente e expansiva presente na natureza. A emoção associada ao
fogo é a alegria e a manifestação da criatividade. “O principal órgão ligado a
esta estação é o coração, responsável não só pelas funções classicamente
sabidas como cardíacas, como ainda pelas emoções, pela circulação, pela
memória, pela mente e também contém os aspectos espirituais ou o próprio
espírito criativo”, afirma Dra. Helena Campiglia, médica especialista em
Medicina Tradicional Chinesa, Medicina Integrativa e Saúde da Mulher.
Em termos simples para todos aqueles que querem
preservar a saúde nesta estação do ano, é fundamental entender que durante a
estação, a energia está no seu máximo da expansão. “No verão tem-se a tendência
a fazer atividades ao ar livre e, portanto, aconselha-se levantar cedo, receber
os primeiros raios de sol e se movimentar”, aconselha Dra. Helena, que além de
médica é também professora de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona.
Na acupuntura, o fogo é responsável
pelo coração, pelo aquecimento do corpo e pelo intestino delgado. O risco desse
movimento em desequilíbrio é levar à exaustão e ansiedade. “É necessário, para
manter a fogueira acesa, ter lenha suficiente”, explica Dra. Helena. Se sua constituição
corporal é frágil, você pode se sentir exausto, o que pode acarretar em quadros
de desânimo e até mesmo depressão, além de pouca clareza mental, perda de
memória, má circulação, taquicardia e ansiedade.
Para ficar em sintonia com essa estação do ano, a alimentação
deve ser feita preferencialmente por comidas leves e refrescantes como saladas,
brotos, melancia, laranja lima, limão e maçãs. Para beber, dar
preferência para chás como a camomila, a tília e a menta. Cozinhar os alimentos
em vez de grelhar é outra boa pedida. “Ingerir água em abundância e evitar
alimentos pesados como carnes, ovos e nozes. O uso de uma pitada de gengibre ou
pimenta verde para auxiliar na digestão (mas sem exageros) pode ser
recomendado.
Em “Medicina Integrativa & Saúde da Mulher”, seu terceiro livro, Dra. Helena Campiglia mostra que o diferencial da medicina integrativa está em olhar os pacientes como um todo, através da promoção do autocuidado e da prevenção – esta última, dona de grande importância já que trata previamente os desequilíbrios que podem levar às doenças e não ataca somente os sintomas. Essa união de abordagens também oferece maior autonomia às mulheres, que passam a ter mais ferramentas para gerenciar sua saúde de forma ativa e consciente.
“Propor modelos integrativos para uma medicina baseada em doença, e não em saúde é um enorme desafio. Meu desejo é que este livro possa acrescentar reflexão, profundidade e conhecimento à prática de muitos profissionais da área e que isso se reflita na vida de seus pacientes.” – Dra Helena Campiglia
Título: Medicina Integrativa & Saúde da Mulher
Autor: Dra. Helena Campiglia (@helenacampiglia)
Editora: Guanabara Koogan GRUPO GEN
Páginas: 288
Disponível em: https://amz.run/9WXI
Helena Campiglia - médica formada pela Universidade de São Paulo (USP), fez Residência em Clínica Médica, especialização em Acupuntura, Medicina Chinesa e Endocrinologia Ginecológica. Formou-se em Medicina Integrativa pelo fellowship no AWCIM pela Universidade do Arizona (EUA). Atualmente é professora convidada na Universidade McMaster, Toronto (Canadá) e mentora dos alunos do Fellowship de Medicina Integrativa no AWCIM pela Universidade do Arizona (EUA). Autora dos livros “Psique e Medicina Tradicional Chinesa” e “O Domínio do Yin: Da Fertilidade à Maternidade; a Mulher e suas fases segundo a Medicina Tradicional Chinesa”, ambos na sua 3ª edição. Atua como Clínica Geral e em Saúde da Mulher há mais de 25 anos unindo a Medicina convencional às práticas integrativas.
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