No Dia Mundial da Segurança
do Paciente, 17 de setembro, especialista defende a implantação de sistema de
gestão de qualidade para criar protocolos rígidos de segurança e adotar as
melhores práticas
Um em cada 10 pacientes hospitalizados sofrem
danos que podem incapacitá-los ou levar a sua morte. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), essas ocorrências resultam de cuidados
inseguros e de má qualidade e pelo menos 50% delas poderiam ser evitadas. O
problema não se restringe aos hospitais, mas também ocorre em toda cadeia de
assistência à saúde, incluindo a internação domiciliar. No Dia Mundial da
Segurança do Paciente deste ano, celebrado na quinta-feira, 17, o tema ganhou
uma preocupação extra, já que a pandemia da Covid-19 sobrecarregou o sistema de
saúde, exigindo cuidados intensivos e prejudicando as estruturas e processos de
assistência aos pacientes.
De acordo com a Sociedade Brasileira para a
Qualidade do Cuidados e Segurança do Paciente (Sobrasp), a pandemia não afetou
apenas os pacientes, mas também os trabalhadores de saúde, que ficaram doentes
e até mesmo morreram por conta da Covid-19. A entidade defende que essas
ocorrências poderiam ser evitadas com medidas como disponibilização de
equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos, ambientes de cuidado
e processos de trabalho adequados ao tratamento de pacientes com doenças
infectocontagiosas.
A implantação de padrões de excelência de
Qualidade nas instituições de saúde também é uma forte aliada nesse processo.
Para Simara Espírito
Santo, coordenadora da qualidade da S.O.S. Vida, as organizações que já
possuíam um sistema de gestão de qualidade consolidado conseguiram se adequar
mais rapidamente ao cenário adverso imposto pela pandemia. "O novo
Coronavírus trouxe muitas incertezas e imprevisibilidade, no entanto quem já
tinha uma cultura de qualidade organizada conseguiu se planejar de forma célere
e assertiva. Isso ocorre porque essas instituições já seguiam protocolos mais
robustos de segurança e tinha a cultura estabelecida de busca da melhoria
contínua. Por isso, a gestão de qualidade
teve papel fundamental na reestruturação e controle da pandemia", explica.
As estratégias montadas pelos Comitês de
Qualidade são essenciais para garantir a segurança dos pacientes e dos
profissionais de saúde, além de colaborar com o controle do vírus. Esses
processos são mais naturalizados nas organizações que possuem acreditação, já
que, para receber esse reconhecimento, a instituição aprimora seus processos,
gerenciando os riscos e seguindo um padrão rígido de qualidade. Isso cria a
cultura necessária para manter as melhores práticas com uma busca contínua por
aprimoramento e maior segurança.
"A acreditação torna os padrões mais
robustos, já que estabelece parâmetros e referências que devem ser seguidos
pelas organizações na criação dos seus sistemas de gestão de qualidade,
garantindo uma assistência de excelência e com segurança para o paciente",
explica Simara. A S.O.S. Vida é uma empresa acreditada pela Joint
Commission International (JCI), considerada uma das mais rigorosas
instituições certificadoras na área da saúde em todo o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário