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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Oitenta países se reúnem no dia 13 de outubro, Dia Mundial da Trombose, para fazer uma convocação global sobre a avaliação do risco de coágulos sanguíneos nos hospitais



Foco na segurança do paciente exige maior vigilância e medidas para ajudar a salvar centenas de milhares vidas reduzindo uma importante causa de morte evitável nos hospitais de todo o mundo


CHAPEL HILL, Carolina do Norte - /PRNewswire/ -- Mais de 600 organizações médicas, órgãos governamentais de saúde e organização de defesa de pacientes e saúde pública de 80 países se reuniram para convocar seus sistemas de saúde a exigir avaliações de risco, nos hospitais, para verificar a presença de tromboembolismo venoso (TEV), coágulos sanguíneos que se produzem nas pernas e nos pulmões. O TEV é uma importante causa de morte evitável em hospitais de todo o mundo – à frente das infecções e da pneumonia, de acordo com o Programa de Segurança do Paciente[i] da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

Dia Mundial da Trombose, que culmina no dia 13 de outubro, é organizado pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombosis and Haemostasis - ISTH), conta com o apoio de organizações como a Federação Mundial do Coração, Grupos de Trabalho sobre Trombose, Função Ventricular Direita e Circulação Pulmonar da Sociedade Europeia de Cardiologia, Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA, Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue (EUA) e Associação Americana do Coração, entre outras. Sua missão é promover a conscientização, em nível mundial, sobre a trombose (formação de coágulos sanguíneos), que mata aproximadamente uma em quatro pessoas em todo o mundo.[ii]

Atualmente, a maioria dos sistemas de saúde não exigem que os hospitais avaliem todos os pacientes que são atendidos para verificar o risco de desenvolverem TEV, apesar de 60 por cento de todos os casos de TEV estarem associados a hospitais.[iii]  Em âmbito mundial, as estimativas são de 10 milhões de casos de TEV anualmente.[iv] Junto com infartos e derrame tromboembólico, o TEV é um dos três principais fatores de morte por problema cardiovascular no mundo – todos os três são provocados pela trombose. Somente na Europa e nos Estados Unidos, mais de 600.000 pessoas morrem por TEV por ano – mais do que o número total combinado de mortes por câncer de mama e de próstata, AIDS e acidentes com veículos motorizados.[v],[vi]

"Um paciente que vai a um hospital tem mais risco de desenvolver TEV, seja hospitalizado para uma cirurgia ou por uma doença", disse Gray Raskob, reitor do College of Public Health do University of Oklahoma Sciences Center, e presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial da Trombose. "As pessoas precisam saber que a hospitalização é um importante fator de risco para TEV, e os hospitais têm a obrigação perante seus pacientes de controlar a avaliação de risco de TEV em todos os pacientes. Os resultados dessa avaliação devem ser utilizados para decidir sobre o uso de medidas preventivas baseadas em provas para evitar o TEV."   

Além de emitir uma convocação para o sistema de saúde e os hospitais, as atividades durante a Semana da Trombose se concentrarão na educação do público e em insistir que as pessoas que vão a hospitais peçam, de forma proativa, que seja feita uma avaliação de risco para TEV.  


Sobre a TEV

TEV se refere coletivamente a: 
  • Trombose venosa profunda (TVP), um coágulo sanguíneo que se produz em uma veia profunda (geralmente na perna); e   
  • Embolia pulmonar (EP), um coágulo sanguíneo que se solta e vai até o pulmão. Trata-se de uma condição que acarreta risco de vida e que exige cuidados médicos imediatos.   
Além de causar a morte de milhões de pessoas, o TEV representa um fardo financeiro de bilhões para países em todo o mundo.  
  • No Reino Unido, o TEV custa ao Serviço Nacional de Saúde £640 milhões por ano.[vii]
  • Nos Estados Unidos, o diagnóstico e tratamento do TVE podem custar entre $2 bilhões e $10 bilhões por ano.[viii],[ix]
  • Na Austrália, os custos relacionados ao TEV, inclusive perda de produtividade, são estimados em $1,72 bilhão por ano. Quando a perda de bem-estar (morte prematura e invalidez) é incluída, o custo anual é estimado em $19,99 bilhões.[x]
É importante que o público reconheça os sinais e sintomas que podem indicar um evento. 
  • TVP ou coágulo sanguíneo na perna: os indicadores incluem dor/sensibilidade ou inchação geralmente começando na panturrilha; vermelhidão, mudanças perceptíveis na cor e/ou aumento de temperatura na perna. 
  • EP ou coágulo sanguíneo no pulmão: os indicadores incluem falta de ar inesperada ou respiração acelerada; dor no peito (às vezes pior com uma inspiração profunda); aceleração dos batimentos cardíacos; e/ou tonteira ou desmaio. 
Esses indicadores não significam necessariamente a presença de TVE, mas um profissional de saúde deve fazer a verificação imediatamente. Visite  WorldThrombosisDay.org para se informar melhor sobre o TVE e os fatores de risco, sinais, sintomas e prevenções.   
Sobre o Dia Mundial da Trombose

