Atrair e reter talentos, sem dúvidas, está entre os grandes desafios do mercado. Isso é, levando em conta as novas aspirações profissionais e perfis de diferentes de gerações, cabe às organizações a missão de estarem antenadas em oferecer para o colaborador aquilo que ele tem almejado. E, dentre as estratégias para isso, investir na diversidade do time tem se mostrado um elemento fundamental.
É fato que, hoje, as empresas têm a capacidade de
atrair talentos. Percebemos um aumento crescente na oferta de cargos que contém
uma gama de benefícios que geram ainda mais atratividade. No entanto, nem todas
tem bem desenvolvido um plano de carreira, afinal, mais do que salários altos,
os profissionais, principalmente da geração Z, optam por fazer parte de uma
organização que também mostre oportunidades de crescimento.
Dessa forma, investir na diversidade da equipe é
uma abordagem extremamente estratégica, visto que ajuda a organização como um
todo a demonstrar o seu engajamento e valores perante o mercado.
Essa ação torna-se ainda mais importante quando
aplicada na área de TI, tendo em vista que se trata de um segmento em constante
desenvolvimento e crescimento, mas que ainda é visto como um espaço altamente
masculinizado. Como prova disso, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED), entre os anos de 2015 e 2022, o aumento da participação
feminina foi de 60% no setor de tecnologia. No entanto, segundo a pesquisa
Women in Technology, realizada em 2021 pela empresa Michael Page, menos de 20%
dos cargos de tecnologia eram ocupados por mulheres.
Por sua vez, quando falamos de diversidade, é
importante enfatizar que o conceito não se limita apenas a questões de gêneros,
mas também considera etnias, orientação sexual, PCD (pessoa com deficiência),
diferentes faixas etárias e níveis profissionais, entre outras características.
Diferentemente do que se possa imaginar, ter times
mistos com diferentes perfis e características é um fator diferencial e
estratégico para o desenvolvimento da empresa, sobretudo, para a área de TI. Ao
unir profissionais com características distintas, a organização passa a contar
com bagagens e experiências diversificadas, que podem favorecer em ações que
vão desde tomadas de decisões mais estratégicas, até o conhecimento técnico que
potencializa ainda mais o seu desenvolvimento.
Certamente, assim como em qualquer equipe, desafios
podem aparecer nesse caminho. Até porque, são características e trajetórias
diferentes trabalhando juntos. Por isso, a organização precisa ter bem claro a
diferença entre igualdade, que prevê que todos devem ser orientados pelas
mesmas regras, direitos e deveres; e a equidade, a qual reconhece que nem todos
são iguais e a importância de auxiliar o colaborador naquilo que precisa,
equalizando as necessidades e oportunidades.
Desenvolver ações como cursos e workshops ajuda a
promover uma maior e melhor integração da equipe, bem como a combater certos
preconceitos e deixar claro qual o papel de cada um. Além disso, é essencial
que a empresa, mais do que agregar conhecimento, também faça um exercício para
que os colaboradores consigam produzir sozinhos, para que tenham uma jornada
ainda mais satisfatória.
Embora a pauta da diversidade e inclusão seja algo
constantemente abordado, ainda assim, essa não é uma realidade em todas as
empresas. Muitas, desde a sua fundação, não tiveram estabelecido este conceito
na sua cultura e, por isso, na maioria das vezes, têm dificuldades em aplicar
esse princípio de forma correta e inclusiva.
Sendo assim, para organizações que almejam dar
início rumo à diversidade da equipe, instaurar comitês para debater essas
discussões é o primeiro passo para trazer à tona questões que ficaram
guardadas. Certamente, esse processo não é algo que acontece do dia para a
noite, por isso, ter uma equipe especializada nesse tema é um aspecto
fundamental.
Cada vez mais as organizações precisarão trazer
essa pauta para o centro de discussões e buscar estratégias que atraiam e
retenham talentos como, por exemplo, investir em programas de formação. Afinal,
muito mais do que um conceito, a diversidade trata-se de uma cultura de não se
tolerar discriminação, ofertando oportunidades sem nenhum tipo de segregação.
E, em se tratando da área de TI, é urgente que esse setor passe a atuar no campo da neutralidade, deixando os estigmas da sociedade de que é um espaço restrito para apenas uma parte da população. Quanto mais diversificado for, maior e melhores serão os resultados, mas, para isso, é preciso conscientizar e colocar essas ações em prática desde já.
Cristiano Fernandes Amâncio - coordenador de TI da Viceri – SEIDOR.
Viceri-Seidor
www.viceri.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário