Novas tecnologias vão desde IA e machine learning até bombas de insulina avançadas e apps de gerenciamento da doença
Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas - o
número que deve ser muito maior, já que cerca de 40% das pessoas portadoras não
sabem que têm a doença. Se as tendências atuais continuarem, o número de
pacientes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040.
O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela elevação da
glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção
ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas
células beta.
“A função principal da insulina é promover a entrada de glicose
para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as
diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação
resulta no acúmulo de glicose no sangue, que é o diabetes”, afirma Dr. Carlos Alberto Reyes Medina,
Diretor Médico da da
Carnot Laboratórios, laboratório farmacêutico.
Embora
seja uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, as novas
tecnologias estão revolucionando a maneira como ela é gerenciada,
proporcionando maior controle e melhor qualidade de vida aos pacientes.
O doutor listou uma série de inovações no tratamento da diabetes, destacando seus benefícios e impactos. Eles seguem abaixo:
Monitoramento
contínuo da glicose
Este dispositivo permite que os pacientes monitorem seus níveis de glicose em tempo real, sem a necessidade de picadas frequentes no dedo. Dessa forma, utiliza-se sensores colocados sob a pele para medir a glicose no fluido intersticial, fornecendo dados constantes sobre as flutuações de glicose. Isso ajuda os pacientes a tomar decisões informadas sobre alimentação, exercícios e dosagem de insulina.
Bombas
de insulina avançadas
As bombas de insulina são outra tecnologia crucial no tratamento da doença. Elas entregam insulina de forma contínua e personalizada, imitando a função de um pâncreas saudável. As versões mais recentes possuem integração com dispositivos monitoramento da glicose, permitindo ajustes automáticos na entrega de insulina com base nos níveis monitorados. Além disso, algumas bombas têm a capacidade de suspender a administração de insulina se detectarem níveis baixos de glicose, prevenindo episódios de hipoglicemia.
Aplicativos
de gerenciamento de diabetes
Os apps têm se tornado ferramentas indispensáveis para pacientes e profissionais de saúde porque permitem o registro de dados sobre glicose, insulina, alimentação e atividade física. Além disso, fornecem análises detalhadas e gráficos que ajudam a identificar padrões e tendências. “Muitos desses aplicativos também oferecem lembretes para a administração de insulina e consultas médicas, além de possibilitar a comunicação direta com os profissionais de saúde”, esclarece o Dr. Carlos.
Terapia
com células-tronco
Uma das áreas mais promissoras na pesquisa de tratamento da diabetes é a terapia com células-tronco. Esta abordagem visa regenerar as células beta do pâncreas que produzem insulina, restaurando a capacidade natural do corpo de controlar a glicose no sangue. Embora ainda esteja em fase experimental, os avanços nessa área têm o potencial de oferecer uma cura para a diabetes tipo 1.
Inteligência
Artificial e machine learning
Essas duas tecnologias estão transformando o tratamento da diabetes ao permitir uma análise mais precisa e personalizada dos dados dos pacientes. Algoritmos podem prever episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia com base em padrões históricos de glicose, alimentação e atividade física. “Além disso, essas tecnologias podem sugerir ajustes na dosagem de insulina e no plano alimentar, melhorando o controle glicêmico de maneira proativa”, o médico destaca.
Dispositivos
vestíveis
Para
finalizar, o especialista menciona os dispositivos vestíveis, como relógios
inteligentes e fitas de pulso, que estão se tornando populares entre os
pacientes diabéticos. “Esses dispositivos podem monitorar vários parâmetros de
saúde, incluindo níveis de glicose, frequência cardíaca e atividade física. Sua
integração com apps de gerenciamento de diabetes permite um monitoramento mais
completo e em tempo real da saúde do paciente”, finaliza o Dr.
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