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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Você sabe como estender a mão? Para prevenir o suicídio é preciso menos julgamento e mais empatia

Você sabia que em 2020 completamos seis anos de Setembro Amarelo? Criada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), para falar sobre a importância da prevenção ao Suicídio, a campanha, na verdade, ocorre o ano todo. E vocês sabiam que, infelizmente, enquanto escrevo essas palavras, dezenas de pessoas cometem o ato? De acordo com Organização Mundial da Saúde, em 2019, cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos e no geral, pouco mais da metade de todas as pessoas que assim procedem têm menos de 45 anos, ou seja, são jovens que ainda têm um vida toda pela frente, mas que já não enxergam oportunidades de serem felizes.

Estudos também apontam que 96,8% dos casos de suicídio estão associados a um transtorno psiquiátrico que não foi tratado adequadamente ou sequer diagnosticado e acompanhado, por isso, meus amigos, a melhor maneira de diminuir esses dados tão tristes e alarmantes são as estratégias de prevenção.

Esses indicadores me assustam, afinal, neste ano em que lancei o livro “Decida Vencer”, que tem sido um sucesso em vendas, tenho visto muitas pessoas tão acometidas por desequilíbrios, como por exemplo, depressão e transtorno bipolar que sequer conseguem chegar ao ponto de decidirem algo a favor de suas vidas. Nesses casos decidir vencer não é apenas uma questão interna. E isso me entristece muito.

Vivemos em um mundo caótico, não é mesmo? Para alguns pode até ser fácil, mas eu garanto que para maioria de nós é difícil lidar com as nossas limitações emocionais, com a nossa bagagem e com tudo o que passamos ao longo de nossas vidas. Mas, enquanto uma parte da população consegue escolher mudar por iniciativa própria as atitudes diárias para ter uma vida mais plena e feliz, outras precisam de um auxílio médico. E isso não é demérito, muito pelo contrário, buscar por ajuda mostra força, humildade e coragem.

Decidir vencer, meus amigos, é um caminho de pedras, uma trajetória na qual haverá percalços. No entanto, se você percebe que alguém próximo lida com sua rotina de forma mais árdua do que deveria, que sua percepção da realidade está alterada, e que interfere no seu livre-arbítrio, é hora de estender a mão.

Realmente, os últimos meses não têm sido nada fáceis para nós. A pandemia tem contribuído para piorar as insatisfações, mas o Setembro Amarelo chegou para nos lembrar sobre a importância de um tratamento eficaz, para que o pensamento suicida desapareça e a pessoa possa viver uma vida completa, a que todos nós temos direito.

Quando se estende a mão, promovemos a transformação e damos a chance de uma vida nova para alguém. Mas você sabe como fazer isso? Primeiro, fiquem atentos com frases que podem, muitas vezes, ser ignoradas como "Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”.

Depois, tente conversar sim, mas não diga coisas como “Ah, mas você tem a vida boa”, “Você ainda é jovem”, “Na sua idade eu já tinha passado por tal situação”. Isso não funciona para quem está com uma ideação muito forte. E não é nem porque a pessoa não quer, ela está com uma ideia fixa mesmo.

Pessoas nessas condições não precisam de julgamento, só precisam de compreensão, serem ouvidas, e claro, de um tratamento correto, pois a emergência psiquiátrica pode ser a porta de entrada do paciente em risco de suicídio para uma nova vida.

Falar sobre isso é, principalmente, ouvir a pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvi-la com a mente aberta e ofereça seu apoio. Perguntas como “O que você está sentindo?”, “Por que você está sentindo isso?”, ajudam muito. Seja um ouvinte qualificado e incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência ou apoio em algum serviço público.

E se você está passando por isso, se já pensou em cometer suicídio, lembre-se de algo muito importante, quando você pede ajuda, será respeitado e levado a sério, terá o seu sofrimento levado em consideração e o mais importante: será encorajado a se recuperar!

Saiba que você tem todos os recursos necessários para realizar os sonhos da sua vida e  com uma ajuda qualificada assumirá um nova jornada de descobertas e felicidades, e nas inevitáveis ocasiões em que se sentir tentado a desanimar, diga a si mesmo: “Só por este instante eu vou ser feliz”.

 




Eduardo Volpato - Nascido em Porto Alegre, Eduardo Volpato começou a trabalhar muito cedo com o pai e aos 16 anos empreendeu como eletricista e manutenção geral. Saía de casa com o dinheiro da ida, mas sem o dinheiro da volta, como forma de forçá-lo a ganhar o dia de qualquer jeito, sem a alternativa de desistir ou desanimar. Dono de um saber em empreendedorismo um tanto quanto autodidata, Volpato nunca parou de estudar. Formado em eletrônica e especialista em segurança pública e privada, é CEO Founder do Grupo Volpato, uma das maiores empresas brasileiras do setor de segurança. Master Coach Integral Sistêmico pela Florida Christian University e Analista de Perfil Comportamental Cis Assessment pela Febracis, Volpato tem se dedicado a ensinamentos de coragem e determinação para quebrar o ciclo de insatisfação que acomete milhares de brasileiros.


Confira 3 dicas para lidar com choros e reclamações dos seus filhos

Você já tentou de tudo, mas a reclamação nunca termina? Não se preocupe, você não está sozinho. Ao entender por que seus filhos choramingam, você vai poder descobrir o que fazer para mudar essa realidade. Mas afinal, por que as crianças choramingam?

Porque funciona! Quando seus filhos choramingam, eles garantem uma boa parte de sua atenção, mesmo que de forma negativa. Todos os seres humanos estão ligados a duas necessidades emocionais básicas: pertencimento e significância. Uma das formas cruciais pelas quais os pais podem satisfazer a necessidade de pertencer a uma criança é dar atenção suficiente à ela. As crianças não choram para com a intenção de irritarem seus pais de propósito, na verdade, elas reclamam porque necessitam de atenção. 

