Especialista
explica que um estilo de vida ruim pode impactar no desenvolvimento dessas
doenças
As doenças autoimunes vivem uma progressão
constante desde o início do período industrial, que impactou diretamente na
forma como as pessoas vivem e consomem alimentos. A Autoimmune
Association, órgão americano de apoio ao combate contra as doenças autoimunes,
lista mais de 100 tipos diferentes. Até 8% de toda a população é portadora de
uma doença. Entre as mais conhecidas estão a psoríase, esclerose múltipla,
artrite reumatóide, vitiligo, doença celíaca. Estima-se ainda que cerca de 30%
das pessoas sejam portadoras de doenças autoimunes e não saibam disso, isso
acontece porque os sinais começam anos antes e são semelhantes ao de outras
doenças, e para a identificação correta é necessário uma análise laboratorial
bastante específica.
Segundo a Dra. Fernanda Ota, médica
dermatologista,especializada em fisiologia metabólica do Instituto Avantgarde,
clínica médica focada em saúde preventiva, os cuidados com a saúde são
importantes justamente nesses casos. “Todos os fatores ligados à genética nós
não temos como controlar, mas as causas relacionadas a fatores externos sim,
por isso fazer um acompanhamento médico preventivo é fundamental”.
De acordo com o National Institute Health (NIH),
aproximadamente 23 milhões de americanos são portadores de uma doença
autoimune, que ainda corresponde a uma das 10 principais causas de mortes em
crianças do sexo feminino e mulheres de todas as idades. Para efeito
comparativo, o câncer afeta 13 milhões de pessoas nos EUA, são 10 milhões a
mais. Um artigo científico publicado pela inglesa Hindawi, fala também da
relação entre as doenças autoimunes com os problemas intestinais, nesse caso
pode ser tanto pessoas já diagnosticadas como indivíduos com sintomas iniciais
como gases, estufamento abdominal, intestino preso, diarreia.
Existem 10 vezes mais microorganismos no intestino
do que células em todo o restante do corpo, 70% das bactérias do intestino não
podem ser cultivadas em métodos microbiológicos laboratoriais. Além disso, é o
órgão que mais tem contato com o mundo exterior e abriga 70% dos tecidos
linfóides do corpo, responsáveis por ajudar a formar o sistema imunológico. O
número de genes da microbiota intestinal é 150 vezes maior do que o número de
genes no genoma humano.
“O intestino é um dos órgãos mais importantes da
máquina humana que é o corpo. E colonizamos ele desde o momento em que
nascemos, todas as escolhas feitas desse momento em diante, desde a via de
parto até o tipo de alimentação que o bebê recebe, impactam nas bactérias que
serão formadas na microbiota intestinal. Por isso, hábitos saudáveis como uma
alimentação equilibrada, com consumo de produtos in natura, ingestão de carnes
vermelhas ajudam na manutenção da base da nossa saúde”, reforça a médica.
A especialista alerta ainda para sintomas de alerta
que o corpo emite por conta de problemas intestinais que podem estar ligados às
doenças autoimunes, “Fadiga, estufamento abdominal, formação de gases,
mal-estar, intestino preso, diarreia, todos esses são sintomas são sinais de
que alguma coisa não está funcionando como deveria e, geralmente, eles se
manifestam anos antes do diagnóstico”.
Dra. Fernanda Ota - formada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com especialização em Dermatologia e Cirurgia Dermatológica. Fellow em Fisiologia Metabólica aplicada a medicina ministrada pelo Dr Alexandre Duarte. É uma das sócias do Instituto Avantgarde em São Paulo. Sua expertise permite que ela ofereça um atendimento integrado, através de ajustes metabólicos e hormonais de cada indivíduo. Também realiza procedimentos estéticos para complementar a saúde interna. Seu foco é oferecer mais qualidade de vida aos seus pacientes, dando o suporte médico adequado para cada um.
Instituto Avantgarde
www.institutoavantgarde.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário