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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Sul: Mais de 200 mil tentativas de fraudes de identidade foram evitadas em março, revela Serasa Experian

Total nacional foi de mais de 1 milhão de ocorrências detectadas, volume 24,3% maior que o registrado no mesmo mês de 2023

 

Em março, no Sul do país, foram registradas 203.131 tentativas de fraude de identidade, detectadas graças às tecnologias antifraude que envolvem verificação de dados cadastrais, verificação de documentos e biometria facial. O estado com o maior volume de diligências foi o Paraná. Veja, no gráfico abaixo, dados de todas as Unidades Federativas (UFs) da região:


Considerando todo o país, foram registradas 1.064.803 tentativas de fraude de identidade em março. O volume representa um aumento de 24,3% em relação ao mesmo mês de 2023 e é o maior número já marcado pelo Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian desde o início da série histórica, em 2022. Veja o levantamento mês a mês dos últimos 12 meses:

 


As fraudes de identidade acontecem quando golpistas roubam dados pessoais de terceiros e tentam se passar por eles para obter vantagens financeiras. O indicador identifica essas investidas no momento do onboarding, ou seja, na abertura de contas ou pedidos de cartões, empréstimos, aluguel de carros, entre outras modalidades. 

“Com o evidente aumento dos casos, torna-se ainda mais necessário que as empresas se conscientizem da importância da proteção em camadas, que consiste em combinar diversas tecnologias de proteção para autenticar os usuários. Alguns exemplos envolvem autenticação do dispositivo, em caso de acesso via aplicativos e web, Liveness (prova de vida), biometria facial, geolocalização, entre outras, que podem ser personalizadas de acordo com o nicho de atuação e nível de maturidade do negócio”, explica o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

Na visão por setores, “Bancos e Cartões” concentrou a maior parte das ocorrências (50,9%) e “Telefonia” foi o menos visado pelos criminosos (1,6%). Em relação às idades, os cidadãos de 36 a 50 anos foram os que tiveram maior incidência das tentativas de fraude em março (35,8%). Confira o detalhamento por setor e faixa etária: 


Ranking de tentativas de fraude evitadas em março

Caio Rocha explica que “as grandes metrópoles são, geralmente, alvos dos criminosos por serem locais com alta frequência de transações financeiras, além de serem centros comerciais”. Veja, no gráfico abaixo, os dados de cada Unidade Federativa (UF) e a tabela com a variação anual:

 


 Tentativas a cada milhão de habitantes

Em relação a quantidades de tentativas de fraude a cada milhão de habitantes, o Indicador mostrou que Distrito Federal, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná e São Paulo são os alvos preferidos dos criminosos. Confira a lista completa e o número de tentativas a seguir: 

 


Evite fraudes: veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para se proteger

Consumidores: 

·         Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;

·         Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

·         Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com comandos para funcionarem sem que o usuário perceba;

·         Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

·         Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

·         Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

·         Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

·         Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de fraude.

 

Empresas:

·         Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação seja garantida, com o mínimo de atrito possível em sua experiência. Nesse sentido, a Serasa Experian tem soluções modulares inteligentes que possibilitam oferecer uma experiência segura ao cliente final. Com combinação de big data, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem blindar seus negócios contra fraudes mantendo a melhor experiência para seu usuário.

·         Faça a análise de compras: invista em camadas preditivas antifraude, principalmente as que realizam a análise comportamental dos seus clientes e usuários. Assim, sua empresa pode avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo;

·         Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é uma estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

·         Invista em soluções antifraude em camadas: não existe uma bala de prata que funcione para todos os casos. Por isso, é importante munir o seu negócio com tecnologias de ponta que, combinadas, ajudem a blindar todas as etapas da jornada do seu cliente. 


Metodologia 

  O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida por meio da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2), além da adição do volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia referentes a verificação de documentos, biometria facial e verificação cadastral.

 

Experian
www.experianplc.com


Defensor Público reforça a necessidade de políticas públicas eficazes de proteção aos idosos


No sábado, 15 de junho, o mundo voltou sua atenção para uma das questões mais urgentes em Direitos Humanos com a celebração do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Reconhecido pela Organização das Nações Unidas e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa desde 2006, este dia destaca a urgência de maior proteção a um dos grupos mais vulneráveis ​​de nossa sociedade. 

