Pesquisar no Blog

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Benefícios do Yoga para a saúde



Com a pandemia da COVID-19 e a quarentena que está completando mais de 120 dias, muitas pessoas passaram a procurar opções que as levaram a encontrar o seu equilíbrio interior.

Mais do que isso, a quarentena fez com que as pessoas passassem  a se preocupar com o ritmo de vida que estavam levando; afinal, perceberam que, da maneira como as coisas andavam, seria insustentável continuar vivendo assim. Uma das alternativas encontradas por muitos é o yoga. Essa técnica milenar indiana que  a palavra origina-se da língua sânscrita e é derivada da raiz yuj, que significa “controlar”, “jungir”, “unir”, “integrar”. 

Segundo Thiago Neglia, educador físico e um dos criadores do app Sem Desculpas, "o  yoga proporciona, muito além de condicionamento físico e de estética corporal, benefícios de natureza emocional e espiritual. É fato de que a sua prática melhora, significativamente, a disposição, o bem-estar, o humor e a concentração do praticante". comenta.

veja abaixo uma lista com os benefícios do Yoga e porque incluir a prática no seu cotidiano segundo Neglia:


1. Conquista e manutenção de uma boa saúde no geral

O yoga leva o praticante a um estado de harmonia, paz e serenidade. Com isso, ao praticar, a  saúde é impactada positivamente.


2. Melhora de doenças e problemas respiratórios

Uma das técnicas mais importantes do yoga é o pranayama, que envolve o controle da respiração. Assim, se aprende a respirar corretamente, melhorando, por consequência, doenças e problemas respiratórios.


3. Diminuição da ansiedade

A diminuição da ansiedade é um dos benefícios mais conhecidos do yoga. Como a prática envolve os pranayamas e as meditações, as pessoas saem do ritmo frenético do dia a dia, cheio de preocupações, e acessa o seu interior promovendo o autoconhecimento..


4. Melhora do sono

O que faz com as pessoas percam o sono? Os motivos são diversos, mas a maioria das pessoas citaria a ansiedade. Como a prática do yoga auxilia na diminuição desse sentimento, é inevitável que o sono melhore consideravelmente. 


5. Melhora da disposição e bem-estar

O yoga permite a  busca do próprio bem-estar. Isso porque, por meio da prática, consegue-se ter mais consciência da integração entre o  corpo, mente e espírito. Como consequência, a  disposição melhora, assim como a qualidade de vida.


7. Autoconhecimento e paz interior

Como já foi falado, a prática do yoga é autoconhecimento. É um estilo de vida que nos conduz a um estado de paz e quietude, colocando-nos em contato com nosso eu interior.


8. Melhora nos relacionamentos (consigo mesma e com os outros)

Quando as pessoas estão menos estressadas, ansiosas, com mais disposição e bem-estar, a tendência é que essa positividade impacte em tudo em sua vida. Isso significa que os relacionamentos  em geral– com os outros ou com nós mesmos – também será alvo dessa alegria intrínseca.


6. Flexibilidade

Por meio dos àsanas, o corpo adquire muito mais flexibilidade e agilidade de forma leve e saudável. 

"A prática de yoga é extremamente eficiente para ter uma melhora na qualidade de vida e pode ser realizada em qualquer ambiente inclusive dentro de casa. Nosso app, o Sem desculpas, oferece aulas em áudio da técnica trazendo uma forma inovadora e eficaz de se beneficiar desta prática milenar hindu", comenta Neglia.




Sem Desculpas 


É possível voltar à atividade física após tratamento da Hérnia de Disco, afirma ortopedista


Cirurgia de coluna não é mais sentença de vida sedentária. ALIF, técnica consagrada em todo o mundo, tem sido difundida no Brasil há 5 anos e possibilita recuperação precoce do paciente

