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segunda-feira, 25 de julho de 2022

27 de julho: Dia Mundial de Enfrentamento ao Câncer de Cabeça e Pescoço

No Brasil, é o terceiro câncer mais frequente nos homens e nas mulheres quando somados, o câncer de boca, de garganta e de glândula tireoide; segundo oncologista grandes avanços foram atingidos no tratamento dos tumores

 

Julho Verde é o mês de conscientização e prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Este tipo de câncer compreende todos os tumores que têm origem na boca (cavidade oral), nariz (nasofaringe, cavidade nasal e seios paranasais), garganta (orofaringe, hipofaringe, laringe), tireoide e nas glândulas salivares. No Brasil, é o terceiro câncer mais frequente nos homens e nas mulheres (quando somados, o câncer de boca, garganta e glândula tireoide). De acordo com o oncologista David Pinheiro Cunha, sócio do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia, nos últimos anos grandes avanços foram atingidos no tratamento da doença. “Basicamente, temos três formas de combater esse tipo de tumor: cirurgia, radioterapia e terapia sistêmica (quimioterapia, anticorpos monoclonais e imunoterapia). Na cirurgia, a incorporação da cirurgia robótica possibilitou procedimentos menos invasivos e com menores sequelas. Na radioterapia, as novas técnicas trouxeram maior precisão de tratamento nas áreas acometidas pelo tumor, possibilitando maiores doses e poupando os tecidos e órgãos saudáveis. Na oncologia, tivemos a aprovação da imunoterapia para os pacientes com metástases ao início do tratamento. Estes medicamentos estimulam o sistema imune”, explica.

 

Para reduzir as chances de desenvolver qualquer tipo de doença, segundo o oncologista,  é necessário evitar a exposição aos fatores de riscos. “Em alguns cânceres, os fatores para seu desenvolvimento não podem ser evitados, como é o caso da idade ou predisposição genética. Quando falamos do câncer de cabeça e pescoço, com exceção ao câncer de tireoide, os seus fatores de risco podem ser evitados como evitar o tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, usar preservativo durante o ato sexual, tomar a vacina contra o HPV, manter alimentação equilibrada e realizar higiene oral”, recomenda 

 

Três fatores vilões responsáveis pelo surgimento do tumor

Vilões bem conhecidos da população, de acordo com Dr. David, são responsáveis pelo surgimento do câncer de cabeça e pescoço.  “Em primeiro lugar, está o tabagismo. O cigarro é a maior causa evitável de morte no mundo e para o esse tipo de tumor não é diferente. As pessoas que fumam têm um risco que varia de 5 a 25 vezes maior do que os que não fumam de ter câncer. Em segundo lugar está o uso abusivo de bebidas alcoólicas. Este hábito pode aumentar o risco desse tipo de câncer em 5 a 6 vezes, a depender da quantidade ingerida durante a vida. Quando associado ao tabagismo, o risco aumenta ainda mais. E, em terceiro lugar, mas cada vez mais importante, está a infecção pelo HPV. É o mesmo vírus que pode causar o câncer de colo de útero, vagina, vulva, anus e pênis.  Sua relação é mais importante com o câncer de orofaringe (garganta), sendo o subtipo HPV 16 o maior vilão”, explica o especialista. 

Dr David ainda reforça que o câncer relacionado com o HPV apresenta algumas diferenças comparado aos relacionados ao cigarro e bebidas alcoólicas. “Geralmente ocorre em pessoas mais jovens, os tumores primários são menores e apresentam maiores chances de cura. Uma das formas de contaminação é o sexo oral desprotegido, por isso a importância do uso de preservativo durante essa prática sexual. Outra forma de prevenção é a vacinação.  No Brasil, as indicações para a vacinação pelo Ministério da Saúde são para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14”, recomenda.  

 

 

David Pinheiro Cunha - médico oncologista com residência em Oncologia Clínica pela Unicamp. Graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e residência em Clínica Médica pela PUC Campinas. Possui título de especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira – AMB/SBOC. Realizou observer ship no Serviço de Oncologia em Northwestern Medicine Developmental Therapeutics Institute, Chicago, Illinois, EUA. É membro da Diretoria Científica da disciplina de Cancerologia da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC). É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). David é sócio do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua na Oncologia do Radium- Instituto de Oncologia, do Hospital Santa Teresa e do Hospital Madre Theodora.

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe.

 

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