Uma em cada quatro mortes em âmbito mundial está relacionada à trombose, formação de coágulos sanguíneos que acarretam risco de vida. Realizada todos os anos no dia 13 de outubro, a Semana Mundial da Trombose chama a atenção da comunidade global para a trombose como um problema urgente e cada vez maior através de centenas de eventos educacionais em todo o mundo. 
Liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) em colaboração com centenas de profissionais de saúde e organizações médicas nacionais e internacionais, a Semana Mundial da Trombose tem como objetivo aumentar a conscientização mundial sobre a trombose, inclusive suas causas, fatores de risco, sinais/sintomas, e tratamento e prevenção baseada em evidências. A meta da Semana Mundial da Trombose e de seus parceiros é tentar reduzir os casos de morte e invalidez causados pela doença. Essa missão apoia a meta global da Assembleia Mundial da Saúde de reduzir em 25 por cento as mortes prematuras por doença não comunicável até 2015, assim como o  plano de ação da Organização Mundial de Saúde para a prevenção e controle de doenças não comunicáveis entre 2013 e 2020.  

O apoio financeiro para a Semana Mundial da Trombose é fornecido pela Bayer HealthCare, Boehringer Ingelheim, Boston Scientific, The Bristol-Myers Squibb/Pfizer Alliance, Daiichi-Sankyo, Janssen, Portola Pharmaceuticals Inc., Medtronic, Siemens, Aspen Pharmaceuticals, Instrumentation Laboratory, Precision BioLogic, Roche e Stago.





Referências:  
[i] Jha AK, Larizgoitia I, Audera-Lopez C, Prasopa-Plaizier N, Waters H, Bates DW. The global burden of unsafe medical care: analytic modelling of observational studies. BMJ Qual Saf 2013; 22: 809-15.
[ii] Lozano R, Naghavi M, Foreman K, Lim S, Shibuya K, Aboyans V, Abraham J, Adair T, Aggarwal R, Ahn SY, Alvarado M, Anderson HR, Anderson LM, Andrews KG, Atkinson C, Baddour LM, Barker-Collo S, Bartels DH, Bell ML, Benjamin EJ, et al. Global and regional mortality from 235 causes of death for 20 age groups in 1990 and 2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet 2012; 380: 2095-128.
[iii] Heit JA. The epidemiology of venous thromboembolism in the community. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2008; 28: 370-2.
[iv] Jha AK, Larizgoitia I, Audera-Lopez C, Prasopa-Plaizier N, Waters H, Bates DW. The global burden of unsafe medical care: analytic modelling of observational studies. BMJ Qual Saf 2013; 22: 809-15.
[v] Beckman MG, Hooper WC, Critchley SE, Ortel TL. Venous thromboembolism: a public health concern. Am J Prev Med 2010; 38:495-501.
[vi] Heit JA. Pôster 68 apresentado na 47a Conferência Anual da Sociedade Americana de Hematologia, Atlanta, Geórgia, 10 a 13 de dezembro de 2005. 
[vii] House of Commons Health Committee Report on the Prevention of Venous Thromboembolism in Hospitalised Patients, 2005. Disponível em: www.publications.parliament.uk/pa/cm200405/cmselect/cmhealth/99/9902.html.
[viii] Spyropoulos A and Lin J. Direct medical costs of venous thromboembolism and subsequent hospital readmission rates: an administrative claims analysis from 30 managed care organizations. J Manag Care Pharm 2007;13:475-486.
[ix] Beckman M, Hooper C, Critchley S, Ortel T.  Venous thromboembolism. A public health concern.  Am J Prev Med 2010: 38 (4S) S495-S501.
[x] The Australian and New Zealand Working Party on the Management and Prevention of Venous Thromboembolism. (2008). The Burden of Venous Thromboembolism in Australia. Australia: Access Economics Pty Limited.


FONTE International Society on Thrombosis and Haemostasis



Crônica da destruição de uma das maiores indústrias brasileiras



Os altos custos do transporte e a falta de acesso ao capital são responsáveis pela perda de milhões de postos de trabalho, principalmente num ambiente de recessão econômica como a que o Brasil vive atualmente. Além disso, é normal esperar que as empresas de transporte de carga vejam seu crescimento diminuindo, pois o resultado desta retração se enxerga na queda do consumo doméstico, um dos fatores que impactam diretamente na demanda de transporte de cargas, que fica prejudicado com a falta de fretes e repassa o mau prognóstico ao mercado de trabalho. 

