Pesquisar no Blog

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Entenda o que é a demência frontotemporal, doença com a qual o ator Bruce Willis foi diagnosticado

Doença possui semelhanças com o Alzheimer, porém com diferenças significativas e pode afetar diferentes funções cognitivas 

 

Recentemente, a família do consagrado ator norte-americano Bruce Willis divulgou que ele foi diagnosticado com demência frontotemporal. Em março de 2022, ele já havia anunciado a aposentadoria da atuação por conta de um distúrbio de fala denominado afasia que o impedia de se comunicar adequadamente. Em comunicado, a família do ator explicou que os problemas com a fala eram apenas alguns dos sintomas que ele estava enfrentando e afirmou que era um alívio ter um diagnóstico claro sobre sua doença após tanto tempo. Mas afinal, o que é a demência frontotemporal e como ela afeta as pessoas?

O neurologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Tiago Sowmy, explica que a demência frontotemporal, assim como a Doença de Alzheimer, são doenças crônicas neurológicas degenerativas, que se instalam ao longo de um período de tempo que pode abranger de meses a anos. “Ambas são doenças que afetam a cognição do indivíduo, o que pode prejudicar aspectos como a memória, linguagem (com leitura, escrita e fala), adequação do comportamento social, auto-organização, funções executivas e em alguns casos a perda da capacidade de reconhecimento de faces e de objetos”, detalha ele. 

Porém, a demência frontotemporal é diferente do Alzheimer em relação à sua apresentação clínica e à sua fisiopatologia. Segundo o médico, é uma doença multifacetada e pode se apresentar de várias formas, com sintomas que podem ser mais comportamentais (variante comportamental da demência) ou mais relacionados à linguagem (afasia progressiva primária), em que ocorre dificuldades para falar, escrever e compreender ordens simples ou complexas advindas de outras pessoas. “No início, ambas podem se apresentar de maneira parecida. O paciente pode apresentar alguma dificuldade cognitiva sem grande repercussão, pois a doença ainda não se desenvolveu para que o diagnóstico fique mais preciso. Não é incomum que apenas durante o curso da patologia, de sua evolução clínica e da investigação laboratorial que fique discriminada qual o tipo de demência frontotemporal apresentada pelo paciente”, explica o especialista. 

Os sintomas da demência frontotemporal são alteração do comportamento e de personalidade e, com o decorrer do tempo, podem surgir distúrbios cognitivos. Os sintomas comportamentais se iniciam com um quadro de desinibição, apatia ou falta de engajamento nas atividades diárias, podendo evoluir para um comportamento de impulsividade e comportamentos antissociais, inclusive com episódios de agressividade. “Não é incomum percebermos uma dificuldade para a realização de juízos de valor, ou seja, de julgamentos ou ainda uma inflexibilidade nas atitudes ou ações. É muito comum que o próprio paciente não tenha consciência da doença e dos sintomas que apresenta (anosognosia)”, destaca o médico. A tendência é que, por ser uma doença degenerativa progressiva, os sintomas se agravem ao longo do tempo, tornando a convivência e os cuidados ainda mais complexos, o que afeta a vida dos familiares e dos cuidadores. 

Os sintomas da doença costumam iniciar com maior frequência na faixa dos 50 e dos 60 anos, como foi o caso de Bruce Willis, sendo que 10% dos casos se dão acima dos 70 anos. Tiago Sowmy acrescenta que cerca de 40% dos pacientes diagnosticados têm antecedentes familiares, com alguns tipos de mutações genéticas.

 

Diagnóstico 

Tiago indica que o primeiro passo para identificar a doença é a realização de uma investigação ampla que afaste outras patologias que possam explicar os sintomas. Entre os exemplos, ele aponta, estão casos de neurosífilis, doenças hepáticas, doenças metabólicas associadas à disfunção tireoidiana, depressão, transtorno bipolar e até mesmo o uso de drogas e medicações que possam simular os sintomas. “Após essas doenças serem descartadas, o médico responsável poderá realizar um diagnóstico clínico apoiado por exames de imagem que podem mostrar alterações e o surgimento de atrofias nas regiões dos lobos frontal e temporal. Além da ressonância magnética, podem ser utilizados exames de imagem, como o PET e o SPECT, que buscam avaliar não mais a anatomia ou estrutura do cérebro, mas principalmente o seu metabolismo e o seu funcionamento”, destaca o médico.

Para além disso, há ainda trabalhos científicos e pesquisas que podem identificar a presença de proteínas que se relacionam com uma das variantes da demência frontotemporal. Por fim, ainda reforça que há algumas alterações genéticas familiares que podem favorecer a manifestação da doença. “O diagnóstico também se baseia em uma avaliação neuropsicológica, feita por um profissional especializado que consegue mapear os domínios cognitivos mais afetados. A avaliação de todos esses aspectos será determinante para se fazer um diagnóstico mais apurado. Infelizmente ainda não existe um tratamento específico, mas o grande objetivo de um diagnóstico precoce é o controle de sintomas que o paciente possa apresentar, além de descartar doenças potencialmente tratáveis”, finaliza.



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

Infectologista do Grupo HealthSculp alerta sobre a importância da vacinação contra a Gripe

 Campanha do Ministério da Saúde já foi iniciada em todo o país e será realizada até o dia 31 de maio. 

 

Normalmente é em meados do outono e inverno que os casos de gripe costumam aumentar, afirma o Dr. Flavio Bustorff, médico infectologista da Clínica MedSculp. “Isso acontece devido ao tempo seco, que causa o ressecamento das vias respiratórias, tornando o organismo mais vulnerável ao vírus. Além disso, as pessoas costumam ficar em locais fechados e sem ventilação, o que facilita a disseminação do vírus”.

Segundo ele, qualquer pessoa pode ser afetada pela gripe, porém aquelas que apresentam quadros potencialmente mais preocupantes são pessoas com mais de 60 anos, crianças de até 6 anos, grávidas e puérperas, pessoas com deficiência e portadores de doenças crônicas como doenças respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas, diabetes, transplantados ou obesidade grau 3.

“Da mesma forma que acontece com a COVID-19, a vacina pra influenza não imuniza a pessoa contra a doença, porém, ela ativa o sistema imune, de forma que, uma vez infectada, o organismo já possui defesas e os quadros costumam ser mais leves, evitando hospitalizações e outras complicações”, reforça.

Vale destacar que a vacina ofertada no SUS é chamada trivalente, ou seja, ela imuniza contra os três sorotipos de influenza mais frequentes no ano. Já nas clínicas privadas, a vacina disponível é a tetravalente, ou seja, ela imuniza contra um sorotipo adicional de influenza, no caso a Influenza B (Phuket).

O médico aponta que as reações mais comuns à vacina da influenza são dor, vermelhidão e inchaço local, dor no corpo, cansaço, náusea e dor nas articulações. “Reações graves são incomuns”, finaliza Dr. Flavio, ressaltando a importância das pessoas se vacinarem contra a gripe e completarem o esquema vacinal para a maior proteção de todos.

  

Dr Flávio Bustorff - médico infectologista pela UFRJ - RQE 43458, atende na MedSculp


Seconci-SP: avalie se você está cuidando bem da voz

Fonoaudióloga faz recomendações por ocasião do Dia Mundial da Voz


 “Cuidar bem da voz é fundamental, pois, além de exprimir em palavras o que se quer comunicar, ela imprime as emoções, os sentimentos, a personalidade da pessoa, através da sua qualidade”. Esta é a mensagem de Taiane Vieira Moraes da Silva, fonoaudióloga do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial da Voz (16 de abril).

A data tem o propósito de promover cuidados e prevenir doenças relacionadas à voz. “Além de ser um instrumento de trabalho, a voz é uma das funções responsáveis pela expressão e um indicador de saúde”, diz a especialista. 

Taiane conta que no Brasil, a data foi instituída pela Lei 11.704/2008, embora já acontecessem solenidades da Semana Nacional da Voz entre os dias 12 e 16 de abril desde 1999. 

“A voz representa uma parte significativa durante a comunicação. É uma forma de expressão totalmente individual, influenciada por três dimensões: biológica, psicológica e sócio-educacional”, explica Taiane.

 

Recomendações 

De acordo com a fonoaudióloga, ações direcionadas à autoavaliação possibilitam à pessoa consultar o médico, que por sua vez pode realizar diagnósticos precoces de doenças, algumas graves, como o câncer de laringe. 

Desta forma, Taiane recomenda alguns cuidados a serem empregados no dia a dia, para se ter uma voz mais saudável: 

·         Beba água regularmente, em pequenos goles, principalmente quando estiver fazendo uso profissional da voz. A água hidrata o organismo e favorece uma emissão vocal sem tensão. 

·         Mantenha uma alimentação saudável e regular. Isso ajuda a prevenir o refluxo, que é prejudicial à laringe e às pregas vocais. 

·         Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente antes da utilização profissional da voz, pois estes aumentam a produção de secreção no trato vocal e dificultam a emissão. 

·         Evite gritar ou falar frequentemente em forte intensidade: sempre que possível, procure se aproximar do outro para conversar. Evite competição sonora: ao falar, abaixe o volume da TV e/ou do som. 

·         Evite ingerir líquidos muito gelados ou muito quentes, principalmente durante o uso profissional da voz. 

·         Atente-se a possíveis ressecamentos do trato vocal quando estiver exposto ao ar-condicionado. Isso pode levá-lo a produzir uma voz com maior esforço e tensão. Se este for o seu caso, procure manter-se bem hidratado e beber água em pequenos goles durante o período de exposição. 

·         Evite chupar balas ou pastilhas fortes, assim como utilizar sprays, que mascaram o sintoma de garganta irritada e fazem a voz ser produzida com esforço, sem perceber. Quando o efeito da bala passar, a irritação na garganta será ainda maior. Em substituição a estas alternativas, procure fazer repouso vocal. 

·         Evite pigarrear ou tossir demais, pois isso provoca um forte atrito entre as pregas vocais, irritando-as. Procure substituir esses hábitos por uma respiração, seguida de deglutição de saliva para deslocar a secreção. Se o problema persistir, procure um médico. 

·         Evite falar muito quando estiver gripado ou em crise alérgica, pois, nestes casos, o tecido que reveste a laringe está inchado e haverá grande atrito entre pregas vocais durante a fala. 

·         Evite roupas apertadas na região do pescoço e na cintura. Elas dificultam a livre movimentação da laringe e do diafragma, musculatura importante para a respiração. 

·         Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Tais hábitos irritam a laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente o risco para o desenvolvimento do câncer de laringe e pulmão. O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo causar irritação, pigarro e edema. Álcool em excesso também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico, levando você a cometer abusos vocais sem se dar conta.

·         Evite falar grosso ou fino demais, travar os dentes ao falar e falar muito rápido. Tenha uma voz com entonação variada, articule bem as palavras, perceba-se enquanto fala, acalme-se, faça pausas expressivas e respiratórias. 

“No caso de persistirem por mais de 15 dias sinais de alerta como rouquidão, ardência, falhas e cansaço para falar, consulte um médico otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo, que poderão avaliar, fornecer orientações preventivas e tratar patologias já existentes. Vale lembrar que o tratamento precoce é sempre mais rápido, podendo inclusive evitar procedimentos cirúrgicos”.

 

A dor de ficar sem palavras

Sonia Reinol, 61 anos, atriz 
Divulgação

Distúrbio de linguagem: orientações para recuperação da afasia!

 

Você sabe o que é afasia? É um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade das pessoas de interpretarem textos, falar, compreender palavras, diferenciar sons e escrever.  Isso, geralmente ocorre após um problema neurofuncional como AVC, Tumores, lesões por acidente, doenças degenerativas ou qualquer outro problema que dificulte, comprometa ou impossibilite a comunicação.

Após o diagnóstico, é imprescindível o acompanhamento de um fonoaudiólogo, pois o profissional em terapia precisa requalificar as funções de respiração, deglutição e fala do paciente afásico. Casos mais graves podem comprometer até o comportamento, como desassociar a palavra do seu significado, por exemplo: A pessoa fala caneta, mas na verdade ela queria dizer prato.

 

“Quem olha para mim jamais pensa que tenho alguma sequela de AVC” 

Vida agitada, bem-sucedida e realizada! Essa era a vida da empresária Sônia Reinol até sofrer um AVC que a deixou como sequela a afasia. Dona de uma empresa no ramo de eventos, ela era responsável por contratos, negociações e toda comunicação com os clientes, quando de repente viu sua carreira virar de cabeça para baixo com o diagnóstico. “No dia que acordei no hospital, via todo mundo conversando, mas era como se as pessoas estivessem falando um outro idioma do qual apenas eu não conseguia dominá-lo. Eu compreendia o que era dito e acreditava que quando comunicava estava sendo clara, a questão era que eu trocava as palavras, falava coisas sem sentido”, comenta Sônia.

O primeiro passo em busca da recuperação contou com a ajuda de um fonoaudiólogo, além do apoio incondicional da família e muito empenho por parte de Sônia. Focada em retomar gradativamente sua rotina, ela resolveu percorrer um caminho bastante desafiador para um afásico, buscando refúgio no teatro com o intuito de se comunicar novamente com as pessoas. “Me lembro que fiz o papel de Madame Clessi, durante as comemorações de 100 anos de Nelson Rodrigues, foi um desafio e tanto. Havia uma palavra que a personagem dizia sempre, a palavra era “vendo”, no sentido do verbo vender e eu não conseguia dizer ou entender a palavra. Foram 2 meses de muito trabalho até fazer sentido” relembra.

Segundo Tamara Drumont, fonoaudióloga do Instituto Diferente Mente, cada terapeuta dedica tempo e atenção técnica para organizar o plano terapêutico voltado as necessidades de cada caso, uma vez que o aprendizado das habilidades de comunicação é um processo que dura a vida toda e que se modifica constantemente para estimular e apoiar a nova forma de falar que este paciente irá construir. “Partimos do princípio da organização das funções cognitivas, como fala, pensamento, memória, planejamento e execução motora levando em conta o grau de comprometimento físico, o tempo em que ela ocorreu e a intensidade com a qual as manifestações acontecem”, comenta a especialista.

Esse obstáculo enfrentado diariamente por Sônia Reinol a motivou a se tornar uma espécie de embaixadora da afasia, tanto que ela buscou uma nova forma de inspirar outras pessoas, através de sua biografia “A Filha do Rei”. “Hoje, sempre que consigo espaço falo sobre o transtorno e uso a minha história e a minha luta para incentivar pessoas a não desistirem. Conheço bem a sensação dessa sequela e convivo com ela diariamente, então seja com o livro, com o teatro ou em entrevistas, quero levar essa mensagem de superação e de conscientização para esse distúrbio de linguagem’’, finaliza a atriz.


Cidadania Itinerante oferece serviços gratuitos em ONGs nas zonas leste e norte da Capital

 

A partir desta terça-feira, 18 de abril, a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), por meio do Cidadania Itinerante, vai oferecer serviços gratuitos à população das zonas leste e norte da capital paulista, nas unidades móveis do projeto. 

Na terça (18/4), a van atenderá na R. Santo Antônio da Vargem Alegre, 2 - Jardim Carolina (Associação Comunitária Jardim Nazaré Dois); e na quarta-feira (19/4), na Tv. Dona Luiza Ursula, 103 - Comunidade do Boi (Associação de Moradores do Jardim Jaraguá), ambos na zona leste. 

Já na quinta (20/4) e sexta (21/4), a unidade móvel oferecerá os serviços na R. Cel. Euclides Machado, 224 - Jardim das Graças (ONG Dha Q Brada), na zona norte. O horário de atendimento durante os quatro dias será das 9h às 17h.

Durante a ação, serão entregues ao público de 150 a 200 senhas por dia até uma hora antes do fim do atendimento. A iniciativa busca expandir a atuação das coordenações, programas e serviços da SJC em todo o Estado de São Paulo. Desde junho de 2022, o projeto Cidadania Itinerante esteve em 111 municípios, com 58 mil serviços solicitados.