“Se me falar que teria que operar de novo, eu faria agora, de tão bem que fiquei. Eu deveria ter operado antes”. É assim que a bancária Ericka Giudice Piovesani, de 33 anos, resume sua experiência na recuperação de duas hérnias de disco extrusas (L4 e L3), após a Cirurgia de ALIF, realizada em julho de 2018. Dois anos após o procedimento, a bancária mantém uma rotina de vida que há muito tempo desejava retomar. “Eu já não conseguia ser eu mesma: sempre gostei de esportes, ia para a academia, jogava futebol, mas minha dor me impedia de continuar e em determinados momentos eu não conseguia fazer nada”, afirma. A dor que a acompanhava Ericka e se prolongava desde 2012 - quando descobriu a primeira hérnia de disco -, afetou suas relações com a família, além de seu desempenho no trabalho. “Era só remédio. Me tornei uma pessoa agressiva, nervosa”, completa.
O procedimento que devolveu a qualidade de vida à Ericka não é novo, mas vem ganhando espaço no Brasil há 5 anos. “Apenas agora os médicos entenderam a melhora clínica possível com este procedimento”, aponta o ortopedista Juliano Fratezi, especialista em coluna, pós-graduado em Dor pelo IEP - Hospital Sírio Libanês, e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Fratezi trabalha com a cirurgia de ALIF há quase 15 anos. “É uma cirurgia segura, realizada com o apoio de profissionais habilitados, como o cirurgião vascular, que garantem resultados mais eficientes e menor risco de lesão”, afirma o especialista. 
ALIF é a sigla para Anterior Lumbar Interbordy Fusion. Neste procedimento, o cirurgião tem acesso à coluna do paciente pela parte da frente do corpo, com três incisões de cerca de 10cm abaixo do umbigo. As indicações para a cirurgia de hérnia de disco pela frente ou por trás levam em consideração diversos aspectos. “Quando a doença é mais discal e a parte posterior da coluna é boa, não temos doença dos elementos posteriores (facetas e ligamentos), então podemos optar pela cirurgia pela frente”, explica o ortopedista Juliano Fratezi. “O Cage (estrutura colocada para substituir o disco degenerado) tem uma área maior de contato com o osso do que o parafuso somente, então ele apoia melhor”, completa. 
O ALIF atua na reestruturação da coluna.“Com o ALIF, a gente consegue reconstruir a lordose lombar e melhora o balanço sagital, que são as curvas normais da coluna e as transferências de carga dela”, esclarece Fratezi. O especialista aponta, ainda, para outras vantagens da técnica, como maior facilidade de acesso ao local lesionado, uma vez que a camada muscular é menos espessa do que a das costas e a melhor recuperação muscular do paciente. 
Além disso, o ALIF é utilizado como cirurgia de revisão de outros procedimentos. Nos casos de pseudoartrose, por exemplo, onde há a artrodese com parafuso e não ocorre a consolidação óssea no tempo certo, o parafuso pode ficar solto. “É um uso bastante interessante do ALIF neste casos, pois ele apresenta alto poder de consolidação óssea, indicado para pacientes que já realizaram a artrodese mas continuam com dores ou instabilidade”, pontua o médico ortopedista. Este também foi o caso da Ericka, que realizou uma microdissectomia em 2015, porém o disco continuou em um processo de degeneração e médico e paciente optaram pela nova intervenção, desta vez com o ALIF. 
A cirurgia de ALIF não é recomendada, geralmente, em duas situações: quando é observada uma osteoporose marcante ou quando a doença é posterior - como em casos de facetas muito grandes, onde há a compressão por via posterior - e  em casos de estenose do canal congênita “Nestes casos, avaliamos quando é possível realizar o procedimento pela frente e por trás ou somente por trás”, revela o especialista em coluna e dor. 

ALIF, recuperação e volta ao esporte
Três meses após operada, Ericka voltou a praticar atividades físicas. Começou com a esteira, passou para o transport e exercícios aeróbicos. Cinco meses depois, a bancária voltou a fazer musculação. “Aí eu deslanchei: fortaleci meu abdômen, perdi 20 Kg e voltei a correr”, diz animada. “Fiz uma corrida de 5k dez meses depois da cirurgia, não tinha dado nem um ano ainda, fiz outra corrida de 10k. Voltei a correr!”, relembra Ericka.
“A fusão óssea ocorre entre seis a 12 meses após a cirurgia de ALIF”, explica o especialista em coluna e dor, Juliano Fratezi. Neste período, ele aconselha o paciente a voltar às suas atividades de forma gradual. As orientações iniciais envolvem não abaixar no chão, não pegar peso de mal jeito e de forma repetitiva, evitar empurrar móveis e dobrar as costas até que a consolidação óssea ocorra corretamente. “Depois da consolidação, o paciente pode fazer até esporte de alta performance”, afirma Fratezi, que ressalta: “Óbviamente, o quanto o paciente vai desempenhar depende muito caso a caso. A taxa de resultados positivos é grande e o paciente deve procurar, nestes casos, voltar a praticar atividades físicas. É  possível voltar”.

Julho Amarelo reforça necessidade de testagem para diagnóstico das Hepatites B e C


Especialistas em Hepatites Virais falam sobre a importância do tratamento e do controle da doença no Brasil


Diante da pandemia do novo coronavírus, a recomendação dos profissionais de saúde é de evitar aglomerações e manter práticas de higiene como forma de proteger a população de contrair a Covid-191 . No entanto, é fundamental manter-se protegido contra outras doenças, como é o caso das hepatites B e C, que ganham ainda mais visibilidade no mês de julho, em referência ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, comemorada no dia 28 deste mês, também conhecido como #JulhoAmarelo.

A Hepatite B é causada pela infecção do HBV, que pode causar grave dano hepático, cirrose e câncer no fígado e ainda levar à morte quando não controlada adequadamente. Existe uma vacina indicada para adultos ou crianças, em 3 doses, e está disponível no Sistema Único de Saúde. Embora ainda não exista cura para a hepatite B crônica, há tratamento que interrompe a progressão da doença e reduz o risco de complicações, além de diminuir a possibilidade de transmissão2.

Já o vírus da Hepatite C (HCV) é o mais perigoso e continua registrando o maior número de casos no Brasil: 11,9 para cada 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde, podendo evoluir para cirrose, câncer de fígado e até mesmo levando à necessidade de um transplante. A estimativa é de que, no país, mais de 700 mil pessoas tenham a doença3, sendo que a maioria não sabe que convive com ela.

O médico hepatologista, Dr. Paulo Bittencourt, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado da Sociedade Brasileira de Hepatologia, explica algumas formas de avaliar a necessidade de fazer um teste: “De um modo geral, é importante ao menos uma vez na vida fazer o teste para hepatite C, principalmente para aquelas pessoas com mais de 40 anos, para indivíduos que convivem com diabetes, pessoas que receberam transfusão de sangue ou transplante de órgãos até 1993, ou que já compartilharam objetos perfurocortantes: por exemplo, laminas de barbear, tesourinhas de unha, seringas e agulhas”.

