Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos; entre janeiro e junho de 2022 foram 31,5 bilhões de tentativas
Desde 2010, a Black Friday faz parte do calendário de datas sazonais dos brasileiros. O consumidor já desenvolveu o hábito de se preparar com antecedência para essa data, esperando ofertas e promoções que compensem a aquisição de produtos ou serviços. A data promete ser ainda mais animada por conta da Copa do Mundo, que também acontecerá no mesmo período.
Com tanta expectativa dos consumidores que, geralmente, se preparam o ano todo para a data, acende o alerta sobre os golpes. Criminosos aproveitam a ocasião para praticar crimes cibernéticos, criando promoções que, na verdade, não passam de golpes para roubar dados e até mesmo dinheiro desses brasileiros.
“Nessas datas o comércio varejista fica em alerta, pois tem sido cada vez mais comum a aplicação de golpes, especialmente pelas redes sociais. Já vi comerciante ter a página da sua empresa, em uma rede social, clonada e alguns clientes acabam caindo no golpe. Esse tipo de crime gera prejuízo para o negócio e também para os clientes”, considera o fundador e CEO da startup de gelo SnowGo, Pedro Castro.
E o empresário está certo que é preciso estar atento, pois, infelizmente, o Brasil assume a segunda posição no ranking de países que mais sofrem ataques cibernéticos na América Latina. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2022, através de seu laboratório de inteligência de ameaças, o FortiGuard Labs.
De acordo com a líder global em soluções
integradas e automatizadas de segurança cibernética, o Brasil sofreu 31,5
bilhões de tentativas de ataques cibernéticos de janeiro a junho deste ano, um
aumento de 94% com relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 16,2
bilhões de ataques. Ainda segundo o relatório, os ataques de ransomware dobram
na região, chegando a 52 mil detecções no período.
E-mails com promessas de promoções irresistíveis, bastando clicar no link. Convites para resgatar um vale-compra de uma marca ou empresa famosa, bastando clicar no link. Mensagens do banco pedindo atualização de dados ao clicar no link. Essas são apenas algumas das milhares de versões dos golpes que causam prejuízos financeiros a quem é vítima.
“Parece óbvio, mas é muito importante reforçar:
nunca clique em links se não tiver a certeza de que foram enviados por
remetentes confiáveis. Jamais compartilhe seus dados pessoais, como número de
documentos, número do cartão do banco e senhas, nem por mensagem, nem por
ligação”, explica o CEO da Codeby, a Keyrus Company, Fellipe Guimarães.
Siga as dicas e evite cair em golpes
1. Compre em lugares conhecidos, com boa reputação
Prefira acessar sites de empresas conhecidas e confira sempre se o
endereço do site é o verdadeiro. Se o site pedir qualquer tipo de senha pessoal
sua, esteja certo, é golpe.
2. Fuja de links suspeitos
Não clique em links que apresente promoções milagrosas ou ofertas
duvidosas, principalmente se for um site que você não conhece. Além disso,
nunca clique em links de promoções enviadas por e-mail, SMS, redes sociais e
WhatsApp.
3. Utilize uma conexão segura e desconfie de ligações
Não realize compras através de wi-fi aberto como em shoppings,
aeroportos etc., pois os criminosos (hackers) podem interceptar seus dados.
Outro cuidado é com o recebimento de ligação de banco solicitando a confirmação
de dados pessoais ou pedindo a senha do banco para confirmar a compra. Se isso
acontecer, desligue o telefone e ligue para o seu gerente de outro aparelho.
4. Realize o pagamento com cartão virtual
Prefira efetuar o pagamento com cartão virtual, pois essa modalidade gera um cartão temporário, o que evita o uso por parte dos criminosos. Além disso, desconfie de sites que tenham como forma de pagamento apenas Pix e TEDs.
5. Cuidado com os boletos
Se você sentir insegurança em comprar com cartão de crédito e
optar por boleto, confira todas as informações antes de efetuar o pagamento.
Confira quem é a empresa beneficiária que aparece no boleto, no aplicativo ou
site do banco. Se o nome for diferente da marca ou empresa onde a compra foi
feita, não efetue o pagamento.
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