Câncer de Pele teve crescimento global, revela a revista Nature; só no Brasil, são mais de 185 mil novos casos por ano
Segundo
estudo
publicado na revista internacional Nature, no
início deste ano, o câncer de pele teve um crescimento expressivo de maneira
global. O artigo analisou dados de 1990 a 2021 de tumores melanoma e
não-melanoma da doença e revelou que a doença cresce em índices globais de
maneira preocupante. Só no Brasil, são mais de 185 mil novos casos de câncer de
pele diagnosticados anualmente, de acordo com estimativas do Instituto Nacional
do Câncer (INCA).
Com a
chegada do verão, no último mês do ano, campanhas como o Dezembro Laranja de
conscientização da prevenção e cuidado do câncer de pele ganham ainda mais
importância na temporada de praias, viagens e férias. No entanto, nem todo tipo
de câncer de pele é igual. Mais de 95% dos diagnósticos da doença são de câncer
não melanoma: tipo de tumor maligno mais comum que representa 31,3% do total de
casos de câncer do país.
“O
Carcinoma basocelular tem aspecto de ‘bolinha’ perolada e é o tipo mais comum.
É como uma ferida que não cicatriza e pode sangrar. Já o Carcinoma
espinocelular é uma lesão avermelhada, áspera, às vezes com crosta, e também
bastante comum. Já o Melanoma é o tipo mais grave e geralmente aparece como uma
pinta nova ou que muda de cor e formato”, explica a dermatologista da Casa de
Saúde São José, Dra. Tricie Kobylko.
O câncer
de pele do tipo melanoma, apesar de representar 8,4 mil novos casos por ano, é
uma doença extremamente agressiva e letal, sendo responsável por 4 em cada 10
mortes por tumores de pele, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Oncológica (SBCO). A especialista recomenda a regra do ABCDE para a
autoavaliação de pintas e manchas, observando os seguintes sinais que podem
indicar melanoma:
- Assimetria
- Bordas
irregulares
- Cores
variadas
- Diâmetro
maior que 6 mm
- Evolução
(mudanças rápidas)
Já em
relação à prevenção do câncer de pele, é recomendado a todos o uso do protetor
solar, com FPS mínimo de 30, além de chapéus, roupas com proteção UV e óculos.
Outra medida importante é evitar exposição solar nos horários de maior
incidência de raios ultravioleta (causadores do câncer de pele): “o ideal é
preferir os banhos de sol antes das 10h e após as 16h”, recomenda a Dra.
Tricie.
“Pessoas
de pele clara, imunossuprimidos, pacientes com histórico familiar ou pessoal de
câncer de pele, além de pacientes diagnosticados com doenças genéticas, como
xeroderma pigmentoso, têm que ter cuidado redobrado. O uso de bronzeadores
artificiais e a exposição crônica ao sol também são fatores de risco que
aumentam a chance do diagnóstico do câncer de pele”, conclui a dermatologista
da Casa de Saúde São José.
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