O médico ainda destaca que o vírus da hepatite B pode ser adquirido por sexo desprotegido ou por transmissão vertical (da mãe para o filho). Como a infecção pelos vírus B e C geralmente é silenciosa e se desenvolve de forma bem lenta ao longo dos anos, o diagnóstico tardio pode trazer graves consequências. A Organização Mundial da Saúde visa a eliminação das hepatites virais até 2030, por isso é tão importante a conscientização para travar o avanço da doença.

Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e diretor médico associado da Gilead Sciences, empresa que tem as hepatites como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento, explica que para a detecção, basta fazer um exame de sangue, que é rápido, gratuito e está em disponível em qualquer unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) ou em redes privadas. Segundo Dr. Bassetti, mesmo com essa facilidade, o grande desafio atualmente é encontrar os pacientes, já que os índices de procura pelos testes ainda são muito baixos. Ele também ressalta que até mesmo a biópsia hepática, muito utilizada no passado, é raramente solicitada hoje em dia.

Se o resultado do exame de hepatite C for positivo, o paciente deve ser encaminhado para um médico especialista, que solicitará os exames complementares para confirmação do diagnóstico e início do tratamento. “Apesar de ser uma infecção grave, até 98% dos pacientes se curam em doze semanas por um tratamento feito com um único comprimido ao dia e que apresenta poucos efeitos adversos. Os tratamentos atuais são de última geração e estão disponíveis na rede pública”, esclarece Dr. Bassetti.  


Perigos do diagnóstico tardio

A Hepatite C é a maior causa de cirrose, câncer e transplante de fígado no mundo. Além das complicações, ela pode desencadear doenças sistêmicas disfunções que afetam uma série de outros órgãos ou tecidos. Exemplo disso é o desenvolvimento de Diabetes e do Linfoma. O fato de 80% dos casos de a doença serem assintomáticos faz dela um sério problema de saúde pública, já que pode levar décadas para dar sinais e, normalmente, quando se manifesta, apresenta um estágio avançado de comprometimento do fígado.





Referências




Cada vez mais pessoas são acometidas pelo câncer de bexiga


São esperados mais de 30 mil casos para o triênio 2020/2022 no Brasil; julho é o mês de conscientização do tumor


Embora o câncer de bexiga seja mais raro se comparado ao de mama e de próstata, cada vez mais as pessoas estão sendo acometidas por essa doença, que já é o nono tumor mais comum no mundo e no Brasil. O mês de julho é o mês de conscientização e combate a este tipo de tumor, que de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020/2022, serão diagnosticados no país 10.640 novos casos,sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 7,23 casos novos a cada 100 mil homens e de 2,80 para cada 100 mil mulheres. Para o oncologista Vinícius Corrêa da Conceição, sócio do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, estes números estão relacionados, principalmente, a dois importantes fatores: o envelhecimento da população e o tabagismo. “É importante conscientizar a população para a importância de se atentar para sinais de alerta e sintomas que muitas vezes são negligenciados, mas podem indicar algo mais grave, especialmente em pessoas com mais de 60 anos e que são ou já foram fumantes”, alerta.

De acordo com o oncologista, o câncer de bexiga é muito mais comum após os 60 anos, sendo a média de idade dos indivíduos acometidos de 73 anos.“Com a população vivendo por mais tempo, é natural que esse tipo doença apareça com maior frequência. Sabemos ainda que mais de 70% dos casos de tumores neste órgão estão diretamente relacionados ao uso de cigarro. Embora o número de fumantes venha caindo no país nos últimos 20 anos, ainda temos cerca de 10% da população tabagista, o que representa mais de 20 milhões de fumantes. Os homens são mais acometidos do que as mulheres na proporção de 3:1 e os negros têm um menor risco se comparados aos caucasianos”, explica.

A bexiga é o órgão das vias urinárias responsável por armazenar a urina até o momento de eliminá-la. Muitas substâncias tóxicas que podem estar presentes na urina ficam em contato com a parede de revestimento interno da bexiga e essas substâncias podem causar danos e alterações no DNA dessas células, possibilitando o aparecimento dos tumores. “Algumas dessas substâncias estão presentes no cigarro, como já comentado, mas existem outras tais como os componentes químicos da indústria têxtil, tintas e outras fábricas que lidam com metal, couro, borracha, corantes e plásticos, além de adoçantes artificiais usados na dieta”, alerta Dr. Vinicius.

Segundo o médico descobrir a doença na fase inicial não é uma tarefa fácil. No início o tumor pode não causar qualquer sintoma ou os sintomas são confundidos com outras doenças menos graves, como infecção urinária ou cálculos renais ou de vias urinárias. “Um sintoma que às vezes chama muita atenção é a presença de sangue na urina, mas nem sempre isso acontece.Por isso, todas as pessoas com mais de 55 anos que apresentem essa anomalia devem procurar um médico com urgência”, explica.


Tratamentos e novidades

Cerca de 50% de todos os tumores de bexiga são diagnosticados em uma fase quando ainda não invadiu a musculatura da bexiga. Esse é o momento quando a chance de cura é maior com intervenções relativamente simples. “É necessário fazer uma raspagem da área da bexiga acometida pelo tumor, podendo ou não ser necessário fazer algum tratamento local depois. Esses tratamentos locais podem ser com ONCO BCG (uma espécie de vacina, parecida com a BCG que é aplicada nos bebês para proteger contra a tuberculose). Especificamente sobre a ONCO BCG, o Brasil e o mundo vivem um problema de desabastecimento deste medicamento. No Brasil, o único laboratório que produz essa substância encontra-se fechado pela vigilância por não atender as normas adequadas de produção. Outra opção seria a realização de quimioterapia por infusão dentro da bexiga”, afirma.

