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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Setembro Amarelo: questões socioemocionais exigem atenção de educadores e de estudantes

Freepik 
Próximo ao mês da conscientização à prevenção do suicídio, especialistas dão orientações relacionadas ao desenvolvimento da inteligência emocional 

 

No dia 10 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Com o passar dos anos e por conta de sua notoriedade, a data foi ganhando visibilidade e a campanha acabou se estendo por todo mês, dando início ao chamado “Setembro Amarelo”. O objetivo é alertar a sociedade sobre a importância dos cuidados com a saúde mental. Dentro do panorama da educação, existe uma série de pontos que merecem atenção que podem afetar tanto a saúde mental dos estudantes, quanto a dos educadores. 

 

Dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), apurados de 2013 a 2023, mostram que o nível de ansiedade entre crianças e jovens superou o verificado em adultos. A análise dos números indica que a situação socioemocional dos mais jovens passou a ficar mais crítica do que a dos adultos em 2022, com o aumento considerável na taxa de pacientes atendidos com transtornos dentro da faixa etária entre 10 e 14 anos. 

 

A partir deste contexto, especialistas na área de educação discorrem sobre a importância dos cuidados com a saúde mental de alunos e educadores, partindo de tópicos relacionados ao desenvolvimento socioemocional. Confira: 

 

A importância de desenvolver o autoconhecimento 

De acordo com Raphaela Chicarino, coordenadora pedagógica do Colégio Fênix, localizado no interior de São Paulo, a parceria das instituições de ensino com programas de educação socioemocional estruturados garante que os alunos percorram um caminho de autoconhecimento. As metodologias destes programas ajudam os alunos a compreenderem os sentimentos, preferências e idenficarem o que os desmotiva e de que forma eles podem construir relações positivas. 

“É um processo no qual as crianças e os adultos adquirem e aplicam conhecimentos, atitudes e habilidades necessárias para compreender e gerir emoções, estabelecer e alcançar objetivos positivos, sentir e tomar decisões responsáveis, promovendo habilidades como empatia, resolução de conflitos e autoconhecimento”, explica a coordenadora. 

 

Como praticar na resolução de problemas 

Desde cedo, os pequenos se deparam com desafios, seja uma discussão com colegas de classe, tarefas escolares, seja na criação de estratégia para um jogo, por exemplo. Trabalhar a habilidade da resolução de problemas desenvolve o protagonismo, a autonomia e o pensamento crítico, preparando as crianças para enfrentarem desafios futuros.  

 

Uma das formas de desenvolver essa competência nas crianças é propor atividades em que os alunos trabalhem juntos para chegar a uma solução, com a mediação e o auxílio do professor. “Atividades de investigação e pesquisa incentivam a curiosidade, o pensamento crítico e analítico das crianças. O professor pode iniciar a atividade com uma pergunta, que também pode surgir do próprio interesse das crianças. Por exemplo, perguntar se podemos fazer uma brinquedoteca na sala de aula. Assim, os alunos conseguem respondê-la e buscar informações”, explica Victor Haony, assessor pedagógico da Mind Makers.  

 

A importância de combater a ansiedade infantil 

Um dos maiores desafios vividos nas últimas décadas é a aceitação, o autocuidado, a valorização da vida e a convivência saudável em sociedade. A internet traz o fácil acesso às redes sociais, associada a utilização cada vez mais cedo de eletrônicos, como celulares e tablets por crianças e adolescentes. O mundo virtual é apontado como grande vilão, impactando no aumento do número de diagnósticos precoces de ansiedade.   

“É por meio da educação socioemocional que o indivíduo é estimulado a cuidar de si mesmo para que possa cuidar conscientemente do outro. E cuidar de si mesmo diz respeito a conhecer os próprios limites e potenciais, estabelecer objetivos e metas e a cuidar do corpo, mente e coração, para que esteja saudável para inspirar outros ao seu redor a terem práticas de autocuidado”, comenta Fabiana Santana, assessora pedagógica do programa Líder em Mim. 

 

Como evitar a sobrecarga e o esgotamento durante os estudos 

Conforme os anos avançam, alunos demonstram mais ansiedade em relação aos compromissos escolares. Os estudantes cada vez mais necessitam de acompanhamento, auxílio de família e, sobretudo, da escola. Para Mayana Teixeira, assessora pedagógica da plataforma Amplia, é fundamental tomar cuidado para evitar o esgotamento e a sobrecarga. Esses fatores podem desencadear em picos de estresse durante os estudos, encaminhando-os exatamente ao avesso do que uma instituição educacional almeja: engajamento e êxito do aluno.   

Desta forma, é importante organizar uma rotina de estudos direcionada e assertiva às necessidades que sempre são personalizadas, mas que também não fique alheia ao que o sistema brasileiro exige de cada indivíduo.  

