Tendências como
variedade no cardápio e diferentes formas de apresentação encantam e fidelizam
clientes
O segmento de produção e comercialização de
produtos de panificação e confeitaria continua aquecido e em crescimento. Um
levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), mostra que no primeiro semestre de 2022 o setor
alcançou o maior número de negócios formais em operação dos últimos quatro
anos: 273,5 mil, entre microempreendedores individuais, microempresas e
empresas de pequeno porte. No dia 16 de outubro é comemorado o Dia Mundial do
Pão, data instituída há 20 anos.
O levantamento feito pelo Sebrae contabilizou as empresas em funcionamento das
atividades de “fabricação de produtos de panificação industrial”, “fabricação
de produtos de padaria e confeitaria com predominância de produção própria” e
“padaria e confeitaria com predominância de revenda”. Os números mostram que a
quantidade de empresas vem crescendo desde 2019, com um pequeno decréscimo no
ano passado. No primeiro semestre de 2019, havia 224,8 mil negócios em
operação. No ano seguinte, no mesmo período, esse número cresceu para 258,8 mil
empresas. Em 2021, houve uma pequena queda para 254,9 mil e agora, em 2022, foi
registrado um crescimento de 7,3%.
Agregando valor
Um dos motivos que tem impulsionado os negócios de panificação está na aposta
em variar os produtos e serviços ofertados, conforme observa o analista de
competitividade do Sebrae, Vinícius Scalia. “O pãozinho de sal é um clássico na
alimentação do brasileiro, entretanto, as padarias e confeitarias estão indo
muito além e oferecendo produtos inovadores. Há opções para vegetarianos, sem
glutén, sem lactose e uma infinidade de sabores de pães e doces”, comenta.
Há ainda o diferencial que pode ser visto
principalmente nas padarias: a variação no cardápio. “Hoje quando você vai à
padaria não encontra apenas pães e bolos. O empreendedor oferece massas, pizzas,
crepes, pasteis, bebidas e ainda, em muitos casos, uma mercearia dentro da
padaria. Isso contribui bastante para construção de referência com a clientela.
Se a pessoa está na rua, quer comer alguma coisa e está em dúvida, é só parar
em uma padaria”, afirma Scalia.
A voz de quem faz
A produção de pães artesanais é outra tendência que
movimenta o crescimento dos negócios desse setor. Com fermentação lenta e
natural, uso de ingredientes diferentes como queijos, batatas, sementes e ervas
frescas, esses novos produtos ganharam espaço na mesa do brasileiro. O @Pão da
Patcha é um desses negócios que nasceram na pandemia e vêm experimentando
crescimento cada vez maior, tanto no cardápio, quanto na cartela de clientes.
Atenta aos movimentos de mercado, a empreendedora
que conduz o negócio em São Paulo, Patcha Pietrobelli diz que descobrir as
necessidades dos clientes é fundamental para criação de produtos e estratégias.
“Por exemplo, agora com a Copa do Mundo se aproximando, as pessoas buscam
praticidade, algo para comer com as mãos, sem muitos acompanhamentos. Para
atender a esse público, estamos em fase final para o lançamento das nossas
focaccias”, revela.
Com o retorno das atividades presenciais, Patcha
que costuma atender apenas por encomenda, lançou um pacote de descontos para os
clientes que permanecem em home office. “Eles recebem o pão fresquinho no
conforto da sua casa. Também aumentamos a publicidade dos pães doces para quem
quer se presentear com um mimo sem ingredientes artificiais, apostamos nas
cestas que o cliente pode levar de agrado ao fazer visitas. O segredo é se
colocar no lugar do consumidor”, recomenda a empreendedora.
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