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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Por que as varizes podem causar mais incômodo no fim do ano?

Aumento nas temperaturas e até hábitos alimentares podem influenciar a saúde das pernas e sistema circulatório, entenda


 

Já reparou que nos últimos meses do ano, as dores, o cansaço nas pernas e as varizes parecem aumentar? Na realidade, isso não é uma simples coincidência. Para muitas pessoas, essa época pode ser um pouco mais preocupante neste quesito.

Guilherme Jonas, angiologista, explica que apesar das varizes e outras doenças relacionadas ao sistema circulatório aparecerem em qualquer época do ano - algo que exige sempre cuidados constantes - é nos meses mais quentes que elas podem dar a sensação de intensificar. “Temos alguns fatores relacionados a isso. O que acontece é que no fim de ano ocorrem algumas combinações que afetam a saúde vascular. Entre elas, as altas temperaturas fazem as veias se dilatarem, algo que dificulta o transporte de sangue pelo corpo”, esclarece.

Além disso, o período típico em que começam as férias e a preparação para as festas de fim de ano podem influenciar. “Às vezes, o indivíduo pode passar mais tempo sentado ou fazer menos exercícios devido às folgas ou férias. E nesse período a alimentação também pode ficar desregrada e exagerar no consumo de doces e gorduras prejudiciais a circulação sanguínea. Todo esse combo reflete na saúde geral do organismo”, acrescenta.

Guilherme também cita o fator estético que pode entrar mais em evidência. “No caso das varizes, elas não causam apenas um risco a saúde física. Elas também são um incômodo estético que podem ser realçados em épocas mais quentes, principalmente para quem frequenta praias ou clubes e usa roupas mais leves que mostram a região”, diz.


Portanto, a melhor forma de evitar esses reflexos é redobrando a atenção e cuidados do resto do ano.  “Exercício físico e alimentação balanceada é a melhor saída. Qualquer atividade física que estimule o sistema circulatório é o ideal”, ressalta.

Além disso, o angiologista alerta sobre a importância de procurar um especialista durante o surgimento de qualquer sintoma para evitar a evolução do quadro e iniciar o tratamento mais adequado ao paciente.

 

 

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.

Estudo: Falta de Vitamina D pode agravar casos de pessoas com coronavírus

8 A Vitamina D, fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico, também diminui os riscos por infecções respiratórias e melhora a eficiência de trocas gasosas no pulmão, além de ser essencial para o fortalecimento ósseo, saúde do coração e controle da diabetes.  De acordo com estudo realizado em um hospital da Espanha, 80% dos enfermos com covid-19 apresentavam deficiência da Vitamina D no organismo. Os pacientes com baixos índices do hormônio possuem maior chance de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e tempo de internação nos hospitais. 

Segundo o nutricionista da Clínica-escola da Universidade UNG, Cauê Araújo, sabe-se que diariamente precisamos de minimamente 400 UI (unidades internacionais) de vitamina D, entretanto novos estudos científicos mostram que essa necessidade diária pode estar abaixo do que realmente necessitamos. "Além da exposição ao sol, a vitamina D pode ser absorvida pela ingestão diária de alimentos ideais para esta finalidade ou suplementação", explica.     

Confira alguns alimentos indicados pelo nutricionista, que são fontes de vitamina D.     

Salmão    

O salmão é o campeão quando se trata de fonte alimentar de vitamina D. Dentre as fontes proteicas, em 100g de salmão selvagem temos aproximadamente cerca de 600 ~ 1000UI e esta grande variação é devido a procedência do produto.    

Sardinha   

A sardinha enlatada possui a quantidades com melhor custo/benefício. Aproximadamente 300UI em 100 gramas de alimento consumido.   

  

Atum   

O atum tem uma quantidade generosa de vitamina D em sua composição, com aproximadamente 230UI em aproximadamente 90 gramas.    

 

Gema de Ovo   

Sabe-se que o ovo tem inúmeras propriedades e sua gema é grande fonte de diversos nutrientes, contendo cerca de 20UI por unidade de gema consumidas.      


Leite de vaca e Iogurtes   

Os lácteos são fontes alimentares de cálcio que também é um mineral importantíssimo quando se trata de vitamina D. Cada litro de leite possui cerca de 40UI, já de iogurtes a cada 100ml, aproximadamente 90UI.    

0% dos pacientes apresentavam deficiência do hormônio no organismo.


Diabetes Infantil: Brasil é o terceiro país com mais casos entre crianças e adolescente

Na América Latina, 127,2 mil convivem com a diabetes, e o país com mais registros é o Brasil: 95,5 mil casos. No ranking global, o país só perde em número de casos para os Estados Unidos e a Índia - os números, no entanto, não demonstram maior incidência da doença entre os brasileiros; de acordo com a IDF, a posição do país entre os primeiros do ranking se deve ao tamanho de sua população. Segundo o relatório da IDF, cerca de 98,2 mil crianças e adolescentes com menos de 15 anos são diagnosticados com diabetes tipo 1 a cada ano - o número sobe para 128,9 mil quando a faixa etária se estende até os 20 anos.

Diabetes é uma doença crônica, que atinge mais de um milhão de crianças brasileiras. Ela afeta o metabolismo em que o açúcar no sangue atinge níveis muito altos, desregulando o funcionamento metabólico e está relacionada à destruição das células do pâncreas, causando diretamente a deficiência de insulina. Isso vale tanto para pacientes infantis quanto adultos.

Segundo a Associação Americana do Coração, crianças e jovens não devem consumir mais de seis colheres de chá de açúcar por dia. E açúcar aqui significa qualquer tipo de adoçante que não seja natural do alimento, como o próprio açúcar refinado, mel, adoçante, açúcar mascavo, frutose. E para crianças menores e 2 anos de idade nenhum tipo de açúcar acrescentado deve ser oferecido.

De acordo com a pediatra Dra. Loretta Campos, é durante a infância que o ser humano desenvolve o paladar, além de o organismo também estar em fase de desenvolvimento. “Isso significa que ao oferecer açúcar aos pequenos, estaremos acostumando seu paladar ao doce, e eles irão sempre querer consumi-lo em maior quantidade,” alerta a médica.

O consumo de açúcar na faixa etária de 2 até 18 anos influencia muito na condição cardiovascular da pessoa. O excesso desse alimento nessa idade pode causar diabetes, aumento nos níveis de colesterol, risco cardíaco, hipertensão arterial e obesidade. “Além disso, essa ingestão não controlada pode atacar o sistema imunológico, interferindo na absorção de cálcio e magnésio, diminuir o volume de nutrientes sintetizados, influenciar no aparecimento de cáries, sobrepeso e até depressão,” reforça Loretta.

Os refrigerantes, doces coloridos (cheios de corante e açúcar), bolos, biscoitos e sucos industrializados contém um nível muito alto de açúcar e devem ser evitados. Por isso, é necessário melhorar os hábitos alimentares desde de cedo, assim a criança vai logo se acostumar com bons hábitos, e terá um ótimo reflexo na sua saúde durante a vida adulta.

Os sintomas do diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes surgem de forma repentina. A abundância de energia marcante da faixa etária é substituída por um cansaço frequente. Dessa maneira, a criança sente muita fome e perde peso de uma hora para outra.

No caso do diabetes tipo 2, os sintomas surgem, muitas vezes, devido à alimentação inadequada. Isso resulta em muita sede, muita vontade de urinar, e o escurecimento de dobras, como a da axila e do pescoço, por exemplo.

Saiba como evitar oferecer produtos com alto níveis de açúcar para as crianças e manter uma boa rotina alimentar:

  1. Manter o aleitamento materno como única fonte de alimentação até os 6 meses de idade se for possível;
  2. Jamais substitua as refeições principais por lanche;
  3. Incentivar a variedade de alimentos, incluindo frutas, verduras e legumes;
  4. Limitar a ingestão de carboidratos refinados e gorduras saturadas;
  5. Aumentar as atividades físicas.

“O tratamento do diabetes é feito principalmente por meio do controle da alimentação, regulando a quantidade de carboidratos que a criança ou adolescente consome durante o dia. Por isso, é indicado o acompanhamento de um nutricionista de confiança,” finaliza a pediatra Loretta Campos.

 



Dra. Loretta Campos - Pediatra e Consultora de Aleitamento Materno - CRM 10819 – GO RQE 5373 - Pediatra pela Universidade de São Paulo (USP), Consultora Internacional em Aleitamento Materno (IBCLC), Consultora do sono, Educadora Parental pela Discipline Positive Association e membro da Sociedade Goiana e Brasileira de Pediatria. A médica aborda temas sobre aleitamento materno com ênfase na área comportamental da criança e parentalidade positiva.

 

Telas podem causar estrabismo em crianças


Estudo mostra que até a idade de 8 anos o excesso de telas pode desalinhar os olhos. Saiba como prevenir. 

 

A pandemia de Covid-19 impôs o confinamento das crianças em casa e levou ao uso compulsivo do celular, tablet e computador nas atividades educacionais ou recreativas. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nossos olhos se desenvolvem até os 8 anos de idade e este estilo de vida pode comprometer o sistema visual.  “Isso explica porque vários estudos indicam que o excesso de telas eletrônicas na infância pode desencadear alterações na visão. Uma delas é a miopia acomodativa, dificuldade temporária de enxergar à distância provocada pelo esforço visual para perto e falta de atividade ao ar livre. A outra é o estrabismo, desalinhamento dos olhos apontado por um estudo italiano que acaba de ser publicado no Journal of Pediatric Ophthalmology & Strabismus.

 

Queiroz Neto explica que o estrabismo atinge 5% da população do País, mas está em ascensão. Quando provocado pelas telas está associado ao excesso de informação visual e à velocidade das imagens.  Os pais precisam observar os olhos das crianças, ressalta. “Muitos demoram para consultar um oftalmologista porque algumas têm estrabismo intermitente em que o desalinhamento só acontece durante as atividades de maior esforço visual.  A descontinuidade do  sintoma é interpretada como regressão do problema e por isso acabam colocando a visão do filho em risco”, adverte.

 

Olho preguiçoso

O especialista explica que o estrabismo pode anular a visão do olho que enxerga menos e provocar grande diferença de refração ou anisometropia.  O resultado é o olho preguiçoso ou ambliopia, maior causa de cegueira monocular no país. “A ambliopia só pode ser revertida até a idade de 10 anos. Depois disso não tem cirurgia ou transplante que recupere o olho mais fraco. Por isso, a observação da criança, diagnóstico e tratamento precoces são essenciais.

