Franco Bonetti,
coordenador dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina do Centro
Universitário Módulo, orienta a população sobre como o cenário de mudanças
climáticas e impactos ambientais podem afetar a vida no planeta
Inúmeras são as consequências advindas das ações
humanas, sejam no campo da ciência, tecnologia, do urbanismo ou na natureza. E,
de um modo geral, elas impactam diretamente o meio ambiente: as ondas de calor
intensa, as chuvas carregadas, o ar seco, as queimadas e as enchentes são
fortes exemplos dos efeitos das intervenções humanas.
Segundo o Prof. Dr. Franco Bonetti,
coordenador dos cursos de Ciências
Biológicas e Biomedicina
do Centro Universitário Módulo, instituição que pertence ao
grupo Cruzeiro do Sul Educacional, essas ações influenciam drasticamente na
variação climáticas do planeta. “A queima de combustíveis de origem fóssil
resulta na maior emissão de monóxido de carbono e, consequentemente, impacta e
contribui para o aumento da velocidade do aquecimento global. O desmatamento
diminui a oxigenação do ar e o sequestro do gás carbônico da atmosfera,
realizado pelas plantas”, explica.
Franco diz que o mundo está sofrendo impactos
danosos com as mudanças climáticas, e teremos outros mais intensos a longo
prazo, como o aumento do nível de água dos oceanos e o degelo das calotas,
chamado permafrost. “O Painel Internacional para Mudanças Climáticas
(IPCC) anunciou que o degelo está mais acelerado do que nunca, e, desde a
década de 1990, estamos no pior cenário possível, inclusive com a possibilidade
de ilhas importantes, como a Jamaica, estarem ameaçadas de sumirem devido ao
aumento do nível do oceano”, aponta.
Nisso, as pequenas atitudes e mudanças de
comportamento das populações para colaborar na diminuição dos impactos
ambientais podem mudar o cenário de temperaturas extremas que a Terra está
vivendo, sugere Franco. “Independente do lugar do mundo onde você esteja, são
importantes as ações locais por parte de cada indivíduo para cessar estas
mudanças. Entre elas, a diminuição do descarte de resíduos (lixo), utilizando
embalagens reaproveitáveis e recicláveis, a redução do desperdício de comida, o
uso racional de energia doméstica, entre outras”, exemplifica.
Mudanças em grande escala, principalmente na
indústria e nos agronegócios, são consideradas ações de maior contribuição.
“Por exemplo, a alteração da forma de criação do gado, reduzindo o consumo
excessivo de água e diminuindo as taxas de desmatamento para os pastos. Ou o
reuso de água em indústrias de diversos setores, implantando estações próprias
de tratamento em suas unidades. Modificações da matriz de combustíveis que
alimentam as caldeiras, deixando de utilizar combustíveis fósseis e preferindo
os renováveis”, destaca o especialista, reforçando que essas medidas mudam de
acordo com o grau de industrialização de cada país.
As mudanças que ocorrem em alguns ecossistemas são
outros elementos, como nos desertos e nas florestas tropicais, nos quais há
espécies que estão sumindo por falta de equilíbrio ecológico. Isso ocorre
especialmente pela ocupação humana e exploração de recursos naturais
(geralmente minerais) utilizados nas indústrias de produtos tecnológicos, cada
vez mais descartáveis. “Além disso, o aumento das queimadas também contribui
para o desequilíbrio desses ecossistemas, deixando os animais sem seu habitat
natural e alimentos, alterando os nichos ecológicos”, acrescenta Franco.
As florestas tropicais, as geleiras e os recifes de
corais sofrem com a mudança climática intensa. Com isso, há mais de 50% de
destruição de espécies conhecidas. Esses danos, diz o coordenador, podem
impactar diretamente a vida humana, consequentemente seus hábitos alimentares e
ainda a economia.
Inverno com temperaturas semelhantes às do verão
aceleram o ciclo de várias espécies, influenciando a quantidade de indivíduos
de um ecossistema. E isso ocorre muito por conta da atuação humana, que atinge
a vida de toda a população. Resultado: insetos em geral se reproduzem em climas
mais quentes, então eles diminuem em quantidade de indivíduos no inverno. Mas
com a temperatura elevada acima dos padrões médios na estação de frio, o número
de insetos cresce, “trazendo doenças que não são comuns de acontecerem com
tanta incidência nas épocas mais frias do ano”.
Se não houver uma rápida e abrupta mudança de
hábitos, diz Franco, o planeta irá “cobrar a conta”. “Investimentos em educação
já se provaram ser uma ferramenta importante na influência de mudança de
conduta da população, promovendo transformação de hábitos, a curto e médio
prazo, e sociais e ambientais de grande impacto, a longo prazo”, aponta.
O docente relembra orientações que ajudam a
diminuir os impactos, como: diminuição da emissão de gás carbônico, usando
transportes alternativos; redução do uso indevido de água; evitar o consumo
exagerado de energia; separar os lixos orgânicos e recicláveis; usar produtos
ecológicos e biodegradáveis; e não jogar lixos nas ruas.
Centro Universitário Módulo
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