 

A importância do cuidado com a saúde mental dos educadores 

Dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Ame Sua Mente mostram que mais de 20% dos educadores brasileiros consideram sua saúde mental ruim ou muito ruim. A partir deste cenário, Juliana Storniolo, diretora da FourC Learning, projeto voltado para a qualificação de gestores e educadores, fala sobre a importância de oferecer cuidados psicológicos aos profissionais da educação.    

“Os profissionais da educação precisam receber cuidados voltados para a saúde mental. Por isso, o suporte dos gestores a partir de um canal de comunicação aberto é fundamental”, explica Juliana. Para ela, um dos papéis da liderança é acompanhar os liderados, oferecendo suporte emocional para criar um ambiente de trabalho que promova bem-estar, autoconhecimento e práticas de atividades de relaxamento. 

 

A leitura para o desenvolvimento socioemocional  

Quando se trata de lidar com as emoções na infância, muitas dúvidas surgem sobre como ajudar as crianças a entenderem suas emoções de forma educativa. De acordo com Juliana Tomasello, editora e curadora na Leiturinha, a literatura pode ajudar na construção de valores, promover autoconhecimento e desenvolver seres humanos preparados para lidar com sentimentos e a interagir com outros colegas, o que reflete diretamente no aspecto socioemocional. 

 

“Quando as crianças ouvem ou leem histórias, se deparam com diferentes realidades e situações às quais, muitas vezes, não são expostas em seu cotidiano. Assim, novos assuntos surgem, questionamentos são feitos, dúvidas são sanadas e uma referência passa a existir. Acompanhando a trajetória dos personagens, as crianças entendem melhor as próprias emoções e aprender a lidar com elas”, afirma a especialista. 

 

Já a coordenadora do editorial de literatura e informativos da SOMOS Literatura, Laura Vecchioli do Prado, traz três dicas de atividades que buscam estimular o interesse das crianças por esse hábito. Uma delas é a organização de rodas de leitura, onde possam conversar sobre obras infantis, permitindo que compartilhem o que sentiram ao ouvir as histórias e de que forma se identificam com elas.   

Outra recomendação é propor encenações de teatro e contação de histórias com fantoches e bonecos. Ao enxergarem a narrativa de forma viva e lúdica, as crianças têm a possibilidade de perceber de outra forma o que foi vivido pelos personagens, criando conexão e identificação com os sentimentos alheios. 

 

O impacto da disciplina positiva na prevenção  

Habilidades socioemocionais como empatia, resiliência e autoconfiança são cruciais para lidar com as pressões do dia a dia. Além disso, criam um ambiente de pertencimento e segurança emocional, fundamentais para a saúde mental. Ao se sentirem compreendidas e seguras, as crianças se tornam mais resilientes diante de situações desafiadoras, reduzindo significativamente o risco de desenvolver ansiedade.  

 

A gerente pedagógica da Red Balloon, Claudia Peruccini, explica que "a disciplina positiva ensina importantes habilidades sociais e de vida de maneira profundamente respeitosa e encorajadora. Priorizar a conexão antes da correção é uma abordagem que cria um ambiente de pertencimento e segurança emocional, elementos-chave na prevenção da ansiedade". 



Mpox: conheça os sintomas e saiba o que fazer em caso de suspeita

Infectologista do CEJAM fala sobre a doença, declarada como emergência de saúde global, e esclarece atual situação no Brasil


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recentemente a Mpox como uma emergência de saúde global, em resposta ao surto que vem assolando o continente africano. Embora o mundo esteja em estado de alerta, surge uma questão: o Brasil também deve se preocupar?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o país registrou pelo menos 1.024 casos confirmados ou prováveis da doença em 2024. Este número representa uma queda significativa em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o auge de casos no território nacional.

Mesmo assim, uma crescente preocupação assola o mundo por conta da identificação de uma mutação do vírus na República Democrática do Congo. Esta nova cepa, conhecida como Clado Ib, pode ser mais letal e transmissível do que as versões anteriores da doença.

"No momento, estamos diante de um cenário estável, não há necessidade de alarmismo, já que, fora dos países africanos, observamos um nível de transmissão relativamente baixo. No entanto, é essencial manter a cautela e a atenção, pois a nova variante do vírus pode ser ainda mais nociva à saúde", afirma a Dra. Rebecca Saad, infectologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

A doença, também conhecida como "varíola dos macacos", é transmitida pelo vírus monkeypox. Seu período de incubação médio é de 10 dias, podendo se estender até 21 dias, e os sintomas incluem febre, dor no corpo, dor de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele.

"A transmissão da doença pode ocorrer entre pessoas, enquanto as lesões estiverem presentes. No entanto, também há risco de contaminação através do contato com animais silvestres infectados, secreções respiratórias e materiais contaminados", esclarece a médica.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas e, normalmente, são preenchidas por um líquido claro, que, com o tempo, vão criando crostas, secam e caem. “A quantidade de lesões pode variar de caso para caso, mas, na maioria das vezes, elas tendem a se concentrar no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Porém, podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.”

