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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Visão pede cuidados especiais no verão para crianças, idosos e usuários de lentes



Proteção adequada, precaução com agentes agressores para quem usa lentes de contato e muita higiene das mãos são algumas das recomendações para o período mais quente do ano



                 Cerca de 50% das complicações com LC está relacionada à limpeza inadequada 
                                                                      Divulgação






Nem só de protetor solar, alimentação leve e muita hidratação se faz uma lista de cuidados essenciais para o período de verão. A saúde dos olhos pede uma atenção especial, principalmente em se tratando de crianças, idosos e usuários de lentes de contato. Os surtos de conjuntivite, também muito comuns neste período, também podem ser contornados com cuidados simples. O alerta é da oftalmologista Tania Schaefer, da Clínica Schaefer Oftalmologia e Neurologia, de Curitiba.

Entre os usuários de lentes de contato o principal cuidado é com a higiene. Cerca de 50% das complicações causadas pelas LC estão relacionadas aos cuidados com a limpeza, desinfecção e conservação. Quando o usuário não segue uma rotina adequada de limpeza ou não faz uso dos produtos indicados pelo oftalmologista, restos celulares, partículas do meio ambiente, produtos cosméticos, como protetores solares e substâncias agressivas como areia, podem aderir às lentes reduzindo o conforto, além de diminuir a vida útil das mesmas.

"Embora o uso de lentes de contato seja bastante seguro, fazê-lo de forma inadequada e sem a orientação de um oftalmologista, pode acarretar problemas oculares sérios, incluindo infecções e lesões irreversíveis da visão", alerta Tania Schaefer.


Baladas
Em ambientes de balada, todo cuidado também é pouco. Caso caia alguma substância nos olhos, como espuma, confete ou areia a orientação mais importante, é não tocar nas lentes com as mãos sujas. O usuário deve lavar as mãos e retirar as lentes de contato o mais rápido possível. Deve também lavar os olhos com água corrente caso não tenha água mineral a sua disposição, sempre desprezando o primeiro jato de água, por que nele estão as bactérias e acantamoebas estagnadas. Usar colírios a base de lágrimas artificiais e procurar o médico oftalmologista se as medidas iniciais não surtirem efeito


Maquiagem
E na hora de se arrumar para uma festa, procure colocar as lentes antes de aplicar maquiagem para evitar contaminação e retire a lente antes de retirar a maquiagem. "E se surgirem sinais de irritação ou infecção, retire as lentes e verifique se há resíduos. Não demore a procurar um oftalmologista se perceber que a irritação não melhora", diz a médica.


Piscina, mar e LC
No caso da piscina e do mar os cuidados devem ser maiores. O uso de cloro e outros produtos químicos para manutenção da qualidade da água pode trazer desconforto e ardência. O mar também é um ambiente propenso à contaminação. "Quando possível orientamos a evitar entrada em ambientes aquáticos. Mas se for inevitável, orientamos para usar as lentes de contato de descarte diário, para o caso de paciente usuário de lentes de contato gelatinosas", orienta a Dra. Tania Schaefer.


Idosos e crianças
Para os idosos a maior recomendação é o uso de óculos de sol de boa qualidade. "A visão do idoso é mais sensível ao brilho e às mudanças bruscas de luz ambiente, podendo ofuscar a visão e aumentar o risco de queda", lembra a médica. A dica, portanto, é usar óculos com lentes mais escuras, associados a lentes corretivas (de grau) se for o caso. As crianças também são muito sensíveis e devem também usar a proteção de óculos, bonés e visores.


Proteção de qualidade
Hoje em dia percebemos uma grande preocupação dos veranistas em relação aos cuidados com a pele exposta ao sol. O uso de protetores para raios ultravioletas tornou-se bastante popular entre a população, mesmo fora do período de férias. Infelizmente o mesmo não ocorre quando o assunto é a visão. Independente de sua idade, sempre que for sair ao sol é necessário usar óculos escuros como proteção. A principal recomendação é de que os óculos sejam comprados em óticas, não em camelôs. Isso porque, para oferecer uma proteção adequada, os óculos de lentes escuras devem contar com filtro para os raios UVA e UVB. Nas areias da praia, não deixe se seduzir pela compra de óculos baratos, principalmente para as crianças, que necessitam de uma proteção ainda mais efetiva.


Conjuntivite

Em suspeita de conjuntivite um oftalmologista deve ser sempre consultado 
Divulgação 


Olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, inchaço e secreção são sintomas típicos de conjuntivite, uma inflamação da membrana que reveste grande parte do nosso olho. A água de piscina e do mar contaminadas pode facilitar o contágio, mas como existem diferentes tipos de conjuntivite e assim, um oftalmologista deve ser sempre consultado, a fim de se estabelecer um diagnóstico correto e um tratamento adequado a cada tipo de conjuntivite.

