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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Chile anuncia reabertura de fronteira para estrangeiros a partir de 23 de novembro

 Medida acontecerá de forma gradual e em um primeiro momento somente pelo Aeroporto Arturo Merino Benítez


Após quase 250 dias fechadas devido à pandemia do novo coronavírus, as fronteiras do Chile já têm data de reabertura para receber os primeiros estrangeiros apenas por via aérea e por meio do Aeroporto Arturo Merino Benítez. Dessa forma, a partir da meia noite da próxima segunda-feira, 23 de novembro, segundo decreto oficial, serão retiradas as restrições para entrada de turistas internacionais, os quais deverão cumprir restritas medidas sanitárias de acordo com o protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde – do qual participou a Subsecretaria de Turismo.

O primeiro requisito será que, antes de chegar ao Chile, os passageiros deverão preencher uma declaração juramentada constando a origem, destino, condição de saúde e possíveis sintomas relacionados ao coronavírus – procedimento similar ao que foi implementado há alguns meses para cidadãos chilenos.

O subsecretario de Turismo, José Luis Uriarte, comemorou o anúncio, já que será possível reativar o setor turístico e dar mais um passo no plano que o governo implementou. Entretanto, destacou a importância de todos continuarem se cuidando e respeitando os protocolos sanitários para não haver retrocesso. 

“Apesar de ser possível visitar o Chile, com a abertura das fronteiras e entrada permitida de turistas estrangeiros, a pandemia ainda não terminou. Essas medidas não significam que podemos relaxar, pelo contrário, devemos ser ainda mais responsáveis e cuidadosos, pois conforme a condição sanitária permita, avançaremos ainda mais para poder reativar o setor”, completou Uriarte.

O protocolo para ingresso de estrangeiros contempla, além da declaração juramentada de cada visitante, um exame PCR negativo feito até 72 horas antes do voo.

Dessa forma, os turistas não precisarão fazer quarentena, mas serão controlados por meio de um aplicativo que os monitorará de maneira constante. Isso permitirá o rastreamento do itinerário do visitante e ação rápida ao surgimento de qualquer sintoma que requeira atenção.

O subsecretario de turismo explica que o PCR negativo é parte fundamental para manter a segurança do país. “Ninguém poderá embarcar em seus locais de origem se não tiverem o exame negativo”.

O protocolo de reabertura de fronteiras para ingresso de turistas estrangeiros será realizado de forma gradual. Por isso, primeiramente ele será feito por via aérea e somente pelo Aeroporto Arturo Merino Benítez. A entrada por via terrestre e marítima permanecerá fechada a espera que a condição sanitária permita sua reabertura.

 

Pagamento do 13º salário pode sofrer mudanças em 2020


Lei que possibilitou a redução da jornada e salário de empregados e a suspensão de contratos de trabalho não contempla os impactos na gratificação natalina, traz dúvidas e insegurança jurídica



Com a chegada do final do ano, se aproxima também o período de pagamento do 13° salário, mas com as mudanças nas regras trabalhistas em função da pandemia, essa gratificação natalina tem causado dúvidas e divergências. Já que a Lei nº 14.020/2020, publicada em março, apesar de possibilitar a redução da jornada e do salário ou a suspensão do contrato de trabalho, não abordou expressamente se haveria diferença no cálculo do subsídio de Natal, a partir das modificações legais ocorridas.

“Em razão dessas alterações nos contratos trabalhistas, muitos empregados podem ter ficado por meses sem prestar qualquer tipo de serviço e alguns tiveram ainda redução significativa em sua carga horária. Nesse sentido, várias dúvidas em relação ao pagamento do 13° e uma insegurança jurídica tem surgido”, explica a coordenadora da área de Relações de Trabalho e Consumo no escritório Andrade e Silva Advogados, Bianca Dias de Andrade.

A especialista acrescenta que no caso da redução de salário e jornada, não há tanta controvérsia em relação à necessidade de pagamento da bonificação durante o período, uma vez que, mesmo que de forma reduzida, o empregado continuou prestando serviços. Inclusive o Ministério da Economia se posicionou neste sentido. Entretanto, sobre empregados que estiveram em suspensão contratual há maior divergência de entendimento entre os especialistas.

“Para alguns seria incorreto excluir os meses de suspensão do cálculo do 13º salário, já que a norma não trouxe previsão expressa a esse respeito. Para outros, os meses em que o empregado ficou em suspensão contratual, devem ser excluídos do cálculo, já que não houve nenhum tipo de trabalho no período”, comenta Bianca.

Apesar disso, segundo a advogada, não há como garantir que essa é a medida correta, uma vez que a legislação é recente e ainda não há posicionamento pacificado pelos tribunais. Contudo, a expectativa é que grande parte dos empregadores adotem esse posicionamento, excluindo os meses de suspensão de contrato para fins de pagamento do 13° salário, já que trará um impacto positivo no caixa das empresas.

A advogada orienta que esse período de suspensão contratual não se aplica para fins de aposentadoria, nem há recolhimentos previdenciários, por isso, não há que se falar em pagamento de 13º salário durante esse período. “Neste caso, se o empregado em determinado mês teve o contrato suspenso por mais de 15 dias, o referido mês não seria incluído para fins de pagamento da gratificação natalina”, explica.



Estado de calamidade

As medidas, possibilitadas pela Lei nº 14.020/2020, tendo em vista o estado de calamidade pública trazido pela covid-19, foram autorizadas, desde que cumpridos os requisitos exigidos na legislação. Em contrapartida, o governo efetuaria o pagamento do benefício emergencial, conforme disponibilidade orçamentária. Além disso, o último Decreto n° 10.517/2020, publicado em 14 de outubro de 2020, prorrogou o prazo de utilização das medidas, possibilitando que a redução ou suspensão seja adotada por até 240 dias, desde que o acordo tenha duração até 31 de dezembro deste ano.


Um caminho desafiador é apontado pela Conferência São Paulo Sua

A Conferência São Paulo Sua lançou para o diálogo social com a sociedade e os candidatos a prefeito, vice e vereadores o documento “São Paulo Sua para uma cidade do bem viver”. É a chamada Agenda mínima, necessária e imprescindível. Um Pacto pela Cidade formado por três áreas: o pacto pela vida, pelo trabalho e pela democracia dentro de uma cultura de paz. (https://bit.ly/32a9W0Y).