Nos casos em que o tumor já compromete a musculatura da bexiga, o tratamento padrão é a retirada cirúrgica da bexiga, podendo ser precedida de alguns ciclos de quimioterapia. E quando o paciente não pode ser submetido à cirurgia, outra opção é o tratamento combinado de quimioterapia com radioterapia.

Quando o tumor já provocou metástase, ou seja, já se espalhou para outros órgãos, o tratamento até há pouco tempo era a quimioterapia exclusiva, com resultados considerados ruins e com muita toxicidade comentou o médico. Porém, novos tratamentos vinham ganhando espaço nesse cenário, principalmente a imunoterapia, masque sozinha também não tinha mostrado resultados tão expressivos. “Recentemente, em maio de 2020, no Congresso Americano de Oncologia(ASCO), o maior congresso do mundo neste assunto, realizado especialmente esse ano de forma virtual, mostrou os resultados de um estudo que combinou uma droga imunoterápica chamada Avelumabe com quimioterapia no começo do tratamento e, depois de alguns ciclos, mantém apenas a imunoterapia. Essa combinação alcançou resultados nunca vistos quando usado apenas quimio ou apenas imuno e, provavelmente, se tornará o padrão de tratamento quando este esquema estiver aprovado pela Anvisa para ser usado no Brasil”, comemora o oncologista.

Dr. Vinicius explica também que outro caminho vem se mostrando promissor é a detecção de alterações moleculares no tumor e o desenvolvimento de medicamentos que agem diretamente nessas alterações, a chamada terapia-alvo. “Já existe no Brasil uma droga oral chamado Erdafetinib, que pode ser usado nos tumores avançados de bexiga que tenham alteração em um gene chamado FGFR”, conta.







Vinícius Correada Conceição - médico oncologista com residência médica em oncologia pela Unicamp, graduação e residência médica em clínica médica também pela Unicamp. Tem título de especialista em cancerologia e oncologia clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia, foi visiting fellow no serviço de oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO), no Porto. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas(SMCC). Vinícius é sócio do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, e atua na oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Madre Theodora, do Hospital Santa Tereza e da Santa Casa de Valinhos.

Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia
 Redes Sociais @gruposonhe.


Aspectos emocionais do câncer


O câncer coloca a pessoa em situação limite, pois carrega o estigma da morte e do sofrimento. Mesmo na atualidade, em que a oncologia vem trazendo avanços no diagnóstico e tratamento da doença, aumentando a sobrevida e cura dos pacientes, a máxima de que o câncer mata ainda rodeia a mente das pessoas.

Existe muita especulação sobre a influência do estado emocional no surgimento de tumores, mas não é claro afirmar que qualquer tristeza ou raiva levará ao surgimento do câncer. Sabemos, contudo, que o estado emocional afeta profundamente o ser humano em todos os sentidos, uma vez que as reações emocionais disparam uma série de substâncias que podem abalar a eficiência do sistema imune.

Recentemente, uma nova área da medicina, a psiconeuroimunologia, ganhou força ao demonstrar interação entre estados emocionais e a reação física disparada por eles, podendo levar a alterações orgânicas. Inclusive, alguns pesquisadores sugerem que a ação do estresse sobre o organismo humano pode provocar modificações das células, diminuição de linfócitos e da imunidade, atuando na redução das defesas do corpo. 

Hoje, sabemos que a maioria das doenças é multifatorial, havendo confluência de fatores (genéticos, biológicos, psicológicos, ambientais, alimentos, entre outros) envolvidos em seu surgimento. 

Da mesma forma, percebo na vida prática ao longo dos anos que, sim, os pacientes que enfrentam um câncer habitualmente mudam seu modo de ver a vida, o mundo à sua volta. A grande maioria vê a vivência como uma forma de transformação. O enfrentamento com a iminência da finitude nos traz isso - é a possibilidade de exercermos o melhor de nós mesmos. Os valores são revisitados, reavaliados e, muitas vezes, modificados. 

Da mesma forma que as emoções negativas podem interferir no desenvolvimento de doenças, a maneira que lidamos com elas, a presença e a busca por emoções positivas, que incluem a espiritualidade (que nada tem a ver com religião e, sim, com alguma fé em algo maior) também auxiliam na evolução do tratamento e seguimento desses pacientes, que muitas vezes entram em remissão da doença. 

Com meus pacientes, costumo afirmar que não estamos lutando contra a morte, que virá em algum momento para todos e, sim, lutando pela vida. Sempre desejo que ela seja a melhor em todos os momentos, mesmo nos difíceis. 





Christianne Guilhon Martelotta Amalfi - Oncologista Clínica e Presidente da Fundação Ilumina.

Baixo consumo de proteína está associado à obesidade


Ingerir menos proteína por calorias faz com que a pessoa coma mais para compensar o déficit nutricional, acarretando ganho de peso (gordura)


Na década de 1970, os Estados Unidos começou a passar por um fenômeno interessante. Ao mesmo tempo que a alimentação de sua população mudava, com a diminuição da  proporção de proteínas e o aumento da quantidade de carboidratos e gordura na dieta, observava-se um crescimento do número de pessoas obesas e com sobrepeso no país. Aumento que se tornou progressivo, espalhando-se para outros países, até mesmo o Brasil. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, cerca de 20% da população brasileira está obesa, e um pouco mais de 55 % apresenta sobrepeso.

