Como a audição
afeta a saúde do cérebro: especialista da Mayo Clinic explicapexels
Pessoas que têm dificuldades para acompanhar
conversas ou que estão desenvolvendo problemas com as habilidades de memória e
raciocínio podem precisar verificar sua audição. A perda
de audição relacionada à idade pode estar vinculada a um risco cada vez
maior de declínio cognitivo, explica o Dr. Ronald
Petersen, M.D., neurologista e diretor do Centro
de Pesquisa da Doença de Alzheimer da
Mayo Clinic.
Diversos estudos grandes mostraram que pessoas com
algum grau de perda de audição, mesmo na meia-idade, têm um risco maior de
desenvolver demência
mais tarde. O motivo exato não é conhecido, diz o Dr. Petersen. “Pode ser que
realmente existam efeitos no cérebro. Alguns estudos mostraram que se as
pessoas têm perda de audição ao longo de muitos anos, determinadas partes do
cérebro (em especial o lobo temporal envolvido na audição e também na linguagem
e na memória), podem ser realmente menores”, diz o Dr. Petersen.
Também pode ser que a perda de audição leve ao
isolamento social, o que pode levar a um risco maior de demência.
O Dr. Petersen recomenda que a audição seja verificada a cada dois ou três anos, especialmente se houver sinais de que ela pode estar se deteriorando. Isso inclui a dificuldade em ouvir conversas, especialmente em salas com muitas pessoas e pedir com frequência a outras pessoas que repitam o que disseram.
A solução pode ser tão simples como remover cera do ouvido. “Se for realmente detectada uma perda de audição maior do que o esperado com o envelhecimento, você pode obter um dispositivo de audição: um aparelho auditivo ou um implante coclear”, diz o Dr. Petersen. “A perda de audição não precisa ser um acontecimento normal no envelhecimento.”
“Acreditamos que, se as pessoas melhorarem a
capacidade de ouvir, a perda cognitiva, caso esteja relacionada, pode realmente
diminuir com o tempo”, acrescenta o Dr. Petersen.
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