No Brasil, já são mais de 30 milhões de brasileiros idosos e é urgente o debate em torno do tema. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) alerta para os diferentes tipos de violações sofridas pelos mais idosos. Os casos mais recorrentes incluem violência física, psicológica, patrimonial, sexual, abandono e discriminação. São inúmeros os casos de agressões, principalmente verbais e maus-tratos que partem na maioria das vezes de pessoas da própria família. 

Em algumas situações, os abusos são realizados na forma de beliscões, empurrões, tapas ou agressões que não deixam sinais físicos. Além disso, a violência psicológica é uma realidade. Ela é caracterizada por atos de humilhação, desvalorização moral ou deboche, que abalam a autoestima do idoso e podem desencadear situações de isolamento, bem como depressão e distúrbios nervosos. Os idosos quase nunca denunciam, por medo e para proteger seus familiares. 

André Naves, Defensor Público Federal e especialista em Direitos Humanos e Inclusão, chama a atenção para essa frequente subnotificação de abusos praticados por familiares ou cuidadores. “Os casos de violência contra os idosos que chegam aos noticiários da TV e aos jornais são apenas a ponta do iceberg”, alerta Naves.


Seguro viagem ganha destaque no mercado com cobertura amplas e flexíveis, superando planos de saúdes tradicionais

Nos últimos anos, foram registrados cerca de 3.960 casos de acidente em viagens turísticas

 

O seguro-viagem vem ganhando cada vez mais relevância no mercado, destacando-se como uma opção, muitas vezes, mais vantajosa, mesmo que o cliente já tenha um plano de saúde tradicional. Consumidores de todo o país têm optado por coberturas de seguro-viagem por oferecer maior flexibilidade, coberturas amplas, presença geográfica em âmbito nacional e internacional, e preços mais acessíveis para  os viajantes. Segundo dados divulgados pela Medicina SA, os custos médicos e hospitalares são as garantias mais requisitadas nos seguros-viagem. Para se ter uma ideia, durante os primeiros meses deste ano, serviços desta categoria corresponderam a 51,9% de todas as reivindicações feitas pelos segurados.

Os dados estão de acordo com o Relatório Brasileiro de Acidentes no Turismo, feito pela Associação Férias Vivas. Segundo o levantamento foram registrados cerca de 3.960 casos nos últimos anos, sendo 93% dos incidentes causados pela falta de sinalização sobre riscos. Além disso, verificou-se que 49% dos incidentes foram causados por alguma falta de competência do profissional contratado, enquanto 70% dos acidentes resultaram de descuido por parte do prestador de serviço. A negligência em relação aos equipamentos de proteção é igualmente preocupante, especialmente quando se observam os erros no uso (57%) e a falta total de equipamentos de proteção (77%).

Para Guilherme Wroclawski, Co-CEO e cofundador da Hero Seguros, insurtech referência em seguro-viagem, a proteção ao viajante pode ser muita vantajosa para o cliente, comparado a um plano de saúde tradicional: “O seguro-viagem se destaca ao oferecer coberturas em dólar, com valores que podem chegar a 1 milhão de dólares para despesas médicas e hospitalares por evento. Além disso, oferece uma cobertura ampla para cancelamento de viagem por vários motivos, chegando a até 10 mil dólares, além de presença global. Esses benefícios garantem aos viajantes uma proteção completa e tranquilidade durante toda a viagem, que em muitos casos não são oferecidas pelos planos de saúde tradicionais.” ,comenta.

O turismo tem se tornado cada vez mais relevante.Segundo dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, o setor já representa 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, chegando a movimentar R$ 752,3 bilhões anualmente. Com isso, o mercado de seguro-viagem segue um momento de crescimento expressivo. De acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a procura por seguro viagem cresceu surpreendentes 230% em 2023. Neste ano, os dados apontaram um crescimento de 9,5% na pesquisa por um seguro viagem em relação ao mesmo período do ano passado, gerando cerca de R$ 143,1 milhões nos primeiros meses de 2024.

Por outro lado, os tradicionais planos de saúde têm feito mudanças em seu modelo de cobertura, o que muitas vezes tem deixado os viajantes sem nenhum tipo de proteção em casos de acidentes ou problemas de saúde fora de seu estado. 

“Nosso intuito é garantir o máximo de segurança e tranquilidade para os nossos clientes. Para melhorar ainda mais o processo, contratamos um diretor médico, que está responsável por acelerar os atendimentos e garantir a melhor condução médica em cada caso, além disso, contamos ainda com a parceria com o Hospital Israelista Albert Einstein”, conclui Guilherme Wroclawski, Co-CEO e cofundador da Hero Seguros.


