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terça-feira, 30 de abril de 2024

Cânceres e doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo

Consultas regulares ajudam a identificar o problema cedo; exames devem ser indicados de acordo com cada paciente

 

As neoplasias e os problemas cardiovasculares acometem milhares de pessoas todos os anos. Eles estão no topo da lista das doenças que registram maior mortalidade em adultos. Entretanto, o motivo por trás do surgimento dessas patologias é diverso, afinal, muitas podem ser desenvolvidas após um estilo de vida não saudável ou por causas genéticas. 

De acordo com Dr. Abrão Cury, cardiologista do Hcor, existem diferenças nas doenças que atingem os homens e as mulheres por causa das questões físicas e fisiológicas. “Naturalmente, as artérias coronárias das mulheres tendem a ser mais finas, então qualquer problema cardíaco que tenha ocorrido de maneira semelhante nos homens, será mais grave em pessoas do sexo feminino”, explica o especialista. Além disso, o impacto do consumo de bebidas alcoólicas e cigarro para as mulheres é maior do que para os homens. 

Outro ponto de atenção são as cargas sociais do dia a dia. “Atualmente, as mulheres lidam com muito mais coisas do que antigamente, têm que dar conta da carreira, e parte delas ainda lidam com as funções domésticas, o que acaba sobrecarregando. Qualquer quadro de estresse pode gerar diversos tipos de problemas muito mais graves nelas”, aponta. 

Por esse motivo, Dr. Abrão reforça a importância de manter as consultas de rotina e os exames regulares. Apesar disso, ele ressalta que não existe uma lista única de análises que se aplique a uma mesma faixa etária. “Exames para verificar gordura e açúcar no sangue e função renal são mais simples de serem feitos e solicitados, mas é necessário averiguar a situação de cada paciente individualmente e customizar a lista de exames de acordo com o que cada uma precisa”, informa o médico. 

Pessoas que mantêm uma vida saudável tendem a possuir uma velhice que acompanha a saudabilidade, sofrendo mais com os desgastes naturais do corpo do que com doenças. Ainda que a pessoa não tenha a mesma vitalidade de antes, há muito mais chances de ela chegar aos 65 anos sem nenhuma patologia. Entretanto, o especialista traz um alarme: o estilo de vida que não é saudável acarreta muito mais males do que bens, podendo levar o indivíduo até mesmo à morte prematura. 

O diagnóstico precoce e preciso é sempre importante para a definição de próximos passos. “Vale frisar que sempre há tempo para tratamento, mas é necessário entender que isso não significa apenas medicamentos. É uma junção de fatores, começando pela mudança na alimentação, na cessação do tabagismo, álcool e sedentarismo, além de encontrar um médico de confiança que possa sempre ajudar o paciente a viver melhor. Nunca é tarde demais para se iniciar um processo terapêutico que contemple tudo isso junto”, conclui Dr. Abrão.

 

Hcor



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