As conjuntivites alérgicas geralmente ocorrem nos dois olhos e afetam pessoas predispostas a alergias, ou seja, que tenham bronquite, rinite e atopias (que significam um conjunto de afecções alérgicas, caracterizadas por influência hereditária). Os sintomas são coceira, olhos vermelhos e inchados e secreção mucosa. Este tipo de conjuntivite não é contagioso e as causas da alergia devem ser identificadas e prontamente afastadas.

As conjuntivites infecciosas são geralmente causadas por vírus e bactérias. A contaminação se dá principalmente pelo contato direto, como pelas mãos ou até mesmo em piscinas e na água do mar. Os sintomas podem variar de acordo com o agente causador. Embora seja uma doença de fácil tratamento, se não tratadas adequadamente podem até deixar sequelas como cicatrizes na córnea, que diminuem a visão das pessoas. Os sintomas clássicos são olhos vermelhos, coceira e lacrimejamento, secreção mucosa ou até mesmo purulenta.

Alguns hábitos como lavar as mãos sempre, não coçar os olhos, não dividir objetos pessoais como maquiagens e óculos ajudam a prevenir a infecção por estes micro-organismos. O oftalmologista deve ser sempre consultado para estabelecer um diagnóstico correto e um tratamento e acompanhamento adequados a cada tipo de conjuntivite.




Oftalmologista Tania Schaefer (CRM-PR 5416/CRM-RJ 17335)
Site: http://www.schaefer.com.br
Clínica Schaefer Oftalmologia e Neurologia
Endereço: Avenida Getulio Vargas, 2932, Água Verde, Curitiba/PR
Fone: (41) 3027-3807




13 de dezembro – Dia do Cego



Especialistas alertam para o Glaucoma, a primeira causa de cegueira não reversível no mundo

 A doença que atinge mais de 1 milhão [i] de brasileiros! É uma questão de saúde pública e pode ser prevenida e controlada com consultas oftalmológicas regulares


No dia 13 de dezembro é destacado o Dia Nacional do Cego, para conscientizar a sociedade sobre o tema.  Estima-sei que o glaucoma atinja mais de 1,2 milhão de brasileiros atualmente, sendo que 80% dos casos não apresentam sintomas e é a condição que mais causa cegueira não reversível em todo o mundo.

 “Apesar de a catarata causar um número maior de perda de visão, esta pode ser revertida por meio de procedimentos cirúrgicos, ao contrário do glaucoma cuja perda é irreversível. Também enquanto a catarata é sintomática pois o paciente percebe a diminuição da visão, o glaucoma na sua forma mais comum não origina sintomas e passa desapercebido para o paciente até suas fases mais avançadas, quando a cegueira esta próxima. Por isso, nesta data, é importante conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, pois a doença não tem cura”, explica Dr. Remo Susanna, professor Titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Quando mais precocemente diagnosticada e corretamente tratada é mais facil controlar sua progressão. “Consultar o oftalmologista regularmente principalmente a partir dos 40 anos e sobretudo se tiver um parente direto com glaucoma é a forma mais adequada de descobrir a doença. Pessoas com ascendência negra, portadores de alta miopia, pacientes acima de 60 anos parentes de pessoas com glaucoma devem ter atenção redobrada, e consultar o especialista pelo menos uma vez ao ano. Devem também perguntar ao oftalmologista não somente qual é a pressão ocular mas também como está o seu nervo óptico.

 Grande parte dos casos de glaucoma é tratada com colírios para controlar a pressão intraocular que embora não seja muito importante para o diagnóstico da doença é crucial para o tratamento. Neste ponto é importante ressaltar que o diagnóstico do glaucoma é feito pelo exame do nervo óptico (fundo de olho). Entre as opções de colírios no mercado, estão disponíveis medicamentos com e sem conservantes, estes últimos parecem resultar em olhos com menos distúrbios de lubrificação ocular, “olhos secos” como são chamados.  Como alternativa, há ainda o tratamento a laser ou, em casos mais complexos, a cirurgia. Segundo o especialista, “o glaucoma é a maior causa irreversível de cegueira no mundo. Os portadores da doença evoluem sem sintomas até próximo da perda de visão.

Por este motivo, a adesão ao tratamento é fundamental, ou seja, os pacientes devem seguir corretamente a prescrição médica. Segundo algumas pesquisas, cerca de 30% dos pacientes não seguem o tratamento proposto, 50% têm dificuldade física de pingar o colírio. Alguns estudos sugerem que o não seguimento do tratamento é responsável por 10% das perdas de campo visual. 


Sobre a doença

Incidência: Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são registrados 1,2 milhões de novos casos anualmente, somando 60 milhões de pessoas em todo o mundo e uma estimativa de 1 milhão de brasileiros acima de 40 anos sofrendo da doença.