A especialista enfatiza que, em casos suspeitos ou confirmados da doença, é crucial adotar medidas de isolamento para evitar o contato com outras pessoas e o compartilhamento de objetos.

Já para aqueles que convivem em ambientes de risco ou com alguém sob suspeita da doença, recomenda-se o uso constante de máscaras para prevenir a exposição a gotículas de saliva, manter uma distância segura e higienizar as mãos frequentemente.

“É importante não ter contato, como abraçar ou beijar pessoas com sintomas da doença, sobretudo quando apresentarem lesões. Além disso, deve-se evitar compartilhar toalhas, roupas, talheres e objetos pessoais”, explica.

Um método crucial para prevenir a disseminação da doença é a vacinação. No Brasil, ela está disponível desde o ano passado. "Temos vacinação disponível, embora de forma limitada. Os grupos de riscos que têmprioridade são adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV", conclui a infectologista.

Caso tenha sintomas da doença, a recomendação é procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência.
 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

 

Saúde mental: A importância de cuidar de quem cuida de nós


Quando um profissional da saúde adoece, é essencial que ele receba a compreensão e o apoio dos gestores e colegas. Estar preparado para essa eventualidade, especialmente quando a doença está relacionada à saúde mental, é vital para enfrentar o estigma que ainda prevalece. A busca por tratamento é uma parte fundamental da vida de todos os colaboradores da área da saúde.

Apesar de ter acesso a uma vasta quantidade de informações e, teoricamente, maiores condições de prevenção e tratamento, muitos profissionais de saúde enfrentam desafios únicos que dificultam a busca por ajuda. Observa-se que esses profissionais apresentam maior vulnerabilidade, procuram menos ajuda, apresentam altas taxas de abandono ao tratamento e enfrentam complicações significativas.

Diversas razões contribuem para essa situação, como a negação das próprias necessidades, dificuldade em aceitar-se como doente, vergonha e orgulho em buscar apoio, além do receio de prejudicar sua imagem profissional. Cada um desses fatores contribui para a maior vulnerabilidade dos nossos profissionais.

Quando o assunto é saúde mental, especificamente, um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizado entre junho de 2021 e abril de 2022, revelou que os profissionais de saúde brasileiros da rede pública apresentaram indicadores negativos na pandemia de Covid-19. A pesquisa revelou que 86% desses profissionais sofreram com Síndrome de Burnout e 81% com estresse. Sintomas depressivos leves foram encontrados em 22% dos profissionais de saúde, enquanto 16% exibiram sintomas depressivos moderados e 8% severos. Má qualidade de sono (74,4%) e dores pelo corpo também foram frequentemente relatadas.

Como já divulgado amplamente, a crise global na saúde mental se intensificou com os desafios e mudanças ocorridos no mundo, como o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, as transformações sociais e econômicas aceleradas e as pressões cotidianas. A saúde mental desempenha um papel primordial no bem-estar geral, influenciando como um indivíduo lida com os desafios e pressões da vida, além do equilíbrio entre desejos, habilidades, ambições, ideias e emoções.

Uma saúde mental comprometida pode afetar profundamente aspectos do cotidiano, como relacionamentos afetivos, familiares e o ambiente profissional, ocasionando prejuízos, por vezes, irreparáveis, à rotina.

Identificar sintomas de problemas de saúde mental e buscar ajuda especializada o quanto antes são medidas cruciais. Consultar um profissional de saúde mental pode proporcionar o suporte necessário para enfrentar esses desafios de forma eficaz, promovendo melhor qualidade de vida, maior bem-estar emocional e a capacidade de desempenhar funções de maneira equilibrada. Incentivar essa prática é essencial para garantir a saúde integral dos profissionais de saúde e de todos os indivíduos.

Para enfrentar esse cenário, é necessário integrar o assunto em diferentes políticas públicas. No ambiente corporativo, a saúde mental dos colaboradores é um elemento central e as empresas têm um papel crucial em sua promoção. Programas de suporte psicológico, ambientes de trabalho saudáveis e políticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são fundamentais. Quando os profissionais de saúde estão mentalmente saudáveis, eles estão mais capacitados para fornecer cuidados de qualidade aos pacientes.

Reconhecendo essa necessidade, muitas organizações têm adotado medidas para garantir o bem-estar de sua equipe. Aqui no CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”), recentemente, fechamos uma parceria com uma plataforma especialista em saúde emocional, para oferecer sessões de terapia online aos colaboradores. Além disso, investimos em um espaço de escuta qualificada por meio da medicina do trabalho, com uma equipe multidisciplinar composta por médicos e psicólogos, disponível para apoiar os profissionais quando necessário.