 

Tratamentos

Ao contrário do que muitos pensam, o mais grave do estrabismo não é a aparência, mas os efeitos na visão. Os principais enumerados por Queiroz Neto são: embaçamento, diplopia ou visão dupla e perda da visão de profundidade que são diagnosticados em um exame de rotina. Quando o desalinhamento é leve o tratamento pode ser feito com uso de óculos ou aplicação de toxina botulínica, o chamado botox. A cirurgia que alinha os músculos responsáveis pelos movimentos dos olhos só é indicada em casos severos da doença.

A terapia mais utilizada para tratar ambliopia é a oclusão do olho de melhor visão para estimular o desenvolvimento do outro. Em casos de diagnóstico na fase inicial também pode ser indicado o colírio de atropina que dilata a pupila do olho de melhor visão para estimular o outro.

 

Prevenção

Queiroz Neto afirma que a melhor forma de prevenir alterações na visão da criança é através da consulta oftalmológica. A primeira deve ser feita com um ano de idade, a segunda aos 2 anos e  uma terceira antes de iniciar o processo de alfabetização. O médico chama a atenção para não expor crianças menores de 2 anos ao celular conforme preconiza a OMS (Organização Mundial da Saúde), apenas 1 horas dos 2 aos 4 anos e 2 horas entre 5 e 6 anos.

Exercícios para motilidade dos olhos só devem ser feitos sob orientação de um especialista. Quando o assunto é tela, o mais importante é não permitir o acesso antes da criança ir para cama porque a luz emitida pela tela elimina o sono  e ensinar olhar para um ponto distante com frequência para relaxar a musculatura dos olhos, conclui.

 

Novembro Azul: homens estão se cuidando ainda menos na pandemia, o que pode aumentar número de casos de câncer de próstata avançados

Exames preventivos e consulta ao urologista levam a detecção precoce e melhoram prognóstico da doença



Homens, historicamente, são menos preocupados com a própria saúde. Na pandemia, esse cenário se agravou ainda mais, o que pode refletir no número de diagnósticos de cânceres que atingem eles, principalmente o de próstata, cuja detecção precoce é feita através de exames regulares e preventivos, assunto que ainda é tabu para muitos. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que a procura por cirurgias eletivas urológicas caiu 50% na pandemia. Desses, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade.

Os dados assustaram os médicos e especialistas e, segundo o oncologista Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, essa realidade mostra a importância de campanhas de conscientização como o Novembro Azul, que promove ações informativas e práticas para estimular que homens se previnam contra o câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil (atrás apenas do câncer de pele e, em números absolutos, com mais ocorrências do que o câncer de mama feminino):

"A grande barreira para os homens é fazer esse acompanhamento médico de prevenção, de ir a um profissional capacitado para avaliação individualizada a partir dos 50 anos, conforme recomenda a SBU. Pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram a doença ou afrodescendentes devem fazer isso antes, aos 45 anos, por terem propensão maior à doença. Infelizmente isso é algo pouco comum no público masculino, tradicionalmente reticente e orgulhoso para procurar atendimento especializado e compartilhar suas fragilidades", explica o especialista.

O câncer de próstata deve atingir 65.840 pessoas em 2020, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de 75% casos atingem homens com 65 anos ou mais e mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. Bruno Ferrari frisa que há uma barreira sociocultural a ser superada, o que faz com que muitos só façam a descoberta do tumor já em estágio avançado. E isso não é apenas no câncer de próstata. "O câncer de pênis, por exemplo, ainda pouco falado, é responsável por mais de mil amputações por ano no Brasil. E há tumores testiculares. Ainda que menos prevalentes (2% e 5% dos casos gerais de câncer, respectivamente), esses cânceres também merecem atenção. O incentivo à uma rotina de consultas médicas pelo público masculino é fator determinante para que possamos frear esses índices", diz.

Mesmo quando os sinais de problemas se tornam inegáveis, em muitos casos o diagnóstico efetivo da doença só acontece após insistência das parceiras. Não à toa, 70% das mulheres comparecem às consultas médicas do companheiro, segundo levantamento realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo.

"Um dos principais objetivos do diagnóstico precoce, além de permitir a adoção de tratamentos menos invasivos e promover chances de cura que podem passar de 90%, é evitar que o paciente tenha outros impactos à saúde em geral. A vigilância ativa poupa os pacientes de possíveis efeitos colaterais do tratamento cirúrgico ou radioterápico. Por outro lado, quando o câncer de próstata é identificado em estágios mais avançados, o tratamento indicado acaba sendo mais agressivo, podendo comprometer inclusive a produção de testosterona. A falta desse hormônio gera, entre outros, elevação no risco de doenças cardiovasculares, impotência sexual e distúrbios cognitivos", completa o oncologista clínico Andrey Soares, também do Grupo Oncoclínicas e Diretor Científico do LACOG-GU (Latin American Cooperative Oncology Group-Genitourinary).


Tratamentos têm evoluído

O tratamento do câncer de próstata, assim como outros, depende da avaliação da extensão da doença. Nos casos de doença localizada e sem características agressivas o tratamento pode variar de cirurgia, radioterapia ou vigilância ativa, dependendo do caso.

"Em casos localizados, mas com achados de agressividade, o tratamento definitivo se faz necessário. A conduta nestes casos pode ser cirurgia, radioterapia combinada a tratamento hormonal ou até mesmo a união de todos eles. Nos casos de doença metastática, os últimos anos têm trazido ótimas notícias para os pacientes com a chegada de diversas novas drogas, tais como uma nova geração de quimioterápicos, terapias hormonais e radioisótopos, moléculas inteligentes com pequena ação radiante que pode tratar diretamente os tumores", afirma Andrey Soares.

Ele frisa ainda que novas perspectivas de tratamento pregam união de terapias, foco nas informações para conscientização sobre a doença e condutas voltadas ao olhar integral e individualizado para cada paciente, prezando pela qualidade de vida. 



Atenção aos sintomas e formas de prevenção

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Cabe à próstata produzir parte do sêmen.

Por conta dessas atribuições, alguns dos sintomas do câncer de próstata são dor ao urinar ou presença de sangue na urina. Não existem indícios que apontem medidas preventivas que possam contribuir ativamente na redução dos riscos de desenvolvimento deste tipo de tumor, mas investir em uma rotina alimentar equilibrada e exercícios físicos é sempre recomendável.

"Há uma associação - ainda que pequena - entre atividade física e a diminuição de chances de aparecer câncer de próstata. Ainda que não haja conclusões mais detalhadas sobre a associação dos hábitos de vida e a incidência desta tipo de tumor masculino, o INCA e o Ministério da Saúde concordam que uma rotina saudável, alimentação balanceada e outros fatores ligados ao bem-estar podem ajudar na prevenção não só deste, como de diversos outros tipos de carcinomas", pontua Andrey Soares.

Por isso, a relação mais importante, segundo os oncologistas do Grupo Oncoclínicas, é o autocuidado proativo e preventivo. "Cercados de tabus facilmente quebráveis caso haja interesse e disposição, os tipos de câncer que afetam exclusivamente homens necessitam, além do acompanhamento médico, de uma mudança de perspectiva sobre a importância da prevenção. A saúde precisa vencer o preconceito", finaliza Bruno Ferrari.




Oncoclínicas no Novembro Azul

Anualmente, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - desenvolve uma série de ações para alertar sobre a importância da realização de exames preventivos periódicos e mudanças nos hábitos de vida no combate ao câncer de próstata. Em 2020 a iniciativa traz uma abordagem positiva nas redes sociais ressaltando a importância de não adiar consultas com especialistas e agendar os controles de rotina.

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a campanha é voltada à conscientização sobre a importância de estar atento a fatores de risco relacionados à incidência de câncer de próstata, sempre com atenção à detecção precoce precoce da doença em benefício da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, ela ressalta ainda uma importante informação: busque sempre saber sobre os fluxos seguros implementados pelos centros de referência em atendimento e realização de exames diagnósticos. Apesar da pandemia e do medo da contaminação pelo coronavírus, é preciso que a população em geral mantenha seus controles em dia.

A ação faz parte de uma série de ativações nas redes sociais desenvolvidas pelo movimento "O Câncer Não Espera. Cuide-se Já" para alertar os pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer. A ação liderada pela Oncoclínicas é apoiada por entidades como a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Instituto Oncoguia , Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) e Rede Inspire Ser.

A mobilização também conquistou o reforço voluntário de personalidades como as atrizes Suzana Vieira, Mariana Rios e Priscila Fantin, os cantores Ivete Sangalo, Elba Ramalho, Bell Marques, Leo Jaime e Tomate, a jornalista Mona Lisa Duperon e o medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei Maurício Lima.

Empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros podem aderir à campanha. Os interessados encontram mais informações nos sites http://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida e www.ocancernaoespera.com.br


Cirurgia bariátrica: por que tão polêmica e para quem é recomendada?

 A cirurgia é indicada para aqueles que possuem massa corporal acima de 40 Kg/m² ou 35 Kg/m² com doenças relacionadas a obesidade, mas esse não deve ser o único ponto a ser levado em consideração

 

Conhecida por ser uma opção de tratamento para obesidade, a cirurgia bariátrica é um procedimento que reúne um conjunto de técnicas de diminuição do estômago destinada a redução de peso. A opção pela intervenção é proposta, geralmente, quando atividades físicas e reeducação alimentar não causam mais efeito. Porém, há muitos mitos em torno da efetividade e da recomendação da cirurgia.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019 apresentam informações alarmantes acerca da obesidade no Brasil. Segundo a análise, mais da metade da população tem sobrepeso e uma em cada quatro pessoas tem obesidade. O cenário, além de preocupante, reacende a discussão sobre a efetividades das campanhas de prevenção, assim como a forma como os tratamentos são conduzidos. 

Segundo o médico referência em tratamento da obesidade Dr. Lucas Costa Felicíssimo, há uma falsa ideia sobre a obesidade ter relação com uma escolha de vida, sendo as pessoas que a possuem irresponsáveis com a própria saúde. “A obesidade é uma doença que tem uma forte base genética, influenciada pelo ambiente. Cerca de 90% desses genes estão no cérebro, interferindo em sensações de fome e saciedade. A grande diferença é que há alguns anos, apesar da presença desses genes, o ambiente não era favorável ao comer desenfreado. Atualmente, esse cenário muda e a grande presença de alimentos processados aumenta a influência desses genes no organismo, já que há a possibilidade de comer mais”, explica.

O senso comum de que comer bem e fazer exercícios — o que não deixa de ser uma estratégia clínica para o tratamento — evita a obesidade culmina, portanto, não apenas nos estigmas como também na criação de tabus sobre as opções de tratamento, entre elas a cirurgia bariátrica. Conforme explica o Dr. Lucas Costa Felicíssimo essa cirurgia é uma opção para quando há necessidade de perder grandes quantidades de peso, assim como para mantê-lo no pós-operatório.

