Pesquisar no Blog

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Olimpíadas mostra que peso ideal não é padrão



Especialista afirma que tamanho plussize é uma necessidade em um mundo gordofóbico.


Nessa Olimpíada Rio 2016 os olhares ficaram atentos não apenas às modalidades de esportes favoritos e as premiações conquistadas ou aos esbeltos corpos dos atletas. Num espetáculo onde o que mais se vê são músculos e preparo físico os considerados acima do peso conseguiram roubar a cena e atrair olhares e, num mundo gordofóbico, comentários. Teresa Almeida, goleira da Angola, e Robel Kiros Habte, nadador da Etiópia, foram os nomes que se destacaram e que fugiram à regra do peso ideal.

Ela com seu 1.70m e 98 kg, ele com 1.76m de altura, garantindo pesar 81 kg, tinham em comum o físico fora do “comum” para a modalidade em que competiam. E que maravilha isso, não? Em uma era em que quebrar tabus vem se tornando a palavra de ordem os modelos plus size ganharam espaço para acabar com o padrão de magreza. Mostrar que não é opeso que delimita a capacidade de nenhuma pessoa foi uma grande demonstração de sucesso desses atletas, uma indicação que nem sempre o estado magro corresponde unicamente como foram de saúde e ou capacidade de produzir resultados olímpicos.

A nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, acredita que o problema não está no peso de cada individuo e sim em impor uma imagem corporal ideal ou um número de manequim, principalmente às mulheres. A especialista, que faz parte do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO),afirma que apoia a iniciativa da moda plus size.“O tamanho plus size é uma necessidade nesse mundo gordofóbico. É justo que pessoas acima do peso e/ou obesas possam se vestir e escolher suas roupas tanto quanto pessoas magras.” – ressalta Patrícia.

Tamanho plus size
Plus size é uma expressão norte americana e faz referência àqueles que usam tamanhos grandes. Isto é, tamanho de roupas maiores que os usuais propostos pela indústria da moda.

Peso x Saúde
SegundoPatrícia Cruza obesidade é uma doença crônica em que o indivíduo acima do peso apresenta um quadro clínico crônico. No entanto, a nutricionista afirma que alguns estudos sugerem que é possível alguns obesos serem metabolicamente saudáveis. Nesse caso, eles não apresentam alterações na glicemia, nocolesterol ou na hipertensão arterial. Para Patrícia o excesso de peso traz várias comorbidades (coexistência de transtornos ou doenças) como osteoarticulares, colunopatia, dores nas articulações, entre outras. Além disso, há ainda a pressão social que a obesidade causa e que, muitas vezes, pode levar a quadros depressivos. Por isso, nesses casos, é preciso tratar da redução de peso, pois a obesidade se torna um sinônimo de não ser saudável.

A dificuldade em reduzir peso
A obesidade é de causa multifatorial, há influência da genética, de fatores emocionais e do estilo de vida (alimentação e prática de atividade física). Patrícia Cruz afirma que algumas pessoas comem pequenos volumes, pensando somente no valor calórico e não se preocupam com a qualidade da dieta. Nesse caso, a dieta se torna insatisfatória para redução de peso. “Muitas vezes a redução do consumo calórico não é suficiente, é preciso aumentar o gasto por meio da prática regular de atividade física.” – explica a nutricionista. No entanto, há doenças genéticas que também dificultam a redução ponderal.

Erros cometidos ao tentar reduzir peso:
- Acreditar que dietas milagrosas existem;

- Não procurar ajuda de especialistas;

- Começar um “regime”, sendo que o ideal é fazer um plano alimentar compatível com a rotina diária;

- Estabelecer um peso ideal incompatível com sua forma física. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados