Ter alguém na portaria nem sempre é sinônimo de
segurança, pequenos detalhes cotidianos podem colocar em risco a
segurança dos moradores. A portaria remota resolve alguns desses
problemas, no entanto, segundo o diretor-executivo da Peter Graber, Leandro
Martins, nem todos os condomínios têm o perfil para implementar o serviço. “É
preciso considerar o tamanho do lugar e público que mora, um prédio que possui
muitos idosos, por exemplo, não costuma se adaptar ao serviço, pois esse grupo,
em geral, não tem tanta disposição para lidar com novas tecnologias e prefere
permanecer com o porteiro físico”, afirma. Alguns cuidados, no entanto, tornam
o dia a dia mais seguro, independente do tipo de serviço contratado. Veja
abaixo:
- Não investir em tecnologia
Equipamentos de segurança são necessários e abrir
mão deles é um erro que pode custar muito caro. Hoje existem câmeras, sistemas
de identificação, softwares que facilitam o controle de entrada e saída que
auxiliam tanto o trabalho das portarias convencionais, quanto no atendimento
dos controladores de acesso nas centrais de monitoramento remotas. “Em alguns
locais os moradores podem ficar reticentes quanto aos valores investidos em
tecnologia, nesse caso, é tarefa do síndico explicar a necessidade e sanar
eventuais dúvidas dos moradores”, explica Martins.
- Descuidar do acesso de veículos
Muitas invasões ocorrem pela entrada da frente e
isso inclui acessar o condomínio com veículos. Desta forma, é imprescindível
fazer uso do monitoramento de entrada, saída e de toda área do estacionamento.
Um bom estudo da redondeza também essencial para elaborar o melhor plano de
segurança para o condomínio.
- Abusar da relação com o porteiro
Outra situação bastante comum e que representa um
grande risco é o desvio de funções dos porteiros, que frequentemente se
ausentam dos seus postos para fazer entregas de correspondências ou mercadorias
e favores para moradores. “O ponto frágil do porteiro físico é esta aproximação
dos moradores e prestadores de serviços, a grande maioria dos assaltos em
condomínios são realizados pela porta da frente. Aberturas de portas para
rostos conhecidos e prestadores de serviço, sem nenhuma triagem prévia são
problemas que aumentam muito a insegurança do condomínio”, alerta o executivo.
É preciso orientar bem porteiros e principalmente os moradores para evitar tais
práticas que acabam criando facilidades para possíveis invasores.
- Falta de treinamento e/ou informação
As normas claras para o atendimento e para o
controle de acesso dos portões precisam ser claras e, tanto porteiro (digital
ou não) quanto moradores precisam conhecê-las e cumpri-las. Vale lembrar que,
quando falamos em moradores, cabe ao síndico orientar e sanar qualquer tipo de
dúvida. Martins frisa que é extremamente necessário a contratação de um
porteiro que tenha treinamento adequado, seja para atuar distância ou na
guarita do próprio condomínio. “Fazemos treinamento inicial nos procedimentos
de atendimento e ações recorrentes de reciclagem. Isso pode evitar um
grande problema”, finaliza.
Peter Graber
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