Tipos de glaucoma: existem diversos tipos da doença. A forma mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto. No glaucoma de ângulo fechado, mais raro, há o bloqueio súbito da saída do humor aquoso, liquido que circula dentro do olho aumentando subitamente ou cronicamente a pressão ocular podendo acompanhar-se de dor ocular e embaçamento da visão

Fatores de risco: a) indivíduos acima dos 40 anos, b) histórico familiar – pessoas que têm irmão com glaucoma têm até 6x mais chances; c) pessoas de etnia negra ou afrodescendentes (a incidência da doença é quatro vezes maior nesse grupo); d) míopes que utilizam lentes acima de seis graus; e) pessoas que fazem uso crônico de corticoide.

Diagnóstico: consultas, exames de pressão ocular e avaliação de fundo de olho, para avaliar o nervo óptico.




Validade legal dos documentos eletrônicos na Engenharia




A área jurídica, tradicionalmente considerada conservadora diante dos avanços tecnológicos, já está inserida no atual contexto digital


Desde quatro de fevereiro deste ano, todos os advogados estão utilizando o chamado peticionamento eletrônico para fazer seus pedidos judiciais perante o Judiciário. A OAB-SP credenciou-se para oferecer certificado digital em 2010 e, desde então, mais de 20 mil advogados já foram certificados digitalmente.

Com isso, os advogados, que antes tinham que analisar o processo judicial em pé, no balcão do cartório, ou tinham que carregar vários volumes do processo para o escritório, hoje poderão acompanhar os processos pela internet com agilidade e segurança, entre outros benefícios. Em contrapartida a essa realidade, não se vê essa iniciativa na área da Engenharia e a pergunta que se faz é: “por que os engenheiros também não utilizam a assinatura digital e outras ferramentas tecnológicas no seu dia a dia?”.

A Engenharia pode e deve se valer da certificação digital e utilizar a assinatura digital em projetos, laudos e outros documentos gerenciais, tais como atas e contratos. O documento eletrônico, quando assinado digitalmente, terá a mesma confiabilidade que tem o documento físico. A assinatura digital também atribui ao documento autoria e veracidade do conteúdo.

Se a nossa legislação exige que o documento somente tenha validade jurídica atendendo aos requisitos de autoria e a veracidade do conteúdo, independentemente da forma que é apresentada, podemos utilizar com total segurança a certificação digital. Além de conferir validade jurídica, a assinatura digital traz maior celeridade e economia de recursos, tais como manuseio de arquivos, armazenagem, materiais, plotagem e, por fim, a eliminação do papel.
Se, por um lado, a segurança do documento físico se dá mediante as autenticações, selos, carimbos dos cartórios, perícias nas assinaturas etc, o documento eletrônico será atestado mediante o certificado digital, que oferece um elevado nível de segurança. O documento eletrônico deve seguir as regras da Medida Provisória 2200/01, que garante autenticidade ao documento quando este for certificado por órgão competente (IPC –Brasil), pelo sistema de criptografia por meio de chaves pública e privada.

Por meio deste sistema de chaves pública e privada, presume-se que o documento eletrônico foi criado realmente pela pessoa que o assinou e que o documento está íntegro e sem modificações, atribuindo-lhe valor probatório, isto é, a possibilidade de servir como prova.

Ao autenticar um documento digitalmente, a pessoa que o assina não poderá se passar por outra naquele ambiente digital. Além disso, impede que o documento seja alterado, tornando seu conteúdo e forma imutáveis e sem possibilidade de falsificação, pois somente o subscritor tem a chave privada que lhe permite assinar o documento.

O entendimento perante o judiciário é de que um fato pode ser provado por qualquer meio, desde que seja lícito e moralmente legítimo. Assim, é possível que um documento eletrônico possa servir como prova, uma vez que possui as características exigidas de autenticidade e de integridade do conteúdo. A exemplo disso, um laudo técnico assinado digitalmente por um engenheiro pode ser apresentado como prova num processo judicial, pois terá o mesmo valor legal que um documento físico.

Conclui-se que o certificado digital está à disposição para facilitar e viabilizar o dia a dia de engenheiros e arquitetos, conferindo integridade, autenticidade e sigilo aos seus documentos, utilizando um suporte digital e com validade jurídica. Não utilizar o certificado digital, hoje, é virar as costas para o futuro e para os recursos tecnológicos disponíveis.





Francesca Corrêa - advogada especialista em Direito Eletrônico e sócia do Construtivo.com, empresa de fornecimento de solução para gestão e processos de ponta a ponta para o mercado de Engenharia, com oferta 100% na nuvem e na modalidade de serviço (SaaS).





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