Hero Seguros


Educação de SP avalia aprendizado de 1,2 milhão de estudantes da capital e RMSP no 2º bimestre a partir de segunda

Resultado será considerado, assim como os do primeiro bimestre, para avaliação de recuperação inédita na rede estadual 

 

A partir desta segunda-feira (17), a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) avalia o aprendizado de 2,5 milhões de estudantes no segundo bimestre letivo com a Prova Paulista. A aplicação da avaliação segue até o dia 24. Na capital e na RMSP, 1,2 milhão de estudantes deve fazer as provas. 

Assim como as provas do primeiro bimestre, essa nova avaliação será considerada pelos professores da rede para identificar alunos com dificuldades de aprendizagem que podem ser encaminhados para o novo formato de reforço escolar. Na semana passada, a Seduc-SP anunciou uma recuperação semestral para os alunos com desempenho abaixo da média. A recuperação será composta por duas semanas de reforço e, no final desse período, será aplicada uma prova. A primeira prova de recuperação acontece no dia 5 de agosto.  

A Prova Paulista é direcionada a alunos desde o 5º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio. A repescagem pode ser feita pelas escolas nos dias 25 e 26 de junho.

 

O cronograma da Prova Paulista é dividido da seguinte forma: 

·         Nos dias 17 e 18 de junho, fazem a avaliação estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio;

·         Nos dias 19 e 20 de junho, do 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e da 2ª série do Ensino Médio;

·         Nos dias 21 e 24, do 7º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio. 

Os estudantes são avaliados nos componentes de formação geral básica. Para os estudantes do Ensino Fundamental, as provas são de língua portuguesa, geografia e história no primeiro dia e matemática e ciências no segundo dia. Alunos do 6º ao 9º ano têm ainda provas de língua inglesa.

 

No Ensino Médio, além das disciplinas da formação geral básica, haverá ainda questões de acordo com itinerário formativo cursado por cada estudante.

 

Assim como na primeira edição de 2024, além das questões de resposta única, os alunos terão acesso a questões com duas e até três alternativas corretas. O objetivo é ampliar as possibilidades de aferição do conhecimento adquirido no período.

 

As provas serão compostas da seguinte maneira: 30 questões de múltipla escolha em cada dia para o 5º ano, 40 questões em cada dia do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e 45 questões diárias para todas as séries do Ensino Médio.


 

Recuperação inédita para alunos com dificuldades

 

O novo modelo de recuperação da Educação prevê que, por até duas semanas, as aulas serão focadas em conteúdos que os estudantes tiveram mais dificuldade na Prova Paulista, que é a avaliação bimestral da Seduc-SP. A primeira prova de recuperação será no dia 5 de agosto e os estudantes da rede terão duas semanas letivas de estudos focados na revisão de conteúdos – a semana de 1 a 5 de julho, última antes das férias do meio do ano, e de 29 de julho a 2 de agosto. 

 

Se a média dos bimestres for abaixo de 5 em quaisquer disciplinas, o aluno deverá obrigatoriamente fazer nova prova para tentar recuperar sua nota. A nova nota substituirá a menor entre os dois bimestres anteriores, contribuindo para reduzir as defasagens.



Reforma tributária: realidade ou ilusão de ótica?

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Desde abril, aguardamos que a regulamentação avance. A proximidade com o recesso parlamentar e com as eleições estaduais, no segundo semestre, tornam as previsões de avanço bem pessimistas’ 


Grande parte dos agentes econômicos brasileiros comemorou, no fim de 2023, a aprovação da proposta de emenda à Constituição que instituiu a Reforma Tributária no nosso país. Ainda com divergências, críticas e dúvidas, parecíamos estar diante de um consenso de que aquele passo era melhor do que nada. Assim, se fez um clima de otimismo (mesmo a versão aprovada não sendo a ideal). Entretanto, seis meses se passaram, com pouquíssimos avanços. A regulamentação da Reforma Tributária caminha a passos muito lentos, sem nenhuma perspectiva de que representantes do governo ou do Congresso estejam priorizando essa etapa tão importante. Afinal, a regulamentação é quando as novas regras realmente saem da teoria e partem para a prática. É quando os ciclos da economia e do empreendedorismo irão, realmente, sentir os impactos.