Nesse sentido, é possível estabelecer uma relação entre ganho de peso (gordura) e a escassez de proteína em uma dieta alimentar. De acordo com o médico endocrinologista e diretor científico de Medicina da Associação Brasileira Low Carb (ABLC), Rodrigo Bomeny, isso pode ser explicado pelo fato de que todo o animal busca para uma vida saudável alcançar uma meta nutricional, que é resultado da relação entre proteína e energia consumidas. Em outras palavras, o ser humano procura em seu cotidiano alimentos que lhe forneçam uma quantidade adequada de proteínas, micronutrientes e calorias para nutrir-se devidamente.

O médico endocrinologista destaca que são três os componentes de alimentação fundamentais - chamados macronutrientes - visando ao bom funcionamento do organismo humano. São eles: proteína, carboidrato e gordura. "A principal função da proteína é estrutural, sendo a responsável pela  formação de músculos, órgãos, pele, e membranas celulares. Já a atribuição preponderante da gordura e do carboidrato é a produção de energia", explica .

Uma pequena diminuição na concentração de proteina na alimentação tem o potencial de resultar em aumentos na ingestão de energia e, consequentemente, a quantidade de gordura armazenada no corpo. Conforme Bomeny, estudos científicos chegaram à conclusão de que se a pessoa ingerir 1,5% menos de proteína do que o habitual, ela automaticamente comerá 14% mais de carboidratos e gorduras para atingir sua meta nutricional. Pelo contrário, se ingerir 1,5% a mais de proteína, o seu consumo de carboidratos e gorduras apresentará um decréscimo de 11%. "Mudanças mínimas na porcentagem de proteína levam a variações enormes na ingestão de carboidratos e gorduras", enfatiza.

Buscando o emagrecimento, muitos restringem o número de calorias forçadamente. Como visto, é muito difícil que essa dieta seja bem-sucedida, já que o organismo quer atingir sua meta nutricional e na iminência de não fazê-lo consome mais alimentos. De acordo com o diretor-científico de Medicina da ABLC, já foi demostrado em vários estudos que ao emagrecer por meio de restrição calórica, o corpo tende a se defender. "Ele aumenta a fome e diminui o metabolismo além do esperado, tornando mais provável o reganho de peso", diz.

O mesmo não ocorre na vigência de uma dieta com maior quantidade de proteínas por calorias. Conforme Bomeny, o elo entre aumentar a ingestão proteica e diminuir  o consumo de carboidrato é muito interessante no sentido de prevenir a fome que geralmente aumenta durante a perda de peso, minimizando as chances de engordar novamente. "Não basta emagrecer, é preciso fazê-lo corretamente. Restringindo somente calorias, sem levar em consideração a qualidade da alimentação, existirá uma probabilidade maior de reganho de peso, porque seu corpo vai enxergar isso como algo não natural", explica.

Uma pirâmide alimentar cujo objetivo é fornecer uma dieta que não favoreça o ganho de peso, ou seja, com alto teor proteico, tem em sua base, segundo o diretor científico de Medicina da ABLC, alimentos com alta relação entre proteína e energia, tais como carnes, ovos e vegetais de baixo amido (folhas e alguns legumes). Estes últimos não contêm muita proteína, mas também apresentam baixíssima porcentagem de calorias e alta quantidade de fibras e nutrientes, sendo favoráveis para a saúde e emagrecimento.

Bomeny explica que alimentos com alto teor de gordura, tais como oleaginosas, queijos, manteiga e azeite, embora contenham pouco ou nenhum carboidrato, muito provavelmente precisem ser controlados em quantidade em uma prática alimentar que almeje o emagrecimento. Isto porque apresentam uma quantidade baixa de proteína, influindo na relação entre consumo de alimentos nutritivos e calóricos com o intuito de alcançar a meta nutricional.

Ao reduzir a quantidade de carboidratos e aumentar a quantidade de proteínas, o corpo,  bem nutrido e saciado, está apto do ponto de vista hormonal a usar a gordura como fonte energética, pouco importando se ela vem dos alimentos ou se do próprio corpo. Para quem tem excesso de peso e padece de obesidade, no entanto, o ideal é que a gordura utilizada seja a corporal, por isso a recomendação de que se evite comer gordura em excesso.


Campanha Proteína Básica

Tendo em vista a importância da proteína para um estratégia alimentar saudável, a ABLC está promovendo a ação social Proteína Básica, cujo intuito é arrecadar fundos para comprar e distribuir alimentos de alto valor nutricional a comunidades carentes.

A iniciativa da entidade surge também como resposta ao difícil momento pelo qual passam o Brasil e o mundo. Para combater a pandemia de Covid-19, optou-se pelo isolamento e confinamento social, o que levou milhões ao desemprego. Neste cenário, para muitos, a única alternativa para se alimentar de maneira apropriada e digna é através de cestas básicas doadas por pessoas físicas e organizações sociais.

Conforme o médico e diretor-presidente da ABLC, José Carlos Souto, na compreensão da entidade, a cesta básica padrão apresenta deficiências de fontes de proteína de alto valor biológico, por isso a associação pretende angariar e oferecer à população alimentos como frango, carne e ovos.