Outra iniciativa destacada e que possui bastante aderência é a Roda de Terapia Comunitária, realizada mensalmente. Este espaço oferece apoio para a redução da ansiedade, estresse e sobrecarga emocional, fomentando um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. Nós, ainda, facilitamos o acesso dos colaboradores a academias e estúdios para a manutenção da saúde física e incentivamos o combate ao sedentarismo por meio da participação em grandes eventos de corrida e caminhada de rua em São Paulo.

É importante ressaltar que nem todas as reações emocionais indicam uma desordem mental, pois as múltiplas reações às situações cotidianas fazem parte do ciclo de vida de todas as pessoas. A intensidade e a duração dos sintomas, e a repercussão negativa que eles causam nas atividades diárias, como redução de desempenho, desadaptação e sofrimento, são os principais indicativos de alerta. Nesses casos, procurar apoio psicológico é uma demonstração de coragem e autocuidado. Ao buscar ajuda profissional, você está se permitindo crescer, aprender e descobrir novas maneiras de lidar com os desafios da vida.

A saúde mental dos profissionais que atuam no setor é um aspecto fundamental para a sustentabilidade e a eficácia de qualquer sistema de saúde. Esses profissionais, que dedicam suas vidas ao cuidado dos outros, também precisam ser cuidados. É imprescindível criarmos um ambiente onde a busca por apoio psicológico seja encorajada e normalizada, sem medo ou estigma. Somente assim podemos assegurar que esses profissionais continuem a desempenhar seu papel vital na sociedade de maneira saudável e sustentável.

No CEJAM, acreditamos que promover o bem-estar emocional de nossa equipe é essencial para garantir a qualidade dos cuidados que oferecemos ao usuário do SUS (Sistema Único de Saúde). Nossa gerência corporativa e o departamento de recursos humanos estão totalmente comprometidos em implementar e manter iniciativas que fortaleçam a saúde mental de todos os nossos colaboradores.

Como gerente executivo de uma organização social de saúde, vejo de perto a dedicação e o esforço incansável dos nossos profissionais da saúde. E é nossa responsabilidade garantir que eles recebam os recursos e o suporte necessário para cuidar de sua saúde mental. Reconhecer e tratar as questões de saúde mental, com a mesma seriedade que tratamos a saúde física, é mais que uma necessidade, é um dever. Juntos, podemos aprimorar ainda mais nosso ambiente de trabalho, onde todos se sintam valorizados, compreendidos e apoiados.



João Romano - gerente executivo do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”)

 

Halitose e qualidade de vida: A relação entre a saúde bucal e o bem-estar social

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A importância de um diagnóstico preciso e tratamento adequado para a melhoria da qualidade de vida. 

 

A saúde bucal desempenha um papel fundamental na qualidade de vida das pessoas, afetando não apenas a funcionalidade fisiológica, como mastigação e fala, mas também o convívio social e a autoestima. Segundo a Dra. Cláudia Gobor, especialista em halitose, a percepção negativa sobre a saúde bucal pode gerar desconforto social e emocional significativo, influenciando diretamente a vida cotidiana dos indivíduos.

Um estudo recente realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) investigou a autopercepção da saúde bucal em adultos e idosos em tratamento odontológico. Os resultados mostraram que muitas pessoas associam problemas como o mau hálito a sentimentos de vergonha e constrangimento, o que pode limitar suas interações sociais e impactar a autoestima. "A halitose, por exemplo, embora não seja uma doença em si, pode indicar condições orais e sistêmicas que necessitem de atenção profissional", explica a Dra. Gobor.

A pesquisa destacou que a maioria dos participantes que relataram mau hálito nunca haviam sido alertados por profissionais da saúde, indicando uma falha na comunicação e no diagnóstico precoce dessa condição. "A halitose pode afetar até 30% da população, e seu impacto é mais do que apenas físico; ele também é social e psicológico", acrescenta Gobor. Fatores como falta de visitas regulares ao dentista, xerostomia e doenças bucais foram identificados como contribuintes significativos para a halitose autorreportada.

Dra. Gobor ressalta que o tratamento adequado, que pode incluir desde a correção de problemas dentários até a instrução sobre higiene oral apropriada, é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A especialista também alerta sobre o uso indiscriminado de produtos para mascarar o mau hálito, como enxaguantes bucais e gomas de mascar, que podem retardar a procura por tratamento profissional adequado.

A compreensão da autopercepção da saúde bucal e o seu impacto na vida das pessoas é crucial para um atendimento mais humanizado e eficaz. "Encorajar os pacientes a se tornarem ativos no seu tratamento é um passo importante para melhorar tanto a saúde bucal quanto o bem-estar geral", conclui a Dra. Cláudia Gobor.