Serão oferecidos para a população: agendamento para 2.ª via do RG, emissão de 2.ª via das certidões de nascimento, casamento e óbito, CPF, contas de consumo (água e luz) e atestado de antecedentes criminais; solicitação de 2.ª via da CNH e da carteira de trabalho digital; entrada no seguro-desemprego; elaboração de currículo; recebimento de denúncias e encaminhamento para coordenações, programas e ouvidoria da SJC.

  

Serviço 

Cidadania Itinerante oferece serviços gratuitos em ONGs nas zonas norte e leste da Capital

Datas: 18 a 21 de abril

Horário: 9h às 17h

Locais: 

Santo Antônio da Vargem Alegre, 2 - Jardim Carolina

ttps://goo.gl/maps/98vAYvFCz4nvVB4X8

 

Travessa Dona Luiza Ursula, 103 - Comunidade do Boi

https://goo.gl/maps/k2r5i4KFHSEKy3dLA

 

Cel. Euclides Machado, 224 - Jardim das Graças

https://goo.gl/maps/zpVA75Kd4d2sk43p9

  

Semana Nacional de Conciliação Trabalhista: recurso agiliza resolução de conflitos entre colaboradores e empresas

 

Agilizar a resolução de um processo trabalhista sem causar malefícios aos envolvidos é o mundo ideal para aqueles que se encontram nessa situação. Felizmente, a Reforma Trabalhista foi uma importante incentivadora da conciliação, abrindo espaço para que cada vez mais casos sejam homologados via acordos extrajudiciais, dispensando a instrução processual e decisões finais pelos juízes.

Para estimular essa adesão, a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista é uma das maiores iniciativas do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ocorrerá, este ano, de 22 a 26 de maio. Seu objetivo é, justamente, fomentar a implementação de medidas que tragam maior celeridade aos processos trabalhistas, além de aprimorar os meios consensuais de resolução de conflitos. Para isso, o evento conta com a participação dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho e envolve magistrados, servidores, advogados, reclamantes e reclamados.

Na edição de 2022, mais de 21 mil acordos foram firmados, movimentando mais de R$764,6 milhões, em meio as mais de 187 mil audiências realizadas no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) dos Regionais, um número que supera em mais de 43% a média nacional alcançada fora da Semana de Conciliação. Independentemente se ocorrer de maneira direta ou indireta, a conciliação possibilita que as demandas sejam resolutivas, beneficiando as partes e o próprio sistema judiciário.

Apesar do tempo médio entre o ajuizamento de uma ação e o seu encerramento ser imprevisível, a conciliação trabalhista é um dos melhores meios para agilizar seu andamento e evitar que o processo se arraste por anos. Obedecendo o princípio da autonomia da vontade, é com ela que ambos buscarão um termo em comum – cada um cede um pouco e todos saem ganhando.

Por inúmeros fatores, esperar uma decisão judicial e concluir uma execução, até que a parte credora consiga efetivamente receber, demanda tempo e onera tanto os envolvidos quanto o sistema judiciário, sendo a Semana Nacional de Conciliação Trabalhista uma incentivadora da resolução de conflitos e se mostrando hoje a melhor forma de resolver estes casos em tempo satisfatório.

Mas, mesmo dispensando a intermediação judicial, é sempre recomendado que as partes envolvidas contem com a presença e orientação de profissionais especializados no ramo para que possam conduzir a conciliação da melhor maneira possível, satisfazendo ambos os lados.

A pacificação social promovida por essa iniciativa impacta positivamente todo o sistema judicial, tornando-o cada vez mais assertivo e ágil em suas demandas, já que os próprios envolvidos concordam em finalizá-la. Em meio a quantidades crescentes de acordos sendo registrados a cada ano, essa é uma estratégia que tenderá a se destacar cada vez mais no país e com importantes impactos para a sociedade como um todo.

 


Caroline Garcia - Coordenadora da área trabalhista do Arbach & Farhat Advogados.

Arbach & Farhat
https://arbachefarhat.com.br/


Imposto de Renda Pessoa Física: confira as principais mudanças para 2023

O prazo para acertar as contas com o Leão já começou. O período de entrega da Declaração de Impostos de Renda da Pessoa Física (DIRPF) teve início no dia 15 de março e termina no dia 31 de maio. 

Deve declarar o Imposto de Renda, o cidadão residente no Brasil que se enquadra em uma das situações a seguir:

  • Quem recebeu rendimentos tributáveis superiores à R$ 28.559,70 em 2022;
  • Aqueles que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano passado;
  • Aqueles que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto;
  • Que realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;
  • Quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
  • Quem tinha, até 31 de dezembro de 2022, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
  • Aqueles que passaram à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava até 31 de dezembro de 2022; e
  • Quem obteve, em 2022, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 relativo à atividade rural.

Segundo a própria Receita Federal, são esperadas entre 38,5 milhões e 39,5 milhões de declarações neste ano – e, para facilitar ainda mais para os contribuintes, as mudanças instauradas trazem alternativas de preenchimento mais dinâmicas e menos burocráticas, facilitando a informação correta dos dados individuais, assim como a restituição dos valores devidos.