Souto destaca destaca que o objetivo da campanha é complementar a doação de cesta básica tradicional e não combatê-la. "Ela tem o seu papel e  ainda que não seja perfeita, quem não come há vários dias irá se beneficiar dela. A doação desse tipo de cesta é, portanto, algo muito bem-intencionado", declara.

Para colocar em prática o projeto Proteína Básica, a ABLC deseja contar com o auxílio da comunidade e de empresas parceiras. Doações podem ser feitas por meio do site: https://bit.ly/proteinabasica

Pandemia aumenta acidentes nos olhos de crianças



O tipo de acidente mais frequente é a queimadura química.



Em meio à pandemia de coronavírus, crianças em casa multiplicam lesões nos olhos. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, algumas acontecem por travessura, outras por acidente. Entre crianças a causa mais frequente de ferimentos oculares são as queimaduras químicas por produtos de limpeza ou medicamentos, afirma. “Logo no começo da pandemia atendi um menino que pingou produto de limpeza no olho e nem conseguia abrir as pálpebras quando chegou ao consultório”, conta. Há alguns dias, viralizou na internet o depoimento da mãe de Bento, atendido no hospital por Natalia Belo quando deixou cair álcool no olho.

Álcool ou qualquer outro produto que caia no olho, recomenda lavar abundantemente, não instilar qualquer remédio, evitar esfregar os olhos e buscar atendimento oftalmológico imediatamente. A dor só é intensa, explica, quando o produto atinge a córnea, lente externa do olho que é comparada ao vidro do relógio por estar situada na frente do globo ocular. O desconforto é leve, mas também perigoso, quando a parte atingida é a conjuntiva que recobre a porção branca do olho.

Por sorte, apesar de ter atingido a córnea, a queimadura nas duas crianças foi superficial e a recuperação rápida. O problema, adverte, é que nem sempre o final dos acidentes é feliz. Prova disso, é que as lesões e doenças na córnea são a terceira maior causa global de deficiência visual. Só perdem para a catarata e glaucoma. Anualmente somam 1,5 de novos casos de perda da visão.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que a melhor forma de prevenir acidentes nos olhos dos filhos durante a pandemia é seguir a recomendação dos fabricantes de medicamentos e produtos de limpeza – mantenha fora do alcance das crianças. Dentro de casa é mais indicado lavar as mãos com água e sabão..


Tratamento

O especialista afirma que o tratamento varia de acordo com a gravidade da queimadura. Nos casos leves, depois de examinar e higienizar a superfície do olho, o médico  faz um curativo com anti-inflamatório para diminuir a irritação e aliviar a dor. A recuperação acontece em até 3 dias.

Dependendo do tempo de exposição, o álcool pode provocar ulcerações na córnea. Foi o que aconteceu com um universitário que seguindo uma moda lançada nos EUA derramou vodca no olho para embriagar mais rápido. “É claro que não conseguiu o objetivo. No olho só cabe uma gota de vodca e ninguém fica alto com uma dose dessas”, afirma. O problema é que o estudante insistiu na técnica. O estrago foi tamanho que depois do uso de colírio. Queiroz Neto teve de fazer um transplante de córnea no estudante.

Não menos graves, comenta são as queimaduras em acidentes de trabalho como foi o caso de um motorista que queimou o olho na explosão de uma carga. Para recuperar a visão do paciente Queiroz Neto conta que implantou na área lesada células-tronco retiradas da membrana amniótica, parte interna da placenta. O oftalmologista explica que a técnica só é possível porque as células da membrana amniótica conseguem se diferenciar para reconstruir a superfície do olho. Além disso têm propriedade anti-inflamatória e cicatrizante. Entretanto, a técnica cirúrgica não é indicada para todos os casos porque a membrana se transforma em vários tecidos, mas não em todos.


 O que vem por aí

Queiroz Neto afirma que em várias partes do mundo cientistas buscam por um hidrogel que substitua o transplante de córnea. Isso porque, as doações são menores do que a demanda por transplante no mundo todo. O último hidrogel desenvolvido no Canadá pode ser usado em perfurações totais, é injetado no olho em um procedimento ambulatorial e seca em cinco minutos. Ainda não está disponível no Brasil e apesar de ser menos invasivo que um transplante convencional, para ele a prevenção que mantém a integridade do olho é sempre melhor.


Molécula criada em laboratório apresenta resultados positivos no tratamento da artrite


 Testada em ratos com artrite geneticamente induzida, a substância produziu diminuição da área afetada, do inchaço local e da dor associada ao processo inflamatório (pata de camundongo com artrite tratado com TPPU, à esquerda, e de outro camundongo que não recebeu o tratamento; foto: imagem cedida pelo pesquisador)


A artrite afeta quase 2% da população mundial – cerca de 150 milhões de pessoas. E ainda não existe um tratamento eficaz consolidado para isso. Uma nova molécula, desenvolvida em laboratório, apresentou um potencial efeito terapêutico. Testada em ratos com artrite geneticamente induzida, ela suprimiu o processo inflamatório, diminuiu a inflamação e reduziu a degradação do tecido articular. Os animais tratados com a substância apresentaram menos dor, menor edema e diminuição do escore clínico (isto é, da extensão do quadro inflamatório) em comparação com os animais que não receberam o tratamento.

Os resultados estão no artigo artigo “Soluble epoxide hydrolase inhibitor, TPPU, increases regulatory T cells pathway in an arthritis model”, publicado no Faseb Journal, da Federation of American Societies for Experimental Biology (Faseb).