 


Bom hálito Curitiba

Dra. Cláudia C. Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente e atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
@bomhalitocuritiba


Mpox: exame disponível em 14 estados é capaz de diagnosticar nova variante

Metodologia de detecção do vírus a partir de amostra coletada em swab foi desenvolvida pelo Sabin, em Brasília 

 

No dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde declarou a Mpox emergência global de saúde. O fato ocorreu após o aumento crescente de casos de uma nova variante, a cepa 1b, principalmente no continente africano, mas que já chegou à Europa. O teste RT PCR Mpox, desenvolvido pelo Sabin Diagnóstico e Saúde, é capaz de detectar os casos de Mpox causados pela variante 1b. O exame é realizado em uma amostra coletada com swab, uma espécie de cotonete específico para coleta de amostras de análises clínicas. 

O profissional treinado para a função faz a coleta em lesões cutâneas (pele) ou mucosas que possuam aspecto de vesículas, úlceras ou crosta. O exame está disponível para agendamento da coleta, já que o paciente deve ser manter em isolamento.

“Considerando a recente reclassificação da doença como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional pela OMS, realizamos análises de bioinformática em nosso setor de Biologia Molecular que confirmam que o teste de detecção do vírus mpox por PCR ofertado pelo Sabin é capaz de detectar a nova variante”, explica a biomédica Graciela Martins, gerente do Núcleo Técnico Operacional (NTO) do Sabin.

O investimento do Sabin em pesquisa e desenvolvimento já rendeu outros exames próprios para o diagnóstico de doenças que impactam a saúde no Brasil. Antes do primeiro caso de covid-19 ser confirmado no país, em 2020, a empresa lançou um teste no formato RT-PCR, que se tornou importante aliado do ecossistema nacional de saúde. Em 2016, o laboratório foi pioneiro ao implementar um exame pelo método RT-PCR para dengue, zika e chikungunya, com uma única amostra de sangue e, neste ano, desenvolveu um painel molecular de arboviroses que identifica contágio pelas febres Oropouche, do Mayaro e amarela, além de dengue, zika e chikungunya.


Sintomas e contaminação | Segundo a OMS, a Mpox pode apresentar quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos em humanos. Quando uma pessoa apresenta bolhas na pele de forma aguda, acompanhadas de dor de cabeça, febre acima de 38,5 °C, linfonodos inchados (ínguas), dores musculares e no corpo, dor nas costas, fraqueza e calafrios, deve procurar um médico, que vai avaliar a necessidade de exames laboratoriais para confirmar a enfermidade.

O Ministério da Saúde, por sua vez, informa que se trata de doença causada pelo vírus MPXV, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoa infectada pelo vírus, materiais contaminados ou animais silvestres infectados (roedores). O MS também informou que o surto apresenta baixo nível de transmissão fora do continente africano até o momento e mantém a vigilância da doença como prioritária.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da Mpox (período de incubação) é tipicamente de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.


Protocolo e Tratamento | Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda o isolamento de 21 dias do paciente positivo para Mpox. A doença geralmente é autolimitada, ou seja, a enfermidade costuma desaparecer de forma espontânea, sem necessidade de tratamento. O paciente deve receber atenção clínica para aliviar os sintomas, evitando complicações graves, especialmente, em crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outros problemas de saúde. 



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Pesquisadores criam ferramenta para mapear surtos e auxiliar no combate de doenças infecciosas

Desenvolvido com base em dados sobre uma epidemia de sarampo em Manaus, modelo mostrou que compreensão da propagação espacial e temporal dos surtos de sarampo fornece informações importantes para a tomada de decisões, podendo, inclusive, mitigar futuras epidemias.

 

Pesquisadores do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) desenvolveram uma ferramenta que permite acompanhar a transmissão de uma doença infecciosa, auxiliando os tomadores de decisão na análise de riscos e nas melhores medidas para mitigar futuras epidemias. A partir do cruzamento de dados epidemiológicos sobre um surto de sarampo em Manaus, com as coordenadas geográficas dos infectados (CEP das residências), o grupo criou um mapa de calor que permitiu acompanhar a evolução da doença na cidade. 

O estudo, publicado no Einstein Journal, analisou dados geográficos das residências de mais de 7.000 pessoas com sarampo em Manaus durante o surto de 2018 e 2019. As análises espaciais e temporais foram realizadas para caracterizar vários aspectos do surto, incluindo o início e a prevalência dos sintomas, dados demográficos e situação vacinal. 

“Tivemos acesso aos micros dados da epidemia de sarampo em Manaus, em 2018, e conseguimos saber a localização das pessoas infectadas (o CEP). Fizemos a análise tradicional e identificamos informações importantes como taxa de contágio e áreas mais impactadas, por exemplo. Mas queríamos ir além disso e realizar uma análise mais ampla, que permitisse a criação de uma ferramenta de fácil visualização e entendimento do problema”, afirma Helder Nakaya, pesquisador principal do IPSP que coordenou o estudo. 