Corremos o dia todo e há inúmeras coisas a serem feitas que competem pelo nosso tempo e atenção, mas quando as crianças não estão recebendo a quantidade de atenção positiva que precisam, elas começam a buscar essa atenção de maneira negativa. Claro que elas preferem nossa atenção positiva, mas a atenção negativa será melhor do que nada, então, elas investem em reclamar, choramingar e negociar para chamar sua atenção e tentar encontrar a atenção positiva que necessitam, porém isso não funciona, porque tudo o que conseguem é irritar os próprios pais, que não compreendem o recado, se descontrolam ou cedem as pressões dos filhos e então esse ciclo vicioso se repete.

A verdade é que as crianças só continuam com aqueles comportamentos que funcionam para elas. Quando as crianças choramingam e os pais cedem, elas percebem que as reclamações lhes dão o que querem, a atenção que desejam e talvez até aquela barra de chocolate na fila do caixa do supermercado, mas ceder às demandas, como só mais um desenho na TV ou outro sorvete, não é a única maneira de recompensarmos as reclamações de nossos filhos. 

O simples fato de respondermos, mesmo que seja para repreendê-los, já é suficiente para alimentar esse ciclo vicioso, porque eles sabem que podem fazer isso de novo e de novo para obter sempre o mesmo resultado: a sua atenção negativa. Então como parar esse ciclo vicioso?


1 – Faça o seu NÃO valer 


Remova a recompensa, a atenção negativa e também pare de dar o que eles estão pedindo apenas para se livrar da angústia do momento. Mantenha-se firme no NÃO, sem perder o controle e você reduzirá drasticamente esse mau comportamento.Ex: Se você está no mercado ou na mesa de jantar, diga “não” e cumpra com sua palavra. Se uma birra acontecer, mantenha a calma e deixe seu filho lidar com aquela frustração. Chorar faz parte, mas não ceda, pois em breve ele entenderá que choramingar ou até mesmo fazer uma birra, não fará você mudar de ideia.


2- Não dê atenção negativa


Ao recusar-se a dar atenção a reclamações, você remove uma grande parte da recompensa. Então explique o que vai acontecer de agora em diante. Em um momento de calma, olhe para o seu filho e diga: “Você está crescendo tanto! Você já é grande o suficiente para pedir o que gostaria com uma voz normal, sem reclamar e ficar bem se não conseguir o que deseja. Se você me perguntar algo em uma voz chorosa, eu não responderei. Então, você pode tentar novamente com sua voz normal e ficarei feliz em falar sobre qualquer coisa que você deseje. Combinado?”.

Explique como você responderá de agora em diante. Diga: “Se você continuar a falar chorando, eu não responderei. Em vez disso, irei fazer minhas coisas até que você queira falar com a sua voz normal e, então, ficarei feliz em ouvir o que você tem a me dizer.”Em seguida confirme a compreensão. Diga: “Você pode repetir para mim como vamos conversar de agora em diante, um com o outro e o que farei se você decidir continuar a falar chorando?”.

Agora que você já deu o primeiro passo, vai precisar se manter firme nesse caminho para que consiga ter resultados. Calma, vai melhorar antes que você perceba. Mantenha o combinado TODAS as vezes que seu filho começar a choramingar. Permaneça calmo e sem dar atenção enquanto os choramingos não pararem. Quando seu filho usar sua voz normal, então responda de forma calma e gentil.


3- Dê atenção positiva de forma proativa


Para que essas etapas funcionem, você precisará dar atenção positiva para atender às necessidades emocionais de seu filho. Os pais devem tirar pelo menos 30 minutos de tempo de qualidade todos os dias com cada criança. Se forem crianças pequenas o tempo deverá ser muito maior que isso. Nesse tempo você pode jogar seu jogo favorito, brincar de bola ou fazer qualquer outra coisa que seu filho goste de fazer. Durante esse tempo especial com cada um, deixe o celular de lado e esqueça as tarefas de casa. Invista em se conectar, pois quando você preenche a necessidade de atenção de seus filhos de forma positiva e proativa, eles se tornarão mais cooperativos e menos propensos a recorrer a choramingos como forma de ganhar sua atenção.

Sim! A vida é corrida para todos e encontrar tempo extra durante o dia pode ser muito desafiador no começo, mas pense nisso como um investimento de longo prazo no relacionamento com os seus filhos. Educar crianças para se tornarem pessoas de bem dá trabalho e exigirá nossa dedicação, mas essa deve ser a nossa maior prioridade como pais.

Pense nisso!

 



Telma Abrahão - Educadora Parental, membro da American Positive Discipline Association, especialista em Inteligência Emocional e em perfil comportamental. Fundou a escola de pais Positive Parenting Education, localizada na Flórida, nos Estados Unidos, onde vive com sua família e dedica todos os seus esforços para levar aos pais a importância da reeducação emocional na construção de uma maior conexão na relação com os filhos. É formada em Biomedicina há mais de 20 anos e uma das pioneiras no Brasil a unir ciência a educação dos filhos. Autora do livro “Pais que evoluem”, pela Literare Books International.


Setembro Amarelo: aumento dos casos de depressão, ansiedade e suicídio na quarentena alertam escolas para o acompanhamento emocional dos alunos

 

Para Aline Castro, assessora pedagógica do Sistema de Ensino pH, escolas e famílias devem ampliar formas de comunicação com o estudante, além de oferecer acolhimento psicológico


O isolamento social ocasionado pela pandemia tem provocado efeitos prejudiciais no comportamento de crianças e adolescentes em todo o mundo. Desde o início da quarentena, pesquisas na área da Saúde demonstram um aumento significativo em casos de depressão, ansiedade e suicídio entre os jovens, despertando a necessidade de se criar ações de apoio psicológico nas instituições de ensino e nos círculos familiares.

Um recente levantamento realizado pelo Datafolha revelou que cerca de 75% dos alunos da rede pública afirmaram se sentir mais ansiosos, irritados ou tristes no confinamento. Pelo mundo, a tendência também é a de um desequilíbrio emocional causado pelo momento. Pesquisa feita pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos mostrou que um em cada quatro jovens no país considerou o suicídio como alternativa durante a pandemia.

O aumento dos atritos familiares, as dificuldades financeiras e eventuais problemas de adaptação ao ensino remoto são alguns dos fatores que podem ter contribuído para a aceleração desse desequilíbrio emocional que, em alguma medida, já estava presente anteriormente nos jovens. “Os desentendimentos familiares podem adoecer uma criança e despertar sentimentos de raiva, angústia, medo e preocupação”, afirma Aline Castro, assessora pedagógica do Sistema de Ensino pH.

