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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

13 de dezembro – Dia do Cego



Especialistas alertam para o Glaucoma, a primeira causa de cegueira não reversível no mundo

 A doença que atinge mais de 1 milhão [i] de brasileiros! É uma questão de saúde pública e pode ser prevenida e controlada com consultas oftalmológicas regulares


No dia 13 de dezembro é destacado o Dia Nacional do Cego, para conscientizar a sociedade sobre o tema.  Estima-sei que o glaucoma atinja mais de 1,2 milhão de brasileiros atualmente, sendo que 80% dos casos não apresentam sintomas e é a condição que mais causa cegueira não reversível em todo o mundo.

 “Apesar de a catarata causar um número maior de perda de visão, esta pode ser revertida por meio de procedimentos cirúrgicos, ao contrário do glaucoma cuja perda é irreversível. Também enquanto a catarata é sintomática pois o paciente percebe a diminuição da visão, o glaucoma na sua forma mais comum não origina sintomas e passa desapercebido para o paciente até suas fases mais avançadas, quando a cegueira esta próxima. Por isso, nesta data, é importante conscientizar a população da importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, pois a doença não tem cura”, explica Dr. Remo Susanna, professor Titular de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Quando mais precocemente diagnosticada e corretamente tratada é mais facil controlar sua progressão. “Consultar o oftalmologista regularmente principalmente a partir dos 40 anos e sobretudo se tiver um parente direto com glaucoma é a forma mais adequada de descobrir a doença. Pessoas com ascendência negra, portadores de alta miopia, pacientes acima de 60 anos parentes de pessoas com glaucoma devem ter atenção redobrada, e consultar o especialista pelo menos uma vez ao ano. Devem também perguntar ao oftalmologista não somente qual é a pressão ocular mas também como está o seu nervo óptico.

 Grande parte dos casos de glaucoma é tratada com colírios para controlar a pressão intraocular que embora não seja muito importante para o diagnóstico da doença é crucial para o tratamento. Neste ponto é importante ressaltar que o diagnóstico do glaucoma é feito pelo exame do nervo óptico (fundo de olho). Entre as opções de colírios no mercado, estão disponíveis medicamentos com e sem conservantes, estes últimos parecem resultar em olhos com menos distúrbios de lubrificação ocular, “olhos secos” como são chamados.  Como alternativa, há ainda o tratamento a laser ou, em casos mais complexos, a cirurgia. Segundo o especialista, “o glaucoma é a maior causa irreversível de cegueira no mundo. Os portadores da doença evoluem sem sintomas até próximo da perda de visão.

Por este motivo, a adesão ao tratamento é fundamental, ou seja, os pacientes devem seguir corretamente a prescrição médica. Segundo algumas pesquisas, cerca de 30% dos pacientes não seguem o tratamento proposto, 50% têm dificuldade física de pingar o colírio. Alguns estudos sugerem que o não seguimento do tratamento é responsável por 10% das perdas de campo visual. 


Sobre a doença

Incidência: Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são registrados 1,2 milhões de novos casos anualmente, somando 60 milhões de pessoas em todo o mundo e uma estimativa de 1 milhão de brasileiros acima de 40 anos sofrendo da doença.

Tipos de glaucoma: existem diversos tipos da doença. A forma mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto. No glaucoma de ângulo fechado, mais raro, há o bloqueio súbito da saída do humor aquoso, liquido que circula dentro do olho aumentando subitamente ou cronicamente a pressão ocular podendo acompanhar-se de dor ocular e embaçamento da visão

Fatores de risco: a) indivíduos acima dos 40 anos, b) histórico familiar – pessoas que têm irmão com glaucoma têm até 6x mais chances; c) pessoas de etnia negra ou afrodescendentes (a incidência da doença é quatro vezes maior nesse grupo); d) míopes que utilizam lentes acima de seis graus; e) pessoas que fazem uso crônico de corticoide.

Diagnóstico: consultas, exames de pressão ocular e avaliação de fundo de olho, para avaliar o nervo óptico.




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