Nutrientes com ações antioxidantes e neuroprotetoras são essenciais durante toda a vida do animal, mas a importância deles aumenta para os pets idosos
Com o aumento da expectativa de vida dos cães e
gatos domésticos, alguns fatores passaram a ser mais bem estudados e reconhecidos
durante os últimos anos. Assim como a saúde física dos pets tende a ficar mais
frágil em decorrência da idade e precisa de mais atenção, a saúde cognitiva dos
nossos animais de estimação também precisa de cuidados.
“É muito comum a gente observar comportamentos
diferentes nos pets mais velhinhos e atribuir à idade, e é isso mesmo! Com o
passar do tempo o cérebro também sofre algumas alterações na sua estrutura e no
seu funcionamento, que na maioria das vezes são progressivas e irreversíveis.
Para este processo, damos o nome de disfunção cognitiva”, conta Pamela
Meneghesso, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.
A disfunção cognitiva citada por Pamela é uma
síndrome comportamental, onde o animal passa a apresentar déficit de
aprendizado, piora na percepção de espaço, alteração no padrão sono/vigília,
perda de memória e dificuldade de interagir com outros animais e pessoas.
Alguns dos pets que apresentam disfunção cognitiva também passam a fazer as necessidades
fisiológicas em locais impróprios e a vocalizar (chorar, latir) mais.
A doença acontece devido a diversos fatores como
estresse oxidativo, aumento de depósito da substância β-amilóide no cérebro,
redução na produção de neurotransmissores, entre outros. O diagnóstico para o
quadro de disfunção cognitiva pode demandar diversos exames para descartar
outras patologias, e a utilização de um questionário avaliativo, que ajuda na
detecção precoce e no acompanhamento das mudanças comportamentais ao longo do
tempo.
“A disfunção cognitiva não tem cura, mas os sinais
clínicos podem ser reduzidos com o tratamento apropriado, que inclui medicação,
enriquecimento ambiental e uma dieta rica em nutrientes com função
neuroprotetora e antioxidante”, elucida. “Vale lembrar que a nutrição tem um
peso importantíssimo em todas as fases da vida do pet, e que também pode
auxiliar na prevenção de doenças que tendem a aparecer quando estes animais
estão mais velhos, como diabetes e hipercolesterolemia. Fornecer os nutrientes
adequados é olhar para a saúde do pet como um todo, começando de dentro pra
fora”.
Uma nutrição adequada para os animais de estimação
é formulada com nutrientes essenciais que são capazes de retardar a progressão
de doenças degenerativas ou mesmo impedir o seu início, proporcionando uma
melhor qualidade de vida aos pets e, quando possível, aumentando a sua
expectativa de vida.
“O fornecimento de ácidos graxos essenciais na
dieta, como o Ômega-3, tem ação anti-inflamatória no organismo, auxilia na
absorção de outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e fortalecimento
dos órgãos e tecidos, e é uma fonte de DHA, que melhora o desenvolvimento do
cérebro e protege a função neurológica”, Pamela explica.
Além de uma dieta rica em Ômega-3, os pets sêniores
se beneficiam com o aporte de Vitaminas C e E, que agem como potentes
antioxidantes, e Vitaminas do complexo B, que restauram e fortalecem a síntese
de importantes neurotransmissores. Frutas e vegetais ricos em flavonoides,
carotenoides e outros antioxidantes também auxiliam na proteção cerebral e
redução dos sintomas da disfunção cognitiva nos pets.
“O envelhecimento não é uma doença, mas uma
consequência natural do tempo na vida de cada animal. Uma boa nutrição de
acordo com a necessidade de cada fase de vida do pet, em conjunto com todos os
cuidados veterinários que eles demandam, permite que eles tenham uma vida mais
longa, feliz e saudável”, finaliza.
Avert Saúde Animal
www.avertsaudeanimal.com.br
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