Confira as principais novidades para este ano:

#1 Pré-preenchimento da declaração: A declaração pré-preenchida evita erros, economiza tempo e, neste ano, foi incluída entre os grupos com prioridade no recebimento da restituição nos primeiros lotes. O recurso foi ampliado com a inclusão automática de mais dados e informações. No entanto, para utilizar essa modalidade, é necessário ter acesso ao sistema gov.br, onde o contribuinte precisará ter nível de segurança “prata” ou “ouro”.

#2 Módulo de autorização de acesso: essa nova funcionalidade permite que um terceiro tenha acesso aos serviços da plataforma “Meu Imposto de Renda” de outro contribuinte. Com essa autorização, o terceiro poderá declarar, retificar, ver pendências, gerar Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), imprimir declarações e recibos, entre outros. Essa permissão, contudo, é limitada durante um período máximo de seis meses e poderá ser revogado a qualquer momento pelo contribuinte que concedeu a permissão.

#3 Pensão alimentícia: a partir deste ano, quem recebe pensão alimentícia não será mais tributado. Desta forma, é necessário incluir essas informações na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. A decisão do SFT de afastar a incidência do imposto sobre esses valores decorrentes do direito de família foi publicado no dia 23 de agosto na ADI nº 5422. Cabe ainda lembrar que quem já recebia pensão alimentícia antes deste anúncio tem o direito de retificar até cinco declarações anteriores, mudando os valores da ficha de Rendimentos Tributáveis para a ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.

#4 Pix para recebimento de restituição: acompanhando uma das maiores preferências de meios de pagamento da população, agora a restituições do IRPF poderá ser via Pix, desde que a chave cadastrada seja o CPF do contribuinte. Aquele que optar por esse meio de recebimento terá prioridade na restituição, se comparado com os que escolherem a categoria de recebimento via conta corrente, uma vez que a Receita Federal incluirá rapidamente o contribuinte que tem restituição na fila dos lotes.

#5 Valor mínimo para movimentações na bolsa de valores: a Receita Federal alterou a forma de declarar investimentos na bolsa de valores. Agora, a obrigatoriedade recai sob quem vendeu ações cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano ou obteve lucro sujeito à incidência do Imposto de Renda nas vendas. O contribuinte deverá se atentar quanto a obrigatoriedade da entrega da declaração por outros requisitos legais. O objetivo da mudança é beneficiar os pequenos e novos investidores.

Quem não entregar a Declaração de Imposto de Renda dentro do prazo legal estará sujeito a multa correspondente a 1% ao mês sobre o valor do imposto devido, limitado a 20% acrescido dos juros (Selic). Caso não haja imposto devido, a multa será de R$ 165,74. 

Por isso, fique atento ao prazo de envio e revise as informações declaradas, de preferência com o apoio de profissionais especializados para evitar eventuais problemas com o Fisco. Assim, qualquer inconsistência poderá ser identificada antecipadamente e ajustada para que a declaração seja entregue corretamente.

 


Júlio Baruchi e Taís Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.



BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Banido na Itália, saiba se ChatGPT pode estar com os dias contados também no Brasil

Para advogada especialista em proteção de dados, decisão é prenúncio de que as tecnologias emergentes deverão respeitar as legislações e a autonomia de cada País

 

A Autoridade Italiana de Proteção de Dados (Garante) determinou a limitação temporária do processamento de dados dos titulares estabelecidos na Itália pela OpenAI, ‘dona’ do ChatGPT. O regulador alegou que o chatbot não fornece detalhes aos usuários sobre o processamento de seus dados e não dispõe de base legal apropriada para usar as informações. Outro argumento é que as informações fornecidas pelo ChatGPT nem sempre correspondem aos dados reais, determinando um processamento impreciso. A inexistência de mecanismos de verificação da idade também precisará ser corrigida pela OpenAI.

Mas seria possível que o bloqueio seja estendido a outros países, chegando a impedir o acesso de usuários brasileiros? Para Ana Carolina Teles, advogada do escritório Assis e Mendes, a hipótese pode ser considerada, já que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), que rege a legislação brasileira, teve como principal inspiração justamente o regulamento do direito europeu sobre privacidade e proteção de dados pessoais, o RGPD.

“Em termos de competência, considerando que o ChatGPT realiza tratamento de dados pessoais e é destinado ao público global, cabe sim sua atenção ao cumprimento da lei brasileira”, destaca a advogada. “Havendo descumprimentos em nível equivalente ao que foi identificado nos países europeus, é sim possível que a ANPD questione situações equivalentes”, explica.

Ainda de acordo com Ana Carolina, o Congresso Nacional ainda está discutindo um Projeto de Lei sobre o Marco da Inteligência Artificial, o que ainda rende muita incerteza sobre a regulação desse tema em terras brasileiras. Segundo a advogada especialista em proteção de dados, não ainda um consenso sobre quem seria a autoridade ou agência responsável por demandar casos específicos de modelos de linguagem como o ChatGPT.

No entendimento da advogada do Assis e Mendes, o mercado observará agora se o ChatGPT conseguirá de fato cumprir as determinações mais desafiadoras impostas pelo Garante para voltar a atuar. Algumas delas, segundo Ana Carolina, soam especialmente complexas para serem colocadas em prática, como a exigência de permitir que os titulares dos dados obtenham a retificação de seus dados pessoais gerados incorretamente pelo assistente virtual ou, em alternativa, tenham esses dados apagados se a retificação se revelar tecnicamente inexequível.

