Compreender sinais de alerta é fundamental para buscar o equilíbrio, afirma psicóloga do São Cristóvão Saúde
Desde o início da pandemia, em 2020, casos como depressão, ansiedade, insônia, pânico e estresse dispararam no mundo todo, como aponta o mais recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em junho deste ano. Somente os casos de depressão e ansiedade, por exemplo, aumentaram 25% no primeiro ano, após o surgimento do novo coronavírus. O relatório também mostra que pessoas com condições severas de saúde mental morrem em média de 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral.
Para os especialistas, entender quando o sinal de alerta acende é fundamental. De acordo com Aline Melo, Psicóloga do Centro de Atenção Integral à Saúde - C.A.I.S., do Grupo São Cristóvão Saúde, a auto-observação e o autoconhecimento são excelentes formas de percebermos quando algo não está em equilíbrio. “Outro ponto que pode nos ajudar a entrar em sintonia com nossas emoções é separarmos um período do dia para trabalharmos a meditação. Silenciar nossas mentes e entrar em contato com nosso íntimo pode nos sinalizar sobre sentimentos que a correria do dia a dia, muitas vezes, não nos deixa perceber. Cultivar essas possibilidades de autocuidado ajuda a evitar maiores problemas emocionais e a reconhecer quando precisamos de ajuda para lidarmos com algo que esteja gerando sofrimento”, afirma Aline.
São mais de 300 tipos de transtornos mentais
catalogados. Entre os seus principais
fatores de risco, estão:
- Fatores ambientais: relacionados ao estilo de vida estressante e
condições de trabalho impróprias;
- Fatores socioculturais, como problemas financeiros e políticos;
- Fatores genéticos, que incluem histórico de doenças mentais na
família.
Para Aline, a exposição constante ao stress, pressões do dia a dia, cobranças (externas e internas) e excesso de competitividade são os principais fatores que podem levar ao adoecimento psíquico. “Caso não tenhamos uma percepção mínima sobre nossas emoções, limites e fragilidades, podemos vivenciar transtornos como ansiedade, depressão ou síndrome do pânico”, explica a psicóloga.
Um
estudo da Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), no Estado de São
Paulo, mostra que as pessoas mais afetadas pelos transtornos são jovens, do
sexo feminino e com menor nível educacional -- público que precisa de atenção
especial. Os especialistas ressaltam que o investimento na saúde mental
possibilita que as pessoas reconheçam limites, aceitem os desafios da vida,
saibam pedir ajuda e, principalmente, estejam de bem consigo mesmo e com os
demais.
Grupo São
Cristóvão Saúde
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