“Há muito no imaginário popular aquela ideia da bariátrica ser o último recurso, o que particularmente soa como um ato de desespero, algo como ‘já tentei de tudo, agora a bariátrica é minha última chance’, além de criar a ideia de que após fazer o procedimento, caso aconteça de engordar um pouco novamente, não há mais alternativas viáveis de tratamento”, aponta o médico.

Achismo como esse tornam mais difícil até mesmo a abertura do médico em propor a alternativa para o paciente, aponta o Dr. Lucas Costa Felicíssimo. “Muitos chegam com aquela de ‘opera a barriga, mas não opera a cabeça’, no que diz respeito à eficácia da intervenção cirúrgica, quando na verdade é comprovado que há uma alteração nos hormônios intestinais que mudam nosso apetite. Caso fosse uma questão apenas de uma cirurgia mecânica restritiva, a estratégia além de mutiladora seria uma perda na qualidade de vida, já que a pessoa continuaria a querer comer muito, só não conseguiria”, elucida. 

A indicação da cirurgia é de massa corporal acima de 40 Kg/m² ou acima de 35 Kg/m² com doenças relacionadas a obesidade. “Ter a indicação não significa a obrigatoriedade em fazer e sim que se torna opção a se considerar. Além disso, muito se fala em dois anos de falha em tratamento clínico para começar a se cogitar a intervenção, o que leva muitos médicos a entenderem errado a indicação. O tratamento contra obesidade é crônico e deve permanecer mesmo quando a pessoa já atingiu o objetivo, pois o corpo tende a querer retornar ao peso. No caso da bariátrica, há maior eficácia na manutenção desse peso”, aponta o médico referência em tratamento da obesidade.



 Fabiano de Abreu 


Dia Mundial do Diabetes: cuidados são necessários para manter a qualidade de vida e não desenvolver problemas na visão

Após 20 anos convivendo com a doença, cerca de 19% dos pacientes desenvolverão o edema macular diabético[1]; para conscientizar a população sobre saúde da visão, Novartis expande campanha com André Marques e Lucinha Lins

 

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que 463 milhões de pessoas convivam com a doença no mundo[2], sendo 16 milhões de pessoas no Brasil[3]. O diabetes é uma das doenças crônicas que mais crescem, impondo desafios para a saúde pública. O número de adultos vivendo com a doença triplicou nos últimos 20 anos[2]. As consequências causadas pelo diabetes podem ser agudas e de curta-duração, como alto nível de glicose no sangue, ou crônicas e de longa duração como problemas cardiovasculares ou perda da visão[4,5]. Dado o cenário da doença, o dia 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, é dedicado à conscientização sobre a importância de chegar a um diagnóstico rapidamente, e assim, iniciar tratamento e acompanhamento médico, incluindo visitas ao oftalmologista.

Por ser, muitas vezes, silenciosa, estima-se que 50% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença[6]. Com isso, o paciente não toma os cuidados necessários. "Quando não tratado corretamente, o diabetes pode causar diversos problemas. Na visão, o diabetes descontrolado pode levar ao desenvolvimento da retinopatia diabética e do edema macular diabético", explica Francyne Veiga Reis Cyrino, médica assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP.


Impacto do diabetes na visão

De acordo com a IDF, 10% dos pacientes no mundo apresentam diabetes tipo 1, que é caracterizada pela reação autoimune quando o sistema imunológico do paciente ataca as células produtoras de insulina[4]. Os outros 90%, desenvolvem diabetes tipo 2[5]. Esse tipo é causado por uma resistência à insulina, com isso, os níveis de glicose sobem descontroladamente, obrigando o organismo a produzir mais insulina[5]. "O tipo 2 é mais frequente em adultos, porém, crianças também podem apresentar a doença. Alguns dos fatores de risco mais comuns são obesidade, sedentarismo e uma dieta não balanceada[5]", afirma a médica.

Com o crescente número de pessoas com diabetes, os cuidados com a visão se tornam ainda mais importantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), após 20 anos convivendo com a doença, 90% dos pacientes com tipo I e 60% com o tipo II desenvolvem Retinopatia Diabética (RD), e cerca de 30% dessas pessoas, desenvolverão o edema macular diabético (EMD)[1].

A retinopatia diabética ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. "A retinopatia tem quatro fases, e na última, chamada de proliferativa, os vasos sanguíneos estão muito frágeis, e o rompimento deles pode espalhar sangue pela cavidade vítrea, causando a perda de visão[7]", diz a Dra Francyne.

Já o edema macular diabético é uma potencial complicação da retinopatia diabética. A médica explica que, "essa doença provoca um acúmulo de líquido na mácula, área da retina responsável pela visão central nítida, usada para ler, reconhecer rostos, cores e dirigir[8,9,10]." Portanto, é importante que pacientes com diabetes sigam o tratamento corretamente, e visitem o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. E, caso diagnosticados com problemas na visão, iniciem um tratamento, pois, quando não tratada, a retinopatia pode evoluir para cegueira em 50% dos casos em 5 anos, se não tratada[1].

"Hoje em dia, existem tratamentos eficazes para os problemas de visão em pacientes com diabetes. A terapia anti-VEGF é eficaz no retardo da progressão do edema macular e tem demonstrado uma recuperação da acuidade visual melhor e mais rápida que a cirurgia a laser[11,12,13,14], além de ter sido recentemente aprovada para o tratamento da retinopatia diabética proliferativa, a mais grave das fases da doença" finaliza a Dra Francyne.