Fruto da participação de 1.000 lideranças de 150 entidades e instituições durante um ano em debates de equipes de trabalho, seminários, encontros e plenárias transformou-se num documento referencial da cidadania e da ideia de que São Paulo tem jeito. Foram realizadas lives convidando todos os candidatos a prefeito e vice a apresentarem suas propostas e compromissos em relação à Agenda mínima da São Paulo Sua. (www.saopaulosua.org.br)

Na contramão da dispersão partidária natural nas eleições a Agenda mínima propõe ser o caule e as raízes que a cidade precisa implementar e conquistar na maior cidade do continente americano.

Esta pandemia em curso e suas dramáticas consequências aumentam as responsabilidades em articular um amplo e plural arco de alianças democrático da sociedade civil  para pressionar os poderes executivo, legislativo e judiciário a estarem à altura dos desafios que a cidadania e a democracia exigem. O Plano Diretor Estratégico Municipal de São Paulo terá uma revisão na Câmara em 2021.Isto influi no desenvolvimento econômico e urbana de toda a cidade. Os interesses do capital imobiliário, das empresas de transportes públicos e do lixo, por exemplo, podem conflitar com os anseios de 2,5 milhões de paulistanos que não possuem moradia nem saneamento ambiental. Um legislativo sintonizado com a voz das ruas precisa crescer.

Daí a urgência de entender que a cidade invisível e a visível necessitam dialogar. Os ativos educacional,cultural,esportivo,empresarial,sindical,científico-tecnológico,religioso precisam estabelecer pontes e derrubar cercas. Uma cidade é rica quando ela distribui e não quando ela acumula riquezas. Um Pacto da Cidade respaldado pela sociedade civil para ajudar a ampliar os consensos e convergências entre os setores sociais para combater as desigualdades de todo o gênero. São Paulo possui 18 universidades e 570 faculdades formando mais de 80.000 universitários por ano. Podem debruçar-se criativamente para a melhoria da economia regional  e da saúde onde estão territorialmente inseridas .Conhecimento, cultura e inovação rimam com trabalho, renda e bem viver.

Por que não eleger o trabalho e a cultura como um centro de prioridades e foco de todos os segmentos organizados e instituições? Construindo oportunidades para 600.000 jovens de 18 a 29 anos disponíveis e desempregados. O equivalente a 12 Itaqueras lotados não merecem uma mobilização das inteligências coletivas com uma métrica mensal das conquistas realizadas? Isso numa cidade que possui 1,78 milhão de empresas ativas,28% da produção científica do País e R$700 bi de PIB.

É imperioso a cidade caminhar para uma gestão descentralizada nas 32 subprefeituras que têm em média 375 mil habitantes em 96 distritos equipada com mais profissionais, tecnologia e recursos. Amparando-as com a dinamização e empoderamento dos cerca de 20 conselhos municipais existentes na cidade com 15.000 lideranças eleitas. Ou seja São Paulo tem jeito.

A Conferência São Paulo Sua, que continuará ativa após as eleições, quer contribuir para que a cidade seja o polo irradiador das comemorações do Bicentenário da Independência e da realização da Semana de Arte Moderna de 2022 colocando asas nas pernas da esperança e das utopias.

 



Allen Habert - engenheiro e mestre pela EPUSP,foi membro do Conselho Universitário da UNICAMP e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.É diretor da CNTU-Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários e   coordenador da Conferência São Paulo Sua.

 

Incêndios recentes alertam para a importância do seguro

Um incêndio em uma subestação de energia no Amapá causou um blecaute em 13 cidades por mais de 48 horas. Dois prédios pegaram fogo no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, causando 15 mortes e interrompendo tratamentos essenciais para milhares de pessoas. Em São Paulo, galpões e fábricas de empresas também passaram por incêndios recentemente. Essas situações trágicas, podem ter seus reflexos reduzidos com uma medida simples e obrigatória para empresa: o seguro contra incêndio. 

Embora prevista por lei no Brasil, esse tipo de cobertura ainda é não é adotada por grande parte dos empresários, órgãos governamentais e donos de estabelecimentos. Segundo o SINCORP-SP, apenas 25% das empresas tinham um contrato de seguro contra incêndio em 2019. No ano passado, o Brasil teve 866 ocorrências por fogo, a maioria em estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e supermercados), de acordo com levantamento de notícias do Instituto Sprinklers Brasil, uma ONG dedicada à divulgação de informações relativas ao combate a incêndios. 

No atual cenário de pandemia, no entanto, a preocupação com o seguro contra incêndio está aumentando.  Segundo o Superintendente de Property & Casualty da corretora Galcorr, Bruno de Sousa, o regime de trabalho em home office somado à insegurança econômica dos negócios são os principais fatores que levaram ao crescimento na busca pela cobertura. 

“As empresas passaram a dar uma enorme importância para o seguro contra incêndios, e pudemos verificar um crescimento de 30% na procura desta modalidade de seguro neste ano em relação ao ano passado. Com a pandemia, muitas empresas tiveram seu faturamento reduzido. Além disso, nem todos conseguiram boas negociações com fornecedores ou investimentos que garantissem o conforto necessário neste período. Para alguns administradores passou a ser ainda mais importante investir em proteção, reduzindo risco, mesmo em um cenário econômico desfavorável. Temos verificado a procura para a contratação do seguro, bem como, a consultoria para análise e eventuais melhorias nas apólices já contratadas.”, afirma o Superintendente da Galcorr. 

Para Sousa, algumas famílias também repensaram a necessidade de uma apólice. “A preocupação com o seguro Residencial, juntamente ao de incêndio, cresceu porque a casa se tornou o novo ambiente de trabalho, um espaço de geração de renda para a família”. 

O especialista acredita que a baixa adesão histórica ao seguro está relacionada à ausência do hábito de prevenção por parte dos brasileiros. O Superintendente acredita que alguns motivos que inibem o contrato são o desconhecimento sobre a importância de uma análise de riscos, a falsa ideia de burocracias no contrato e o receio de uma cobrança indevida.    

“Algumas pessoas só fazem um seguro após uma experiência traumática. Aqueles que já passaram por alguma situação desagradável ou se preocupam com os riscos, veem o seguro como um investimento. Já os que nunca tiveram qualquer sinistro ou nunca utilizaram o seguro ao longo da vida, entendem que a apólice é um gasto. Por isso, é mais comum um seguro de automóvel, por exemplo, porque a violência é uma realidade na sociedade brasileira. No entanto, o impacto de um incêndio é muito maior. Isso deve ser lembrado”, alerta Sousa.  