Para ela, o isolamento social apenas intensificou sentimentos que já existiam nos jovens, mas que eram atenuados pela rotina. Com a vinda do ensino remoto e um maior convívio com a família, a falta de harmonia entre o jovem e seus parentes dentro de casa pode afetar diretamente sua estabilidade emocional, e por consequência, seu rendimento escolar.

Por isso, as instituições de ensino agora devem redobrar a atenção para o aparecimento de distúrbios psicológicos nos estudantes, uma vez que no formato à distância o acompanhamento dos alunos acaba sendo superficial. Com esse distanciamento entre professor e aluno, muitos jovens acabam cogitando a ideia de abandonar os estudos por falta de motivação ou estabilidade emocional para continuar o ano, e, sem o espaço de convivência coletiva da sala de aula, os problemas psicológicos podem se agravar e comprometer a saúde do estudante. 

Castro explica que projetos de apoio psicológico e prevenção ao suicídio não podem ser lembradas apenas em setembro, como com a campanha do Setembro Amarelo, mas devem ocorrer de maneira permanente dentro das instituições, e precisam envolver tanto os educadores quanto as famílias dos estudantes. “As escolas precisam oferecer um espaço contínuo de diálogo e acolhimento aos alunos para lidar estruturalmente com essa questão. Esse não deve ser um projeto com início, meio e fim, mas um investimento para a vida toda”, finaliza.


Auto sabotagem é um padrão inconsciente

Descubra como a hipnoterapia pode ajudar

 

A auto sabotagem é algo comum em momentos estressantes ou emocionantes da vida, afinal, ao acreditar que tudo dará errado, você inconscientemente age para que aquilo aconteça.

“Quando você se sente inferior, em vez de considerar a si mesmo como um vencedor, acaba agindo em concordância, e isso vai afastar oportunidades e aumentar a possibilidade de que continue a se perpetuar”, explica Madalena Feliciano, hipnoterapeuta.

Na maioria das vezes, você sequer sabe que está boicotando a si mesmo, o mais comum é culpar um fator externo pelo resultado ruim. Esse padrão de pensamento é originado durante a criação e faz com que a pessoa acredite para sempre, ou, até que se dê conta do que está acontecendo e busque mudá-lo.

“A hipnose se mostrou o meio mais eficaz de acabar com a auto sabotagem, pois encontra o que está causando-a e pode redefinir os padrões de pensamento que levam a ela”, afirma.

É comum que a pessoa sequer lembre do momento ou situação em que aquele padrão de pensamento se definiu, por isso, é preciso alcançar o subconsciente para acabar com a auto sabotagem.

O hipnoterapeuta descobre onde aquilo se originou e pode ressignificar memórias, fazendo com que o cliente a veja de maneira diferente e não reproduza mais de maneira negativa.

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Cuidado inseguro e de má qualidade causa a morte ou incapacidade de um em cada 10 pacientes, segundo a OMS

No Dia Mundial da Segurança do Paciente, 17 de setembro, especialista defende a implantação de sistema de gestão de qualidade para criar protocolos rígidos de segurança e adotar as melhores práticas

 

Um em cada 10 pacientes hospitalizados sofrem danos que podem incapacitá-los ou levar a sua morte. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), essas ocorrências resultam de cuidados inseguros e de má qualidade e pelo menos 50% delas poderiam ser evitadas. O problema não se restringe aos hospitais, mas também ocorre em toda cadeia de assistência à saúde, incluindo a internação domiciliar. No Dia Mundial da Segurança do Paciente deste ano, celebrado na quinta-feira, 17, o tema ganhou uma preocupação extra, já que a pandemia da Covid-19 sobrecarregou o sistema de saúde, exigindo cuidados intensivos e prejudicando as estruturas e processos de assistência aos pacientes.

De acordo com a Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidados e Segurança do Paciente (Sobrasp), a pandemia não afetou apenas os pacientes, mas também os trabalhadores de saúde, que ficaram doentes e até mesmo morreram por conta da Covid-19. A entidade defende que essas ocorrências poderiam ser evitadas com medidas como disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos, ambientes de cuidado e processos de trabalho adequados ao tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas.

A implantação de padrões de excelência de Qualidade nas instituições de saúde também é uma forte aliada nesse processo. Para Simara Espírito Santo, coordenadora da qualidade da S.O.S. Vida, as organizações que já possuíam um sistema de gestão de qualidade consolidado conseguiram se adequar mais rapidamente ao cenário adverso imposto pela pandemia. "O novo Coronavírus trouxe muitas incertezas e imprevisibilidade, no entanto quem já tinha uma cultura de qualidade organizada conseguiu se planejar de forma célere e assertiva. Isso ocorre porque essas instituições já seguiam protocolos mais robustos de segurança e tinha a cultura estabelecida de busca da melhoria contínua. Por isso, a gestão de qualidade teve papel fundamental na reestruturação e controle da pandemia", explica.

As estratégias montadas pelos Comitês de Qualidade são essenciais para garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde, além de colaborar com o controle do vírus. Esses processos são mais naturalizados nas organizações que possuem acreditação, já que, para receber esse reconhecimento, a instituição aprimora seus processos, gerenciando os riscos e seguindo um padrão rígido de qualidade. Isso cria a cultura necessária para manter as melhores práticas com uma busca contínua por aprimoramento e maior segurança.

"A acreditação torna os padrões mais robustos, já que estabelece parâmetros e referências que devem ser seguidos pelas organizações na criação dos seus sistemas de gestão de qualidade, garantindo uma assistência de excelência e com segurança para o paciente", explica Simara. A S.O.S. Vida é uma empresa acreditada pela Joint Commission International (JCI), considerada uma das mais rigorosas instituições certificadoras na área da saúde em todo o mundo.


