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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Saúde masculina: quando procurar o urologista?

Novembro Azul alerta sobre a prevenção ao câncer de próstata e busca minar a resistência dos homens em consultas de rotina


Novembro Azul é a oportunidade de alerta para a prevenção ao câncer de próstata, que registra cerca de 65 mil novos casos ao ano no País, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A mortalidade da doença é de 10% em cinco anos, mas quanto mais cedo a doença é diagnosticada, aumentam as chances de cura. Se não bastassem esses dados, a data também joga luz à importância do cuidado com a saúde masculina e da ida ao urologista.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre os homens, respondendo por 29% dos diagnósticos dos cânceres no país. O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura do paciente, mas algo que boa parte da população já imaginava foi comprovado em um recente levantamento realizado pela SBU com dados do Sistema de Informação Ambulatorial Ministério da Saúde: as mulheres cuidam mais da saúde do que os homens. Os números apontam que, em 2022, foram registradas mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS), seis vezes mais do que os 200 mil atendimentos de homens pelo urologista.

O médico urologista atende homens e mulheres, mas é especialmente na saúde masculina que seu papel se torna essencial, cumprindo uma função semelhante ao ginecologista, prevenindo e tratando doenças do sistema reprodutor, além do trato urinário, como cânceres de rim, pênis, infecções urinárias, doenças sexualmente transmissíveis, fimose, disfunção erétil, ejaculação precoce e litíase, a popular pedra nos rins. Ao contrário do cálculo renal, por exemplo, que causa muita dor, o câncer de próstata é uma enfermidade quase sempre silenciosa e que se desenvolve lentamente, tornando seu diagnóstico precoce mais difícil sem as consultas de rotina.

“Como podemos notar, a presença do urologista no cuidado da saúde masculina é necessária durante toda a vida, mas ganha mais importância a partir dos 40 anos, por conta da incidência do câncer de próstata, que aumenta com a idade. No entanto, a resistência a essa rotina de cuidados ainda é grande, principalmente pelos mitos envolvendo o exame clínico de toque retal, algo rápido e indolor que pode salvar vidas e é o primeiro passo no diagnóstico do câncer de próstata”, comenta o urologista Alexandre Crippa, médico da Urobrasil, empresa do Grupo H+Brasil. Também médico-chefe da Clínica de Urologia do Hospital do Servidor Público Municipal e coordenador da cadeira de Urologia da Universidade Uninove, Crippa atuou no setor de Uro-oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e possui diversos artigos e livros publicados.

O câncer da próstata é um tumor maligno na próstata, glândula do sistema genital masculino, localizada sobre o reto e embaixo da bexiga urinária. Há diversos estádios e o seu tratamento e evolução irão depender das características especificas do tumor. “Esse tipo de câncer é mais frequente em homens afrodescendentes, e menos frequente em homens de ascendência asiática. Ainda não são bem conhecidos os motivos dessas diferenças. Ingerir mais gordura animal pode aumentar o risco de câncer da próstata, mas isso ainda está sendo pesquisado. De qualquer modo, hábitos saudáveis de alimentação e exercício físico sempre são uma forma de prevenção de doenças”, fala o médico. “Além da cirurgia, radioterapia tratamento conservador, existem outras alternativas de tratamento para o câncer da próstata localizado. A descoberta de novas medicações está cada vez avançada, assim como os procedimentos cirúrgicos. O mais importante é o diagnóstico precoce”, completa.

A consulta ao urologista é importante, inclusive, para o diagnóstico da hiperplasia prostática benigna (HPB) uma condição caracterizada pelo aumento da próstata, o tumor benigno mais comum no homem. Com o avançar da idade é normal que a próstata aumente de tamanho, porém nem todos os indivíduos terão sintomas urinários. De acordo com o Portal da Urologia, cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão HPB. Aos 90 anos, 80% dos pacientes serão afetados por essa condição. O acompanhamento médico é importante para evitar complicações como retenção urinária (a incapacidade de urinar), cálculos na bexiga, infecção urinária e insuficiência renal. “Existe fator genético associado. Além disso, a síndrome metabólica que envolve obesidade, alterações de colesterol e resistência à insulina (diabetes) também favorecem o desenvolvimento da condição”, explica o médico.

Além das consultas preventivas, o urologista Alexandre Crippa aponta, ainda, cinco sinais e ocasiões que indicam a necessidade de procurar o médico com celeridade.

  1. Dores: nessa especialidade, dor lombar podem ser sinal de problemas nos rins e dor nos testículos podem ser indícios de inflamações ou tumor.
  1. Evidências de problemas no sistema reprodutor masculino: alguns sintomas que indicam a necessidade de procurar o urologista são impotência, ejaculação precoce, desconforto durante a relação, sangue no esperma ou ausência de orgasmo.
  1. Doenças sexualmente transmissíveis: sintomas como coceira, vermelhidão, dor, bolhas, feridas, ardência ao urinar, corrimento e verrugas penianas podem ser sinal das chamadas DSTs.
  1. Sintomas no trato urinário: desconforto ao urinar, gotejamento no termino da micção, presença de sangue na urina, aumento ou diminuição na frequência urinária podem indicar a presença de infecção, inflamação, crescimento da próstata ou algo mais grave.
  1. Avançar da idade. Homens acima de 50 anos precisam procurar o profissional para realizar o exame de próstata e o PSA (Antigénio Específico da Próstata, medido via simples análise sanguínea). Isso vale mesmo para aqueles que não têm histórico de câncer de próstata na família. O toque não dura mais do que 10 segundos e é fundamental para identificar qualquer anomalia na próstata.

 

Grupo H+Brasil

@grupohbrasil


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