Bruno Sousa lista alguns cuidados que as empresas precisam ter ao fazer uma apólice de seguros, para que a cobertura seja bem dimensionada. Ele lembra ainda que a ausência destes itens pode resultar em um eventual sinistro com penalização ou perda de indenização.  

“Os valores dos ativos devem considerar, além de prédios, máquinas, móveis e utensílios, as mercadorias e as matérias-primas. É importante também informar se há materiais ou bens ao ar livre, especificando a composição. Deve-se também acompanhar se as medidas de proteção implantadas estão em conformidade com a NR 23 de combate a incêndio e com as regras do Corpo de Bombeiros. As manutenções, treinamentos e testes devem ser realizadas com frequência e de maneira rigorosa”, reforça. 

O Superintendente de Property & Casualty da corretora Galcorr lembra também que, para a renovação da apólice, é preciso enviar, além do citado anteriormente, tanto a sinistralidade dos últimos anos, como os protecionais de segurança patrimonial (Vigilância, CFTV, Botão de pânico, Alarme infravermelho etc.) e o laudo de inspeção realizado pela própria empresa ou por uma seguradora, se houver. 

 

Desigualdade: Síntese de indicadores do IBGE reforça perspectiva de retrocessos no pós-pandemia

Impacto da Covid-19 e desmonte de políticas públicas aprofundarão histórica desigualdade racial e de gênero no país’, ressalta especialista da ActionAid

 

Apesar de a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) publicada na quinta-feira (12/11) pelo IBGE apontar pequena variação no cenário da pobreza e da extrema pobreza no Brasil entre 2018 e 2019, a ActionAid chama atenção para o fato de que o nível de pobreza extrema no país segue recorde, afetando 13,7 milhões de brasileiros e brasileiras, majoritariamente mulheres pretas ou pardas. Segundo o IBGE, enquanto essas mulheres compunham 28,7% da população, elas eram 39,8% das pessoas em condição de extrema pobreza e 38,1% daquelas em condição de pobreza. O diagnóstico recém-divulgado ajuda a identificar condições de vida como renda, acesso a saneamento básico, educação, moradia adequada, entre outros, reforçando a perspectiva de um grave aprofundamento da vulnerabilidade social no país durante e pós Covid-19.

"São números que seguem alarmantes, que em hipótese alguma podem ser naturalizados pela sociedade, e que se tornam ainda mais relevantes para refletirmos sobre o contexto da pandemia. O desmonte de políticas públicas, os impactos da Covid-19 especialmente no mercado informal e a forma trágica como governos vêm lidando com tudo isso aprofundarão ainda mais a histórica desigualdade racial e de gênero no país", ressalta o economista Francisco Menezes, assessor de Políticas da ActionAid no Brasil.

Em 2018 e 2019, havia 6,5% da população, ou 13,7 milhões de pessoas, vivendo na extrema pobreza, com menos de R 151 por mês para se manter. Dentre esse contingente, mais da metade eram nordestinos e cerca de 40% eram mulheres pretas ou pardas. Já em relação à pobreza, a taxa caiu de 25,3% para 24,7% de pessoas vivendo com menos de R 436 por mês: mais de 51,7 milhões de pessoas e, dentre essas, mais de 19 milhões de mulheres pretas ou pardas. Apesar da ligeira queda na pobreza de forma geral, o percentual está longe do alcançado em 2014, o melhor ano da série, que registrou 22,8%. Os cálculos foram feitos com base em parâmetros usados pelo Banco Mundial. O índice de Gini (0,543) caiu em relação a 2018 (0,545), mas o país é o nono mais desigual do mundo.

Como organização internacional que trabalha há 20 anos no país por justiça social, igualdade de gênero e pelo fim da pobreza, a ActionAid segue reforçando seu apelo para que todos os setores da sociedade reflitam sobre o significado e a consequência desses números na vida de milhões de pessoas, especialmente de mulheres e crianças, que estão no centro do nosso trabalho. Ainda de acordo com o IBGE, o arranjo domiciliar formado por mulheres pretas ou pardas responsáveis, sem cônjuge e com presença de filhos menores de 14 anos concentrou a maior incidência de pobreza: 24% dos moradores desses arranjos viviam em condição de extrema pobreza e 62,4% viviam em situação de pobreza. Já entre as crianças com até 14 anos de idade, 11,3% enfrentavam a extrema pobreza e, 41,7%, a pobreza.

Assim como nos anos anteriores, o diagnóstico publicado pelo IBGE comprova que apenas a gradual recuperação da economia não é suficiente para atender as pessoas em condição de pobreza e extrema pobreza, gravemente e desigualmente mais afetadas pela Covid-19. Para reverter esse cenário e combater os desastrosos impactos da pandemia, é preciso fortalecer políticas públicas que se mostraram eficazes, revogar a Emenda Constitucional 95, refletir seriamente sobre a implementação de uma renda básica permanente e de um sistema tributário progressivo com mais impostos sobre renda e patrimônio, além de gerar empregos com dignidade, que garantam condições de cidadania para todos e todas.

"Nos últimos anos, o Brasil voltou a traçar o caminho para o Mapa da Fome e vem se distanciando do cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, que são interligados e incluem temas que vão desde a erradicação da pobreza à justiça climática. É preciso que diferentes setores da sociedade somem esforços para corrigir essa rota e, assim, termos alguma chance de cumprir os ODS. É preciso agir para reverter o cenário e retomar o caminho de superação de tantas mazelas sociais", alerta Menezes.



ActionAid


Correção na tabela do IRPF pode aumentar poder de compra das famílias, mostra FecomercioSP

Em cenário de aumentos do desemprego e da inadimplência, atual sistema impede que R$ 60 bilhões voltem à economia em salários reais

 
Com mais um aumento no número de pessoas sem trabalho – retração de 121 mil vagas celetistas no comércio e 146 mil em serviços no Estado de São Paulo, entre janeiro e setembro, como mostrou a última Pesquisa de Emprego de São Paulo (PESP) – e em um contexto de alta na taxa de inadimplência das famílias brasileiras (17,1% no primeiro semestre de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado), volta à tona a urgência de se rever a tabela do Imposto de Renda (IRPF) brasileira.
 
Os dados de emprego formal, referentes ao Estado de São Paulo, expressam de forma clara a necessidade de fazer um ajuste tributário estrutural a nível nacional.
 