Campanha De Olho Na Visão

Criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, é dedicado à conscientização da população sobre os riscos causados pelo diabetes.

No Brasil, a Novartis lança a campanha "De Olho na Visão", que engloba a iniciativa "De Olho no Diabetes", para trazer uma visão mais holística e integrada no cuidado com a visão e dialogar com novos públicos.

A campanha foi criada em parceria com associações de pacientes, as agências AMZ e o grupo IPG. O apresentador, DJ e influenciador André Marques e Lucinha Lins, atriz, cantora, compositora e apresentadora, também se juntam aos esforços de conversar com a sociedade brasileira sobre o tema.

"A ADJ Diabetes Brasil tem como propósito ajudar as pessoas com diabetes a prevenir as suas principais complicações e a desfrutarem de uma vida plena e autônoma, nesse sentido, é importante para nós construir juntos com parceiros de longa data uma campanha que leve informação de qualidade aos brasileiros", explica Gilberto Casanova, diretor-presidente da associação.



Novartis

http://www.novartis.com


Semana conscientiza sobre prevenção do câncer de boc


Hospital Amaral Carvalho é referência na região no rastreamento e tratamento da doença


   A saúde oral é assunto de destaque no início deste mês em todo o Brasil, com a celebração da Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal (2 a 6 de novembro). Mesmo escondidos por trás da máscara, bochechas, lábios, gengivas e língua merecem atenção especial para evitar o câncer de boca.

   Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam o alto índice de mortalidade pela doença: para 2020, são estimados 15.190 novos casos e 6.455 óbitos. “Um pouco mais de 42% dos casos podem evoluir para morte, um número alarmante, que deve nos fazer priorizar o autocuidado bucal”, avalia o cirurgião-dentista do Hospital Amaral Carvalho (HAC) Giovane Furlanetto.

   O especialista explica que, quando detectadas precocemente, as lesões da cavidade oral podem ser tratadas com mais facilidade, com maiores chances de cura e menos sequelas para o paciente. “O diagnóstico em fase inicial possibilita ótimos índices de cura, como nos casos de câncer de lábio (92%) e de câncer de língua (81%)”.

  

Sinais de alerta

   Diretamente relacionado ao uso de cigarro e consumo de bebidas alcoólicas, o câncer de boca está entre os 12 tipos mais frequentes nos brasileiros. De acordo com o profissional, é importante ficar de olho em sinais como feridas na boca que persistam por mais de 15 dias. “A maioria das pessoas com suspeita da doença apresenta dor, aumento de volume da lesão e até dificuldade de alimentação”, destaca.

   Uma afta que doía bastante foi o que fez o auxiliar contábil Guilherme Rosseto (26) suspeitar de algo errado, em agosto deste ano. “Achei estranho, porque, geralmente, aftas somem com certo tempo e essa, não sumia de jeito algum. Então resolvi procurar um dentista”, conta.

   Com encaminhamento ao HAC por um posto de saúde, o jovem afirma que descobrir a doença em fase inicial foi importantíssimo, pois somente a remoção bastou para resolver seu caso, sem precisar de outros tratamentos, como quimioterapia.

   O susto fez Guilherme mudar hábitos antigos, como a má alimentação e falta de atividades físicas. O cirurgião-dentista do HAC lembra que, para prevenir o câncer de boca, é importante manter alimentação saudável, evitar a exposição solar e usar sempre protetor solar, não fumar nem consumir bebidas alcoólicas e usar preservativo também para sexo oral.

 

Referência

   O Hospital Amaral Carvalho, centro de excelência em tratamento oncológico, tem capacidade de atender cerca de 240 pacientes todo ano pelo Programa de Prevenção do Câncer de Boca, mas o número de atendimentos tem sido menor. O serviço é referência para os postos de saúde da região, que podem encaminhar pessoas com queixas bucais para o atendimento especializado. 

   Após avaliação com a equipe de odontologia, se necessário, o paciente realiza biópsia e inicia o tratamento no setor de Cabeça e Pescoço da instituição. “Temos capacidade de receber mais pessoas com suspeita de câncer de boca que, com rapidez e eficiência desde o primeiro atendimento, podem ter acesso a tratamento de qualidade e com segurança”, destaca Furlanetto.

 

Serviço

Programa de Prevenção do Câncer de Boca – Hospital Amaral Carvalho

Agendamento e orientações pelo telefone (14) 3602-1190.


14 de novembro: ADJ Diabetes Brasil promove evento online nacional de educação no mês do diabetes

Estudos mostram que 73% das pessoas com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento*, o que leva a uma série de complicações. Entre elas, a incidência de insuficiência cardíaca, que é de 2 a 5 vezes maior em pessoas com a condição, quando se compara com a população em geral** , além de amputações, retinopatia diabética que leva à cegueira, nefropatia (doença que afeta os rins)...

Para alertar as pessoas com diabetes e seus familiares a se cuidarem, a ADJ Diabetes Brasil fará, no dia 14, às 9h50, o Conexão Diabetes, evento online que trará educação em diabetes. Esta iniciativa é gratuita e as pessoas podem obter mais informações no www.adj.org.br e nas redes sociais da ADJ Diabetes Brasil.

Nele, haverá palestras educativas e interativas sobre alimentação para crianças, monitoramento de glicemia, retinopatia diabética, catarata, como aplicar insulina, a importância da vacinação, tecnologias a favor do tratamento, a iniciativa Quem Vê Diabetes Vê Coração, como contar os carboidratos, curso de uma receita saudável, direitos e deveres da pessoa com diabetes e como cada cidadão pode realizar sua participação social. Todas as aulas serão realizadas por especialistas de renome, para ajudar na adesão ao tratamento.

