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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

‘Ação rápida e eficaz’: saiba como a tecnologia de fabricação de gelatinas auxilia na absorção de medicamentos

Gelatina utilizada nas cápsulas de medicamentos é o diferencial para garantir rápida liberação e dissolução confiável de ativos


Ao tomar uma cápsula de um analgésico ou antigripal, a maioria dos pacientes pode não imaginar a quantidade de pesquisa envolvida em um produto tão pequeno e aparentemente simples. Quando os comerciais falam que determinado medicamento tem "ação rápida" ou "ação em minutos", um dos segredos está no principal componente das cápsulas e na tecnologia envolvida na sua produção: a gelatina.

"Nos últimos anos, o conceito de ‘ação rápida’ de remédios mudou drasticamente graças a novas tecnologias da indústria. Se antes essa agilidade era medida em dezenas de minutos, agora ela se restringe a alguns poucos minutos", afirma Denise Reis, gerente de P&D da GELITA, líder mundial na fabricação e fornecimento de gelatina e colágeno.

Segundo Denise, quando uma cápsula chega ao estômago, ela deve se abrir para liberar o medicamento, que, na sequência, entra na corrente sanguínea. São duas etapas essenciais para o efeito ágil e eficaz. Há, porém, um desafio: as reações químicas que ocorrem entre essa capa de proteção (a cápsula), e o seu conteúdo (princípio ativo) que podem atrapalhar esse processo.

Algumas dessas reações químicas envolvem interações entre os componentes do princípio ativo e a gelatina da cápsula, ou simplesmente reações que ocorrem naturalmente na estrutura da gelatina que compõe a cápsula, chamadas de cross-linking.

O cross-linking é um fenômeno que faz com que as ramificações das moléculas da proteína, ao se aproximarem, liguem-se umas às outras, e consequentemente aumente o peso molecular de todo o sistema. Esse fenômeno leva a uma perda da solubilidade da camada gelatinosa, dificultando a abertura das cápsulas onde são usadas e a sua abertura e liberação do princípio ativo. A consequência é a demora do efeito do medicamento o que é indesejado pelo consumidor da cápsula.

Ainda, a exposição das cápsulas a condições extremas de temperatura e/ou umidade, a presença de alguns íons específicos no sistema (nos corantes, por exemplo), além de alguns outros fatores, potencializam as reações de cross-linking,

"Uma tecnologia desenvolvida com exclusividade pela GELITA produz peptídeos de tamanhos muito pequenos que, quando adicionados à gelatina, atuam como bloqueadores da reação de cross-linking colocando-se entre as ramificações e assim impedindo que elas se unam e aumentem o seu peso molecular de forma significativa", afirma Denise.

A especialista cita como exemplo uma recente tecnologia, chamada de RLX R², que permite liberação de 80% do princípio ativo após cinco minutos de ingestão - até três vezes mais rápido que outros produtos do mercado. "Quando as cápsulas estão novas ou recém-produzidas, a liberação ocorre em poucos minutos. Quando comparamos com produtos que ficaram meses em estoque, expostos a alta temperatura e elevada umidade do ar, a vantagem das cápsulas produzidas com a gelatina GELITA RXL R² são ainda maiores".

  

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