Esse momento de incerteza me faz recordar os antigos mágicos que se apresentavam na tevê, nas noites de domingo. Com recursos de luzes, tecidos e muita habilidade, enganavam a plateia diante de espetáculos de ilusão de ótica que deixavam muita gente intrigada até o dia seguinte. A versão televisiva tinha como objetivo gerar entretenimento. Mas a nossa versão econômica dessa ilusão de ótica não tem nada de prazerosa ou interessante. Pelo contrário: gera insegurança jurídica, apreensão, falta de investimentos e pausa nos negócios. O que é péssimo para o país.

A Rede de Associações Comerciais, por meio da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), acompanha de perto as tratativas, negociações e conversas, porque considera que alguns pontos da reforma são inegociáveis. Defendemos a inclusão de parâmetros para garantir a não elevação da carga tributária global, o direito ao crédito nas aquisições realizadas de empresas e nas vendas realizadas por empresas optantes do Simples Nacional e a criação da cesta básica de alimentos com alíquota zero, além da garantia de que todos os alimentos que estão nas cestas básicas possam ter alíquota reduzida em 60%.

Desde abril, aguardamos que a regulamentação avance. A proximidade com o recesso parlamentar e com as eleições estaduais, no segundo semestre, tornam as previsões de avanço bem pessimistas. O texto precisa passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Estamos diante de um calendário muito apertado, além da possibilidade de aparecerem urgências nacionais, como ocorreu com a catástrofe climática que se abateu sobre a população do Rio Grande do Sul. O possível otimismo do fim de 2023 desapareceu entre os agentes econômicos.

Há um outro problema que se tornou mais do que evidente: a falta de articulação política do governo no Congresso. O episódio que ocorreu no Senado, quando todos foram surpreendidos com a exclusão do tema da taxação de compras internacionais do texto do Mover, escancarou a falta de controle por parte da União. Líderes e presidentes das Casas não esconderam a surpresa. Os atritos se somam, no Planalto e no Congresso, tornando o clima político ainda mais conturbado.

Esse é apenas o último exemplo. O mais recente. Mas, em um ano e meio, são muitos os casos em que a falta de uma voz para construir diálogos em prol de soluções econômicas faz com que o cenário seja muito ruim para o futuro do Brasil. As disputas políticas precisam deixar temas econômicos de lado. E os representantes do governo precisam priorizar essas articulações para fazer com que a economia reaja, traga frutos e aumente a empregabilidade dos brasileiros. Em um contexto de desafios econômicos, sociais, de enfrentamento da desigualdade, é consenso na sociedade civil que é de emprego que o povo brasileiro precisa. E o emprego está nas mãos dos comerciantes, empresários e empreendedores que trabalham, diariamente, para gerar renda, pagar imposto e fazer a economia girar e crescer.

Ao cardápio das incertezas soma-se toda a insegurança jurídica na novela sobre a desoneração da folha de pagamento. E o fato de que, em pleno ano de 2024, inexiste uma discussão concreta sobre uma reforma administrativa, passo fundamental para realização de investimentos no país. Quisera eu que todo esse cenário de impasse fosse apenas uma ilusão de ótica.

 

Alfredo Cotait Neto - presidente da CACB e Facesp

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/reforma-tributaria-realidade-ou-ilusao-de-otica



Será que eu devo tirar um ano sabático? E a carreira?


Já ouviu falar em "ano sabático"? A expressão evoca imagens de viagens pelo mundo, de dias sem pressa, de redescobertas interiores. Mas o que realmente significa tirar um ano sabático?

 

É um período, geralmente de um ano, em que uma pessoa decide se afastar de suas atividades profissionais e rotineiras para se dedicar a outros projetos, interesses ou simplesmente para descansar e reavaliar a vida. O termo "sabático" deriva do hebraico, "shabbat", que significa descanso. Na tradição judaica, a cada sete anos, a terra deveria ser deixada em repouso, sem cultivo, um ano de descanso e renovação.

 

Se você é como eu, caro leitor, estimada leitora, ainda não tirou o seu. Entretanto, depois dos filhos estarem crescidos, é algo que quero me dar ao direito para ter um período de descanso e renovação. Como veremos, não pode ser considerado uma super férias ou até um refúgio dos que não são afeitos ao batente; vai muito além disso.