Para a realização desta ação, a ADJ Diabetes Brasil conta com o patrocínio das empresas: Astrazeneca, Novo Nordisk, Allergan, Bayer, Roche, BD.

 

 Sobre o Dia Mundial:

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo. Celebrado em 14 de novembro, é visto como a maior iniciativa mundial em torno do diabetes. A data foi escolhida devido ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prêmio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes.

O símbolo do Dia Mundial do Diabetes é um circulo azul que simboliza a união. A IDF buscou um formato simples para facilitar a reprodução e o uso para as pessoas que quisessem dar apoio à campanha. Esta data também é marcada com a iluminação em todo o mundo de monumentos e construções de destaque na mesma cor. O azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que simboliza também a união entre os países. Neste dia, é estimulado o uso de roupas na cor azul, cor símbolo da campanha.

 

  

ADJ Diabetes Brasil

www.adj.org.br 

 

 

 

*1. Mendes AVB. Acta Diabetl. 2010; 47(2):137-145; 2. CDC. Available at: http://www.cdc.gov/diabetes/statistics/comp/fig7_overweight.htm. Last accessed September 2015; 3. CDC. National Diabetes Statistics Report, 2014. Available at: http://www.cdc.gov/diabetes/data/statistics/2014StatisticsReport.html. Last accessed September 2015; 4. Gregg EW, et al. N Engl J Med 2014;370:1514–23.

**Nichols et al. Diabetes Care.2004;1879-1884


Novembro Azul: a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

A campanha de conscientização “Novembro Azul”, voltada para as doenças masculinas, tem ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata — a fase inicial do tumor é silenciosa, por isso a importância da detecção precoce. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A entidade prevê mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata até o final de 2020.

Em seu estágio inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

De acordo com Marcelo José Sette, médico do ambulatório de urologia do Centro Clínico Dona Helena, de Joinville (SC), as causas do câncer de próstata não são completamente conhecidas, mas observa-se que a idade está relacionada: homens acima de 50 anos têm mais chance de desenvolver o tumor. Segundo o INCA, o câncer de próstata é considerado um “câncer da terceira idade”, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Fatores genéticos (hereditários), hábitos alimentares ou estilo de vida podem refletir no surgimento do câncer. O excesso de gordura corporal também aumenta o risco de câncer de próstata avançado. “Bons hábitos alimentares e de saúde física podem auxiliar na prevenção”, frisa o urologista.

Se não tratado, o câncer de próstata pode gerar outras complicações. “Dependendo do estágio da doença, as mais comuns são metástases em gânglios próximos à próstata, invasão da bexiga, levando à obstrução urinária e sangue na urina em grande quantidade, e, por último, metástases em ossos do corpo, como vértebras, bacia e crânio (geralmente provocando dor relevante) ”, explica o profissional.

O diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento. “O exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) e o exame do toque retal são os mais eficientes na investigação do câncer de próstata”, aponta o médico. “Em casos iniciais, a cura é o objetivo do tratamento, podendo este ser feito de modo cirúrgico e/ou radioterapia, com excelentes resultados. Em casos mais agressivos ou mais avançados, o tratamento engloba o uso de medicações com resultados cada vez mais promissores”, destaca Marcelo. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um. 


Oncogenética para rastreamento precoce

No Onco Center Dona Helena, há profissionais aptos a realizar aconselhamento genético, serviço que auxilia na prevenção — a oncogenética é uma ciência que estuda os aspectos moleculares, celulares, clínicos e terapêuticos de síndromes de predisposição ao câncer. “O objetivo principal é identificar portadores de defeitos genéticos que aumentariam as chances do indivíduo desenvolver câncer de próstata e, então, atuar de forma preventiva para reduzir o risco, por meio de exames de rastreamento, cirurgias preventivas e/ou terapias”, detalha Lucas Sant'Ana, médico oncologista. 

Pacientes com histórico familiar de câncer de próstata ou de outros cânceres; com presença de certas mutações genéticas; e pacientes com câncer de próstata já diagnosticado, com risco alto, muito alto ou metastático formam um grupo de indivíduos que possuem maior probabilidade de terem diagnóstico de mutações genéticas. “Sendo assim, a avaliação de um médico que atue com oncogenética é indicada para realizar a investigação genética do paciente”, aponta Lucas. “Caso diagnosticado com alguma mutação genética, este paciente pode se beneficiar de um rastreamento mais precoce do que o usual, bem como de terapias diferenciadas para aqueles que já têm esse diagnóstico. ”


Conheça alguns fatos sobre a asma

A asma, doença respiratória crônica, ainda sem cura, atinge cerca de 20 milhões de brasileiros¹ e, se não tratada corretamente, pode matar8; Planos de saúde avaliam a incorporação de medicamento para o tratamento de asma alérgica grave e a sociedade pode opinar!

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 20 milhões de brasileiros convivem com a asma1. Apesar de ser uma enfermidade comum, e ter recebido mais atenção nos últimos meses devido à pandemia, já que pacientes asmáticos não tratados e/ou não controlados têm maior risco de gravidade, existem alguns fatos importantes que nem sempre são conhecidos por todos. A seguir, listamos alguns deles:

Asma é a doença não transmissível mais comum entre as crianças

Segundo levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença respiratória é a mais comum entre as crianças2. No Brasil, aproximadamente 20% das crianças convivem com a asma3. Entretanto, a maioria das mortes causadas pela condição ocorre nos adultos mais velhos2. 