Nakaya explica que a ferramenta é útil para o gestor público, pois com ela é possível estimar com rapidez o impacto de medidas de controle – como isolamento e vacinação – na transmissão da doença. “O modelo foi criado a partir de dados de sarampo, por ser uma doença de rápida transmissão. Mas é possível, a partir desse modelo, criar ferramentas para o mapeamento de outras doenças, algo que pode ser muito útil para as secretarias de saúde”, diz. 

O pesquisador ressalta que, além de facilitar a visualização da transmissão de doenças, a ferramenta permite concentrar dados epidemiológicos e de saúde, que geralmente ficam espalhados em diferentes bancos de dados. “Isso auxilia muito no monitoramento. Muitas vezes o gestor público sabe os dados da taxa de transmissão de uma determinada doença. Mas o que isso quer dizer? Geralmente, são apenas tabelas com vários números que não necessariamente querem dizer muita coisa para ele. Por isso é importante reunir uma série de dados e outras informações para que o gestor público possa compreender a situação de uma maneira rápida”, diz. 

No trabalho realizado com os dados de Manaus, os pesquisadores também conseguiram dimensionar o impacto da vacinação em novos surtos de sarampo, já que aproximadamente 95% dos casos reportados de sarampo ocorreram em indivíduos que não tinham sido vacinados. 

“Uma mensagem importante do nosso trabalho é a importância da vacinação. A análise reforçou que vacina é o melhor jeito de combater epidemias. Em Manaus, a cobertura vacinal contra o sarampo estava baixa já há dez anos. Como a ferramenta permite visualizar onde os casos estão ocorrendo e fazer análises de grupamento de casos, é possível direcionar tanto os esforços para a vacinação, quanto o atendimento de saúde para os bairros mais afetados – medidas importantes para o combate da doença”, diz Nakaya. 

A solução, criada pelos cientistas do IPSP, contou também com a parceria do Hospital Albert Einstein, Universidade do Estado do Amazonas, Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Universidade de São Paulo, Instituto de Tecnologia da Geórgia e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e Instituto Todos pela Saúde (ITpS). 

A ferramenta para o monitoramento de casos de sarampo é aberta está disponível online neste Link. A partir desse estudo, os pesquisadores disponibilizaram outra ferramenta que pode ser adaptada para qualquer epidemia ou surto: Link.




Institut Pasteur de São Paulo - IPSP


Setembro Amarelo: 4 dicas para controlar a ansiedade no pré-vestibular


Entre 2013 e 2023, 157 em cada 100 mil adolescentes, entre 15 e 19 anos, apresentaram crises de ansiedade, de acordo com dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), do SUS
 


A cada dia, os jovens enfrentam mais cobranças e autoexigências devido à vida pessoal e educacional. Essas pressões têm levado a um aumento nos registos de ansiedade. De acordo com o levantamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), de 2013 a 2023, a taxa de ansiedade entre adolescentes de 15 a 19 anos é de cerca de 157 a cada 100 mil, enquanto entre adultos acima de 20 anos, a taxa é de 112,5 a cada 100 mil.   

Os dados revelam que a situação dos jovens começou a se deteriorar em relação à dos adultos a partir de 2022. O aumento alarmante de 251% entre meninos da mesma faixa etária destaca a necessidade urgente de atenção a essa questão. Além disso, a alta significativa de 663% nos atendimentos de depressão para meninas dessa faixa etária, em contraste com o verificado com os meninos, e o aumento nos casos de suicídio entre meninas reforçam a gravidade da situação.  

No mês de conscientização pela saúde mental da população e com os vestibulares se aproximando, com o intuito de fazer com que os jovens não tenham crises de ansiedade, profissionais educadores de sistemas de ensino, listam 4 dicas para ajudar os estudantes e vestibulandos a controlar a ansiedade antes das provas. Confira:  

 

Gerenciamento do estresse  

Estar preparado para o vestibular é uma preocupação significativa para os estudantes que desejam ingressar no ensino superior. Mas o que fazer quando ocorre uma crise de ansiedade? O autor do material didático do Fibonacci Sistema de Ensino, Leonardo Morelli explica que para gerenciar o estresse durante a preparação para o vestibular, os estudantes podem adotar algumas técnicas eficazes. “Respiração profunda e técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, ajudam a reduzir a ansiedade e a aliviar a tensão física e mental. Exercícios físicos também são uma opção, pois liberam endorfinas no organismo, melhorando o humor e reduzindo o estresse”, afirma.    

O autor também sugere a criação de um cronograma de estudos organizado e realista, que estabeleça limites para descanso e lazer, a manutenção de uma alimentação saudável e a importância de contar com redes de apoio social. “Integrar práticas de mindfulness (prática de se concentrar completamente no presente) no dia a dia também pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o foco”, acrescenta.  

