Pesquisar no Blog

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Estação mais fria do ano tem neve, florada de ipês e visita de baleias


Confira as principais mudanças observadas na natureza com a chegada do inverno, em diferentes regiões do Brasil


Entre os dias 21 de junho e 22 de setembro, o inverno passa a ser a estação do ano no Hemisfério Sul. Esse período é conhecido pelas temperaturas baixas, dias mais curtos e noites mais longas, porém, as características variam em cada região do País.


A neve é mais comum na região Sul do País
Créditos: Agência Envolverde
Neve




Não é comum, mas é possível encontrar neve no Brasil. Mais frequentes em países da América do Norte e da Europa, esses flocos de gelo se formam em locais com temperatura próxima ou abaixo de zero grau, sem vento e com pouca umidade, características do clima subtropical da região Sul do País. O cenário fica ainda mais favorável em grandes altitudes e altas latitudes, em cidades serranas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  


Queimadas e floradas

Estação mais seca facilita a ocorrência de queimadas no Cerrado
Créditos: Agência Fapesp

Considerada a savana mais rica em biodiversidade no mundo, o Cerrado se transforma durante o inverno. “Com a estação mais seca e as temperaturas mais amenas, verificamos o recolhimento de alguns animais, principalmente répteis e anfíbios, que aguardam a volta das chuvas para se reproduzirem. Até mesmo as aves e mamíferos se locomovem menos pelo Cerrado durante os meses do inverno”, explica o biólogo, professor da Universidade de Brasília e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Reuber Brandão.

Segundo ele, é possível verificar o fenômeno das queimadas durante a estação, principalmente nos meses mais secos e quentes – entre agosto e setembro. Nesse período, o fogo é mais intenso, atingindo extensões maiores e causando risco para os animais, principalmente os que não conseguem se "entocar", como os tamanduás.

Outro fenômeno que chama atenção nessa época do ano é a florada de algumas árvores do Cerrado. “Os ipês roxos, amarelos e rosas florescem nos meses de agosto e setembro e indicam, junto com a chegada das tesourinhas, que o período mais seco está terminando”, finaliza o especialista.


Visita das baleias



No Brasil, as baleias se concentram na Bahia e em Santa Catarina
Créditos: Pixabay

Entre os meses de julho e novembro, o litoral brasileiro recebe a visita das baleias jubarte e franca. “Durante o inverno, as baleias migram para águas tropicais e subtropicais e se aproximam da costa do País para a reprodução. No verão, elas retornam às águas polares para se alimentarem”, afirma a analista de Projetos Ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Janaina Bumbeer. 

Esses mamíferos podem ser vistos em diversos pontos pelo País. É mais comum observar baleias jubarte no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no litoral baiano. No inverno e na primavera, a região funciona como berçário para o maior grupo de baleias jubarte do mundo. Já as baleias francas se concentram no estado de Santa Catarina. A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca foi criada em 2000 justamente para preservar o habitat da espécie e ordenar atividades turísticas e de pesquisa. “Tanto no Norte como no Sul do Brasil é possível avistar as baleias. Mas observação deve ser feita sem interferir nos animais, para não impactar o desenvolvimento da espécie”, destaca Janaina.


Regiões alagadas

No inverno, a água atinge o topo das árvores da Amazônia
Créditos: Folhapress

Localizada predominantemente no Norte do País, a região amazônica recebe praticamente a mesma quantidade de energia solar durante todo o ano, fazendo com que as estações não apresentem tanta variação. É possível observar apenas um período mais chuvoso e outro mais seco. Entre os meses de junho e setembro chove menos, contudo, o excesso de chuva dos meses anteriores faz com que os rios fiquem cheios, chegando a atingir o topo das árvores, o que facilita a navegação e altera a paisagem, criando condições mais adequadas para o turismo. O clima mais seco também favorece o aumento das temperaturas, o que torna a estação do ano mais quente do que o próprio verão. 


Animais à vista

 
Onça pintada fica à vista nas épocas mais secas do Pantanal
Créditos: Haroldo Palo Júnior


Diferente da Amazônia, que permanece alagada no inverno, no Pantanal o nível dos rios tende a baixar nesta época do ano. Assim, os animais da região ficam mais visíveis, como capivaras, jacarés, aves, macacos e até a onça pintada. O volume baixo dos rios também permite fazer os tradicionais passeios de barco para observar a fauna e a flora do bioma. 





Sobre a Fundação Grupo Boticário
A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. A instituição defende que o patrimônio natural bem conservado é a base para o desenvolvimento econômico e bem-estar social. Também promove ações de engajamento e sensibilização, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.


CORPUS CHRISTI


                                                                                                                                                           

      Celebramos com toda a Igreja a solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, ou Corpus Christi.