 

A prática do ano sabático tem suas raízes na antiguidade. Originalmente, o conceito era agrário, mas com o tempo foi adaptado para o campo acadêmico. Nos séculos XIX e XX, universidades começaram a adotar o ano sabático para que professores pudessem dedicar-se à pesquisa, atualização de conhecimentos ou simplesmente para recarregar as energias. Hoje, o conceito se expandiu além da academia e pode ser encontrado em várias profissões.

 

Quem apenas leciona e não se dedica à pesquisa corre o risco de ficar desatualizado. Atualmente, esse risco acaba sendo mitigado por rotinas duplas ou triplas, mas se o tema exigir um estudo mais aprofundado, conciliar essas duas coisas é desafiador; nesse contexto, o ano sabático pode ser fundamental.


 

Mas quem pode tirar o ano sabático?


Qualquer pessoa, na teoria. Na prática, isso depende de condições financeiras e estruturais. Profissionais autônomos, freelancers e empresários têm maior flexibilidade para planejar um período sabático, mas é preciso organização financeira.

 

Empresas também começam a oferecer essa possibilidade como um benefício, especialmente em setores de tecnologia e inovação, onde a criatividade e o bem-estar dos funcionários são valorizados.

 

Várias personalidades conhecidas já desfrutaram de um ano sabático. Bill Gates, por exemplo, é famoso por seus "think weeks", períodos de afastamento dedicados à leitura e reflexão. J.K. Rowling, autora de Harry Potter, tirou um ano sabático para se concentrar na escrita. Até mesmo personalidades do mundo esportivo, como Michael Jordan, já fizeram pausas em suas carreiras para buscar renovação e novos desafios.


 

O que fazer durante o seu ano sabático?


As possibilidades são infinitas. Alguns optam por viajar, conhecendo novas culturas e lugares. Outros dedicam o tempo a projetos pessoais, como escrever um livro, aprender um novo idioma ou desenvolver uma habilidade artística. Há quem utilize o período para voluntariado, contribuindo com causas sociais e humanitárias. O importante é ser um tempo de crescimento pessoal e renovação.

 

E, sobretudo, haver disciplina para manter-se longe do trabalho. Quando penso em mim, levando o computador a tiracolo na viagem de lua de mel, ter essa disciplina seria um desafio. Já imaginou, leitor, não ficar olhando para a tela do celular em busca de mensagens e atualizações de e-mails? A cabeça precisará aprender outras funções e superar a vigília constante.


 

Quanto custa tirar um ano sabático?


Os custos de um ano sabático variam significativamente, dependendo do estilo de vida e das atividades planejadas. Viagens internacionais, cursos, projetos pessoais, tudo isso pode variar de alguns milhares a dezenas de milhares de reais. O planejamento financeiro é crucial. É recomendável economizar com antecedência e considerar todas as despesas possíveis, desde moradia, até saúde e lazer.

 

Se possível, crie um investimento no qual você destine todo mês uma parte da sua renda ao seu projeto sabático. Ou, se houver espaço, fale com seu chefe sobre a possibilidade do aprendizado do ano ser focado em algo interessante para a empresa. Por exemplo, uma pós-graduação ou experiência em algum lugar referência em conhecimento.


 

Prós e contras do ano sabático


As diferentes gerações têm percepções variadas sobre o ano sabático. Os baby boomers, por exemplo, podem ver a iniciativa como um luxo ou até mesmo como uma ideia estranha, algo fora do comum em suas carreiras lineares. A geração X tende a ser pragmática, valorizando o planejamento cuidadoso e o balanço entre trabalho e vida pessoal. Os millennials e a geração Z, por sua vez, encaram o ano sabático como uma oportunidade valiosa de desenvolvimento pessoal, refletindo seu desejo por experiências significativas e flexibilidade de vida.

 

Afinal, quais são os prós e contras para se tomar esta decisão?

 

Como prós, destaco renovação pessoal e profissional. Um ano sabático pode proporcionar uma pausa necessária para refletir, redefinir metas e buscar novos conhecimentos. Também pode ser um período importante para desenvolver novas habilidades, pois aproveitar esse tempo para aprender algo novo pode enriquecer tanto a vida pessoal quanto a carreira.