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o resultado mais grave desta injustiça tributária é a redução do poder real de compra dos assalariados, principalmente entre as camadas médias. Se corrigida, ela injetaria R$ 60 bilhões a mais nas mãos das famílias brasileiras, um montante que, se já é representativo por si só, se torna ainda mais relevante em um contexto de pandemia como o atual.
 
O sistema tributário nacional, na retenção do IRPF, vai na contramão da imensa maioria dos países – em que o tributo é recolhido com base na renda auferida em um determinado período. Aqui, a dedução é feita, sem correções periódicas, diretamente na fonte, promovendo um verdadeiro empréstimo compulsório imposto pelo Estado apenas aos assalariados formais, que só será compensado um ano depois, na liberação dos lotes do Imposto de Renda (IR).
 
Este mecanismo, aliado à postergação dos ajustes da tabela de deduções do fisco, se tornou a principal fonte de recursos fiscais do Brasil, o que deixa a situação de resolução ainda mais urgente.
 


A distorção do imposto na fonte


Em 1996, dois anos após a implementação do Plano Real, o governo federal estabeleceu a última correção da tabela do IR, permanecendo fixa até o começo de 2003. Nela, foi delimitado que salários brutos até R$ 900 teriam isenção de dedução.
 
Hoje, se levasse em conta a inflação acumulada no período, este montante deveria ser de R$ 3.689,57. No entanto, ela está, atualmente, no limite de R$ 1.903.98. A alíquota mais baixa é de 7,5%. Para tornar esses dados ainda mais claros, a Entidade elaborou a seguinte tabela da distorção.

 


 

 

 

 

A FecomercioSP entende que a solução é adotar um sistema que não tribute o valor nominal dos salários, incidindo apenas sobre valores e fatos geradores reais. Além disso, a tabela de desconto na fonte deve passar por atualização anual, e não ser constantemente postergada, como acontece hoje.
 
Para isso, é necessário que o País comece a debater seriamente a sua estrutura fiscal, trabalhando os principais pontos em uma Reforma Administrativa que reorganize, dinamize e melhore o funcionamento do edifício tributário e, por consequência, o próprio Estado.
 
Essa reforma, para a Entidade, deve fazer com que o Estado volte a caber no orçamento – atualmente, ao contrário, há muito Estado para pouco PIB. É preciso que um projeto estatal seja elaborado antes da construção de um sistema tributário que custeie sua organização. Sem isso, continuaremos a ver o resultado atual: contas públicas deficitárias na União e em quase todos Estados e municípios. Neste cenário, as mudanças necessárias no cálculo do IRPF também ficam mais difíceis de acontecer.
  

Levantamento revela dados da violência contra a mulher no país

O projeto Justiceiras fez um balanço desses sete meses que vem atuando no acolhimento e orientação de meninas e mulheres vítimas de violência doméstica. Nesse período, atendeu 2435 casos. São Paulo é o estado com mais ocorrências, 1298 — 53% do total. 


O projeto, que recebe diariamente contato de vítimas de violência, foi implantado no final de março. Os pedidos de orientação abrangem diversos tipos de violência: física, psicológica, moral, sexual, patrimonial.

Ainda de acordo com o levantamento, 73% das atendidas relatam ter sofrido violência dentro de casa. E seis em cada 10 têm filhos crianças ou adolescentes.

"Outro dado que chama a atenção é o fato de que quase metade das mulheres atendidas nunca terem pedido ajuda a órgãos públicos ou para o sistema de justiça. Esses números expressam apenas uma parte do problema. Ainda existe o silêncio por falta do reconhecimento da violência, vergonha, medo e julgamento social", ressalta a advogada Anne Wilians, uma das idealizadoras do projeto e presidente do Instituto NW.

O projeto Justiceiras surgiu com o objetivo de proteger a mulher em tempos de quarentena e isolamento, numa iniciativa dos Institutos Nelson Wilians, Justiça de Saia e Bem Querer Mulher.

Os pedidos de ajuda via WhatsApp são direcionados para uma equipe voluntária, profissional e multidisciplinar, que inclui advogadas, psicólogas e assistentes sociais. Todo o contato é feito de forma remota, por mensagens, ligações ou videochamadas. As voluntárias também são de diferentes regiões do Brasil. 



Quem é o agressor?

Ainda de acordo com o levantamento, oito em cada 10 atendidas relatam situação de violência conjugal. Em 53% desses casos, o agressor é o homem com quem essas mulheres ainda se relacionam. Já em 47%, o agressor é um ex-companheiro.

Em 20% dos casos, os agressores têm acesso aos celulares das atendidas - 8% delas também mencionam sofrer violência por parte de outros familiares.

"Muitas delas relatam sofrer chantagens e ameaças ao tentar romper o relacionamento. Isso funciona como um gatilho para aumento de violências", explica Anne Wilians. 



Idade

As mulheres na faixa etária entre 31 e 40 anos representam o maior índice de atendidas pelo projeto, com 37%. 7% estão na faixa de até 20 anos; 27% entre 21 e 30 anos; 19% entre 41 e 50 anos; e 9% estão acima de 51 anos.

Vale destacar que o projeto registrou 51 casos envolvendo menores de idade e 49 casos de mulheres idosas.

"73% das atendidas relatam ter sofrido violência dentro de casa. Em 20% dos casos, a violência se dá repetidamente também por meios digitais, via contatos telefônicos ou mensagens de WhatsApp", ressalta Anne. 



Tipos de violência

A violência psicológica e ameaças, relatada por 84% e 42% das atendidas, respectivamente, estão entre os principais tipos de violência.

38% das atendidas relatam passar por violência física, enquanto 29% relatam passar por violências patrimoniais, e 17% por situações de violência sexual.

O projeto Justiceiras recebe pedidos de ajuda pelo WhatsApp (11) 99639-1212.

"Nossa intenção é que as mulheres vítimas de violência se sintam seguras, acolhidas e bem orientadas, que recebam o suporte psicológico, jurídico e todo apoio que precisam para atravessar este cenário de isolamento, sem criar sequelas ainda maiores", finaliza Anne Wilians.


https://inw.org.br/violencia-contra-a-mulher-covid-19/

Diversidade de pensamento é desafio para formação de novos profissionais

  Habilidades para conviver em ambientes com equipes plurais geram mais lucros e têm ganhado relevância ainda maior para as empresas, de acordo com o CEO da Prime Talent, David Braga.