 

Práticas que podem evitar o estresse  

Ao se aproximar das datas de provas, é comum os vestibulandos sentirem uma certa ansiedade e insegurança. O autor de geografia do Sistema Anglo de Ensino, Diego E. Campos Oliveira, explica que a ansiedade está relacionada à sensação de aflição, receio ou agonia, o que remete ao medo. “Esse medo pode ser definido como uma expectativa negativa diante de uma sensação desagradável e da possibilidade de fracasso”, destaca.    

O autor também dá algumas dicas de como os alunos podem contornar essa situação, assim como manter uma rotina de estudos em um local adequado e bem iluminado, praticar atividades físicas, beber água e dormir bem e, o mais importante de tudo, ter autoconhecimento, pois enquanto alguns estudantes precisam de silêncio, outros gostam de ouvir música para se concentrar, por exemplo.  

 

Sintomas de ansiedade  

A pressão do vestibular pode ter muitas repercussões psicológicas nos estudantes, variando de burnout a depressão. A tristeza, a ansiedade e a insegurança sobre o futuro repercutem nas relações sociais dos vestibulandos e também em seu rendimento nos estudos, inclusive no dia da prova. A autora do material didático do Sistema de Ensino pH e acadêmica de medicina, Nathalia Pinho, explica quais sinais o estudante deve estar atento nessa fase. “Pensamento acelerado, desorganização, procrastinação, irritabilidade, alterações de apetite, cansaço, insegurança, além de sintomas físicos como insônia, dor de estômago, sudorese, dor de cabeça e imunidade baixa são algumas das manifestações do estado ansioso e do estresse ao qual pessoas que estão fazendo vestibular podem estar submetidas”, pontua.   

A autora também indica que, caso esses sintomas sejam frequentes, é importante que o estudante procure ajuda psicológica. A própria instituição de ensino pode indicar profissionais, mas na falta dessa indicação, é recomendável conversar com pessoas de confiança e buscar boas referências profissionais.  


A importância da rotina desde a infância  

Camila Penachin, coordenadora pedagógica e especialista em Gestão do Trabalho Pedagógico e Neuropsicopedagogia no Anglo Alante - Paulínia, destaca que o cérebro das crianças se adapta ao meio e aos hábitos que desenvolvem, graças à neuroplasticidade. “É crucial que pais e responsáveis estabeleçam rotinas desde cedo, como horários para acordar, brincar, realizar refeições, estudar e cumprir tarefas cotidianas. Essas ações criam conexões neurais positivas, mostrando às crianças que há tempo para tudo e promovendo hábitos saudáveis que moldam novas rotas neurais”, explica Camila.   

O uso excessivo de telas pode prejudicar tanto o desenvolvimento cognitivo, quanto comportamental das crianças. “O cérebro pode se tornar ‘preguiçoso’ para desenvolver habilidades essenciais, como leitura e concentração. Além disso, a falta de estímulos verbais pode afetar negativamente a aprendizagem, atenção e memória”, alerta a especialista. No aspecto comportamental, o isolamento social e a dificuldade em criar vínculos são preocupações significativas, aumentando a probabilidade de ansiedade, irritabilidade e distúrbios do sono.  

O sono é fundamental para a consolidação da memória e o processamento de informações. “A falta de sono pode comprometer a concentração e o desempenho escolar das crianças, além de afetar o bem-estar geral”, afirma Camila.  

 

Setembro Amarelo: saiba como identificar 5 sinais de depressão

Psicólogo do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), faz alerta e salienta que o acompanhamento profissional permite tratamento adequado e vida saudável

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com a depressão em todo o mundo. O transtorno é caracterizado principalmente por sentimentos negativos, tais como incapacidade, pessimismo, irritabilidade, isolamento, déficit cognitivo (raciocínio e memória prejudicados), tristeza e baixa autoestima. Aos poucos esses sentimentos afetam as capacidades de trabalhar, estudar, comer, socializar, dormir, entre outros. A atenção aos principais sinais da doença é essencial para o autocuidado ou para ajudar uma pessoa próxima. Afinal, a depressão tem tratamento e, feito de forma adequada, permite uma vida normal e com qualidade e não o fim tão abordado pelo “Setembro Amarelo”, mês de prevenção ao suicídio. 

O psicólogo Gabriel Banzato, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), salienta que, ao menor sinal de tristeza, é importante ponderar. “Inicialmente, é importante diferenciar um estado de tristeza de uma depressão. No cotidiano, todos nós vivemos momentos em que estamos mais felizes ou tristes, o que é natural. No caso da depressão, não estamos falando de uma simples tristeza decorrente de alguma razão específica, mas sim de um estado patológico, onde essa tristeza tem uma intensidade muito grande, produzindo, inclusive sintomas que prejudicam a vida cotidiana no trabalho, nas relações familiares, com os amigos dentre outras, gerando prejuízo em alguma área da vida”, explica. 