 

Por fim, destaco a importância deste período para a saúde mental; uma pausa das pressões diárias pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

 

Como toda grande decisão, avalio, como contras, três pontos principais. Um deles é o impacto financeiro; ausência de renda regular pode ser um desafio, especialmente se não houver um planejamento adequado. Também há um risco de desconexão, pois um ano fora do mercado de trabalho pode resultar em desafios para a reintegração profissional. Por fim, cuidado com expectativas irrealistas: idealizar o ano sabático pode levar a frustrações, se as expectativas não forem correspondidas.

 

Em todo caso, decidir por um ano sabático é uma escolha pessoal, que requer planejamento e reflexão. Os benefícios podem ser imensos, proporcionando renovação e crescimento, mas é essencial estar ciente dos desafios e se preparar para eles. Ao fim, um ano sabático bem planejado pode ser uma experiência transformadora, impactando positivamente a vida pessoal e profissional de quem se permite essa pausa para redescobrir-se e evoluir.

 

E você, já tirou um sabático? Como foi a sua experiência?

 

 

Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria

 

Trabalho invisível passa a ser reconhecido

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2691/21 que facilita a aposentadoria por idade para mães e cuidadoras, reduzindo o tempo mínimo de contribuição necessário. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres dedicam cerca de 20 horas semanais ao cuidado com a casa e com os filhos, trabalho essencial para o desenvolvimento de todos e que é tratado como obrigação da mulher, por isso é esquecido.

Adicionar o trabalho invisível na Previdência Social é uma forma de reconhecer e valorizar o papel essencial que muitas mulheres desempenham no cuidado de suas famílias. Isso corrige uma injustiça histórica, proporcionando segurança financeira a essas mulheres e incentivando a igualdade de gênero. Além disso, ajudaria a refletir de maneira mais precisa o valor econômico do trabalho doméstico e de cuidados na sociedade.

Na prática, o projeto permitirá que mulheres de baixa renda que tenham dedicado seu tempo à maternidade e que não possuem o tempo de contribuição necessário para a aposentadoria ao atingirem 62 anos, possam se aposentar recebendo um salário-mínimo. Os pré-requisitos incluem:

  • Ser segurada de baixa renda.
  • Cada filho biológico adiciona um ano de contribuição.
  • Cada filho adotado ou com deficiência adiciona dois anos.
  • Três anos de contribuição se a mãe recebeu benefícios sociais devido a desemprego ou baixa renda.

A mudança permite que mulheres se aposentem com menos de 15 anos de contribuição desde que atendam as condições citadas acima. Mulheres responsáveis pelo cuidado de parentes até o segundo grau, em total dependência, também se enquadram como aptas para receber o benefício.

Devemos sempre lembrar que o trabalho de cuidado e doméstico exige esforço e tempo e viabiliza a realização de outras tarefas. Por exemplo, ninguém reconhece o trabalho invisível no dia a dia, mas se ele não for realizado o resto das atividades da casa será comprometido. Se ninguém cozinha e lava roupa, atividades como ir à escola e trabalhar fora são prejudicadas.

Nos casos das mulheres que trabalham fora de casa, a desigualdade persiste: elas cumprem, em média, mais de 8 horas em obrigações domésticas comparado aos homens que também trabalham fora. Essa discrepância também é observada nas diferentes regiões brasileiras, segundo o IBGE, Nordeste e Norte lideram como as localidades que possuem maior diferença entre os sexos na hora de realizar as atividades domésticas. Já o Sul apresenta crescimento no número de homens que passaram a contribuir com o trabalho invisível.

Não podemos esquecer também, que passamos por uma pandemia que fez com que aumentasse ainda mais o número de mulheres que dedicam tempo ao trabalho invisível, conforme o estudo “CoronaChoque e Patriarcado”, produzido pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, que também mostra que 75% das mulheres passaram a cuidar de outra pessoa nesse momento.

Por isso, é cada vez mais comum ver mulheres exaustas devido à sobrecarga de tarefas já que, como fazemos parte de uma sociedade ainda muito machista, sempre recaí sobre a mulheres. Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Brasileiro de Economia, vinculado à Fundação Getúlio Vargas, revelou que mais de 11 milhões de mães no Brasil assumem a criação de seus filhos de forma independente, esse cenário torna a tarefa ainda mais desafiadora.

O Projeto de Lei 2691/21, se assemelha com iniciativas já realizadas em outros países. Por exemplo, a Alemanha tem um sistema chamado Lei da Pensão Por Criança, que concede crédito de pensão para pais que cuidam de filhos pequenos. Esses créditos aumentam o valor da aposentadoria, reconhecendo o tempo dedicado ao cuidado dos filhos.