‘Ação rápida e eficaz’: saiba como a tecnologia de fabricação de gelatinas auxilia na absorção de medicamentos

Gelatina utilizada nas cápsulas de medicamentos é o diferencial para garantir rápida liberação e dissolução confiável de ativos


Ao tomar uma cápsula de um analgésico ou antigripal, a maioria dos pacientes pode não imaginar a quantidade de pesquisa envolvida em um produto tão pequeno e aparentemente simples. Quando os comerciais falam que determinado medicamento tem "ação rápida" ou "ação em minutos", um dos segredos está no principal componente das cápsulas e na tecnologia envolvida na sua produção: a gelatina.

"Nos últimos anos, o conceito de ‘ação rápida’ de remédios mudou drasticamente graças a novas tecnologias da indústria. Se antes essa agilidade era medida em dezenas de minutos, agora ela se restringe a alguns poucos minutos", afirma Denise Reis, gerente de P&D da GELITA, líder mundial na fabricação e fornecimento de gelatina e colágeno.

Segundo Denise, quando uma cápsula chega ao estômago, ela deve se abrir para liberar o medicamento, que, na sequência, entra na corrente sanguínea. São duas etapas essenciais para o efeito ágil e eficaz. Há, porém, um desafio: as reações químicas que ocorrem entre essa capa de proteção (a cápsula), e o seu conteúdo (princípio ativo) que podem atrapalhar esse processo.

Algumas dessas reações químicas envolvem interações entre os componentes do princípio ativo e a gelatina da cápsula, ou simplesmente reações que ocorrem naturalmente na estrutura da gelatina que compõe a cápsula, chamadas de cross-linking.

O cross-linking é um fenômeno que faz com que as ramificações das moléculas da proteína, ao se aproximarem, liguem-se umas às outras, e consequentemente aumente o peso molecular de todo o sistema. Esse fenômeno leva a uma perda da solubilidade da camada gelatinosa, dificultando a abertura das cápsulas onde são usadas e a sua abertura e liberação do princípio ativo. A consequência é a demora do efeito do medicamento o que é indesejado pelo consumidor da cápsula.

Ainda, a exposição das cápsulas a condições extremas de temperatura e/ou umidade, a presença de alguns íons específicos no sistema (nos corantes, por exemplo), além de alguns outros fatores, potencializam as reações de cross-linking,

"Uma tecnologia desenvolvida com exclusividade pela GELITA produz peptídeos de tamanhos muito pequenos que, quando adicionados à gelatina, atuam como bloqueadores da reação de cross-linking colocando-se entre as ramificações e assim impedindo que elas se unam e aumentem o seu peso molecular de forma significativa", afirma Denise.

A especialista cita como exemplo uma recente tecnologia, chamada de RLX R², que permite liberação de 80% do princípio ativo após cinco minutos de ingestão - até três vezes mais rápido que outros produtos do mercado. "Quando as cápsulas estão novas ou recém-produzidas, a liberação ocorre em poucos minutos. Quando comparamos com produtos que ficaram meses em estoque, expostos a alta temperatura e elevada umidade do ar, a vantagem das cápsulas produzidas com a gelatina GELITA RXL R² são ainda maiores".

  

Câncer colorretal é o segundo mais letal e acomete homens e mulheres na mesma intensidade

Um a cada 23 homens e uma a cada 25 mulheres devem desenvolver a doença entre 2020 e 2022, o que representa 4,3% da população

 

Números obtidos a partir de uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) identificou que cerca de 150 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer colorretal entre 2020 e 2022. Cerca de 4,3% da população brasileira corre o risco de desenvolver a doença em algum estágio, o que o torna o segundo tipo mais frequente em ambos os sexos. 

Ainda de acordo da pesquisa, o acometimento da doença em números é similar tanto em homens quanto em mulheres. Contrariando a crença popular de que a doença é mais comum em homens, os dados certificaram que, anualmente, cerca de 20.520 homens e 20.470 mulheres estão sujeitos a esse tipo de tumor. Isso significa que há a possibilidade de 1 em 23 homens e 1 em 25 mulheres desenvolverem o câncer. 

O médico proctologista do Hospital Felício Rocho, Dr. Rodrigo Almeida explica que esses tumores atacam o intestino grosso que é subdividido em cólon e reto. “Uma característica importante desses tumores é que a maior parte origina de pequenas elevações na parede do cólon ou do reto. Essas anomalias crescem lentamente e às vezes levam anos para se tornarem tumores”, esclarece. 

Esse tipo de câncer é um dos mais letais, conforme pesquisa do INCA. O diagnóstico tardio é uma das causas que o torna tão grave. Isso porque alguns homens sentem-se intimidados para realizar os exames periódicos e também para aceitar o tratamento. No caso das mulheres, há um descuido por conta da falsa crença de que a doença agride apenas o sexo oposto. 

Apesar de letal, caso descoberto e tratado em tempo hábil, o câncer colorretal tem altas chances de cura. “Quanto mais precoce o tratamento, menor a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. A retirada dos pólipos e lesões torna o tratamento mais simples. Esse procedimento é cirúrgico, realizado a partir de uma colonoscopia ou por cirurgias com ressecções locais dos tumores”, confirma o médico do Hospital Felício Rocho. 

Dr. Rodrigo Almeida ainda esclarece sobre os sintomas e aponta os fatores de risco. “O sangramento ao defecar é o sinal mais comum. Além disso, o corpo pode responder com uma anemia sem causa aparente, principalmente em pessoas com mais de 50 anos, além de diarreia, intestino preso, desconforto abdominal com gases ou cólicas, permanência da vontade de evacuar mesmo após a evacuação, emagrecimento intenso, fraqueza, fezes pastosas e escuras e a sensação de dor na região anal”. 

“Estudos científicos apontam que a dieta é um dos fatores de risco mais aparentes. Pessoas que consomem carne vermelha, carnes processadas, como salsicha e mortadela; alimentos gordurosos e poucas verduras e legumes são propícias a desenvolver um tumor colorretal. Além disso, a falta de prática de exercícios, a obesidade, o tabagismo e o alcoolismo também são preocupantes”, explica.

Além destes hábitos, a proximidade dos 50 anos situa qualquer indivíduo num campo de prevenção maior. “A partir dos 45 anos é necessária a realização de exames preventivos. Também é bom manter uma dieta rica em frutas, verduras e vegetais, evitar carnes vermelhas e embutidos, praticar exercícios físicos, combater a obesidade, não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Fatores hereditários também merecem atenção”, alerta o médico.

