Fundadora da Humor
Lab, Maryana
Rodrigues, após sofrer bullying na infância, depressão e a síndrome de Burnout
na fase adulta, dá dicas de como estimular a criatividade em tempos de tanta
agitação e informação. Hoje, a especialista ajuda as empresas na implementação
de uma nova cultura orientada para o humor e, assim, despertar uma visão mais
otimista e criativa diante dos problemas e desafios diários
Na
palestra: “O mundo ao contrário” - a consultora que se especializou nas
técnicas de Stand-up Comedy para entender como roteirizar o humor e levar
para as empresas - explica como transformar o mundo e como reverter a carga de
informações recebida diariamente em benefício próprio. Alguns insights provocativos
fazem os ouvintes pensarem sobre como olhar o mundo por outro prisma.
Diferentemente do que muita gente acredita, ser criativo não é um dom, é uma
habilidade desenvolvida. O que empresas como Netflix, Airbnb e WhatsApp têm em
comum? Uns vão dizer que são empresas mundialmente conhecidas, inovadoras, ou
então que faturam bilhões por ano.
Essas
respostas estão certas, junto com as dezenas de outras características em comum
entre elas. Como essas empresas mudaram a forma das pessoas consumirem e o
poder de criatividade que ambas apostam? Apenas disrupção por disrupção não é o
bastante se faltar criatividade e ousadia para fazer diferente, e até dar um
passo atrás se assim for necessário. A seguir, listo cinco atitudes que podem
ser eficientes para o processo de potencializar a criatividade gerando
inovação.
1.
A alimentação do cérebro deve ser diversa
Como
encontrar novas combinações criativas, se inserimos as mesmas informações,
vindas das mesmas fontes para o nosso cérebro? Alimente-o de novas energias,
vinda de fontes que ele jamais consumiria. Leia revistas diferentes, vá mais ao
cinema, converse com pessoas diversas, vá a lugares novos, tome um cafezinho em
uma “padoca” que ainda não foi, dirija por caminhos que ainda não foi, arrisque
mais. Fuja da zona de conforto em que somos constantemente levados e
aprisionados. Desperte novos caminhos, para que haja novas combinações de
ideias.
2.
Erre rápido
O
medo de passar vergonha nos leva para o senso comum. Não arriscamos errar em
público e, a ausência da prática no erro, nos deixa com medo de errar sozinhos
também. Assim, seguimos a correnteza, ela nos leva sem gasto energético, mas
chegamos no mesmo destino de todos. Quando testamos novos caminhos, gastamos
mais energia, mas somos presenteados com situações inusitadas, que quem está na
correnteza não terá acesso, permitindo a quem arrisca novas sensações e
possibilidades de conexões de ideias.
3. Questione como
iniciante
Tudo
que fazemos pela primeira vez é normal perguntarmos cada sequência de movimento
e, depois da repetição e prática, perdemos essa essência da curiosidade que instiga
e nos ajuda a ir mais longe. Precisamos manter isto vivo! Então, questione os
processos e protocolos, podendo, assim, criar oportunidades de caminhos. Por
que aceitar tudo de mão beijada? Manter a curiosidade é uma forma de sempre
procurar algo a mais, de se auto motivar a procurar soluções, saídas,
alternativas e não se contentar apenas com um único caminho, mesmo que seja o
mais fácil.
4.
Esqueça o que não serve mais
Como
inserir novidade em um cérebro sem espaço? Desapegue do que já não se usa e
abra espaço para dados e informações novas, dando oportunidade para novas
conexões improváveis. Interessante essa analogia? Está tudo bem mudar de ideia,
flexibilizar e alterar processos cristalizados para ressignificar, alterando a
maneira como enxerga a sua realidade.
5. Encare seu
trabalho com bom-humor
Não
menos importante, talvez seja o mais importante deste checklist. É mais difícil
incluir tantos dados novos estando com a sensação de bem-estar ruim, ou seja,
de mau humor. É preciso ser leve para criar um ambiente seguro ao erro, e
confortável para o riso e flexibilidade. Pessoas neste ambiente tendem a se
sentir mais à vontade para errar e conectar o que ninguém conectou, ativando
assim a criatividade.
Maryana
Rodrigues - fundadora da Humor Lab. Trabalhou como instrutora recreativa na
Disney e foi estudar mais sobre Stand-up comedy para entender como roteirizar o
humor, com conteúdo, e levar para as empresas. Especializou-se no tema de
inteligência emocional (Vale do Silício, Califórnia). Instragran: maryanacomy
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