        A belíssima catedral gótica de Orvieto, na Itália, que já visitei, conserva o relicário com o corporal sobre o qual caíram gotas de sangue da Hóstia Consagrada, durante uma Santa Missa, celebrada em Bolsena, cidade próxima, onde vivia Santo Tomás de Aquino, que testemunhou o milagre. Estamos no século XIII. O Papa Urbano IV, que residia em Orvieto, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto, em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi (o Corpo de Cristo)”. O Papa prescreveu então, em 1264, que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo de Deus, sendo Santo Tomás de Aquino encarregado de compor o texto da Liturgia dessa festa. O Papa, que havia sido arcediago de Liège, na Bélgica, e conhecido Santa Juliana de Mont Cornillon, atendia assim ao desejo manifestado pelo próprio Jesus a essa religiosa, pedindo uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia. Em 1247, em Liège, já havia sido realizada a primeira procissão eucarística, como festa diocesana, sendo estabelecida mundialmente pelo Papa Clemente V, que confirmou a Bula de Urbano IV. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

        Por que tão solene festa?  Porque “a Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica. Enquanto sacrifício, a Eucaristia é também oferecida em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais ou temporais” (C.I.C. nn.1407, 1409 e 1414). “O Sacrifício Eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo. Os outros sacramentos e todas as obras de apostolado da Igreja se relacionam intimamente com a santíssima Eucaristia e a ela se ordenam” (C.D.C. cân. 897).

        Por ser tão importante e digna da nossa honra e culto, o Papa São João Paulo II, na sua Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, nos advertia contra os “abusos que contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica acerca deste admirável sacramento” e lastimava que se tivesse reduzido a compreensão do mistério eucarístico, despojando-o do seu aspecto de sacrifício para ressaltar só o aspecto de encontro fraterno ao redor da mesa, concluindo: “A Eucaristia é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e reduções”.



Dom Fernando Arêas Rifan - Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
http://domfernandorifan.blogspot.com.br/



quarta-feira, 19 de junho de 2019

Perigos e riscos da automedicação por meio do "Dr. Google"


O Dr. Gustavo Eder Sales, cardiologista do Hospital Albert Sabin, explica os riscos de se automedicar com "dicas" da internet.
 
Atualmente, 3,2 bilhões de pessoas acessam diariamente a internet no mundo. A grande maioria utiliza a ferramenta de busca Google como forma de acesso a informações sobre os mais diversos assuntos e interesses, e muitos desses internautas procuram respostas sobre variadas doenças.

Um recente levantamento realizado pelo Google, com o objetivo de saber como os brasileiros pesquisam e consomem conteúdo de saúde na própria plataforma e no YouTube, mostrou que o índice de pessoas que utilizam esses recursos como primeira fonte de informação em casos de problemas de saúde, chega a 26%, próximo aos que buscam imediatamente um médico, com 35%.

“É sabido que a internet possui muitas inverdades para diversos assuntos, sendo esse o principal risco a que se expõe a pessoa que procura orientação no "Dr. Google" ou até mesmo em sites confiáveis, porém, a coleta e interpretação das informações não serão eficazes como as feitas por profissional médico.”, adverte o cardiologista do Hospital Albert Sabin, Dr. Gustavo Eder Sales.

Como principal risco da utilização de tais informações está a automedicação, sempre gravíssima, pois, pode-se desenvolver intoxicações, prejudicar diagnósticos e ainda lesionar órgãos, não acometidos até o momento, pelo uso indevido de fármacos.

“Como exemplo, cito um fato ocorrido recentemente na UTI do nosso hospital. O paciente apresentava um quadro de cefaleia (dor de cabeça) e se medicava em domicílio por meio de “dicas” adquiridas na internet e outras fontes. Após dois ou três dias de automedicação procurou o hospital, pois, não apresentava melhora do quadro e, pior, havia evoluído. Foi então diagnosticado com meningite bacteriana, insuficiência renal aguda e outras patologias que culminaram com o óbito em menos de 24 horas de internação. Se este paciente procurasse atendimento médico no início dos sintomas, fosse diagnosticado e medicado adequadamente, certamente teria sua vida salva” desabafa o Dr. Sales.
Muitas vezes, o paciente faz a busca pelos sintomas e, de imediato, encontra o suposto diagnóstico. Porém, não leva em consideração que um mesmo sintoma pode estar associado a diferentes patologias e que cada pessoa é única. A coleta de informações a respeito de doenças em sites confiáveis não deixa de ser válida, contudo, desde que seja por pura e tão somente fonte de conhecimento, deixando o diagnóstico e a prescrição de remédios sempre a cargo de um médico.

“Quando o paciente nos procura trazendo informações de suas pesquisas na internet, em nada nos atrapalhará, pois, detendo o conhecimento adequado e específico, não nos influenciaremos. Porém, se o indivíduo se utiliza de tais informações para modificar o tratamento, colocará sua saúde e até sua vida em risco”, finaliza o Dr. Gustavo.




Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento (11) 3838 4655


Posts mais acessados