Outro exemplo é a Suécia, com a Lei de Parentalidade, onde o sistema de previdência social inclui benefícios para pais que reduzem suas horas de trabalho para cuidar de crianças, refletindo o valor do trabalho não remunerado no sistema previdenciário. O Canadá, possui o Employment Insurance (EI) Parental Benefits, que oferece benefícios de seguro-emprego para pais que tiram licença para cuidar de filhos recém-nascidos ou adotados, garantindo apoio financeiro durante esse período.

Somente com projetos assim, teremos o devido reconhecimento do trabalho invisível, tão essencial como qualquer outro trabalho para o desenvolvimento da economia do país. Além de, trazer a público uma dor enfrentada principalmente pelas mulheres, a fim de melhorar o bem-estar delas diminuindo sobrecarga.

 

Rita de Cássia da Silva – Graduada na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, a advogada internacionalista é pós-graduada em Advocacia Empresarial Trabalhista – Previdenciária e Previdência Privada e em Seguro Social na Universidade de Lisboa. É Mestranda em Direito Tributário Internacional. É especialista em Direito dos Expatriados, Imigrantes e Estrangeiros, com expertise em Acordos e Tratados Internacionais e Direito de Família Internacional. Também é especialista em Direito Internacional Privado, Direito Previdenciário Internacional, Direito do Trabalho com foco em Expatriação, Direito dos Aeronautas com enfoque nas aposentadorias especiais e da área de saúde. É palestrante, colunista do Blog Mães Expatriadas e Consultora Jurídica em Legislação Brasileira nos Estados Unidos. É CEO do Internazionale – Comunidade de Estudos de Direito Internacional que conecta mais de 95 advogados em 12 países e Mentora de carreiras para advogados. É Coautora do Livro Empreendedoras da Lei Europa com o artigo Brasileiros Imigrantes. Mais informações https://ritasilvaadvogados.com

 

Marketing Digital: A demanda aumentou, mas o valor estagnou. Entenda a crise que afeta o setor de Marketing


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Assessorias de marketing digital tentam agregar valor ao seu serviço, mas em meio à crise do Brasil, isso não é suficiente 


As redes sociais e a imprensa nunca foram tão importantes quanto atualmente para manter a relevância e credibilidade de profissionais e empresas, o que faz com que, naturalmente, a demanda por serviços de assessoria de imprensa e marketing digital aumentem. 

Mas os valores cobrados por esse tipo de serviço não crescem na mesma medida, devido à crise atual do Brasil, o que gera desequilíbrios nas empresas do setor.

 

Presença online: Uma necessidade atual


O digital, que há pouco tempo era luxo, se tornou uma necessidade cada vez maior. De acordo com um levantamento recente da Resultados Digitais, 94% das empresas brasileiras usam o marketing online como estratégia para alavancar seu crescimento.

 

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências e CEO da empresa de assessoria de imprensa e marketing digital 360, MF Press Global, o investimento em profissionais do digital é fundamental para dar credibilidade a empresas e profissionais.

Com o aumento da relevância, entre aspas, das redes sociais, também houve um aumento das Fake News, o que fez crescer a preocupação com a credibilidade do que se diz. Então, cada vez mais influencers, seja influencers, médicos, psicólogos, advogados, profissionais que precisam usar as redes sociais, sentem a necessidade de dar embasamento no que dizem mencionando estudos científicos”.

Pensando nisso há alguns anos atrás, comecei a ajudar esses profissionais a produzirem os estudos científicos comprovando os seus métodos, mas também para dar embasamento e credibilidade no que dizem, para que suas publicações em redes sociais ou presença na imprensa tenha bases que permitam uma carreira mais firme e longeva”, explica Dr. Fabiano.

 

Muita demanda, preço parado


Todo esse aumento da demanda por serviços de assessoria de imprensa e marketing digital não se refletiu no reajuste dos valores cobrados pelas empresas especializadas, em grande parte devido à escassez de recursos causada pela crise no Brasil.

Ou seja, muita gente procurando serviços que são oferecidos a preços incapazes de suprir as necessidades da própria empresa. 

Isso cria um ambiente de instabilidade para o setor que mesmo desenvolvendo estratégias para aumentar o valor dos seus serviços. 

  

Dr. Fabiano de Abreu Agrela – MRSB, Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.

 

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