Limpeza com água sanitária é trunfo contra
proliferação de doenças
Em 2021, o estado do Rio de Janeiro contabilizou
2.879 casos de dengue, 58 registros de zika e 552 casos de chikungunya. Neste
início de ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) já alertou para o
aumento no número de casos de todas essas doenças -- além da leptospirose, em
razão das enchentes. Na opinião do secretário Alexandre Chieppe, com ações
aparentemente simples, a população pode reforçar a prevenção das doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e de tantas outras, como
leptospirose, febre amarela urbana e variantes de covid-19.
“Dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa confira todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas vazias, lixeiras e bandejas de ar-condicionado, diz Chieppe -- ressaltando a importância de se higienizar todos esses recipientes regularmente para evitar que os mosquitos depositem suas larvas.
Estudo conduzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Basta diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos para acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua propagação.
Para João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, uma das maiores produtoras de hipoclorito de sódio no país, o uso da água sanitária é um importante trunfo na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão -- com destaque para a leptospirose -- e deveria ser amplamente divulgado, principalmente em comunidades com alta densidade populacional -- em que um único mosquito pode fazer várias vítimas.
“Essa solução de uma tampinha de água sanitária para um litro de água deveria ser utilizada constantemente na limpeza de cozinhas e banheiros, na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc. É igualmente importante inspecionar tudo o que pode acumular água nesta época de chuvas intensas, como pneus velhos, terrenos baldios, superfícies desniveladas em quintais, e até piscinas com água parada e não tratada devidamente com cloro”, alerta Freitas.
Com relação à dengue, dados da organização Médicos Sem Fronteira indicam quatro tipos diferentes da doença. Atualmente, todos circulam no Brasil. Os primeiros sintomas aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave, com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. Sinais clínicos que podem indicar dengue hemorrágica incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, desmaios, aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz, além de desconforto respiratório. Tão logo dois ou mais sintomas sejam identificados, e fundamental recorrer a um pronto-atendimento.
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