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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Mpox: conheça os sintomas e saiba o que fazer em caso de suspeita

Infectologista do CEJAM fala sobre a doença, declarada como emergência de saúde global, e esclarece atual situação no Brasil


A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou recentemente a Mpox como uma emergência de saúde global, em resposta ao surto que vem assolando o continente africano. Embora o mundo esteja em estado de alerta, surge uma questão: o Brasil também deve se preocupar?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o país registrou pelo menos 1.024 casos confirmados ou prováveis da doença em 2024. Este número representa uma queda significativa em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o auge de casos no território nacional.

Mesmo assim, uma crescente preocupação assola o mundo por conta da identificação de uma mutação do vírus na República Democrática do Congo. Esta nova cepa, conhecida como Clado Ib, pode ser mais letal e transmissível do que as versões anteriores da doença.

"No momento, estamos diante de um cenário estável, não há necessidade de alarmismo, já que, fora dos países africanos, observamos um nível de transmissão relativamente baixo. No entanto, é essencial manter a cautela e a atenção, pois a nova variante do vírus pode ser ainda mais nociva à saúde", afirma a Dra. Rebecca Saad, infectologista do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

A doença, também conhecida como "varíola dos macacos", é transmitida pelo vírus monkeypox. Seu período de incubação médio é de 10 dias, podendo se estender até 21 dias, e os sintomas incluem febre, dor no corpo, dor de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele.

"A transmissão da doença pode ocorrer entre pessoas, enquanto as lesões estiverem presentes. No entanto, também há risco de contaminação através do contato com animais silvestres infectados, secreções respiratórias e materiais contaminados", esclarece a médica.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas e, normalmente, são preenchidas por um líquido claro, que, com o tempo, vão criando crostas, secam e caem. “A quantidade de lesões pode variar de caso para caso, mas, na maioria das vezes, elas tendem a se concentrar no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Porém, podem surgir em qualquer parte do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.”

A especialista enfatiza que, em casos suspeitos ou confirmados da doença, é crucial adotar medidas de isolamento para evitar o contato com outras pessoas e o compartilhamento de objetos.

Já para aqueles que convivem em ambientes de risco ou com alguém sob suspeita da doença, recomenda-se o uso constante de máscaras para prevenir a exposição a gotículas de saliva, manter uma distância segura e higienizar as mãos frequentemente.

“É importante não ter contato, como abraçar ou beijar pessoas com sintomas da doença, sobretudo quando apresentarem lesões. Além disso, deve-se evitar compartilhar toalhas, roupas, talheres e objetos pessoais”, explica.

Um método crucial para prevenir a disseminação da doença é a vacinação. No Brasil, ela está disponível desde o ano passado. "Temos vacinação disponível, embora de forma limitada. Os grupos de riscos que têmprioridade são adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV", conclui a infectologista.

Caso tenha sintomas da doença, a recomendação é procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência.
 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial

 

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