 

Um dos grandes desafios da sociedade atual e, consequentemente, das empresas é a diversidade de pensamento. Desenvolver esse aspecto nas equipes, dentro das organizações, tem ganhado importância cada vez maior. Afinal, quanto mais plural for um time, maior será a gama de ferramentas e informações para resolver problemas de forma eficaz e para gerar inovação. Sendo assim, saber conviver nesse ambiente é fundamental para o bom desempenho profissional. E essa habilidade precisa começar a ser aprimorada e estimulada desde a infância, no ambiente de casa e das escolas, na avaliação do CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga.

Ele argumenta que, especialmente neste momento em que as famílias e o ensino experimentam transformações importantes nas suas rotinas, também é hora de repensar o currículo escolar e o modus operandi da educação pelos pais. “Nesses dois casos, é muito importante que apresentem, para as crianças e adolescentes, uma pluralidade de pensamento, sem juízo prévio sobre o que é certo ou errado. Ou seja, um conteúdo a ser sempre questionado, construído e remodelado, para que aprendam, com naturalidade, a trabalhar em times multidisciplinares”, ressalta. Vale lembrar que a diversidade é uma construção social e produto da cultura de cada indivíduo, podendo ser reforçada pelos grupos ou instituições capazes de influenciar a sociedade.

Nesse sentido, para ser um profissional diferenciado, é preciso saber expor ideias e opiniões, mas também ouvir, ter empatia e, sobretudo, mente aberta para mudar sempre que necessário. “Para os líderes, trabalhar a multidisciplinariedade nos times é ainda mais desafiador. Há um público cada vez mais plural nas empresas e ávido por desafios, projetos e crescimento. Aqueles que não promoverem diversidade de pensamentos não evoluirão, além de perder os melhores talentos”, conclui Braga.

Diante desse cenário e em tempos cada vez mais disruptivos, as empresas e lideranças estão ampliando a contratação de perfis diferentes, de olho na perenidade da organização. Isso porque a diversidade de pensamento promove mudanças positivas nos padrões e a inovação, que apoiam a transformação de estratégias e potencializam ganhos financeiros e a tão falada atração dos melhores profissionais do mercado. No entanto, o headhunter da Prime, que já selecionou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil executivos de média e alta gestão para clientes da América Latina, observa que existem poucas escolas e cursos ou graduações que preparam os estudantes para o que as corporações precisam, na prática.

Ele reforça que, hoje, apenas ter diploma e outras formações técnicas, além de idiomas, não é suficiente, se a pessoa não reunir outras competências e habilidades, entre elas a capacidade de trabalhar com colegas que tenham perfis, ideias e experiências diferentes. Dessa forma, é essencial mudar esse panorama da educação – tanto pelos pais quanto pelas instituições de ensino – e envolver os futuros profissionais, desde cedo, em ambientes colaborativos e com experiências diferenciadas, que instiguem a curiosidade, o pensamento crítico e o questionamento de padrões pré-estabelecidos nos vários campos de conhecimento.


"Mães de UTI" desconhecem direito sobre prorrogação de licença-maternidade

Mulheres com bebês prematuros têm buscado na justiça prorrogação do benefício; tema tem aval do STF, mas ainda pouca visibilidade


Recente decisão da 9ª Vara Federal do Rio de Janeiro, da juíza Ana Amelia Silveira Moreira Antoun Netto, reconheceu o direito de uma mãe que deu à luz a um bebê prematuro de ter sua licença-maternidade prorrogada. Nascida em 6 de junho de 2020, a criança permaneceu em Unidade de Terapia Intensiva, sob cuidados médicos, até 5 de novembro último. A licença-maternidade da mãe terminaria em 4 de outubro, mas deverá ser prorrogada por mais 120 dias após a alta. A decisão da juíza acompanhou o entendimento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), de abril de 2020, que confirmou liminar deferida pelo ministro Edson Fachin para considerar a data da alta da mãe ou do recém-nascido como marco inicial do benefício.

Segundo a decisão do Supremo, a medida deve se restringir aos casos mais graves, como internações que excederem o período de duas semanas. Conforme o relator, não há previsão em lei de extensão da licença em razão da necessidade de internações mais longas, especialmente nos casos de crianças nascidas prematuramente (antes de 37 semanas de gestação), e a medida é uma forma de suprir essa omissão legislativa.

Para a advogada Domênica Marques da Silva Oliveira, do escritório Albuquerque Melo, patrono da autora na ação contra o INSS, a questão precisa ganhar visibilidade. "O tema é extremante sensível para sociedade e ainda vemos poucas decisões judiciais noticiadas, em um cenário administrativo em que o INSS continua negligenciando o direito das seguradas mães de bebês prematuros e prematuros extremos que passam, em regra, meses internados em UTI".

Segundo ela, em geral as mães desconhecem esse direito. "Em um momento tão delicado de suas vidas, ante a absoluta ausência de regulamentação administrativa para a questão, ficam desamparadas e, sem opção, abandonam seu empregos ou voltam ao trabalho, terceirizando os cuidados do bebê em um momento que sua presença física na rotina da criança é indispensável para o desenvolvimento físico e psíquico do prematuro. Esses casos precisam do socorro do Poder Judiciário e da plena atenção da sociedade", alerta.

Danielle Braga Monteiro, sócia da área de contencioso do escritório Albuquerque Melo, explica que a decisão do STF não estabelece prazo máximo para a prorrogação. "Se mãe ou filho permanecerem internados por quatro, cinco ou seis meses, por exemplo, o que é comum de ocorrer principalmente em prematuros extremos, a contagem do prazo de 120 dias da licença maternidade começa a correr a partir da alta hospitalar que ocorrer por último".

Conforme descreveu Edson Fachin, em sua decisão no Supremo, em geral as mães têm o tempo de permanência no hospital descontado do período da licença. No entanto, durante o período de internação as famílias são atendidas por uma equipe multidisciplinar, e é na ida para casa que os bebês efetivamente demandarão o cuidado e a atenção integral de seus pais, especialmente da mãe.