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no primeiro bimestre de 2016 mais de 25 mil vagas foram fechadas no setor de transporte e logística, marca que representa um terço dos números de 2015, quando 76.400 mil pessoas perderam seus empregos. Apesar da situação crítica que o país está vivendo, o transportador precisa se adaptar à nova realidade e planejar uma redução gradual de suas estruturas de custos fixos até o setor melhorar. 

O impacto da crise sobre o transporte de carga também foi muito maior e mais agressivo em comparação com outros setores da economia brasileira, como o comércio e a indústria. Centenas de transportadores estão apresentando falência  ou vendendo suas operações em transações de emergência para pagar dívidas. Mesmo sendo responsável por movimentar 75% das cargas do país, o setor de transporte rodoviário possui perspectivas de trabalho negativas. A estimativa de desemprego no setor chegou ao patamar de -19%. O problema real que afeta o transportador de cargas é muito mais complexo do que parece. 

Além da falta de fretes, a crise disparou outros três acontecimentos perigosos que formam um ciclo vicioso na economia. Por exemplo, para transportar o carregamento o embarcador geralmente precisa de um capital de giro, que oscila entre 30 e 90 dias para cobrir os custos associados aos serviços. Como consequência, as empresas começaram a negociar menores preços de fretes e termos de pagamentos mais favoráveis, reduzindo a margem de lucro. O resultado, para obter o capital de giro, é que os bancos demandam mais juros para emprestar o dinheiro que o transportador precisa para operar, consumindo uma porcentagem ainda maior das margens operacionais. Por último, a falta generalizada de crédito bancário acessível para o transportador resulta numa grande pressão nas finanças da empresa. Estes movimentos impactam diretamente no transportador, que já não consegue financiar as operações básicas do processo de transporte de carga, como salário dos motoristas, diesel, pedágios, entre diversos outros custos inerentes.

Outro fator que a falta de financiamento traz para os transportes é o prejuízo direto com os clientes. Uma vez que o transportador é obrigado a descontinuar o serviço, que pode ocasionar em possíveis demissões dos motoristas e outros funcionários, os caminhões ficam parados no pátio lado de um Warehouse – lugar estilo armazém, depósito ou galpão deserto. Por isso, as parcelas dos caminhões, os quais são inviáveis para outros transportadores, e os altos aluguéis dos Warehouses vazios acabam por consumir todo o capital do transportador, que é forçado a declarar a falência. 

Esta é uma crônica que está se repetindo centenas de vezes todo mês, gerando uma média de 100 desempregados por dia no país. Vemos que os dias daquela indústria baseada no bom relacionamento e qualidade de serviço acabaram. Hoje, o negócio de transporte de carga rodoviário é puramente financeiro e os clientes selecionam seus provedores de serviços pelo menor preço do frete e maiores termos de pagamento. A qualidade de serviço passou para o segundo plano, e o investimento segue para mais caminhões, segurança e infraestrutura. O setor virou um jogo financeiro, em que o ganhador é aquele transportador que consegue o maior acesso ao capital com linhas de financiamento ao menor custo. 



 Federico Vega - formado em Ciências Econômicas e pós-graduado em Engenharia Financeira na Universidade de Southampton (Inglaterra). Atualmente é CEO da CargoX, (http://www.cargox.com.br) - primeira transportadora do Brasil impulsionada por tecnologia e inovação, que opera conectada a uma rede de mais de 100 mil caminhoneiros autônomos



Uso do cinto de segurança: medida que salva vidas




Uma pesquisa divulgada na semana passada mostra que o número de pessoas que usa o cinto de segurança no banco de trás nas rodovias paulistas passou de 46% para 65%. A mesma pesquisa revelou que, em pouco mais de quatro anos, 57% das pessoas que viajavam no banco traseiro e que morreram em acidentes estavam sem o cinto. De acordo com o levantamento, de 2014 para cá, o número de pessoas usando o cinto de segurança no banco de trás dos carros nas rodovias paulistas passou de 46% para 65%.

Para o coordenador do Centro de Trauma do Hospital 9 de Julho, essa mudança comportamental é muito importante porque traz segurança ao passageiro e pode salvar vidas. No entanto, o médico alerta que o cinto de segurança deve ser utilizado em qualquer trajeto de carro e mesmo em distâncias curtas, pois, no caso de um acidente, o cinto evitará que com o impacto a pessoa que está no banco de trás seja arremessada pela janela ou cause uma lesão séria ou fatal no passageiro que ocupa o banco da frente.

“Velocidades acima de 55 Km/hora já são suficientes para provocar lesões graves e fatais. O passageiro de trás pode sim esmagar o passageiro da frente e de sua lateral dependendo novamente da direção do impacto e assim provocar lesões em qualquer parte do corpo do passageiro da frente ou de seu lado e, novamente, a velocidade de 55 Km/hora ou maior causará lesões graves e ou fatais. Podem ser lesões de qualquer parte do corpo: cabeça, coluna, tórax, abdome e pelve e membros superiores e inferiores” finaliza o médico.



Dr. Renato Pogetti



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