É possível comer chocolate sem prejudicar a saúde
ou escorregar na dieta? O nutricionista funcional Diogo Cirico
garante que sim. Basta seguir algumas dicas. Primeiro, escolha um chocolate com
alta porcentagem de cacau, que é uma opção mais saudável. Nessa etapa o
chocolate branco já cai fora da lista de opções. “Tecnicamente,
a versão branca nem pode ser considerada chocolate porque não tem cacau, só
gordura e açúcar”, diz.
Os chocolates ao leite comuns têm uma grande
quantidade de açúcares (em média 50g para cada 100g de chocolate) mas não
adianta correr para versão Diet, estas versões possuem maior quantidade de
gorduras. As duas são opções menos saudáveis que um chocolate com alto
percentual de cacau. “O chocolate diet, aqueles voltados para o público
que têm dificuldade de metabolizar a glicose, costuma ter uma grande quantidade
de gordura, por isso é preciso ler os rótulos com atenção”,
explica.
Chocolate amargo ganhou status de alimento funcional Freepik |
O segundo passo é garantir o equilíbrio, equalizando a quantidade de chocolate à sua demanda diária por energia. “A rotina de cada um é diferente e a quantidade de energia que precisamos também é variável. Em linhas gerais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que até 10% das calorias consumidas por dia venham de açucares”, comenta Diogo Cirico, que é responsável técnico pela Growth Supplements.
O nutricionista explica que, de forma geral,
consumo de 20 a 40g de chocolate por dia é um limite saudável, desde que a
quantidade de energia e açúcares seja contemplada pela necessidade diária, ou
seja, dá para comer chocolate com mais frequência substituindo outras fontes de
carboidrato como arroz, pão, macarrão. “Então, se você planeja comer um chocolate na
sobremesa e não quer extrapolar as calorias, pode fazer isso sem culpa alguma,
retirando o arroz ou macarrão, mas mantendo, por exemplo, o feijão, a proteína
e a salada, por exemplo”, recomenda.
Chocolate todo dia?
O nutricionista explica que, adotando esses cuidados, é possível consumir
chocolate diariamente sem prejuízos à saúde. “Basta calcular certinho a
quantidade de carboidratos que você precisa e substituir o carboidrato do arroz,
batata ou macarrão pelo chocolate amargo, por exemplo”, comenta.
Diogo Cirico: com alguns cuidados, consumo de chocolate tá liberado Divulgação |
Cuidando do coração com chocolate
O chocolate com 70% de cacau ou mais ganhou status de alimento funcional por
causa da substâncias antidiabéticas, anti-inflamatórias e antimicrobianas. “Os
nutrientes do cacau possuem relação com saúde cardiovascular, prevenção a
certos tipos de câncer e alguns distúrbios relacionados ao cérebro, como doença
de Parkinson e Alzheimer”, detalha.
Esse tipo de chocolate, além de ter maior
quantidade de fibras e proteínas, tem metade da quantidade de gordura saturada
e açúcares em relação ao chocolate ao leite. “Além disso, são fonte de
componentes bioativos como os polifenóis flavonoides, teobrominas, vitaminas e
minerais”, enumera.
Então, nessa Páscoa, já sabe: chocolate liberado.
E, se abusar, compense com uma dieta ainda mais saudável e um aumento das
atividades físicas.
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