No ano passado foram furtados ou roubados 4,72 milhões de metros de cabos de telecomunicações, um aumento de 14% em relação a 2021
O roubo e o furto de cabos de telecomunicações cresceram
14% em 2022, segundo dados reunidos pela Conexis Brasil Digital. Durante o ano
passado foram furtados ou roubados 4,72 milhões de metros de cabos de telecom.
Em todo o ano de 2021 foram 4,13 milhões de metros.
Essas ações criminosas deixaram pelo menos 7 milhões de clientes sem acesso a
serviços de comunicação e, com isso, privados de contato com serviços
essenciais como polícia, bombeiros e emergência médica. O número de clientes
afetados subiu 14% em relação ao ano anterior..
Figura 1: Metragem de cabos de telecom furtados ou roubados, em milhôes.
A quantidade de cabos furtados em 2022 seria mais do que suficiente para cobrir, em linha reta, a distância entre o Monte Caburaí (RR), o ponto mais ao Norte do Brasil, e Arroio do Chuí (RS), ponto mais ao Sul.
O aumento no volume de cabos de telecomunicações furtados preocupa o setor e
ocorre após essas ações criminosas terem registrado uma queda de 11% em 2021,
na comparação com 2020.
O furto, roubo, o vandalismo e, também, a receptação de cabos e equipamentos causam
prejuízo direto para milhões de consumidores, que ficam sem acesso a serviços
importantes para o dia a dia, e para as empresas, que precisam repor esses
equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade
pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
Estados mais afetados
São Paulo segue sendo o estado que mais sofre com essas ações criminosas.
Durante o ano passado foram furtados ou roubados 1,035 milhão de metros. O
volume caiu 4,2% na comparação com 2021, quando o estado teve 1,081 milhão de
metros de cabos de telecomunicações furtados ou roubados.
Em segundo lugar no ranking dos estados mais afetados está o Paraná, com 1,01
milhão de metros de cabos furtados ou roubados, alta de 66%, seguido por Minas
Gerais, com 626,2 mil metros. O estado mineiro teve um aumento de 119% no
volume de cabos de telecom furtados ou roubados em 2022 na comparação com o ano
de 2021, passando de quinto para terceiro na lista de estados mais afetados.
Quarto estado mais afetado, o Espírito Santo registrou um aumento de 155,5% no
volume de cabos furtados ou roubados. Foram 312,3 mil metros em 2022.
São Paulo: 1,03 milhão de metros
Paraná: 1,01 milhão de metros
Minas Gerais: 626,2 mil metros
Espírito Santo: 312,3 mil metros
Rio Grande do Sul: 306,1 mil metros
Rio de Janeiro
Ao longo de todo o ano de 2021, principalmente no segundo semestre, o setor
intensificou o diálogo com autoridades federais, estaduais e municipais, com
destaque para o Rio de Janeiro, para a promoção de ações de combate ao furto,
roubo e vandalismo de cabos e equipamentos.
As ações tiveram resultados e o estado, que chegou a ocupar a segunda posição
em 2020 entre os que mais sofriam com esse tipo de crime, terminou o ano de
2022 com queda nessas ações criminosas.
Durante o ano passado o estado registrou uma redução de 44,3% no volume de
cabos de telecom furtados ou roubados. 280,4 mil metros em 2022 contra 504,1
mil metros em todo o ano de 2021.
Combate
O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança
pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal
quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem
as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.
“O setor defende a urgente implementação de políticas públicas de combate aos
furtos, roubos e receptação de cabos e equipamentos e a aprovação urgente do PL
5846/16, que tipifica e aumenta a punição para esses crimes que tanto
prejudicam o cidadão”, afirmou a diretora de Relações Institucionais e
Governamentais e de Comunicação da Conexis, Daniela Martins. O projeto de lei
já passou por todas as comissões da Câmara dos Deputados e aguarda votação no
Plenário da Casa.
O setor também defende a punição de empresas que compram
equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as
operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.
https://conexis.org.br/
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