 


Danielle Braga Monteiro - advogada, graduada pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduanda em Direito do Consumidor e Responsabilidade Civil pelo Instituto AVM da Universidade Candido Mendes, com atualização no curso de extensão de Direito Processual Civil - Novo Código de Processo Civil ministrado pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - EMERJ. Possui experiência generalista em todas as áreas do Direito Civil, Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e Processo Civil, e larga experiência como especialista em contencioso cível, contencioso trabalhista, direito do consumidor, direito aeronáutico. Desde 2012, é a responsável pela coordenação geral do Contencioso Cível e Trabalhista do escritório Albuquerque Melo Advogados, tendo contribuído para sua fundação, e que desde 2015 é reconhecido pela publicação "Análise Editorial - Advocacia 500", como um dos escritórios de advocacia mais admirados do Brasil.

 

Domênica Marques da Silva Oliveira - advogada graduada pela Universidade Brasileira de Ciências Jurídicas, pós-graduada em Direito do Trabalho pela Universidade Estácio de Sá. Possui experiência generalista em todas as áreas de Direito e Processo do Trabalho, e larga experiência como especialista em contencioso e consultivo de direito do trabalho, com participação ativa na defesa dos interesses de empresas nacionais e internacionais de diversos setores. É líder de equipe do Contencioso e Consultivo Trabalhista do escritório Albuquerque Melo Advogados.


O Brasil pode crescer com inteligência política

Um pouco antes de iniciar o caótico ano de 2020, o ministro da economia expos sua proposta de extinguir um quarto das cidades brasileiras e liberar a verba desses municípios, que não são autossuficientes, para hospitais, escolas, delegacias e demais áreas, e investir inteligentemente, ao contrário do que existe hoje, já que esses recursos   vão para prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e assessores.

Segundo matérias que foram divulgadas na imprensa, das 5.570 cidades do país, 1.217 cidades com menos de cinco mil habitantes e ostensivamente dependentes de repasses da União, ou seja, com arrecadação própria inferior a 10% dos gastos do município, que foram criados simplesmente para oferecer empregos aos apadrinhados de ministros, deputados e senadores de governos anteriores ao atual. Claramente esse dinheiro poderia ser incorporado a outros municípios até 2025. A partir dessa ação, seriam eliminados 2.434 cargos de prefeito e vice-prefeito, 11 mil cargos de vereadores e mais de 30 mil cargos de assessores, o que seria benéfico economicamente e poderia reinvestir na indústria local das cidades que ofertam emprego. Além disso, essas 1.217 cidades abrigam somente 2% da população brasileira. Porém, essa medida, infelizmente, não poderá ser aplicada, devido a disputa eleitoral atual.

Um bom exemplo de como a extinção de alguns cargos públicos, quando feito com inteligência, pode ser positivo, foi o governo e medidas implementadas por Michelle Bachelet, que foi presidente do Chile de 2006 a 2018. Ao assumir a presidência, Bachelet já havia feito a lição de casa e só manteve as províncias autossuficientes, as quais produziam mais do que gastavam. As demais, que eram deficitárias, deu um prazo de dois anos para se tornarem autossustentáveis, e as que não conseguiam pagar as suas contas, tornaram-se territórios agregados, perdendo o status de províncias, sem governadores, sem prefeitos, sem vereadores e atc.

Tal ação resultou na criação de inúmeros interventores que tomavam conta das províncias, mas sem a existência de deputados e senadores. Além dessa atitude que diminuiu gastos, essas cidades passaram a ser governadas por quem tem competência para se manter e não onerar o país. Com isso, o déficit público caiu drasticamente e o Chile se tornou, na época, um dos países latino-americano que cresceu acima de 5% ao ano.

Voltando ao Brasil, conforme levantamentos, das 5.570 cidades do país, 1.217 seriam extintas, com eliminação de mais de 30 mil cargos públicos municipais. Vemos nesse sentido uma semelhança positiva, porém, um ponto polêmico presente na proposta do “Pacto Federativo”, proposto pelo governo federal, é a compreensão da ideia de extinguir municípios para desafogar os orçamentos de estados e municípios, o que pode gerar uma má administração desses “interventores” que podem ser escolhidos aqui em nosso país. Por isso, é necessário escolher de forma estratégica e inteligente, sendo os interventores proibidos de se candidatarem por 10 anos.

No ano passado, o Fundo de Participação dos Munícipios (FPM) transferiu 93,4 bilhões de reais, dos quais 37% foram para municípios com 15% da população brasileira, então se cria mais um alerta de como essa medida deve ser aplicada com cautela e com meios de evitar corrupção. As cidades com 26% dos habitantes do país ficaram com uma fatia menor do que os outros, dessa forma é preciso atenção para se enviar a quantia necessária e suficiente para essas cidades.

Contudo, nosso grande alerta é no investimento desses recursos que seriam remanejados dos municípios extintos. O governo federal precisa investir na indústria, para que ela esteja forte e competitiva, que não tenha que enfrentar a mais alta taxa de impostos do mundo, um câmbio perverso e uma maior carga tributária, em especial que consiga gerar empregos. É preciso começar a inverter o rumo da economia, promovendo o crescimento do país e de seu povo e não participando do aumento da pobreza.

 



J. A. Puppio - empresário, diretor presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”


5 DICAS PARA SE PROTEGER DE ATAQUES HACKERS DURANTE AS COMPRAS NA BLACK FRIDAY

A próxima edição da Black Friday está chegando. A data é uma das principais do varejo e de acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e pela consultoria Ebit/Nielsen, o evento deve movimentar este R$ 6,9 bilhões, atingindo um crescimento de 77% nas vendas em relação a 2019. Esse crescimento se dá, principalmente devido as mudanças no comportamento do consumidor causadas pela crise da COVID-19, que levaram a um aumento significativo das compras por meio de plataformas digitais. 

Segundo Lucas Vieira, gerente de produto da Soluti, a Black Friday traz muitas expectativas, mas também muitos desafios e riscos. Afinal, com o aumento no fluxo de informações on-line, crescem também as ameaças de ataques de criminosos, fraudes e golpes cujos objetivos incluem o roubo de informações pessoais e dados de pagamento.  Confira abaixo algumas dicas que o especialista separou para que consumidores possam aproveitar a Black Friday de maneira segura:


1 – Lei Geral de proteção de dados

Este ano, uma das principais mudanças é a Lei Geral de Proteção de DadosLGPD, que prevê proteção integral aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil. Por isso, é importante verificar se a loja em que se está realizando a compra atende aos critérios exigidos na lei para garantir a confiabilidade e integridade de suas informações pessoais e bancárias. O site precisa possuir um termo de consentimento visível e deixar bem descrito nas promoções e contratos quem e como esses dados são armazenados e utilizados.


