Há
alguns anos venho desenvolvendo uma teoria a qual denominei “Exercício dos
COs”, que, resumidamente, consiste na incessante análise e busca do entendimento
sobre como tudo atua de forma Conectada na sociedade atual. A partir do
exercício da Colaboração, Cooperação, Compreensão, Correlação, entre tantos
outros Conexões, é possível enxergar o poder da Coletividade na busca por
resultados Compatíveis ao padrão de vida sustentável almejado na Agenda 2030 da
ONU.
Em exercícios com meus alunos de mestrado, já chegamos a identificar 100 Combinações de palavras que servem como exemplo dessa Constância. É exatamente por isso que, em tempos de Cocriações e Coworking, o educador não pode jamais ser absolutista. Juntamente com a globalização e o fácil acesso à informação, a sala de aula tomou dimensões extraordinárias, e o Conhecimento passou a ser resultado da soma de cada indivíduo e da multiplicação dos saberes em um exercício de troca que põe em prática o Compartilhamento e a Co-construção.
Por isso, acompanhar o ritmo desse admirável mundo novo exige movimentação. Em primeiro ponto, é preciso olhar para si, entender seu papel Colaborativo e protagonista, refletir sobre o autoconhecimento para, a partir deste propósito, fortalecer as relações e a Coletividade. Contar somente para o que está Consagrado nos livros já não é mais suficiente, o movimento que a escola precisa está fora da sala de aula.
A atuação externa da escola e seu poder de articulação com outros segmentos são soluções que Contribuem diretamente para a qualidade do corpo docente, aprimorando sua visão de mundo, por meio do desenvolvimento do intelecto e atualização de práticas. Da mesma forma, o movimento Contrário, de trazer diferentes atores da sociedade para dentro da escola, é igualmente positivo.
Abrir espaço para que as empresas apresentem seus desafios e
resultados traz à tona a aplicabilidade daquilo que é discutido em sala. Ou
seja, essa troca atua como uma via de mão dupla que Compartilha o mesmo
destino: uma educação integrada com visão de futuro. A partir disso, é possível
entender por que a gestão sustentável prevê não somente o mapeamento dos
stakeholders, mas o entendimento claro de quem são essas pessoas/organizações
que estão no círculo de atuação da instituição e qual o verdadeiro potencial
dessas relações.
Atualmente, no âmbito profissional, associo as funções de Presidente de escola de negócios, Coordenador do Comitê de Sustentabilidade Empresarial da Associação Comercial do Paraná, Presidente do Instituto Mundo do Trabalho e membro do Comitê de Cidadania Empresarial. Isso somado à minha trajetória em empresas estatais da área de saneamento e energia são fatores que ampliam minha rede de contatos empresariais, e já geraram grandes possibilidades de parcerias e projetos que beneficiaram tanto a formação do corpo docente da instituição que presido, quanto proporcionaram oportunidades de aprendizado para meus alunos.
Em minha visão, uma escola de negócios pressupõe um bom
relacionamento com o mercado de modo a Contribuir para a formação de líderes
capacitados para lidar com os desafios empresariais. Assim, essa troca entre
academia e empresa no ISAE é permanente e um de nossos diferenciais. Há menos
de um ano, em um evento da ONU em Nova York, tive a oportunidade de discursar
sobre a necessidade de se repensar, reinventar e recriar as escolas e seus
métodos em prol da educação do futuro. Na ocasião defendi o quanto é preciso
revermos nosso senso de propósito, de criatividade, de responsabilidade, de
Coletividade e de oportunidade.
Ao atuar em parceria com os stakeholders, a organização deve ter como objetivo buscar instituições com potencial para aumentar o papel da escola, investindo em fatores como: sua capacidade de articulação e mobilização social; sua habilidade na realização de grandes eventos; sua dedicação para a produção de pesquisas que buscam melhores resultados para o mercado; e, principalmente, sua competência na geração de conhecimento para a sociedade.
A academia moderna precisa de professores que saibam navegar entre a teoria e práticas de mercado, mostrando novos referenciais e diferenciais. É por isso que discutir temas transversais como inovações pedagógicas, economia compartilhada e desenvolvimento urbano faz todo o sentido para a educação do futuro. Deixar que a escola alce voos para além das salas de aula é uma forma de Construir, Conectar, Contribuir para atuar em prol de uma educação multifacetada que enxerga além das questões básicas, sendo Corajosa o bastante para encontrar soluções frente aos desafios globais.
Norman
de Paula Arruda Filho - Presidente do ISAE – Escola de Negócios, conveniado à
Fundação Getulio Vargas, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade
do ISAE/FGV, e Coordenador do Comitê de Sustentabilidade Empresarial
da Associação Comercial do Paraná (ACP).