Especialistas alertam para o
Glaucoma, a primeira causa de cegueira não reversível no mundo
A doença que atinge mais de 1 milhão [i] de brasileiros! É uma
questão de saúde pública e pode ser prevenida e controlada com consultas
oftalmológicas regulares
No dia 13 de dezembro é destacado o
Dia Nacional do Cego, para conscientizar a sociedade sobre o tema.
Estima-sei que o
glaucoma atinja mais de 1,2 milhão de brasileiros atualmente, sendo que 80% dos
casos não apresentam sintomas e é a condição que mais causa cegueira não
reversível em todo o mundo.
“Apesar de a catarata causar um
número maior de perda de visão, esta pode ser revertida por meio de
procedimentos cirúrgicos, ao contrário do glaucoma cuja perda é irreversível.
Também enquanto a catarata é sintomática pois o paciente percebe a diminuição
da visão, o glaucoma na sua forma mais comum não origina sintomas e passa
desapercebido para o paciente até suas fases mais avançadas, quando a cegueira
esta próxima. Por isso, nesta data, é importante conscientizar a população da
importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, pois a doença não
tem cura”, explica Dr. Remo Susanna, professor Titular de Oftalmologia da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Quando mais
precocemente diagnosticada e corretamente tratada é mais facil controlar sua
progressão. “Consultar o oftalmologista regularmente principalmente a partir
dos 40 anos e sobretudo se tiver um parente direto com glaucoma é a forma mais
adequada de descobrir a doença. Pessoas com ascendência negra, portadores de
alta miopia, pacientes acima de 60 anos parentes de pessoas com
glaucoma devem ter atenção redobrada, e consultar o especialista pelo
menos uma vez ao ano. Devem também perguntar ao oftalmologista não somente qual
é a pressão ocular mas também como está o seu nervo óptico.
Grande parte dos casos de
glaucoma é tratada com colírios para controlar a pressão intraocular que embora
não seja muito importante para o diagnóstico da doença é crucial para o
tratamento. Neste ponto é importante ressaltar que o diagnóstico do glaucoma é
feito pelo exame do nervo óptico (fundo de olho). Entre as opções de colírios
no mercado, estão disponíveis medicamentos com e sem conservantes, estes
últimos parecem resultar em olhos com menos distúrbios de lubrificação ocular,
“olhos secos” como são chamados. Como alternativa, há ainda o tratamento
a laser ou, em casos mais complexos, a cirurgia. Segundo o especialista, “o
glaucoma é a maior causa irreversível de cegueira no mundo. Os portadores da
doença evoluem sem sintomas até próximo da perda de visão.
Por este motivo, a adesão ao
tratamento é fundamental, ou seja, os pacientes devem seguir corretamente a
prescrição médica. Segundo algumas pesquisas, cerca de 30% dos pacientes não
seguem o tratamento proposto, 50% têm dificuldade física de pingar o colírio.
Alguns estudos sugerem que o não seguimento do tratamento é responsável por 10%
das perdas de campo visual.
Sobre a doença
Incidência: Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são
registrados 1,2 milhões de novos casos anualmente, somando 60 milhões de
pessoas em todo o mundo e uma estimativa de 1 milhão de brasileiros acima de 40
anos sofrendo da doença.
Tipos de glaucoma: existem diversos tipos da doença. A
forma mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto. No glaucoma de ângulo
fechado, mais raro, há o bloqueio súbito da saída do humor aquoso, liquido que
circula dentro do olho aumentando subitamente ou cronicamente a pressão ocular
podendo acompanhar-se de dor ocular e embaçamento da visão
Fatores de risco: a) indivíduos acima dos 40 anos, b)
histórico familiar – pessoas que têm irmão com glaucoma têm até 6x mais
chances; c) pessoas de etnia negra ou afrodescendentes (a incidência da doença
é quatro vezes maior nesse grupo); d) míopes que utilizam lentes acima de seis
graus; e) pessoas que fazem uso crônico de corticoide.
Diagnóstico: consultas, exames de pressão ocular e avaliação de fundo
de olho, para avaliar o nervo óptico.
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