  

Tratamento

Quando descobertos em fases iniciais e tratados de imediato, os tumores colorretais são menos agressivos. Além de quimioterapia e radioterapia, os pólipos podem ser removidos através de procedimentos cirúrgicos pouco invasivos e que agridem menos o corpo do paciente. 

Já nos tumores maiores do cólon a possibilidade de uma cirurgia convencional é maior. O que reforça a questão da prevenção. Enquanto isso, nos tumores do reto existe altas chances de tratamento a partir de radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia. 

No Hospital Felício Rocho, o tratamento para cânceres colorretalis tem uma atenção maior. A Instuição oferece aos pacientes um novo e moderno Centro Integrado de Atendimentos para tumores colorretais, o Onco-Procto. 

Anterior ao Onco-Procto, o hospital realizou cerca de 200 cirurgias abdominais anualmente e mais de 600 procedimentos cirúrgicos para o tratamento de tumores do cólon, reto e ânus, tratamento de doenças oficiais como hemorroidas, fístulas e fissuras. Com o novo Centro, o objetivo é ampliar ainda mais o campo de atendimento e oferecer ao paciente uma melhor qualidade de vida a partir de alternativas mais eficazes e menos agressivas.

 

De acordo com estudo, remédio para a hipertensão reduz chances de mortalidade por covid-19

 Medicamentos para pressão também diminuem as chances complicações para este grupo de risco



A pressão alta é uma doença crônica considerada uma das principais causas de mortes em todo mundo, já que é o principal fator de risco para todas as doenças cardiovasculares. Quem sofre com a pressão alta pode apresentar um quadro agravado em casos de contaminação pelo novo coronavírus. Entretanto, de acordo com um recente estudo, pacientes que fazem tratamento medicamentoso para a hipertensão têm chances reduzidas de mortalidade por covid-19.

O estudo, realizado pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, reuniu dados de 28.872 pacientes hipertensos que já realizam tratamento medicamentoso para a doença. Ao analisarem as informações, descobriram que além de reduzir as chances de óbito, o risco de quadros graves por covid-19 também é menor para estes pacientes.

Para Elcio Pires Junior, cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, esta é uma descoberta importante para quem se encontra neste grupo de risco. “Medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina ou bloqueadores de angiotensina, como o losartana e o captopril – citados na pesquisa - são comuns para tratamento das doenças do coração”, conta o médico.



Mais do que os 12 por 8

Embora a pesquisa seja extremamente relevante na corrida contra os avanços do coronavírus, vale lembrar que os medicamentos usados no tratamento da hipertensão não imunizam contra o coronavírus e esta descoberta foi comprovada apenas em pacientes que já tratavam a pressão alta com estes remédios.

“Tanto para os hipertensos, como para o restante da população que ainda não teve covid-19, o melhor tratamento ainda é a prevenção. Embora alguns comportamentos de volta à rotina estejam sendo encorajados, apenas o distanciamento social, a higiene e o uso de máscaras podem afastar a doença enquanto aguardamos a vacina”, alerta o especialista.



Outras complicações

Vale sempre lembrar que a hipertensão não é fator de risco apenas para o coronavírus: a pressão alta aumenta consideravelmente as chances de infarto e de AVC. “Com a ansiedade e o tempo livre causado pela quarentena, a população fica mais suscetível ao sedentarismo, abuso de álcool e de alimentos gordurosos e açucarados. Portanto, para o bem da mente e do corpo, as atividades físicas devem ser realizadas diariamente. Pelo menos trinta minutos de polichinelos, corda, agachamentos ou corrida estacionária são indicados”, recomenda o cirurgião.







Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos, cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
facebook.com/Dr-Elcio-Pires-Junior-Cirurgião-cardíaco | linkedin.com/in/elciopiresjunior | www.instagram.com/drelciopiresjr 

 

Aparelhos auditivos mais discretos e tecnológicos vêm ajudando a derrubar o tabu da surdez

 Admitir a perda de audição é o primeiro passo para ouvir melhor



Neste mês em que se comemora a luta das pessoas surdas em busca de uma sociedade com menos preconceito e mais inclusão, por que tantos ainda têm vergonha de usar aparelho auditivo? O que mais vemos nas ruas são indivíduos usando óculos de grau sem nenhum constrangimento, inclusive com armações modernas e coloridas. Muitos ainda não sabem, mas estilo e elegância também já fazem parte do mercado de próteses auditivas. Os avanços tecnológicos vêm permitindo a criação de aparelhos cada vez mais bonitos e discretos, que mal aparecem no ouvido. No entanto, falta informação para quebrar esse tabu.

Trazer à tona a discussão sobre o tema é importante porque a deficiência auditiva, em geral, se agrava com o avançar da idade. O Brasil passa por um processo de envelhecimento da população e o número de idosos só tende a crescer. Com o passar dos anos, as células ciliadas da orelha interna começam a morrer. Porém, algumas pessoas perdem a audição mais cedo e mais rápido do que outras. Mas a vergonha de usar aparelho auditivo ainda faz com que a maioria demore mais de cinco anos para buscar ajuda especializada.

"Não há demérito algum em usar aparelho auditivo. Hoje em dia já existem aparelhos minúsculos, com tecnologia digital. E, a cada ano, são criadas soluções auditivas cada vez mais sofisticadas. É o caso do aparelho Opn™, que permite conexão sem fios com TV, smartphone, laptop e outros dispositivos eletrônicos inteligentes. Por que não fazer uso dessa tecnologia para voltar a ouvir e ter mais confiança para conversar com familiares, amigos e colegas de trabalho? O aparelho auditivo contribui para melhorar a autoestima", afirma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Pesquisa realizada pelo site Hear-it revelou que os próprios familiares e amigos sentem-se intimidados em abordar a questão porque o deficiente auditivo, na maioria das vezes, não reage bem. Dos 85% que disseram ter tocado no assunto com amigo ou parente, 47% acharam a conversa delicada. "Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir que já não ouvem bem. Mas isso é necessário. Familiares e amigos podem oferecer um apoio importante. O uso de próteses auditivas, quando indicado, resulta em melhoras significativas na qualidade de vida", pontua Vidal.

