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domingo, 16 de outubro de 2022

Pão quentinho: segmento está aquecido e negócios de panificação apresentam crescimento no número de empreendedores formais

Tendências como variedade no cardápio e diferentes formas de apresentação encantam e fidelizam clientes


O segmento de produção e comercialização de produtos de panificação e confeitaria continua aquecido e em crescimento. Um levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), mostra que no primeiro semestre de 2022 o setor alcançou o maior número de negócios formais em operação dos últimos quatro anos: 273,5 mil, entre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. No dia 16 de outubro é comemorado o Dia Mundial do Pão, data instituída há 20 anos.

O levantamento feito pelo Sebrae contabilizou as empresas em funcionamento das atividades de “fabricação de produtos de panificação industrial”, “fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria” e “padaria e confeitaria com predominância de revenda”. Os números mostram que a quantidade de empresas vem crescendo desde 2019, com um pequeno decréscimo no ano passado. No primeiro semestre de 2019, havia 224,8 mil negócios em operação. No ano seguinte, no mesmo período, esse número cresceu para 258,8 mil empresas. Em 2021, houve uma pequena queda para 254,9 mil e agora, em 2022, foi registrado um crescimento de 7,3%.


Agregando valor

Um dos motivos que tem impulsionado os negócios de panificação está na aposta em variar os produtos e serviços ofertados, conforme observa o analista de competitividade do Sebrae, Vinícius Scalia. “O pãozinho de sal é um clássico na alimentação do brasileiro, entretanto, as padarias e confeitarias estão indo muito além e oferecendo produtos inovadores. Há opções para vegetarianos, sem glutén, sem lactose e uma infinidade de sabores de pães e doces”, comenta.

Há ainda o diferencial que pode ser visto principalmente nas padarias: a variação no cardápio. “Hoje quando você vai à padaria não encontra apenas pães e bolos. O empreendedor oferece massas, pizzas, crepes, pasteis, bebidas e ainda, em muitos casos, uma mercearia dentro da padaria. Isso contribui bastante para construção de referência com a clientela. Se a pessoa está na rua, quer comer alguma coisa e está em dúvida, é só parar em uma padaria”, afirma Scalia.


A voz de quem faz

A produção de pães artesanais é outra tendência que movimenta o crescimento dos negócios desse setor. Com fermentação lenta e natural, uso de ingredientes diferentes como queijos, batatas, sementes e ervas frescas, esses novos produtos ganharam espaço na mesa do brasileiro. O @Pão da Patcha é um desses negócios que nasceram na pandemia e vêm experimentando crescimento cada vez maior, tanto no cardápio, quanto na cartela de clientes.

Atenta aos movimentos de mercado, a empreendedora que conduz o negócio em São Paulo, Patcha Pietrobelli diz que descobrir as necessidades dos clientes é fundamental para criação de produtos e estratégias. “Por exemplo, agora com a Copa do Mundo se aproximando, as pessoas buscam praticidade, algo para comer com as mãos, sem muitos acompanhamentos. Para atender a esse público, estamos em fase final para o lançamento das nossas focaccias”, revela.

Com o retorno das atividades presenciais, Patcha que costuma atender apenas por encomenda, lançou um pacote de descontos para os clientes que permanecem em home office. “Eles recebem o pão fresquinho no conforto da sua casa. Também aumentamos a publicidade dos pães doces para quem quer se presentear com um mimo sem ingredientes artificiais, apostamos nas cestas que o cliente pode levar de agrado ao fazer visitas. O segredo é se colocar no lugar do consumidor”, recomenda a empreendedora.


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