Seja qual for o futuro do ChatGPT, a advogada pondera que a decisão é um prenúncio que as tecnologias emergentes deverão respeitar as legislações e a autonomia de cada País e que, se for necessário, órgãos reguladores devem impor restrições. “Ficaremos atentos, inclusive, se isso pode causar prejuízos no desenvolvimento dessas ferramentas tão disruptivas”, projeta.
 

Proteção ao meio ambiente é tema de obra assinada por mais de 60 especialistas brasileiros

Freepik
Advogados, engenheiros, economistas, biólogos, químicos e geólogos discutem passado, presente e futuro das políticas ambientais no país

 

O Brasil, por sua extensão territorial e imensa biodiversidade, é personagem central nas discussões sobre a mitigação das mudanças climáticas causadas pela poluição e pelo uso indiscriminado dos recursos naturais. Por isso, possui também longo histórico de legislações que tratam do assunto. Para refletir sobre o passado, presente e futuro das políticas ambientais no país, 69 especialistas compartilham suas análises no livro Proteção ao Meio Ambiente no Brasil, lançamento da editora Almedina Brasil.

A obra, compilado de 40 artigos assinados por advogados, engenheiros, economistas, biólogos, químicos, geólogos e outros profissionais, tem coordenação especial da professora Patrícia Iglecias. Advogada, superintendente de Gestão Ambiental e professora associada da USP, ela foi Secretária do Meio Ambiente e Presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). É considerada referência em proteção ambiental. As advogadas Fernanda Abreu Tanure e Caroline Marques Leal Jorge Santos e o químico Jorge Luiz Nobre Gouveia também coordenaram o livro.

A evolução do debate acerca das questões ambientais ao longo de 30 anos desde a realização da Eco-92, em 1992, permeiam as reflexões apresentadas. O título cobre tópicos relacionados ao clima e questões globais; gestão e legislação ambiental; Proteção à biodiversidade e aos recursos naturais; diagnóstico e monitoramento da qualidade ambiental; e controle ambiental. Os textos tratam ainda de temas como Fundo Amazônia, manutenção da camada de ozônio, Código Florestal Brasileiro, Política Nacional de Biodiversidade, atenção aos recursos hídricos e recuperação de ecossistemas.

Olhando em retrospecto os 30 anos que se passaram desde a Eco-92 até a COP 27, do Rio de Janeiro a Sharm El-Sheikh, no Egito, parece nítida a existência de uma linha de evolução que o direito ambiental e os mecanismos de proteção ambiental experimentaram nesse período. Em grande medida, é exatamente disso que tratam muitos dos artigos selecionados para esta obra. [...] Olhando para o período entre a Eco-92 e a COP 27, fica claro que o direito ambiental ganhou amplitude. Inicialmente havia uma visão um tanto restrita ao ambiente natural, limitando-se o direito ambiental aos aspectos da fauna e da flora, sem considerar a multiplicidade do vocábulo e a magnitude dos desafios que sua proteção foi impondo até o contexto atual.

(Proteção ao Meio Ambiente no Brasil, pg. 29)

Sem descolar da realidade e em reconhecimento da necessidade de desenvolver o país, os especialistas mostram como a interdependência entre negócios e clima estende-se por todos os setores. Por isso, é estratégico para as empresas conhecerem como os mecanismos dessa área funcionam hoje e visualizar as tendências de como funcionarão no futuro. Somente assim, segundo os autores, será possível criar iniciativas produtivas que gerem riqueza para a nação, mas também respeitem a natureza.

Proteção ao Meio Ambiente no Brasil lança olhar para o mundo ideal e cria pontes para a construção de um futuro focado no bem-estar ambiental. A partir das informações compiladas na obra, o leitor terá ferramentas para tomar consciência e torna-se agente da mudança “Há muitos exemplos de que podemos e devemos mudar para melhor. Essa é a minha visão. Se houver várias pessoas com essa visão, com certeza é possível melhorar muito. É uma construção de pessoas”, convida a professora Patrícia Iglecias.

Ficha técnica

Livro: Proteção ao Meio Ambiente no Brasil - Passado, Presente e Futuro: Estudos em Homenagem a Patrícia Iglecias
Coordenação: Patrícia Iglecias, Fernanda Abreu Tanure, Jorge Gouveia e Caroline Marques Leal Jorge Santos
Editora: Almedina Brasil
ISBN: 9786556278100
Páginas: 868
Formato: 16x23x3,5
Preço: R$ 299,00
Onde encontrar: Almedina Brasil

Sobre os coordenadores

Patrícia Iglecias - Advogada, Livre-Docente, Doutora e Mestre pela USP. Superintendente de Gestão Ambiental e Professora Associada da USP. Foi Secretária do Meio Ambiente e Presidente da CETESB.

Fernanda Abreu Tanure - Advogada, mestranda em Direito Civil pela USP. Pós-Graduada em Direito Ambiental pela PUCSP. Gerente do Departamento Jurídico da CETESB.

Jorge Luiz Nobre Gouveia - Químico Industrial pela UFPB. Doutor em Ciências pelo IPEN. Mestre em Saúde Pública pela USP. Chefe de Gabinete e Gerente do Departamento de Desenvolvimento da CETESB.

Caroline Marques Leal Jorge Santos - Advogada, Mestre e doutoranda em Direito Civil pela USP. Pesquisadora do GEAMA/USP e professora. Foi Chefe de Gabinete da CETESB e assessora da SMA/SP.

