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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Incidência de hipotireoidismo na infância é maior em meninas

A causa mais comum de hipotireoidismo na infância é a tireoidite autoimune e a prevalência é maior em meninas, aumentando a incidência na fase da adolescência. A prevalência dessa desordem adquirida após o nascimento tem sido reportada entre 1,7% e 9,5% em crianças e adolescentes. (Biondi B, Palmieri EA, Lombardi G, Fazio S. Subclinical hypothyroidism and cardiac function. Thyroid. 2002;12(6):505-10. DOI: http://dx.doi.org/10.1089/105072502760143890) 

A endocrinologista Dra. Lorena Amato conta que o hipotireoidismo autoimune na infância pode estar associado a outras doenças também autoimunes, como vitiligo, diabetes, doença gastrointestinal autoimune e doença celíaca são algumas delas. Já o hipotireoidismo congênito, que tem causa genética, pode estar associado à surdez e outras alterações neurológicas.

 “Existem vários sinais que podem levar à suspeita de hipotireoidismo, entre eles a sonolência, ganho de peso e dificuldade de concentração. Mas, particularmente, na criança, o que chama mais atenção, é o déficit de crescimento e até mesmo a puberdade precoce, que podem estar associados ao hipotireoidismo”, explica Dra. Lorena. 

O tratamento na criança, até mesmo no bebê, quando tem hipotireoidismo congênito, é a reposição do hormônio chamado de levotiroxina. Excluindo-se casos de tireoidite transitória, não é possível reverter o hipotireoidismo na criança, já que o hipotireoidismo autoimune não tem cura e tratamento com a medicação levotiroxina é feito por toda a vida.

 

Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.


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