2- Saiba se o site é real e seguro

Com o aumento da migração de serviços para o ambiente digital, há também um crescimento em golpes que envolvem sites e e-commerces falsos. O primeiro passo é saber se o site possui um Certificado Digital SSL, que identifica e protege as informações, criptografando-as no tráfego entre o computador do visitante e o servidor onde o website está hospedado.  Além disso, é importante verificar a reputação do site no Procon e sites confiáveis, como Buscapé e Reclame Aqui ou através da pesquisa de histórico de preços sobre aquele produto.


3 -  Garanta o recebimento do produto 

Para garantir o recebibemto de seu produto é preciso comprar em um estabelecimento de confiança. Novamente, a pesquisa de reputação e histórico de preços são as principais ferramentas para evitar cair em um golpe. Outras fontes de informação como sites de reclamação e até mesmo fóruns de usuários com opiniões positivas e negativas, auxiliam o consumidor no momento de realizar a compra. 

Além disso, é importante que o usuário observe se o portal disponibiliza canais de relacionamento com o cliente e uma política de troca.  Caso se sinta lesado, todas as compras, sejam em loja física ou virtual são regidas pelo código de defesa do consumidor. 


4- Tenha um antivírus instalado e ativo nos dispositivos

Ter um bom antivírus instalado em seu computador ou dispositivo móvel por onde você fará as compras online, ajuda a detectar sites que contenham arquivos maliciosos, vírus, malwares ou indicação de riscos de ataques de hackers. Por isso, é importante sempre mantê-lo atualizado. Hoje há no mercado diversos programas com versões de testes gratuitas e de assinatura. Podemos sugerir o antivírus Kaspersky, por exemplo.


5. Cuidado com os e-mails promocionais

 

Especialmente em períodos de datas comemorativas, é comum a tentativa de ataques de cibercriminosos por meio de e-mails spam com a promoções e descontos. Por isso, é sempre indicado que o consumidor veja diretamente no site da loja e evite clicar nos links dessas mensagens, que em muitos casos são falsos e parte de golpes.

 

 

Soluti

https://solutiresponde.com.br/ 

 

Três dicas para aderir ao trabalho voluntário durante a pandemia

Camila Silveira, empresária e idealizadora de um voluntariado de especialização, é a responsável pelas dicas para quem quer ajudar ao próximo sem se expor a riscos


Dos 209,5 milhões de brasileiros, apenas 7,2 milhões de pessoas realizam alguma forma de trabalho voluntário. Isso é o que aponta a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua, realizada em 2018 pelo IBGE. Os voluntários representam apenas 4,3% da população com mais de 14 anos em todos os estados do país.

Com a pandemia, instituições como sindicatos, congregações religiosas, hospitais, escolas, asilos e entre outros espaços que antes eram as principais pontes do voluntariado tiveram que fechar as suas portas e paralisar as ações para manter o distanciamento social e as orientações recomendadas pelos órgãos de saúde. O resultado foi uma queda no número de voluntários que se viram perdidos no início da disseminação da doença no país.

“Com o tempo e adaptação a realidade atual, novas formas de ajudar foram sendo encontradas pelas pessoas que voltaram seus olhares, principalmente, para os infectados, aos que integram os grupos de riscos da doença e a população de baixa renda que são os mais vulneráveis nesse momento de crise e desemprego”, explica Camila Silveira, empresária e idealizadora de um voluntariado de capacitação que já formou mais de cinco mil homens e mulheres que sonham em abrir um empreendimento próprio.

Para auxiliar quem busca formas de ajudar sem correr grandes riscos e sair muito de casa, Camila listou três dicas de voluntariado. Confira abaixo:


Dica 1. Aposte no voluntariado individual

A modalidade não é nova dentro do trabalho voluntário e se trata do tipo de serviço que é feito diretamente de uma pessoa para a outra sem a necessidade de uma instituição entre as duas partes. “Pela ordem de isolamento físico por parte dos infectados pelo vírus, esse tipo de trabalho voluntário se tornou um dos mais necessários e viáveis. Ele pode ser feito ajudando vizinhos idosos, com problemas respiratórios ou que tenham alguma outra condição que o faz estar no grupo de risco, nas funções que você já vai fazer para si mesmo como, por exemplo, nas compras no supermercado ou na chegada das correspondências”, aponta Camila.



Dica 2. Incentive empresas a fazerem a sua parte

Além de fazer a sua parte, procure saber se as empresas que você consome e conhece estão fazendo algo para ajudar as pessoas nesse momento. Alerte, aponte, questione a possibilidade de envios de materiais básicos, como álcool em gel e máscaras faciais, por exemplo, para os que mais precisam e não possuem condições. “As redes sociais é o meio mais rápido e eficaz para o consumidor e a população como um todo. Use essa voz para alcançar o bem e incentivar boas ações em todas as regiões do país”.


Dica 3. Transmita o seu conhecimento ao outro

Muitas escolas e instituições de ensino tiveram que fechar as portas e se reinventar durante a pandemia. Isso fez com que muitos alunos, jovens e pessoas perdessem suas atividades e grande parte do conhecimento que teriam ao longo do ano. Ensinar virtualmente para o outro o que você já sabe também é um trabalho voluntário e de suma importância. “O voluntariado é uma ação de troca, tanto para quem recebe quanto para quem faz. Dessa forma, ensinar é aprender, assim como aprender é ensinar. Seja línguas, matérias escolares, artes, passatempos ou qualquer que seja a expertise, o conhecimento ajuda a alcançarmos uma sociedade mais justa, empática, consciente e democrática, ou seja, um país que sempre quisemos ter”, finaliza Camila.




Camila Silveira - Atual Diretora da Câmara de Comércio Angola Brasil e fundadora da Federação das Câmaras de Comércio de Angola que desenvolveu um trabalho voluntário que se destina a capacitar futuros empreendedores para o desenvolvimento pessoal e de Angola. Seu trabalho já impactou positivamente a vida de mais de cinco mil pessoas por meio da capacitação que trabalha abordagens como: estrutura emocional empreendedora, liderança e empoderamento feminino. A empresária e palestrante também escreveu mais de seis livros e tem o ‘Vencedor ou Vítima’ como sua mais nova obra publicada.