 

Editora Almedina
Instagram - Almedina Brasil
Instagram - Almedina Jurídico
Site
LinkedIn
Facebook


Quais os principais projetos ESG em desenvolvimento na Web 3?

Sócias-fundadoras da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar pessoas de negócios sobre Web 3, falam sobre as iniciativas sustentáveis no novo ambiente digital e explicam qual o potencial de crescimento e adoção pelas empresas no longo prazo 

 

Ainda recente e cheio de desafios, o ESG se tornará cada vez mais comum nas conversas das empresas, incluindo na Web 3. Segundo Ana Wadovski, sócia-fundadora da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar pessoas e companhias sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias, a Web 3 diz respeito às comunidades, à governança e à transparência de ações através do uso de redes Blockchain, e justamente por isso as iniciativas que possuem um pé dentro do Metaverso e da Web 3 constituem ações cujo mindset já é ESG.

É por essa razão que existe sinergia entre Web 3 e o desenvolvimento de melhores práticas alinhadas ao ESG, com o objetivo de trazer melhorias e redução de impactos negativos. “Alguns projetos do Metaverso podem ser reconhecidos como ESG by design. O setor da moda, por exemplo, é um dos mais poluentes e que mais gera lixo para o meio ambiente, mas já existem iniciativas da ‘moda digital’ que visam reduzir e otimizar processos da cadeia de produção. Através das roupas digitais, as marcas testam no ambiente virtual a adesão do produto antes de produzir a peça, percebendo a demanda necessária e reduzindo o uso de matérias primas”, diz Ana.

Visto isso, a sustentabilidade ambiental pode ter um maior potencial no Metaverso e na Web 3, principalmente devido à natureza descentralizada presente na tecnologia blockchain. De acordo com a também sócia-fundadora da GO, Adriana Molha, a blockchain cria soluções sustentáveis por meio do uso de contratos inteligentes, que permitem transações confiáveis e transparentes sem a necessidade de intermediários. Isso ajuda a reduzir o carbono associado às transações financeiras e ao armazenamento de dados, promovendo assim transparência e responsabilidade ambiental na cadeia de suprimentos.

Neste sentido, Adriana acredita que boas práticas de governança dentro destas organizações são soluções que podem ser replicadas para dentro das empresas tradicionais. “As DAOs são experiências únicas que estão em constante desenvolvimento e oferecem uma forma de se ‘pensar em organização social e de governança’ de maneira disruptiva. No mais, as próprias comunidades do Metaverso e Web 3 exemplificam como é gerar propósito e engajamento entre seus membros, o que para as empresas ainda representa um desafio”, afirma.

Desta forma, Web 3 e ESG devem andar juntos para desenvolver práticas e iniciativas mais eficientes no longo prazo. Ana e Adriana reuniram três palavras chaves para esse processo. Transparência: Empresas podem utilizar do mindset e das tecnologias da Web 3 para criar formas de comunicação transparentes e eficazes em relação às práticas e iniciativas ESG; Intermediários: A Web 3 pode ajudar a reduzir intermediários desnecessários nas cadeias de suprimentos, tornando bem mais fácil rastrear a origem dos produtos e garantir práticas sustentáveis nas etapas da produção; e Incentivos financeiros: A Web 3 pode ser utilizada para criar incentivos financeiros que promovam adoção de práticas e iniciativas ESG.

As duas sócias-fundadoras também elencaram três projetos promissores ESG que já estão em desenvolvimento na Web 3:

Onça Crypto: é uma comunidade dedicada à preservação da onça pintada no Brasil. O projeto criou 10.000 NFTs em forma de PFPs (profile pictures) com imagens de onças da fauna brasileira. 50% da venda dos PFPs vão para o Instituto Nex que atua na preservação de onças pintadas há mais de 20 anos. Os PFPs funcionam como badges de uma comunidade preocupada com a preservação da onça, fazendo com que os membros sejam reconhecidos pela causa que defendem. Além disso, a cada quatro NFTs vendidos, uma árvore é plantada.

Kanna Coin: é uma criptomoeda criada para apoiar a indústria legal da cannabis e reduzir o impacto negativo no meio ambiente. O projeto não olha apenas para a cannabis enquanto potencial medicinal e de criação de novos postos de trabalhos no seu cultivo. O que torna o projeto promissor é o reconhecimento de que o cânhamo possui propriedades que ajudam a revitalizar solos improdutivos, sendo a planta mais eficaz na retirada de CO2 da atmosfera. 

Klima DAO: é uma comunidade de governança descentralizada focada em combater a mudança climática. O projeto permite que as pessoas comprem tokens KLIMA, que são usados para financiar projetos de energia renovável e redução de emissões de carbono. Os detentores de tokens KLIMA têm direito a voto em questões de governança da comunidade e a uma parte dos lucros gerados pelos projetos financiados pela Klima DAO. O que torna o projeto promissor é o crescente interesse da sociedade em soluções sustentáveis e a necessidade de ações concretas para combater as mudanças climáticas.

 

Go Digital Factory - empresa que desenvolve soluções para educar pessoas sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias por meio de workshops, palestras, conteúdo e podcast. A empresa oferece, ainda, conteúdo gratuito no blog da GO e também no podcast Amanhã Já foi | Web3 for Business. Mais informações no site.