É importante lembrar que a perda auditiva adquirida na idade adulta, quando não tratada, pode acarretar também uma perda psicológica e social, com insegurança, medo, dificuldades no convívio em sociedade e até mesmo prejuízos na ascensão profissional. "Com o dia a dia agitado e cada vez mais conectado, a quebra do preconceito em relação ao uso de aparelhos de audição é fator primordial para que o indivíduo aceite sua limitação auditiva, procure tratamento e, assim, possa continuar a ter uma vida ativa e produtiva", conclui a fonoaudióloga da Telex.

Ao sentir alguma dificuldade para ouvir, o primeiro passo é consultar um médico otorrinolaringologista, que irá avaliar a causa, o tipo e o grau da perda auditiva. A partir do resultado de exames como o de audiometria, que é realizado por fonoaudiólogos, será indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo é a melhor opção para devolver a audição. 



Pesquisa revela que Brasil tem 10,7 milhões de surdos

Há 500 milhões de surdos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, são 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões têm deficiência severa. A predominância é na faixa de 60 anos de idade ou mais (57%). Vinte por cento dos idosos com deficiência auditiva não conseguem sair sozinhos, só 37% estão no mercado de trabalho e 87% não usam aparelhos auditivos. A surdez atinge 54% de homens e 46% de mulheres. Os dados constam de estudo feito em setembro de 2019 com brasileiros surdos e ouvintes, pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda.

Ainda segundo a pesquisa, 9% das pessoas com deficiência auditiva nasceram com essa condição. Os outros 91% a adquiriram ao longo da vida, sendo que metade teve perda auditiva antes dos 50 anos. E entre os que apresentavam deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos.

O levantamento revelou ainda que indivíduos com deficiência auditiva severa têm três vezes mais risco de sofrer discriminação em serviços de saúde do que pessoas ouvintes. Além disso, 40% disseram não se sentir à vontade para falar sobre quase tudo com os amigos; e 14% sentem o mesmo em relação à família. 



Por que Setembro Azul?

O mês de celebração das pessoas com deficiência auditiva é conhecido como Setembro Azul porque nele se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9) e o Dia Nacional do Surdo (26/9). A cor remonta à Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas identificavam todos os deficientes com uma faixa azul no braço.


Entenda a relação entre a Sepse e a Covid-19

A disfunção, potencialmente fatal, requer sensibilidade na detecção precoce dos sinais para uma rápida atuação

 

Também conhecida como infecção generalizada, a sepse é caracterizada por um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas em resposta à evolução de um quadro infeccioso. Geralmente causada por bactérias e vírus, como em alguns casos mais graves da Covid-19, a disfunção faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos, levando a uma condição potencialmente fatal.

De acordo com Niedja Curti, Gerente Médica do Hospital Municipal Evandro Freire/ CER-Ilha, gerenciado pelo CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"), a relação entre a sepse e o coronavírus surge por meio de estudos recentes sobre os casos clínicos observados desde o início da pandemia.

"Uma pesquisa feita pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo) revelou que os mediadores que causam lesões no pulmão e no coração, conhecidos como NETs (Neutrophil Extracellular Traps) também estão presentes no vírus da Covid-19", explica. No entanto, segundo a especialista, embora haja a possibilidade de desenvolvimento da sepse em pacientes com a doença, informações obtidas até o momento indicam que são poucos os casos que evoluem nesse sentido.

Ela ainda destaca que os sintomas de pacientes graves do novo coronavírus podem ser semelhantes aos causados pela sepse. No entanto, a disfunção pode acometer pessoas portadoras de outros processos infecciosos, com riscos maiores de complicações clínicas.


Como identificar a sepse?

A especialista explica que nosso organismo atua constantemente se defendendo de agentes externos, uma reação comum e que, em condições normais de saúde, pode ocorrer sem quaisquer sintomas.

Já quando o corpo não consegue fazer esse processo, a infecção faz com que o organismo lance mecanismos de defesa que prejudicam suas funções vitais.

"Nesses casos, o paciente pode apresentar sintomas como queda de pressão arterial, diminuição na produção de urina, falta de ar, taquicardia, alteração de consciência, fraqueza extrema e vômito", frisa Niedja.


Grupos de risco

Embora a probabilidade seja maior em casos de pacientes que já se encontram hospitalizados, em tratamento de um quadro infeccioso, a sepse pode se desenvolver em idosos acima de 65 anos, bebês prematuros ou crianças com menos de um ano de vida e pacientes com doenças crônicas, como insuficiência renal, cardíaca ou diabetes.

A médica reforça, ainda, que as causas mais comuns que levam a essa disfunção são infecções nos pulmões, na pele e no abdômen (no apêndice, nos intestinos, entre outros), além de infecções renais e urinárias ou meningite.


Prevenção e tratamentos

Um estudo feito pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) revelou que, no Brasil, a estimativa de ocorrência dessa infecção chega a 670 mil casos por ano, sendo 50% fatais.

"A cura da doença está diretamente ligada ao status clínico do paciente e a expertise da equipe médica de atuação no caso", salienta a médica. Segundo ela, é necessário que os profissionais tenham sensibilidade na detecção precoce dos sinais no paciente para uma rápida atuação.

Além disso, a disseminação de informação é fundamental. Com o objetivo de conscientizar os profissionais de saúde e a população sobre os riscos da sepse e sua gravidade, a Global Sepsis Alliance (GSA) instituiu o Dia Mundial da Sepse, comemorado em 13 de setembro.

A data visa gerar o debate, fomentando a divulgação de medidas preventivas, tratamento e cuidados que contribuam para reduzir os índices de letalidade. "A sepse não acontece apenas no ambiente hospitalar. Por isso, para ajudar na prevenção é importante evitar a automedicação, cultivar hábitos saudáveis e não fazer uso desnecessário de antibióticos", finaliza.

 

 

Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)

http://cejam.org.br/

 

Corrimento: automedicação pode agravar infecções vaginais que devem ser tratadas conforme o agente causador do problema

Fungos e bactérias presentes na flora vaginal, quando em desequilíbrio, podem causar corrimento. Eles precisam de medicamentos diferentes para o tratamento e a automedicação pode causar resistência ao patógeno. Além disso, as IST´s também têm esse sintoma e não devem ser tratadas sem orientação médica, causando danos à saúde da mulher


Todas as mulheres têm uma secreção fisiológica vaginal normal, que pode ser transparente ou esbranquiçada, composta por muco e micro-orgnismos protetores da flora vaginal. Por isso, é perfeitamente normal a mulher chegar ao final do dia com uma pequena umidade na calcinha.

