Mês da Conscientização do Olho Seco
Dias frios e baixa umidade agravam casos de síndrome do olho seco
Diagnóstico preciso pode auxiliar no
tratamento do problema, que não tem cura, por isso é necessário consultar um
oftalmologista pelo menos uma vez por ano
Com a chegada do inverno, e com eles os
dias mais frios e secos, a ação da poluição, o vento e a baixa umidade do ar
podem agravar casos de síndrome do olho seco, disfunção do filme lacrimal, que
é responsável por proteger e lubrificar o olho, caracterizada pela diminuição
da produção ou excesso de evaporação da lágrima.
A evaporação excessiva da lágrima é o
fator mais frequentemente relacionado à síndrome do olho seco, que pode ser
causada por doenças como as blefarites, que são inflamações das pálpebras e por
fatores ambientais, como ar condicionado, vento, clima seco, poluição, fumaça.
Existem outras causas como
envelhecimento, alterações hormonais (menopausa e doenças da tireoide), doenças
reumatológicas e uso de medicamentos, que podem levar à redução da produção de
lágrima. O uso excessivo de celulares, tablets e computadores são causas
ambientais importantes de sintomas de olho seco, uma vez que levam à redução do
piscar, com consequente aumento da evaporação da lágrima.
“Nos períodos mais secos e frios, com excesso de ventos e baixa umidade do ar, observa-se o aumento da evaporação da lágrima, levando ao surgimento ou agravamento de sintomas de olho seco. Aproximadamente, 18 milhões de pessoas têm o diagnóstico da síndrome no Brasil, sendo uma das mais comuns doenças oculares. É fundamental que as pessoas façam pelo menos uma consulta anual ao oftalmologista para detecção e controle, pois, se não for tratada corretamente, pode evoluir com sério comprometimento da saúde ocular, bem como da qualidade de vida”, explica a Dra. Myrna Serapião dos Santos, oftalmologista, especialista em doenças da superfície ocular e córnea e diretora técnica da Vision One São Paulo.
“Trocava de óculos,
mas o problema não era bem esse” - O problema de olho seco de Eulina
Jatobá foi detectado há 3 anos, após passar por vários médicos e fazer trocas
de óculos quase todos os anos. “Como tinha astigmatismo e hipermetropia sempre
precisava aumentar o grau dos óculos, mas o problema não era bem esse. Com a
descoberta do olho seco passei a usar colírio continuamente e comer mais
alimentos ricos em Ômega 3. Também faço compressas com água quente sempre que o
desconforto aumenta”, conta Eulina.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da síndrome do
Olho Seco são: ardência, lacrimejamento, secura, olhos vermelhos, sensação de
areia nos olhos e visão borrada no final do dia.
Nos casos mais graves, o olho seco pode
provocar desde dor e dificuldade de abrir os olhos em ambientes com muita luz
(fotofobia), até uma baixa significativa da visão.
Tratamento
O tratamento mais utilizado e adequado
é feito por meio do uso de lágrimas artificiais, que devem ser instiladas
(pingadas) várias vezes ao dia, de acordo com a gravidade do quadro. Nos casos
mais graves, colírios anti-inflamatórios e imunomoduladores podem ser usados
para diminuir a inflamação e estimular a produção de lágrima.
Prevenção
Assim como o nosso organismo precisa de
água para manter a hidratação correta, os olhos têm a mesma necessidade.
Hidratar os olhos regularmente é uma maneira de prevenir os sintomas de olho
seco, especialmente nos meses mais secos do ano. “Reduzir o tempo de uso de
celulares, tablets e computadores e fazer intervalos regulares durante o uso
destas tecnologias também pode prevenir o surgimento dos sintomas do olho
seco”, orienta Dra. Myrna.
A prevenção também é muito importante e
deve incluir check-up anual com oftalmologista, para acompanhar a saúde dos olhos.
Vision One
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