6 estratégias para empresas otimizarem suas campanhas digitais

Alinhamento de estratégia, utilização de IA e padronização de processos estão entre as citadas por consultoria de performance Labelium

 

Dados da IAB Internet Advertising Revenue Report: Full Year 2021 indicam que, nos Estados Unidos, os anúncios digitais atingiram 189 bilhões de dólares no ano. O valor aponta um aumento de 35,4% comparando com os resultados de 2020. No Brasil, o cenário não é diferente: segundo dados do Digital AdSpend Brasil, houve um aumento de 12% no investimento publicitário digital no país em 2022.  

É neste setor em que atua a Labelium, empresa que desenvolve soluções para a otimização de performance digital para companhias de luxo, moda, beleza e turismo. A consultoria desenha e cria estratégias de marketing online globais, desde o início até a entrega final. Mais de 600 marcas contam com a expertise Labelium, como Dior, Kenzo, Lacoste, Caudalie, entre outras.  

Considerando o contexto, o especialista e Country Manager da consultoria, Gustavo Franco, separou 6 dicas para as empresas otimizarem sua presença digital:

 

  1. Alinhamento de estratégias de branding com performance 

“A discussão é acirrada dentro dos times de marketing quanto ao destino dos investimentos: devo colocar mais investimento em branding ou em performance? A verdade é que o balanceamento de ambos é o que torna um negócio saudável”, pontua o porta-voz. Quando os investimentos em performance param de escalar, possivelmente há outras variáveis envolvidas: de mercado ou, em grande parte, de marca. A disponibilidade mental do consumidor está sendo disputada cada vez mais pelas marcas e, por isso, é crucial que a marca esteja presente nessa equação: um consumidor que conhece uma marca tem até 70% de chance a mais de comprar do que o que não conhece. O problema é que como os investimentos em branding são difíceis de mensurar, eles são questionados, o que acaba fazendo as empresas adotarem estratégias de curto prazo.

 

  1. Expertise no canal 

Relacionado ao alinhamento de estratégias de marketing e negócios, também é importante definir, de maneira clara, quais canais serão utilizados em cada oportunidade e, consequentemente, qual será o público impactado. A especialização nos canais é chave e com uma jornada de compra cada vez mais fragmentada, irão surgir profissionais altamente especializados nas competências de search, social, vídeo, programática, etc. A velocidade com que cada plataforma evolui e disponibiliza novas funcionalidades de mídia é grande demais para um profissional somente gerenciar e acompanhar: é aí que uma consultoria faz toda a diferença.  “Por exemplo, uma campanha no Instagram possui canalidade, linguagem e objetivos diferentes de uma no Tik Tok e por aí em diante - não são só variáveis técnicas, mas também comportamentais.”, analisa Franco.

 

  1. Aposta em transparência e sustentabilidade 

Para definir estratégias e canalidade, é necessário que haja transparência na relação entre cliente e fornecedor tanto na elaboração de briefings, quanto na produção de peças e, principalmente, nas etapas de feedback. Além disso, a sustentabilidade digital da campanha é essencial de forma a não poluir a web - a presença digital tem grande participação na emissão de carbono - e, não somente nesse sentido da palavra, mas também no quesito de relações duradouras entre parceiros, o que atribui maior eficiência e assertividade tanto no resultado final quanto no processo de trabalho. 

Por muito tempo se discutiu, no mercado, o modelo mais justo para remunerar uma agência ou um parceiro de serviços - e essa discussão  continua. “Não existe one size fits all - cada cliente é um caso e, na Labelium, buscamos adequar nossas estruturas de remuneração de acordo com os modelos de obtenção de lucro e valor dos nossos clientes - é isso que faz, em partes, nossas relações serem duradouras”, analisa Franco. 

 

1.   Uso de ferramentas para transferir processos do off para o online 

“É impossível falar de otimização sem mencionar ferramentas para tal. Nesse sentido, é imprescindível contar com soluções que transfiram processos do off-line para o online e que agilizem os processos envolvidos em todas as etapas de trabalho de marketing digital. Lojas físicas são hubs de experimentação e vivência com os produtos e são catalisadores de experiências on-line. Muitos mercados ainda precisam entender a omnicanalidade chegou pra ficar: seu consumidor vai comparar o preço do e-commerce com a loja física e vai desistir da compra se achar inconsistência entre os dois  .”, pontua o especialista.

 

1.   Padronização de processos 

Contar com processos e ferramentas online, investindo em parâmetros de padronização, é de extrema importância, uma vez que a prática atribui governança e credibilidade para as marcas, além de maior assertividade e alinhamento com as diretrizes de negócios. 

 

1.   Utilização de inteligência artificial 

Uma das mais utilizadas tecnologias para otimização é a inteligência artificial. Além de agilizar processos com eficiência e auxiliar na conquista de clientes e parceiros, a IA cresce cada vez mais: um levantamento de abril de 2023 da Forbes indica que, coletivamente, as 50 empresas mais promissoras que usam o recurso receberam um financiamento coletivo de US$ 27,2 bilhões. 

 

 “Clientes nos perguntam como entendemos a aplicação da AI dentro do contexto do marketing digital, se temos algum receio dela impactar em nossa oferta. A verdade é que a AI só traz ainda mais necessidade de parceiros inteligentes e criativos para a mesa. O uso da inteligência, de forma estratégica, está no que se pede a ela - input - e esse input de qualidade só pode vir de especialistas”, pontua Franco. 

 

Labelium - ecossistema de soluções para performance digital especializada em gerar receita e valor para empresas no setor de beleza e luxo, principalmente.


Posts mais acessados