A flora vaginal da mulher possui lactobacilos, sendo que o predominante é o cristato. Quando a concentração desse lactobacilo fica em menor quantidade, causa desequilíbrio na secreção vaginal e surge o que é chamado popularmente de corrimento, um aumento de líquido, que pode apresentar odor forte e mudança de cor (cinza ou esverdeada). “Nessa hora, é preciso ir ao ginecologista, para checar se há alguma doença e tratá-la”, aconselha a ginecologista, obstetra e mastologista Mariana Rosario.

Segundo ela, dentre os agentes mais comuns causadores das infecções vaginais estão o fungo Candida albicans e a bactéria Gardnerella vaginalis. Ambos são micro-organismos presentes na flora vaginal, que justamente crescem desordenadamente neste desequilíbrio citado acima.

No caso da candidíase, embora o habitat natural desse fungo seja dentro do sistema gastrointestinal, se o sistema imunológico da mulher estiver fraco, esse fungo pode viajar até a vagina e se proliferar por lá. Os sintomas são: coceira na vulva e na vagina, inchaço, ardência ao urinar e na relação sexual e um corrimento esbranquiçado, com odor característico, semelhante a água sanitária.

Já a gardnerella é uma bactéria comum da flora vaginal. Em desequilíbrio, ela causa corrimento amarelado a cinza, de odor desagradável, com bolhas e coceira. Esse desequilíbrio pode vir do uso de determinados medicamentos, estresse, alteração do pH vaginal e sexo praticado com múltiplos parceiros sem uso de preservativo.

O tratamento dos quadros sintomáticos agudos devem ser sempre orientados pelo ginecologista, porque apenas ele consegue identificar qual é o problema e indicar o tratamento correto. “Perceba que eles não são causados pelo mesmo patógeno (o mesmo ‘bichinho’) e, por isso, exigem medicamentos diferentes para serem combatidos. O erro acontece quando as mulheres tomam medicamentos que não combatem o problema e criam ou resistência bacteriana ou destroem a flora vaginal, porque acabam matando também os micro-organismos que protegem a área”, resume a médica.


IST´s e corrimento

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s) também são causadoras de corrimento. Por isso, é imprescindível que se procure um médico quando algo está fora do normal. “Imagine se a mulher decidir tratar um corrimento com um medicamento que tem em casa, achando que tem uma candidíase, e for portadora de gonorreia ou clamídia, por exemplo? As doenças podem não só piorar, como ela ser a transmissora do problema para outras pessoas”, alerta a médica.

Corrimento é coisa séria e merece atenção. “Com o tratamento adequado, a mulher se livra do problema. Não se deve confiar em propagandas de pomadas, que vendem livremente. O correto é procurar um médico”, defende a especialista.

 



Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Na pandemia, as pessoas estão morrendo de Sepse!

13 a 18 de Setembro - Semana da Conscientização sobre a Sepse

 

 

Ontem, 13 de Setembro foi o Dia Mundial da Sepse. O ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse todos os anos prepara uma grande Campanha de Conscientização. Esse ano, a Campanha será toda digital, devido à pandemia.

E por falar em pandemia, os óbitos por sepse cresceram, isso porque, no caso da COVID-19,  os efeitos no sistema respiratório são mais frequentes e conhecidos. Esses pacientes que necessitam de internação hospitalar frequentemente desenvolvem pneumonia de gravidade variável, mas praticamente todos os outros sistemas orgânicos podem ser afetados. A partir dos dados científicos recentemente disponíveis sobre COVID-19, já é possível afirmar que a COVID-19 realmente causa sepse. “Na pandemia de COVID-19, as pessoas estão morrendo de sepse”, relata a médica intensivista da Unifesp, Dra. Flávia Machado, coordenadora científica do ILAS.


Sinais de lesões de múltiplos órgãos, que são típicas na sepse, ocorrem em aproximadamente 2-5% dos pacientes com COVID-19, após aproximadamente 8 a 10 dias. Muitos pacientes afetados pela COVID-19 morrerão de sepse e suas complicações. Portanto, é vital conhecer e reconhecer sinais precoces de sepse e iniciar o tratamento imediato quando diagnosticado. A intervenção de forma oportuna, salva a vida e a função orgânica.


Campanha 2020  - Esse ano, a campanha focará em quatro pilares:

Prevenção - o principal dos 4 pilares nesta Campanha.  O objetivo é tentar focar na prevenção, principalmente por estarmos no meio de uma pandemia viral em que os infectados morrem por sepse. “Prevenir infecção é prevenir, inclusive, a COVID-19 e, consequentemente, previne-se sepse. Se há prevenção, nenhum dos outros pilares será necessário. Por isso a importância deste pilar”, explica a Dra. Flávia Machado.


Reconhecimento Precoce - Se há infecção, o reconhecimento precoce é indispensável para que haja sobrevida deste paciente e menos sequelas. Reconhecendo precocemente, o tratamento adequado pode ser imediatamente providenciado, com mais chances de desfecho favorável e promoção do bem estar do paciente.


Tratamento - Tratamento imediato e adequado baseado nas diretrizes sugeridas pelo ILAS dentro da primeira hora do diagnóstico de sepse. Como falado anteriormente, reconhecimento precoce + tratamento adequado na primeira hora = melhor prognóstico, sobrevida e menos sequelas do paciente

Reabilitação – Muito sobreviventes da sepse ficam com sequelas, algumas bastante graves e por longos períodos. Esse é mais um dos desafios para a sepse. 

Todo paciente séptico deve ter acesso a um plano multidisciplinar de reabilitação ainda durante o período de internação e um plano de alta adequado, que englobe diversos aspectos na recuperação desse doente. Além de evitar nova infecção que é tão comum nos pacientes sépticos.