O especialista destaca pontos de atenção no comportamento e que, se persistirem por uma semana ou mais, indicam a necessidade de busca por ajuda profissional para que seja tratado sem grandes prejuízos:

 

1 - Desinteresse e Isolamento – a pessoa vai perdendo o interesse por atividades que sentia prazer em realizar e, aos poucos, deixa de sair de casa, a não querer mais manter as relações e os vínculos que tinha. Deixa o convívio social e, até mesmo dentro de casa, prefere se isolar. Aos poucos, não consegue mais sair da cama e prefere dormir a fazer qualquer outra coisa. O fato de não desejar sair de casa e manter qualquer convívio social vai se intensificando ao ponto de perder dias de trabalho ou estudo, não conseguir cumprir com programações ou eventuais afazeres;

 

2 - Rompimento de vínculos – a pessoa começa a brigar muito com família e amigos e vai se afastando. Assim surgem muitas situações de conflito que desencadeiam os rompimentos, até que a pessoa se vê isolada;

 

3 - Angústia e ansiedade – o sentimento de angústia e ansiedade intensos são sintomas importantes, que chegam a levar a sentimentos físicos, como dor no peito, mal-estar e sentimento de não-pertencimento. Muitas vezes, as pessoas chegam a procurar o pronto-socorro com essas queixas, realizando exames que visam identificar se há algum tipo de problema físico ou se há necessidade de tratamento para a saúde mental;

 

4 - Irritabilidade – a pessoa passa a agir com baixa tolerância a qualquer situação que gere algum incômodo e tem reações exageradas diante de pequenas situações do dia-a-dia. É como se estivesse sempre no limite;

 

5 - Insônia - outra questão importante: o paciente passa a ter muita dificuldade para dormir, muitas vezes demora para pegar no sono, acorda várias vezes no meio da noite ou passa a noite em claro. Este é um sinal muito indicativo de depressão.

 

Banzato salienta, entretanto, que cada caso deve ser avaliado de forma particular. “Obviamente, outras patologias também podem desencadear sintomas semelhantes, mas via de regra é importante estar atento a esses sinais e, na dúvida, procurar um profissional para ajudar a identificar e tratar o problema”, conclui.

  

Vera Cruz Hospital


A presbiopia é um dos problemas oculares mais comuns a partir dos 40 ou 45 anos

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O oftalmologista do H.Olhos Dr. Edmundo Martinelli explica que a condição é caracterizada pela dificuldade para enxergar de perto e pode ser corrigida


Cuidar da saúde dos olhos contribui para a detecção precoce de diversas doenças oculares, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes. Um problema ocular bastante comum é a presbiopia, também chamada de vista cansada. Caracterizada pela dificuldade de enxergar de perto, a condição costuma surgir a partir dos 40 ou 45 anos e tende a avançar com a idade. 

"A presbiopia ocorre quando o cristalino do olho enrijece com o tempo e perde a flexibilidade, o que interfere na capacidade de focar objetos próximos. Isso pode comprometer a leitura e a capacidade de realizar trabalhos que exijam a visão para perto", esclarece o Dr. Edmundo Martinelli, oftalmologista da Laser Ocular / H.Olhos - Hospital de Olhos, da rede Vision One. 

Algumas pessoas sentem mais e outras menos, sendo que a presbiopia é menos notada à luz do sol ou quando se tem um bom ponto de iluminação, pois a íris se fecha mais e assim, os olhos tendem a aumentar automaticamente a profundidade de foco, reduzindo o embaçamento dos objetos próximos. 

Um dos sinais é quando a pessoa começa a esticar o braço para enxergar melhor as letras menores em um rótulo ou na mensagem do celular. Quem tem presbiopia também pode apresentar lacrimejamento, vermelhidão nos olhos, redução da capacidade visual ou dificuldade em diferenciar tons e cores. 

“A presbiopia não tem cura, mas é possível melhorar a capacidade da visão com o uso de óculos para perto, mono ou multifocais, ou lentes de contato multifocais. É importante o paciente realizar uma consulta com um oftalmologista, para que faça uma avaliação e se encontre a melhor alternativa”, orienta o Dr. Edmundo Martinelli. 

O médico esclarece que “para alguns casos de pacientes míopes há estratégias de se preservar a visão de perto e se corrigir a visão para longe através da cirurgia a laser chamada balanceada. Na cirurgia da catarata também poderá ser possível a correção da presbiopia através do implante de lente intraocular com características especiais ". 

A visita regular ao oftalmologista é recomendada em todas as idades e se torna ainda mais importante com o avanço da idade. Um simples exame oftalmológico ajuda a diagnosticar precocemente doenças como catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade. E o tratamento adequado contribui para a melhora da visão e da qualidade de vida.


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