Especialista
aponta como cuidados no dia a dia desse público são essenciais para prevenir o
desenvolvimento da condição
Recentemente, Ministério da Saúde divulgou o
Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re)conhecimento e
projeções futuras. Segundo o documento, 8,5% das pessoas com 60 anos ou mais, o
que equivale a 2,71 milhões de indivíduos, convivem atualmente com essa condição.
As projeções indicam que até 2050, o número pode subir para 5,6 milhões de
pessoas.
A análise regional do estudo revelou que a demência
é mais prevalente entre mulheres, representando 9,1% dos casos, enquanto entre
os homens o percentual é de 7,7%. O relatório também chama atenção para os
riscos, o subdiagnóstico e o estigma que ainda cercam essa condição,
dificultando a implementação de medidas preventivas e o acesso ao tratamento
adequado.
Jéssica Ramalho, Diretora de Operações da Acuidar,
reforça a importância dos cuidados diários na prevenção da prevenção não
somente da demência, como de diversas condições neurológicas que podem afetar o
grupo. “Acompanhar de perto o comportamento e as necessidades dos idosos é
essencial. Pequenas mudanças na rotina e na forma de cuidar podem ajudar a
prevenir não apenas a demência, mas também outras condições associadas ao
envelhecimento”, explica.
Como identificar mudanças no
comportamento dos idosos?
A identificação precoce de alterações no
comportamento é um fator essencial para prevenir o agravamento de doenças
neurodegenerativas. É necessário observar sinais como perda de memória
frequente, dificuldades em realizar tarefas cotidianas e mudanças de humor sem
motivo aparente. Além disso, a falta de interesse por atividades que antes eram
rotineiras pode ser um alerta.
“Os cuidadores e familiares precisam estar atentos
e buscar orientação profissional assim que essas mudanças se manifestem”,
afirma Jéssica. Para a especialista, o diagnóstico precoce possibilita a adoção
de medidas que podem retardar o avanço da demência e garantir uma melhor
qualidade de vida ao idoso.
Métodos de tratamento
Os cuidados para evitar o desenvolvimento de demência e outras condições incluem, além do acompanhamento médico, a adoção de práticas que estimulem a saúde física e mental dos idosos. “A prática de exercícios físicos regulares, por exemplo, contribui para a manutenção das funções cognitivas, enquanto atividades que envolvam raciocínio, como leitura e jogos de memória, ajudam a manter o cérebro ativo”, afirma.
A especialista pontua que a alimentação balanceada
é outro fator importante, devendo ser rica em nutrientes que auxiliem na
proteção das células cerebrais. O consumo de frutas, verduras e peixes ricos em
ômega-3 é recomendado para reduzir o risco de demência e doenças
cardiovasculares.
Por fim, o suporte emocional e social tem grande
impacto no bem-estar do idoso. Manter a interação com familiares e amigos,
participar de grupos sociais e realizar atividades em conjunto promovem o estímulo
cognitivo e ajudam a combater o isolamento, que pode ser um fator de risco para
o desenvolvimento de demência.
a Acuidar
https://www.acuidarbr.com.br/
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