“O estudo demonstrou que essa nova molécula é capaz de controlar as manifestações mais graves da doença”, diz à Agência FAPESP o pesquisador Marcelo Henrique Napimoga, diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Faculdade São Leopoldo Mandic e coordenador da pesquisa no Brasil.
A nova molécula é chamada abreviadamente de TPPU, sigla derivada da denominação em inglês 1-Trifluoromethoxyphenyl-3-(1-propionylpiperidin-4-yl) urea. E sua função de interesse é a de inibir a enzima epóxi-hidrolase solúvel (sEH), que desempenha um papel-chave no desencadeamento do processo inflamatório, podendo levar, eventualmente, à inflamação crônica.
“Nosso organismo produz uma substância protetora natural contra a inflamação: o ácido epoxieicosatrienoico (EET). No entanto, a enzima epóxi-hidrolase solúvel (sEH) converte o EET no ácido 1,2-dihidroxieicosatrienoico (DHET), que, além de não ser capaz de controlar a inflamação, pode inclusive apresentar efeitos pró-inflamatórios. A inibição da sEH é, portanto, decisiva no tratamento de doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide. É isso que a TPPU faz”, explica Napimoga.
A ilustração nesta página apresenta as fotos das patas de dois camundongos com artrite geneticamente induzida: um tratado com TPPU e o outro não. A imagem mostra que, no animal tratado, houve uma importante diminuição do edema (inchaço) e do escore clínico (o número de dedos afetados). Além disso, segundo Napimoga, o tratamento produziu também a diminuição da dor associada ao quadro inflamatório.
“Isso ocorreu porque o controle do processo inflamatório fez com que a migração de leucócitos para a região afetada pudesse diminuir, não apenas melhorando o quadro como também poupando as cartilagens da degradação”, comenta o pesquisador.
“Além disso, o grupo tratado apresentou um aumento do número de linfócitos T regulatórios, que são células importantes para inibir a inflamação, e uma diminuição dos linfócitos Th17, que são altamente inflamatórios”, acrescenta.
A TPPU foi desenhada de forma a poder ser bem tolerada e absorvida por meio de administração por via oral. “O que ela faz é favorecer um processo natural de defesa, aumentando o número de metabólitos que nosso próprio organismo produz. Isso é uma grande vantagem em comparação com os tratamentos convencionais, que se baseiam no uso de grandes doses de corticoides, com indesejáveis efeitos colaterais”, pontua Napimoga.
“Além do excelente efeito anti-inflamatório, a TPPU demonstrou potente efeito analgésico”, prossegue.
O pesquisador Bruce Hammock, professor da University of California Davis, que desenvolveu a TPPU e foi coautor do artigo publicado no Faseb Journal, recebeu recentemente do National Institute on Drug Abuse (NIDA) uma verba de US$ 15 milhões para fazer o ensaio clínico em humanos de uma terapia não opiácea para o tratamento da dor.

O artigo Soluble epoxide hydrolase inhibitor, TPPU, increases regulatory T cells pathway in an arthritis model pode ser acessado em https://faseb.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1096/fj.202000415R.




José Tadeu Arantes
Agência FAPESP 

Por medo da contaminação pelo coronavírus muitas mulheres deixam de lado a sua saúde


A ida ao ginecologista pode evitar uma série de doenças


A dúvida em marcar uma consulta ou até mesmo um exame médico tomou conta da vida de muitas mulheres, que por medo ou receio de ficarem expostas ao novo coronavírus estão deixando de lado a sua saúde. Mas, alguns sintomas e cuidados não podem esperar. Exames como mamografia, ultrassonografias mamárias e exames ginecológicos são exemplos do que não dá para adiar quando se sente algo errado ou quando o check-up está muito atrasado.

Dr. João Oscar de Almeida Júnior, médico ginecologista do Hospital Felício Rocho, faz também um alerta para as mulheres que sofrem de endometriose, doença que afeta mais de 6 milhões de brasileiras – cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Segundo ele, muitas pacientes podem estar sofrendo com a doença e mesmo assim não procuram o seu médico por medo de se contaminar pelo coronavírus. “A endometriose provoca dor intensa durante o período menstrual e pode levar à infertilidade”, diz.

É essencial a ida ao ginecologista uma vez ao ano para um check-up ginecológico. Essa simples atitude pode evitar uma série de doenças e ainda manter os órgãos genitais livres de infecções por vírus ou bactérias, que podem ter consequências graves, como câncer e infertilidade.

De acordo com o Dr. João Oscar, quando a paciente deixa de fazer as visitas de rotina ao ginecologista, ela torna-se vulnerável às diversas doenças comuns como, por exemplo, infecção urinária, candidíase, síndrome dos ovários policísticos, mioma uterino, HPV, corrimentos vaginais, dentre outras. “Por isso, é muito importante que a mulher faça prevenção sempre”, ressalta.



Julho Laranja conscientiza população sobre má oclusão em crianças


A ortodontia preventiva pode evitar muitos problemas na fase adulta


Consciente da necessidade de alertar toda a população sobre a importância da avaliação precoce do desenvolvimento dentário e facial das crianças, iniciou-se neste mês a campanha Julho Laranja, que conta com o apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

A introdução da criança ao cirurgião-dentista deve acontecer desde o seu nascimento pois, mesmo que não haja o desenvolvimento visível dos dentes, a postura de amamentação e os hábitos de sucção e alimentação do bebê podem causar problemas no desenvolvimento dentário da criança, resultando na má oclusão. 

