Comemorado
nacionalmente em 20 de agosto, o Dia do Maçom é uma das mais importantes datas
para a Maçonaria e remonta a 1822, em alusão ao movimento de maçons brasileiros
que, liderados principalmente por Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrade e
Silva, culminou na Proclamação da Independência do Brasil. Esse registro é
importante não só como marco histórico, mas porque reflete o propósito da
Maçonaria – reunir pessoas comprometidas com o bem comum para atuar como
vanguarda das mudanças sociais.
Além do
Sete de Setembro, a Ordem Maçônica também esteve presente em outros momentos
fundamentais da história do Brasil, como a Proclamação da República, a Abolição
da Escravatura, a redemocratização do País e outros eventos marcantes, sempre
altiva e protagonista na luta pelo progresso e evolução de nossa gente e de nossa
Pátria. Hoje não é diferente.
Nos dias
atuais, a Maçonaria luta pela mudança do cenário caótico de crise política e
econômica em nosso país, junto com outras organizações da sociedade civil,
fazendo coro por uma renovação nacional. Um exemplo é o Grupo Estadual de Ação
Política (GEAP-SP). Uma iniciativa que tem o objetivo de lutar pela construção
de uma classe política brasileira composta por pessoas comprometidas com os
valores éticos, com a Pátria e com o bem comum.
Além deste
esforço de identificar lideranças dentro e fora da Ordem e apoiá-las para
pleitear os espaços hoje ocupados pelos corruptos, a Maçonaria ainda enfrenta a
desinformação. Uma parte importante da população ainda alimenta uma visão
errada, vendo a Ordem como uma seita mística ou com algum tipo de plano de
dominação mundial. Nenhuma dessas conjecturas fantasiosas é real.
Essa série
de mitos foi construída durante séculos e foi alimentada pelo preconceito e
pelo medo do desconhecido. Foi daí que surgiu e cresceu o estigma de sociedade
secreta, que também não é correto atualmente. A Maçonaria é apenas uma
sociedade discreta e não é, como muitos pensam, uma religião. Ao invés disso,
congrega pessoas de diferentes credos em um ambiente de harmonia, paz e
confiança entre seus membros.
O objetivo
maior da Ordem é ser uma escola de vida para aqueles interessados em fazer um
mundo melhor. Assim, as reuniões realizadas nos templos maçônicos não são
cultos, mas encontros em que são discutidos temas variados, de filosofia à
história e atualidades. Se antes esses construtores erguiam catedrais e
monumentos, hoje eles edificam obras de transformação social – e não são
poucas. Essas iniciativas filantrópicas são uma preocupação de todas as Lojas
maçônicas no estado de São Paulo.
Nessa área,
um dos principais projetos empreendidos pela Maçonaria é o do Instituto Acácia
de Responsabilidade Social. Criado em 2009 e em constante evolução, ele foi
idealizado para proporcionar maior integração às ações de tecnologia social das
entidades de assistência ligada às Lojas filiadas à Maçonaria. O objetivo é um
só: interligar as obras sociais e permitir que o apoio mútuo sirva como
combustível para que cada vez mais pessoas sejam alcançadas. Este é um órgão de
terceiro setor pronto e preparado para atender as necessidades advindas e
relacionadas às outras iniciativas privadas de utilidade pública.
É assim,
com essa trajetória histórica e esse futuro em vista, que comemoramos o Dia do
Maçom. Temos não apenas a certeza de que ainda há muito a realizar para termos
um mundo melhor, mas também que faremos esta tarefa unidos, pois nenhum
de nós é tão bom quanto todos nós juntos.
Benedito Marques Ballouk Filho - advogado e Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente de São
Paulo (GOSP), representante de mais de 24 mil maçons presentes em centenas de
municípios paulistas.
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