 

Pix: nova funcionalidade visa facilitar cobranças

Serviço chega oficialmente na próxima segunda (16/11): permitirá transações financeiras em seis segundos e estará disponível 24h por dia, sete dias por semana


Com a proximidade do Pix, que chega oficialmente na próxima segunda (16/11), o Banco Central tem anunciado novas funcionalidades para popularizar seu uso. Entre as principais está o Pix Cobrança, serviço que permitirá a lojistas, prestadores de serviço e demais empreendedores emitam um QR Code para a realização de pagamentos imediatos, tanto em pontos de venda quanto em comércios eletrônicos. Com o Pix Cobrança, além de definir o valor, será possível configurar uma data futura de vencimento do pagamento, juros, descontos e multas, opções similares à emissão de boletos.

“Os outros meios de pagamento continuarão a existir, como DOC, TED, boletos e cheques, mas há um entendimento de que o Pix poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a popularização do seu uso”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados. “Por ser mais rápido, o Pix poderá diminuir os prazos de entrega de compras feitas pela internet. Enquanto o boleto bancário demora um dia ou dois para registrar o pagamento, o Pix fará isso em segundos. Ele é positivo também para varejo, que terá em mãos um sistema financeiro mais rápido, prático e seguro - o que deverá impactar positivamente na gestão dos negócios na própria prestação de serviços”.

A nova modalidade de pagamento poderá ser usada para qualquer tipo de transação, como transferências de dinheiro entre pessoas ou empresas, pagamento contas de água e luz e até a quitação de taxas públicas, como a de passaportes ou impostos. “O Pix poderá ser utilizado em todos os dispositivos eletrônicos de instituições financeiras ou de pagamento, como aplicativos para smartphones e caixas eletrônicos. Isto traz para instituições de pequeno porte, fintechs e demais startups a possibilidade de disputar espaço no mercado”, complementa o especialista.

Para a empresa de tecnologia LiveOn, que oferece toda a base digital para a prestação de serviços financeiros, já é perceptível o aumento de empresas que desejam ofertar o Pix aos consumidores. “Hoje, atuamos com 28 clientes, sendo 25 bancos. Nossa equipe também cresceu para atender a alta demanda: passamos de 8 para 40 pessoas no time. Há um crescimento em cadeia, especialmente com a proximidade do lançamento do Pix e de demais tecnologias. Desde julho, estamos percebendo um aumento no uso de tecnologias digitais: as transações financeiras realizadas em nossas plataformas passaram de R$ 150 mil para R$ 40 milhões”, detalha Lucas Montanini, CEO da companhia.

Criada em 2015, a empresa surgiu para desenvolver soluções web e mobile, com foco em startups. Nos últimos dois anos, ao acompanhar as renovações tecnológicas e os debates sobre a estrutura financeira nacional, a LiveOn passou a direcionar seu conhecimento digital para o desenvolvimento de plataformas financeiras e soluções de pagamentos. Entre seus cases de sucesso está a Conta Black, uma conta 100% digital direcionada para pessoas que não têm acesso a serviços financeiros nas instituições bancárias tradicionais. 

“Quando se pensa em banco, um dos primeiros pensamentos é voltado à burocracia. As filas, os processos longos. Existe um debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo”, pondera Lucas.

O especialista em regulação José Luiz Rodrigues complementa: “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão, incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou reorganização”.

 


JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/


 

Como manter uma equipe comprometida?

Confira dicas para motivar os seus colaboradores e alavancar resultados 

Um dos principais pilares para o sucesso de um negócio está no engajamento da equipe. Os colaboradores são os principais responsáveis pelos resultados e conquistas gerais. E quando esta parte se sente desvalorizada ou sem ânimo para cumprir as tarefas, todo o trabalho realizado anteriormente pode ser em vão. Por isso, saber como manter o comprometimento é fundamental para um bom líder.

 

Porém, existem diversas formas de fazer isso corretamente. Cida Montijo, consultora empresarial, destaca que os líderes precisam ter cuidado para não comprometer os resultados. “Existe uma linha tênue entre motivação e indiferença na equipe – enquanto um impulsiona, o outro arrefece a produtividade. Isso acontece quando o líder utiliza as ferramentas erradas em tal objetivo. Um exemplo simples:  um local descontraído é sempre melhor para se trabalhar, levando-se em conta a alegria, que tem uma carga vibracional de 540 hertz - porém essa descontração pode fazer algumas pessoas confundirem as posições hierárquicas ou fazê-las não respeitarem os momentos que precisam ser mais sérios”, alerta.

Portanto, Cida destaca que o mais importante é saber equilibrar. “Entenda o perfil da sua equipe como um todo e, ao mesmo tempo, como são individualmente. Explore seus pontos fortes e os ajude a minimizar os mais fracos, sempre com fundamentação construtiva, é claro”, acrescenta.


3 formas de engajar a equipe corretamente 

Cida separou algumas dicas valiosas que um bom líder pode usar para o crescimento geral e individual dos colaboradores que vão impactar diretamente na prosperidade empresarial. Confira:

 

1 - Defina uma meta: estabeleça um objetivo que a equipe precisa conquistar em conjunto. Assim, a responsabilidade em auxiliar o outro e conseguir resultados iguais para todos, os motivará a trabalhar cada vez mais concomitantemente. 

 

2 - Meritocracia: enquanto o trabalho em equipe também possa ser motivador, incentivar as conquistas individuais também possui efeito positivo. Porém, lembre-se: ambos precisam de equilíbrio. Mostre que todos possuem as mesmas oportunidades e que ninguém ficará para trás, caso todos se comprometam. A meritocracia pode ser premiada das duas formas. 

 

3 - Diálogo e treinamento: conversar, sugerir, opinar e, inclusive, apontar fraquezas, também fazem parte do crescimento. O importante é que a equipe esteja receptiva e aberta ao conhecimento, às atualizações das demandas do mercado e disposta a transformar-se em uma equipe de alta performance. Investir em treinamentos específicos, técnicos e humanos farão a diferença para os resultados desejados.

 


Fonte: Cida Montijo, escritora e consultora empresarial. Formada em Letras, atuou como professora de português e espanhol. É graduada em pedagogia empresarial pela PUC. Migrou para a área de consultoria empresarial e recursos humanos. Criou um programa de consultoria em gestão empresarial, com experiência dentro e fora do Brasil. É especialista em terapias integrativas. Autora do livro “Emoções e suas frequências – Salto quântico para o equilíbrio”. Coautora: dos livros “Treinamentos comportamentais; ” “Capital Intelectual”; “Coaching, a solução”.


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