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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Pesquisa aponta que mais de 1 milhão de pessoas possuem demência no Brasil

Celebrado em 21 de setembro, o Dia Mundial do Alzheimer tem como objetivo trazer conscientização e prevenção sobre a doença



De acordo com a pesquisa da Alzheimer's Disease International (ADI), a maior parte da população não vê a demência como uma doença, mas sim como uma consequência normal do envelhecimento. A pesquisa ainda revela que somente no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas possuem alguma demência. De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), isso é um exemplo de como é preciso oferecer esclarecimento sobre o Alzheimer.

 

Nesta quarta-feira (21), celebramos o Dia Mundial do Alzheimer, data que tem como intuito conscientizar, esclarecer e alertar a população sobre a prevenção da doença. 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Alzheimer é dividido em quatro estágios: na primeira fase acontecem as alterações de memória, de personalidade e habilidades visuais; na segunda começa a dificuldade para falar e para fazer tarefas do dia a dia. Nesse período, que é considerado moderado, os sintomas são de agitação e insônia. No estágio 3 o paciente começa a ter incontinência urinária e fecal, além de dificuldade para se alimentar. No estágio 4, que é terminal, a pessoa fica acamada de forma permanente, muda, sente dor para se alimentar e tem infecções com frequência.


 

Como acontece o Alzheimer?

 

De acordo com Danielle de Lara, o Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que provoca a deterioração do cérebro. “A causa é desconhecida, mas a medicina entende que seja genética. A doença acontece quando proteínas do cérebro começam a ser mal processadas. Surgem fragmentos de proteínas, que se tornam tóxicos e começam a prejudicar o funcionamento do cérebro devido à perda de neurônios”.

 

Os principais fatores de risco da doença são a idade, o histórico familiar e a baixa escolaridade. Danielle ainda informa que a recomendação para prevenir a doença é manter a mente ativa através de jogos, leitura ou estudo. “Atividades em grupo, exercícios físicos e uma alimentação saudável também são recomendados. Cigarro e bebidas alcoólicas devem ser evitados”.


 

Sintomas e tratamentos 

 

Além da perda de memória, Danielle alerta que os sintomas de Alzheimer incluem problemas para completar tarefas que antes eram fáceis, dificuldades para a resolução de problemas, mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares, problemas com a comunicação, tanto escrita como falada, confusão sobre locais, pessoas e eventos, alterações visuais, como problemas para entender imagens.

 

“É indicada uma visita ao médico quando além da falta de memória recente a pessoa começa a repetir a mesma pergunta com frequência, quando se perde ao dirigir mesmo conhecendo o caminho e começa a ter dificuldade para se expressar no dia a dia, como ao não recordar as palavras que quer usar. Além disso, o paciente pode estar irritado ou agressivo”, alerta. 

Danielle ainda informa que o diagnóstico precoce pode trazer melhora nos sintomas e estabilização da doença, que é progressiva.

 

Danielle de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de "MinimallyInvasiveSkull Base Surgery" em "The Ohio StateUniversityMedicalCenter", Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.


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