Dentre os principais problemas causadores da má oclusão em crianças estão: forma errada de engolir (deglutição atípica), chupar o dedo e chupeta, defeitos na formação dos dentes (hipoplasia), perdas dentárias precoce, retenção prolongada, respiração bucal, falta de espaço para a erupção normal dos dentes, cáries, freio labial e lingual mal posicionados,  entre outros.


Má Oclusão

A má oclusão dentária é um desalinhamento ou um mau encaixe entre as arcadas e pode levar à alteração de uma ou todas estas funções orais, além de apresentar reflexos variados tanto nas diversas funções do aparelho estomatognático quanto na aparência e autoestima dos indivíduos afetados. “Quando se perde a oportunidade de tratar desde a infância este problema, pode-se apresentar elevada complexidade terapêutica e instabilidade. Por isso, é importante que os pais redobrem os cuidados odontológicos durante o crescimento e principalmente a troca de dentes, quando se devem iniciar as consultas ao ortodontista”, alerta a presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Luciana Iwamoto. As consultas devem acontecer semestralmente, porém cada paciente deve ser acompanhado individualmente, dependendo do grau de complexidade de cada caso.

Outros sintomas comuns da má oclusão são dores de cabeça ou pescoço, limitação de abertura bucal, mau hálito, sono agitado, baba excessiva, ronco durante o sono, déficit de atenção, postura corporal incorreta, dificuldades na mastigação e na fala, que pode ser percebido ainda na infância e tratado com uso de aparelhos. “Quando se tem um bom posicionamento tanto da mandíbula como da maxila os fonemas podem ser reproduzidos com facilidade, se houver mal posicionamento torna-se muito difícil a normalização fonética”, conta a especialista.

É importante lembrar que o sucesso dos tratamentos odontológicos na infância exige um trabalho constante e conjunto entre o cirurgião-dentista, a criança e os pais, que devem manter a criança motivada, orientando e acompanhando diariamente os cuidados da saúde bucal fora do consultório.





Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)


Cinco dicas para manter o coronavírus longe dos pequeninos



Em tempos de epidemia de coronavírus todo o cuidado parece pouco. E realmente o é, pois quanto mais conhecemos sobre ele, mais descobrimos como ele é perigoso. E quando se trata de crianças o cuidado é ainda maior.

Emilio Muno, da UVC Esterilização de ambientes, traz 5 dicas de como deixar o vírus longe do seu ambiente.


1 – Higiene das mãos

Começando pela mais óbvia, mas nem por isso menos importante. Lavagem constante das mãos com água e sabão e Álcool gel 70% quando estiver na rua. Isso é muito importante pois o vírus sobrevive nas superfícies e nossa mão está a todo momento em contato com elas. As crianças principalmente requerem um cuidado especial, pois vivem colocando a mão na boca.


2 – Máscaras e Distanciamento Social

O ideal é que a criança não saia de casa nesse período, mas havendo necessidade sempre utilizar máscara de qualidade e distanciamento social. Existem muitos modelos de máscara, mas as que mais protegem devem ter camada tripla ou as N95. Existem até algumas com tecido tecnológico que matam o vírus ao entrar em contato com a máscara.  Atividades lúdicas podem ajudar a criança a se adaptar à máscara, ajudando a criança a manter a mascara no rosto. Isso aliado a manter distância de pelo menos 2 metros de outra pessoa já reduz bastante a chance de contágio.


3 – Limpeza dos Ambientes

Manter o ambiente limpo. Todos os locais onde a criança possa tocar deve ser sempre bem limpo e higienizado com álcool 70.A limpeza de sujidades do ambiente sempre foi fundamental e agora é muito mais, pois a limpeza ajuda a eliminar o vírus das superfícies já que ele morre com água e sabão e álcool.


4 – Sanitização dos Ambientes

Sanitizar o ambiente com frequência. A sanitização de ambientes é algo que veio para ficar e é um importante aliado da limpeza. Sanitização de residências, creches, escolas infantis são de suma importância. Uma sanitização adequada feita com pulverização química ou outro meio como ultravioleta ou ozônio é de fundamental importância para garantir a saúde de todos que frequentam seu ambiente. Ela faz como se fosse um “restart” do ambiente deixando-o livre de vírus, bactérias, fungos, etc. O ideal é fazer uma sanitização semanal em ambientes comerciais e mensal em residências. E não tem o que se preocupar. O produto não fará mal para seu pequeno desde que corretamente aplicado e desde que não tenha ninguém na casa na hora da aplicação.


5 – Esterilizar o Ar Ambiente

Adquirir um esterilizador de ar. Com a descoberta de que o novo coronavírus sobrevive em névoas pelo ar, é de fundamental importância a instalação de um esterilizador de ar. É um equipamento que faz o ar ambiente circular dentro dele passando por uma luz ultravioleta que faz a esterilização completa do ar do ambiente em poucos minutos. Já existem modelos bem acessíveis e compatíveis com áreas pequenas e médias.

Em resumo, todo cuidado é pouco e devemos nos cercar de toda a proteção que exista no mercado para nos manter longe não só do coronavírus, mas de todos patógenos que ameaçam nossa vida e de nossas crianças.







Emilio Muno - CEO da UVC Esterilização de Ambientes, empresa especializada em sanitização e desinfecção de ambientes comerciais e residenciais. e-mail: emiliomuno@gmail.com


Posts mais acessados