Metodologia de detecção do vírus a partir de amostra coletada em swab foi desenvolvida pelo Sabin, em Brasília
No dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde declarou a Mpox emergência global de saúde. O fato ocorreu após o aumento crescente de casos de uma nova variante, a cepa 1b, principalmente no continente africano, mas que já chegou à Europa. O teste RT PCR Mpox, desenvolvido pelo Sabin Diagnóstico e Saúde, é capaz de detectar os casos de Mpox causados pela variante 1b. O exame é realizado em uma amostra coletada com swab, uma espécie de cotonete específico para coleta de amostras de análises clínicas.
O profissional
treinado para a função faz a coleta em lesões cutâneas (pele) ou mucosas que
possuam aspecto de vesículas, úlceras ou crosta. O exame está disponível para
agendamento da coleta, já que o paciente deve ser manter em isolamento.
“Considerando a
recente reclassificação da doença como Emergência de Saúde Pública de
Importância Internacional pela OMS, realizamos análises de bioinformática em
nosso setor de Biologia Molecular que confirmam que o teste de detecção do
vírus mpox por PCR ofertado pelo Sabin é capaz de detectar a nova variante”,
explica a biomédica Graciela Martins, gerente do Núcleo Técnico Operacional
(NTO) do Sabin.
O investimento do
Sabin em pesquisa e desenvolvimento já rendeu outros exames próprios para o
diagnóstico de doenças que impactam a saúde no Brasil. Antes do primeiro caso
de covid-19 ser confirmado no país, em 2020, a empresa lançou um teste no
formato RT-PCR, que se tornou importante aliado do ecossistema nacional de
saúde. Em 2016, o laboratório foi pioneiro ao implementar um exame pelo método
RT-PCR para dengue, zika e chikungunya, com uma única amostra de sangue e,
neste ano, desenvolveu um painel molecular de arboviroses que identifica
contágio pelas febres Oropouche, do Mayaro e amarela, além de dengue, zika e
chikungunya.
Sintomas e
contaminação | Segundo a OMS, a
Mpox pode apresentar quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos em
humanos. Quando uma pessoa apresenta bolhas na pele de forma aguda,
acompanhadas de dor de cabeça, febre acima de 38,5 °C, linfonodos inchados
(ínguas), dores musculares e no corpo, dor nas costas, fraqueza e calafrios,
deve procurar um médico, que vai avaliar a necessidade de exames laboratoriais
para confirmar a enfermidade.
O Ministério da
Saúde, por sua vez, informa que se trata de doença causada pelo vírus MPXV, do
gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica
viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com
pessoa infectada pelo vírus, materiais contaminados ou animais silvestres
infectados (roedores). O MS também informou que o surto apresenta baixo nível
de transmissão fora do continente africano até o momento e mantém a vigilância
da doença como prioritária.
O intervalo de
tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas
da Mpox (período de incubação) é tipicamente de três a 16 dias, mas pode chegar
a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em
que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a
outras pessoas. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias
após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre.
Protocolo e Tratamento | Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda o isolamento de 21 dias do paciente positivo para Mpox. A doença geralmente é autolimitada, ou seja, a enfermidade costuma desaparecer de forma espontânea, sem necessidade de tratamento. O paciente deve receber atenção clínica para aliviar os sintomas, evitando complicações graves, especialmente, em crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão devido a outros problemas de saúde.
Grupo Sabin
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