Transtornos mentais
infantis pouco conhecidos merecem atenção dos pais para diagnóstico precocecrédito: canva
De acordo com o Dr. Sérgio Rocha,
médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, transtornos menos comuns
precisam de atenção redobrada para não atrasar diagnóstico e tratamento
adequado; conheça alguns deles
Diversos
transtornos mentais afetam crianças e jovens no Brasil e no mundo, os mais
comuns entre eles são o TEA (Transtorno do Espectro Autismo), que segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde), atinge cerca de 2% da população no Brasil, e o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que de acordo com a entidade,
está presente em 4% das pessoas no país.
Além
desses “velhos conhecidos”- existem transtornos que também afetam as crianças e
são relativamente comuns, mas não são tão conhecidos como o autismo ou o TDAH,
fato que pode agravar a situação de alguns pacientes. “Diversos transtornos
mentais afetam as crianças e os jovens e como qualquer outro, é importante que
os pais estejam sempre atentos aos sinais para um diagnóstico precoce,
facilitando o tratamento”, explica o Dr. Sérgio Rocha, médico psiquiatra
e diretor da Clínica Revitalis. Nesse caso, podemos incluir o Transtorno
Desafiador de Oposição, Transtorno do Desenvolvimento
da Linguagem e o Transtorno de Conduta.
Quando
os pais ou responsáveis notam algum comportamento diferente, é importante
procurar um especialista o quanto antes, pois muitas vezes os sintomas podem
ser confundidos com atitudes comuns da infância, dificultando o diagnóstico e,
consequentemente, atrasando o tratamento. “Começar a tratar no início aumenta a
chance de o transtorno ser controlado, possibilitando melhor qualidade de vida
do paciente”.
Mas
afinal, que transtornos são esses e como identificar cada um? Para ajudar, o
Dr. Sérgio listou alguns deles. Confira:
TOD
O Transtorno
Desafiador de Oposição, ou Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD), apesar de
relativamente comum, não é muito conhecido, ou seja, pouco se fala sobre ele.
Segundo o Dr. Sérgio Rocha, essas crianças são respondonas e bastante teimosas,
podendo desafiar outras pessoas. “Os sintomas do TOD , apesar de semelhantes,
ainda não podem ser considerados traços maduros da personalidade”, comenta ele.
Ainda
de acordo com o especialista, as pessoas com TOD choram e se irritam com muita
facilidade quando são contrariadas. “Isso acaba atrapalhando o convívio delas
na escola, com a família e amigos”, complementa.
Entre
os sintomas, podemos destacar o fato dessas crianças discutirem com jovens,
importunar outras pessoas, provocar adultos e colegas, não saber expressar
emoções intensas sem gritar e brigar com amigos.
TDL
Relacionado
às dificuldades persistentes na fala e no desenvolvimento da linguagem de
crianças, o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (TDL), pode estar
relacionado a falta de incentivo da fala ou até mesmo ser um sintoma inicial do
autismo.
“Estamos
falando de um transtorno menos comum do que o TOD, mas que afeta muitas
crianças. O diagnóstico costuma acontecer por volta dos 3, quando os pais
passam a estranham o atraso na fala dos filhos. Por isso, é muito importante
ficar atento a isso, afinal, quanto antes o diagnóstico, mais eficaz será o
tratamento”, explica o Dr. Rocha.
Transtorno
de Conduta
As
crianças e os adolescentes que sofrem com o transtorno de conduta têm
comportamentos inadequados, agindo de modo violento e egoísta. “Essas pessoas
parecem não ficar constrangidas com atitudes como furtar objetos, gritar e
fazer birra, praticar bullying e desrespeito regrar”, explica o Dr. Rocha.
O especialista comenta que, nos casos dos adolescentes, o transtorno pode ser perigoso, já que muitas vezes os jovens estão cometendo atos que podem render problemas com a lei. “Por isso é ainda mais importante o diagnóstico e tratamento precoce”, complementa ele.
Na
adolescência, as pessoas que possuem esse tipo de transtorno podem cometer
furtos, roubos, destruir ou invadir propriedades alheias e cometer incêndios,
entre outros.
Dr. Sérgio Rocha - Médico especialista em Psiquiatria, fez
residência médica pela Marinha em 2006. Em 2007 fez pós graduação latu sensu em
Psiquiatria pela PUC-Rio, sendo convidado em 2009 para ser professor de
psicofarmacologia e coordenador da pós-graduação em Psiquiatria da PUC-Rio,
atuando assim até 2017. Também é mestre em Neurociências pela IAEU, BAR --
Espanha (2015), especialista em Dependência Química pela UNIFESP (2017) e pós
graduado em Psicopatologia Fenomenologica pela Santa Case de São Paulo (2019).
Atuou na Clínica Revitalis como Diretor Técnico desde sua fundação em 2013.
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