Últimos dados (2019) – Estima-se em cerca de 15 a 17 milhões o número de pacientes com sepse por ano no mundo, os quais contribuem com mais de 5 milhões de mortes anualmente. No Brasil, recente publicação evidenciou aumento no número de casos dessa síndrome nos últimos anos. A incidência de sepse grave e choque séptico situam-se em 27 e 23% respectivamente e a taxa de mortalidade global foi de 22%,  sugerindo que a sepse é o maior problema de saúde pública nas unidades de terapia intensiva do país.


Desde 2005, o ILAS computa dados de instituições que participam do Programa de Melhoria de Qualidade – Protocolos Gerenciados de Sepse, possuindo, assim, um banco de dados robusto, com mais de 90 mil pacientes com diagnóstico de sepse e choque séptico em nosso país, registrados no “Relatório do Programa de Melhoria – Protocolos Gerenciados de Sepse”.


Os dados registrados de 2019, que contou com a participação de 84 instituições de saúde do Brasil, registrou 15.571 com sepse e choque séptico, sendo 5.979, em instituições públicas, com letalidade de 38,8%, e 9.592, em instituições privadas, com letalidade de 21,2%. Acesse aqui o Relatório Completo.



 

SETEMBRO - MÊS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER GINECOLÓGICO

                 Setembro é um mês importante para a saúde dos brasileiros! Para as mulheres, principalmente, já que é voltado à prevenção do câncer ginecológico. Se há casos de câncer na família, toda atenção e cuidados devem ser tomados. O câncer de ovário tem alta taxa de mortalidade e os de endométrio e o de colo de útero devem ser tratados rapidamente!


      

Prevenção sempre! Todos os meses do ano! Setembro, no entanto, ganha cores novas para alertar as mulheres à prevenção do câncer ginecológico. Se houver casos de câncer feminino na família, o cuidado deve ser redobrado e a consulta ao ginecologista, assim como os exames pedidos por ele (a) devem ser feitos sem demora. 


        Cerca de 28 mil novos casos são diagnosticados anualmente só no Brasil e mais de 12 mil mulheres perdem a vida todo ano em nosso país. Mas felizmente o tratamento e a prevenção podem oferecer uma nova perspectiva. Os cânceres ginecológicos envolvem os tumores malignos que se originam no trato reprodutivo do organismo feminino. O mais comum é o de colo do útero que pode ser descoberto rapidamente já com um simples exame de Papanicolau. Depois é o de endométrio e por fim, o de ovário.


O especialista em câncer ginecológico, Dr. José Carlos Sadalla recomenda que “as mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos devem buscar nas Unidades Básicas de Saúde e fazerem o Papanicolau. Ele é eficaz em ajudar a descobrir o câncer ainda em estádios iniciais e com maior índice de cura”.

 

HPV - atenção à vacina!


Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam mais de mil casos novos de câncer de colo de útero em São Paulo para 2020. O Dr. Sadalla também lembra que “o fator de risco mais comum para causar o câncer do colo do útero é a infecção por HPV, uma DST que atualmente pode ser prevenida com vacinas administradas também pelo SUS em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.”


O câncer mais letal, aponta o Dr. Sadalla, é o de ovário, pois até o momento não há rastreamento eficaz. “É preciso levar em conta sempre o histórico familiar de tumor de ovário ou de mama, pois isso levanta a suspeita de origem genética do tumor.”


Já o câncer de endométrio atinge geralmente mulheres após a menopausa. A principal queixa é do retorno do sangramento neste período. Esses indícios são importantes para diagnosticar a doença em estágios iniciais. Com câncer não tem outro jeito: é preciso seguir a rotina recomendada de exames para sempre conseguir a melhor taxa de cura e melhor qualidade de vida.    

            

 





Clínica Sadalla

Av. Ibirapuera, 2907, conjunto 720, Moema, São Paulo, telefone 55 11 94241-4896 / 55 11 5041-4648.

 

Queda na cobertura vacinal infantil no país coloca em risco a saúde de todos os brasileiros


Nenhuma vacina atingiu a meta entre o grupo de bebês e crianças de até um ano completo em 2019


Além das preocupações e das atitudes preventivas impostas pela pandemia do coronavírus, uma nova realidade coloca em risco a saúde pública no Brasil: de acordo com dados do Programa Nacional de Imunizações, referentes a 2019, pela primeira vez no século o país não atingiu a meta para nenhuma das principais vacinas infantis.

A situação é extremamente preocupante, uma vez que o país já teve bons resultados nessa área, por isso o Hospital Pequeno Príncipe apoia o “Manifesto pela saúde das crianças brasileiras – O país precisa aumentar sua cobertura vacinal”, da Sociedade Brasileira de Pediatria divulgado essa semana e alerta sobre a importância de manter a vacinação das crianças em dia.

“Sempre foi muito boa a cobertura vacinal, culturalmente tínhamos uma boa adesão. De forma universal e gratuita, o acesso à vacina em nosso país é muito fácil, tem um impacto muito importante na saúde humana e faz a diferença”, comentou a médica pediatra Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Pequeno Príncipe (SECIH).

A especialista, responsável também pelo Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe, lembra que o acesso à vacinação é um direito das crianças e adolescentes. “Os pais não podem, simplesmente, deixar de oferecer. Em pleno século 21, não é possível admitir que uma criança adquira ou tenha uma evolução fatal por conta de uma doença imunoprevenível”, completou a médica.

O problema da baixa cobertura vacinal vem se agravando nos últimos cinco anos. No ano passado, infelizmente, nenhuma vacina atingiu a meta entre o grupo de bebês e crianças de até um ano completo. Em 2018, para se ter uma ideia da dimensão do problema, 3 das 9 imunizações mais indicadas nessa faixa etária atingiram o patamar esperado.

Com esses resultados pífios, há enorme risco do retorno de doenças já controladas, como ocorreu com o sarampo, ou ainda o aumento na transmissão daquelas que até então estavam sob controle. “Ao vacinar as crianças, você assegura a formação de uma grande rede de proteção também. Vale lembrar que no Paraná, para efetivar as matrículas nas escolas, é preciso que o estudante esteja com o calendário vacinal em dia. É importante a conscientização de todos. A vacina é ciência, uma importante ferramenta de saúde pública e que protege todos nós”, reiterou Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.


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