Não ter sintomas não significa que o tratamento pode ser interrompido

A asma é uma doença de tratamento contínuo. "O erro de muitos pacientes é não aderir ao tratamento prescrito pelo médico, só porque os sintomas não estão presentes. A asma é uma doença crônica, portanto, o tratamento medicamentoso ajuda na prevenção do agravamento de sintomas na forma de crises", alerta Rafael Stelmach, presidente da Fundação ProAr e médico pneumologista do Hospital das Clínicas. 


Além dos anti-inflamatórios, como os corticoides inalados1, os pacientes com asma alérgica grave (ou seja, aqueles que, mesmo seguindo o tratamento corretamente não conseguem controlar os sintomas da doença) podem contar terapias mais avançadas, já disponíveis no Brasil, capazes de controlar os sintomas, permitindo uma vida normal aos pacientes4,5. "Cada pessoa apresenta a doença de maneira diferente, por isso, é sempre muito importante conversar com o pneumologista para saber quais as linhas de tratamento mais eficazes para cada caso. Hoje em dia, o SUS já oferece alguns medicamentos, inclusive biológicos5 que, em casos muito graves, são a melhor opção para o controle da asma", diz o médico. 



Adotar hábitos saudáveis e evitar os fatores desencadeadores da doença, em conjunto com o medicamento correto, ajuda no controle dos sintomas

Stelmach explica que, para chegar ao tratamento mais eficaz, o médico avalia, entre outras questões, o histórico clínico e os sintomas do paciente. "Com essas informações, conseguimos orientá-los a reduzirem os fatores desencadeadores ou agravante dos sintomas como exposição a poeira, ácaros, fungos, cheiros fortes, cigarro, entre outros. A prática de atividades físicas regulares e uma alimentação saudável, também são recomendadas em adição ao tratamento medicamentoso6,7", esclarece. 


O especialista também enfatiza que a ausência dos sintomas não significa que o paciente esteja curado. "Um erro de muitos pacientes é parar com a medicação, quando a asma está controlada. É importante lembrar que a asma é uma doença crônica e sem cura, o que significa que os sintomas podem voltar a qualquer momento, por isso, é tão importante a adesão ao tratamento". 



A asma, quando não tratada corretamente, pode ser fatal

No Brasil, aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem com a asma8, sendo que, uma em cada vinte tem a forma grave da doença9. Os tipos de asma são classificados de acordo com a gravidade e frequência da manifestação dos sintomas10. De acordo com essa apresentação, o médico determina o melhor curso a ser seguido, pois, apesar de crônica, essa é uma doença que possui tratamentos que possibilitam a redução do número de exacerbações, e com isso, a diminuição no número de hospitalizações11,12.

Em casos extremos, e quando o paciente não adere ao tratamento correto, a asma pode matar8. Seis pessoas morrem diariamente no Brasil por causa da doença13. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ficar atento aos sintomas, pois, o quanto antes se iniciar um tratamento adequado, melhores as chances de controle.



O protocolo de tratamento de asma não é atualizado há sete anos

Os atendimentos feitos via SUS devem seguir o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que determina quais são as melhores práticas para diagnóstico, tratamento e monitoramento de pacientes atendidos pelo sistema público de saúde14.

Quando um novo medicamento chega ao Brasil e é incorporado ao SUS (ou seja, fica disponível para tratamento de pacientes que usam o sistema público), ele passa a fazer parte das possibilidades de medicamentos providos pelo PCDT para que o médico consiga considerá-lo em seu plano de tratamento, seguindo as diretrizes do documento. No caso do PCDT de asma, a última atualização aconteceu em 2013, o que significa que os medicamentos mais avançados que chegaram ao Brasil desde então não constam no regulamento seguido pelos médicos do SUS e, portanto, não podem ser prescritos pelos pneumologistas e alergistas.

Com isso, a Associação Brasileiro de Asmáticos (ABRA) lançou a campanha #AtualizaAsma, com o objetivo de engajar a população no manifesto que pede que as autoridades responsáveis entendam os benefícios da atualização deste protocolo, uma vez que ele não contempla as terapias disponibilizadas nos últimos sete anos no país. Para mais informações sobre a campanha, entre no site: www.atualizaasma.com.br



A ANS abriu consulta pública para ouvir a população sobre a incorporação de novos medicamentos para o tratamento da asma na cobertura dos planos de saúde

A cada dois anos, a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula os planos de saúde, atualiza o seu rol de Procedimentos. Essa lista contém todos os procedimentos e tratamentos que os planos de saúde são obrigados a oferecer aos seus beneficiários.

Como parte do processo de atualização do Rol, que entra em vigor em 2021, a ANS abriu uma consulta pública para entender a opinião da sociedade sobre os benefícios da incorporação de novas tecnologias, como os medicamentos biológicos, para o tratamento da asma, no Rol de Procedimentos.
A Consulta Pública nº 81 para manifestação da sociedade civil a respeito da atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde1 está disponível de 08 de outubro de 2020 a 21 de novembro de 2020. As contribuições podem ser realizadas por meio do site da Agência Nacional de Saúde (ANS), menu Participação da Sociedade / Consultas e Participações Públicas.




Novartis

www.novartis.com


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