Serviço chega
oficialmente na próxima segunda (16/11): permitirá transações financeiras em
seis segundos e estará disponível 24h por dia, sete dias por semana
Com a proximidade do Pix, que chega oficialmente na
próxima segunda (16/11), o Banco Central tem anunciado novas funcionalidades
para popularizar seu uso. Entre as principais está o Pix Cobrança, serviço que
permitirá a lojistas, prestadores de serviço e demais empreendedores emitam um
QR Code para a realização de pagamentos imediatos, tanto em pontos de venda
quanto em comércios eletrônicos. Com o Pix Cobrança, além de definir o valor,
será possível configurar uma data futura de vencimento do pagamento, juros,
descontos e multas, opções similares à emissão de boletos.
“Os outros meios de pagamento continuarão a
existir, como DOC, TED, boletos e cheques, mas há um entendimento de que o Pix
poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a popularização
do seu uso”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado
financeiro e sócio da JL
Rodrigues & Consultores Associados. “Por ser mais
rápido, o Pix poderá diminuir os prazos de entrega de compras feitas pela
internet. Enquanto o boleto bancário demora um dia ou dois para registrar o
pagamento, o Pix fará isso em segundos. Ele é positivo também para varejo, que
terá em mãos um sistema financeiro mais rápido, prático e seguro - o que deverá
impactar positivamente na gestão dos negócios na própria prestação de
serviços”.
A nova modalidade de pagamento poderá ser usada
para qualquer tipo de transação, como transferências de dinheiro entre pessoas
ou empresas, pagamento contas de água e luz e até a quitação de taxas públicas,
como a de passaportes ou impostos. “O Pix poderá ser utilizado em todos os
dispositivos eletrônicos de instituições financeiras ou de pagamento, como
aplicativos para smartphones e caixas eletrônicos. Isto traz para instituições
de pequeno porte, fintechs e demais startups a possibilidade de disputar espaço
no mercado”, complementa o especialista.
Para a empresa de tecnologia LiveOn, que oferece toda a base
digital para a prestação de serviços financeiros, já é perceptível o aumento de
empresas que desejam ofertar o Pix aos consumidores. “Hoje, atuamos com 28
clientes, sendo 25 bancos. Nossa equipe também cresceu para atender a alta
demanda: passamos de 8 para 40 pessoas no time. Há um crescimento em cadeia,
especialmente com a proximidade do lançamento do Pix e de demais tecnologias.
Desde julho, estamos percebendo um aumento no uso de tecnologias digitais: as
transações financeiras realizadas em nossas plataformas passaram de R$ 150 mil
para R$ 40 milhões”, detalha Lucas Montanini, CEO da companhia.
Criada em 2015, a empresa surgiu para desenvolver
soluções web e mobile, com foco em startups. Nos últimos dois anos, ao
acompanhar as renovações tecnológicas e os debates sobre a estrutura financeira
nacional, a LiveOn passou a direcionar seu conhecimento digital para o
desenvolvimento de plataformas financeiras e soluções de pagamentos. Entre seus
cases de sucesso está a Conta Black, uma conta 100% digital direcionada para
pessoas que não têm acesso a serviços financeiros nas instituições bancárias
tradicionais.
“Quando se pensa em banco, um dos primeiros
pensamentos é voltado à burocracia. As filas, os processos longos. Existe um
debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama
tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo
bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo”, pondera Lucas.
O especialista em regulação José Luiz Rodrigues
complementa: “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou
empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro
Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e
sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas
demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão,
incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou
reorganização”.
JL
Rodrigues & Consultores Associados
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